mercredi 31 mai 2017

O princípio protestante

Em Christianisme et Socialisme (1919-1931), Écrits socialistes allemands, o teólogo alemão Paul Tillich fornece roteiro e bases teóricas para uma leitura teológica do socialismo.  E uma dessas bases teóricas é o conceito de princípio protestante, que explica desde um ponto de vista teológico fenômenos de transformação social, mesmo quando estes acontecem à margem das estruturas religiosas existentes.

Para Paul Tillich, “o protestantismo existe onde quer que se proclame o poder do novo ser, e onde prega a situação-limite, o seu ‘sim’ e o seu ‘não’. É aí que se encontra o protestantismo e em nenhum outro lugar. É possível que o protestantismo sobreviva nas religiões organizadas, mas não depende delas. Talvez, a maioria das pessoas experimente, hoje em dia, a situação-limite mais fora do que dentro das igrejas. O princípio religioso pode ser proclamado por movimentos pertencentes tanto ao domínio religioso como ao secular, mas sem qualquer filiação eclesiástica ou institucional, bem como por grupos ou indivíduos que, por meio de símbolos cristãos ou protestantes, ou sem eles, expressam a verdadeira situação humana em face do absoluto e do incondicional. Se nessas situações proclama-se e vive-se melhor e com mais autoridade o princípio protestante do que nas igrejas oficiais, então é aí e não nas igrejas que o protestantismo se torna vivo no mundo atual”.

Tomando-se por base tal conceito e outros que serão expostos no correr desta dissertação, fartamente documentados em Christianisme et Socialisme (1919-1931), Écrits socialistes allemands, temos instrumental metodológico em que nos basear para desenvolver o trabalho proposto. E mais do que isso, levando em conta a riqueza do momento histórico vivido por nosso país no final dos anos 70, tanto em relação à consolidação da democracia, quanto em relação às perspectivas de construção de futuro, aquele foi um momento especial, kairótico, de tempo bom, especial e favorável para a construção de proposta e alternativas sociais.

Tillich, ao analisar o princípio protestante enquantco clamor profético, leva em conta aspectos históricos, assim como os grandes movimentos ideológicos do século. Tal metodologia é relevante para a compreensão do contexto no qual surge e se estrutura o princípio protestante.

A chamada para um posicionamento transcendente, capaz de julgar e transformar, considerando a direção vertical, transcendente, o “apesar de”, e a direção horizontal, da práxis, do “porque”, assim como a resistência ao impacto da catástrofe histórica deveria sempre levar a Igreja à necessidade de elaborar uma mensagem para o mundo simples. Mensagem que não seja ilusória, mas realista, não seja pessimista, mas consciente, não seja desesperada, nem utópica, mas de esperança.

Nesse contexto, Tillich define o homem moderno como autônomo, mas profundamente inseguro no interior da própria autonomia. Isto leva a ecclesia não protestante, no caso a Igreja Católica pré-Vaticano II à tentativa de emancipá-lo desta autonomia, através da submissão à antiga substância de vida: à hierarquia e à tradição. Mas não podemos esquecer que na autonomia já foi “experimentado algo”, e esta é uma experiência viva que une aquele que protesta àqueles com autonomia secular.

O conceito tillichiano de situação-limite, que se traduz enquanto ameaça final à existência, é o diferencial do protestantismo. Essa expressão nasce em torno da justificação pela fé. A vida em liberdade significa a aceitação da exigência incondicional de realizar a verdade e fazer o bem. Assim, Tillich vê a diferença entre qualquer cristianismo que profetize a favor da hierarquia e da tradição e o princípio protestante no reconhecimento da existência da situação-limite, que deve traduzir-se em julgamento e transformação. A justificação pela fé é, então, melhor entendida a partir da situação-limite.

Em sua abordagem sobre o poder formativo do protestantismo, Tillich apresenta quatro princípios determinantes das formas protestantes: o religioso deve se relacionar com o secular; o elemento eterno deve ser expresso em relação a presente situação; a realidade da graça deve ser expressa com ousadia e risco; e, enfim, o poder formativo do protestantismo deve expressar o radicalismo da fé.

Nos anos 70, setores do socialismo democrático e pluralista levantaram o discurso e a práxis do princípio protestante colocando-se na situação-limite, correndo os riscos advindos de tal postura.

Levantando-se a favor da melhoria do nível de vida dos excluídos, fazendo o julgamento da ditadura e da opressão, propondo a democratização do país e a formação de um partido para os trabalhadores, o movimento de Convergência Socialista, conforme exposto no jornal Versus, proclamou a liberdade e o bem, julgou o arbítrio e propôs a transformação da realidade.

O cristianismo é em sua essência uma experiência transcendente ao nível da materialidade humana, uma experiência que acontece em todos os tempos e em todas as situações e é em si mesma independente de formas sociais e econômicas. Nesse sentido, o cristianismo não pode ser identificado com um tipo determinado de organização social, em detrimento de seu caráter transcendente e universal.

Mas, ao mesmo tempo, o cristianismo é portador de poder e oferece à humanidade mensagem de vida, de conhecimento e de verdade, tanto para a pessoa como particularidade, como para a sociedade como um todo.  Exatamente por isso, apresenta-se como capenga toda forma de cristianismo que se fecha na pura interioridade.

Também não se pode dizer que o cristianismo é um movimento que mecanicamente parte da interioridade em direção à exterioridade, apropriando-se de formas culturais ou simplesmente passando ao largo delas. Na verdade, ele dá forma às expressões culturais e, concomitantemente, toma novas formas a partir delas. Dessa maneira, o cristianismo está ligado à interpenetração de formas de consciência filosófica, à experiência estética e ao ideal ético de pessoalidade e, logicamente, aos grandes modelos sociais e econômicos.

É verdade, que o cristianismo tem mais afinidade com determinadas formas de organização social. A ética do amor, por exemplo, leva o cristianismo a ter uma postura crítica diante da ordem social que se apóia na opressão e na exclusão social. Nesse sentido, nos anos 70, o cristianismo foi desafiado a fazer a crítica do capitalismo selvagem e do militarismo que grassou na América Latina.

O espírito do amor denuncia a ordem social que, conscientemente, está erigida sobre o egoísmo político e econômico, e proclama a necessidade de uma nova ordem na qual o sentido de comunidade seja o fundamento da organização social.

A ética do amor cristão denuncia o egoísmo da economia das grandes empresas privadas e dos governos que a elas servem, que levam à expropriação de muitos em benefícios de poucos, e propõe uma economia solidária onde a alegria não seja fruto do ganho, mas do próprio trabalho.

Denuncia também o egoísmo do princípio de classe, onde cada qual procura se enriquecer através da exploração de seu próximo e as conseqüências desse processo, como o privilégio da educação para uma elite. Mas a ética do amor nega também a afirmação do princípio da luta de classes e propõe a supressão das classes, o fim dos privilégios na educação e a supressão da exploração de determinados setores profissionais por outros.

A ética do amor cristão denuncia também o egoísmo do princípio internacional da força e do comércio, que justifica o uso da violência e da guerra sobre continentes, nações e povos, e prega a submissão dos povos, ricos e pobres, à idéia do direito, e à construção de uma consciência comunitária, soldada sobre a paz, que leve a um internacionalismo real entre os povos e nacionalidades.

Muitos dirão que eliminar o egoísmo como forma de estímulo econômico diminuirá o desenvolvimento, ao reduzir a produção. No entanto, ao partir do amor cristão, vemos que o homem não foi criado para a produção, mas a produção para suprir necessidades humanas e que por isso o objetivo da ética da economia não é a fabricação da maior quantidade possível de bens para uma classe em particular, e sim a produção para o maior número de pessoas de bens necessários à vida.

É preciso entender que na história uma ruptura espiritual vem sempre associada a uma ruptura econômica, da mesma maneira que um processo de unidade espiritual vem associado a um processo de unidade econômica. A alma da unidade espiritual é a religião. Assim, o fracionamento espiritual característico de determinadas épocas traduz fracionamento econômico, distanciamento e choque entre classes. E naquelas épocas em que temos um processo cultural de unidade temos também uma nova base de unidade e solidariedade social e econômica.

Nesse sentido, há um processo de desenvolvimento que se realiza de forma desigual na história, mas que combina mudanças espirituais e transformações econômicas e sociais. Diante de tais circunstâncias o cristianismo está eticamente obrigado a fazer uma escolha: ou participa do processo, inspirando e atuando a favor desse desenvolvimento ou se retrai e entra em processo de caducidade, ao afastar-se da vida real das comunidades nas quais está inserido.

Seja qual for a opinião ética sobre a relação entre cristianismo, capitalismo e socialismo, um fato deve ser ressaltado: é possível e necessário para o cristianismo manter um relacionamento com todas as formações econômicas e sociais, em especial com o socialismo, já que a rejeição do princípio socialista em nome do cristianismo contradiz a universalidade do cristianismo.

E se o cristianismo não somente pode, mas deve manter um relacionamento com o socialismo, devemos nos perguntar se o contrário da premissa é verdadeiro: pode e deve o socialismo ter um relacionamento construtivo com o cristianismo?

Para muitos, a concepção materialista da história nega a possibilidade dessa aproximação. Mas se entendemos que em Marx esta concepção de fato não é materialista, mas econômica, vemos que ela mostra somente uma relação de causalidade entre fundamento econômico e organização espiritual da cultura. E, ao contrário, tal fundamento dá a todas as ciências do espírito uma possibilidade metodológica extremamente fecunda, que não tem nada a ver com ateísmo ou materialismo.

Quanto às organizações socialistas, como é o caso da Convergência Socialista, é necessário ver a atitude que têm em relação ao cristianismo e uma outra em relação às estruturas hierárquicas da Igreja. A história da Igreja tanto no passado, como no presente, é passível de muitas críticas. Suas opções e alianças fizeram como que se afastasse e dificultasse seu relacionamento com parte da população excluída de bens e possibilidades.

Tal situação facilita e potencializa a pregação do ateísmo e do materialismo. Mas, ao contrário do que pode parecer, não podemos dizer que o ateísmo materialista seja um fenômeno constitutivo do socialismo. Ao contrário, é uma herança da cultura burguesa, crítica e cética. Essa herança foi adotada pelo socialismo sob a crença de que ajudaria a extirpar a idéia de opressão e abriria o caminho para a construção de um novo mundo, mais justo e digno.

Assim, a crítica das organizações socialistas está sobretudo dirigida às igrejas confessionais, à religião que se tornou negócio. Mas, como o próprio socialismo busca uma inspiração ética e uma espiritualidade que tenha como ponto de partida as potencialidades da  universalidade humana, tende a equilibrar-se entre o princípio da tolerância religiosa e o princípio da separação entre a religião e o Estado. Esta é uma realidade vivida no Brasil, de forma crescente, nos últimos quarenta anos.

O protesto socialista se dá em relação às igrejas que estão intimamente ligadas à ordem social e econômica burguesa e capitalista. E que na maioria dos casos se posicionam como adversárias do socialismo, ao não compreenderem a existência de laços comuns entre o ideal socialista e a ética do amor.

Embora, haja razões históricas e atuais para a crítica à Igreja, o socialismo erra quando nega a existência da base solidária e comunitária do ideal cristão, tal como pode ser claramente percebida na pregação do Jesus apresentado nos Evangelhos. Quer dizer, ainda há em amplos setores do socialismo uma hostilidade de princípio contra o cristianismo. Hostilidade esta que fere a ética socialista, tão próxima daquela proposta pelas comunidades cristãs dos primeiros séculos.

E quanto à revolução, é preciso dizer que não existe uma relação natural entre ideal socialista e tática revolucionária. Nem sempre se pode dizer que as táticas propostas pelos socialistas ferem o cristianismo. A Igreja protestante na Europa colocou-se diversas vezes a favor da revolução, quando a opressão de governos instituídos se tornou insuportável, fazendo deles autoridades ilegítimas.

Assim, se as idéias socialistas não traduzem nenhuma oposição essencial, de princípio, com o cristianismo e com a Igreja que vive o princípio protestante, os cristãos podem sem nenhum temor ter uma atitude positiva em relação ao socialismo.

Atitude positiva deve ser entendida como a realização do princípio do amor cristão, que entende a necessidade de eliminar as condições que geram miséria e exclusão. Tal atitude traduz a urgência de combater os fundamentos do egoísmo econômico e de ações para a construção de uma outra ordem social, que sem deixar de ser globalizada, inclua periféricos e excluídos. Isto porque o socialismo não é só tarefa e necessidade de operários e trabalhadores fabris, mas um ideal ético que traduz anseios e esperanças dos mais variados setores da sociedade.









   

samedi 27 mai 2017

A moça na vitrine


A moça na vitrina

Texto de Jorge Pinheiro e fotos de Naira Di Giuseppe, de Amsterdam, Holanda -- O Red Light District, área livre de Amsterdam para o consumo de drogas e sexualidades várias, fica entre Warmoesstraat, Oudezijds Voorburgwal e Oudezijds Achterburwal e suas ruas perpendiculares. É aqui que, por trás de cada vitrina de néon vermelho, moças se colocam, corpos à mostra, a espera de clientes. 

O Red Light District é, na verdade, um parque temático sexual, onde são desovados diariamente milhares de turistas e adolescentes que chegam em ônibus pulmann. Note-se que é proibido tirar fotos das moças que estão nas vitrinas. É um bairro que faz o tipo boêmio, embora aqui tudo seja milimetricamente planejado. Está cheio de bares, sexshops e tabacarias onde você pode comprar sementes de maconha das mais diferentes qualidades. A atmosfera é surrealista. 

As moças nas vitrinas me lembraram a boneca Barbie, que já passou dos 50, mas continua a ser a plastificação da sexualidade de consumo. Aquelas moças estão barbificadas sob as luzes de néon, numa espécie de jogo virtual, onde personalidades e imagens sexuais são criadas para transmitir uma idéia de liberdade que não existe no mundo real. Falo de jogo virtual porque as vitrinas transmitem a sensação de interação on-line, de plataforma virtual, presente no imaginário da garotada que se pluga ali. A moça não existe, mas sim a personagem, ou avatar, que recebe a missão de seduzir. A noção de jogo é sutil, mas está presente e é desafiante.

As moças estão de roupas íntimas, ou nuas, com um olhar maroto para os passantes. Caso haja interesse, negociarão serviços e preços. O serviço padrão é 15 minutos de sexo oral e coito por 50 euros. O que acontece nas vitrines não é domínio do real, mas o virtual usado como plataforma de jogos da imaginação. O comportamento sexual acaba sendo irrelevante ou responsável por emoções de vida real. Num jogo desse tipo, a função do olhar e os possíveis mergulhos no imaginário é o que conta. Por isso, vemos grupos de jovens, tirando sarro, desafiando uns aos outros, como se estivessem num parque de diversões. Não basta olhar, é necessário ser olhado e as moças sabem disso, e provocam com piscadelas ou um sorriso mais provocante e dirigido. E a garotada vem abaixo, como se tivesse realizado uma conquista de verdade. Sexo com a moça da vitrina é de simples execução. Afinal, com a personagem não se dialoga, se pergunta quanto custa. Por isso, apesar da expressão grotesca, é um fast food para jovens em bando. 

Após um século de lutas femininas por direitos e sentido de vida, é difícil, mesmo sob o argumento econômico de que elas fazem assim porque querem, olhar sem constrangimento mulheres enjauladas. 

Aqueles que defendem a permanência da prostituição de vitrina em Amsterdam dizem que tem vantagens, porque as moças são seus próprios patrões, não têm que pagar percentagem dos rendimentos para o proprietário de um bordel -- a não ser o aluguel razoavelmente alto do quarto – e pode escolher seu próprio horário de trabalho. Além do que, dizem, como há um fluxo interminável de clientes, podem faturar algumas centenas de euros por dia de trabalho. E porque trabalhar aqui pode ser mais seguro, pois com um gesto de mão podem acionar um botão para chamar o proprietário ou a polícia. 

Mas a verdade é que tal exposição humilha. Elas estão expostas lá na vitrina para que todos possam ver e, por isso, a maioria delas não vive em Amsterdam. Não querem ser reconhecidas por amigos, parentes e vizinhos. Outro fato importante é que a maioria delas não é natural dos Países Baixos, mas moças que vieram da Europa Oriental ou da América do Sul. 

O Red Light District é o mais antigo bairro de Amesterdam. Tem fachadas do século XIV, canais e becos encantadores. Aqui está a mais antiga igreja da cidade, a igreja de São Nicolau, construída entre 1366 e 1566. E como o bairro era point da marujada, aqui na igreja você encontra as tumbas de almirantes, pinturas e esculturas de barcos. A torre octogonal é de estilo gótico-renascentista, era uma referência para os barcos que atracavam no porto.



vendredi 19 mai 2017

Teologia Socialista



Os caminhos humanos no pensamento de Tillich e Dussel

PARA ABRIR A DISCUSSÃO 

Théodore Monod[1] disse que não somos meio termo, mas complemento. Não somos cinza, mas cores do espectro. Na verdade, os escritos judaicos da Era Comum nos dizem que a eternidade construiu o ser humano e, em seguida, retirou-se para que este humano pudesse construir sua liberdade e o seu lugar. Dessa forma, para este pensamento religioso o ser humano é potencialmente autônomo dentro dos limites da existência, constrói livre-arbítrio e, portanto, responsabilidade. 

Os escritos judaicos, entregues no caminhar da diáspora, entendem que a eternidade aposta na construção permanente do ser humano. A construção do humano, vista dessa forma, não está completa, pois é o próprio ser humano, enquanto pessoa e comuna, quem continua a sua construção. Por isso, a construção da transcendência é a chave para o humano futuro. É o que leva à revolução permanente. Textos da sabedoria judaica, quando falam do acesso ao mundo da transcendência, perguntam: "Você se tornou o que você é?" 


[1] Théodore Monod, Le Chercheur d’absolu, Le Cherche midi, 1997. Foi naturalista, explorador, erudito e humanista francês. Nasceu em 1902 e morreu em 2000.

lundi 15 mai 2017

Les limites de l'égalité et de la liberté: amour et l'unité

La grâce et la paix de Jésus Christ soient dans tous les cœurs. C'est une joie d'être avec nos frères et sœurs dans ce moment de fraternité chrétienne et de culte à notre Créateur, le Dieu éternel. Et je vous transmets les salutations chaleureuses de l'Église baptiste de Perdizes, de l'Ordre des Pasteurs baptistes du Brésil et de la Convention baptiste du Brésil à tous les présents, mais, en particulier, à l'Église baptiste de Montpellier.

Notre sermon reçu un titre :

Les limites de l'égalité et de la liberté: amour et l'unité
Pr. Jorge Pinheiro, PhD

Lorsque nous analysons les conflits vécus par les premières communautés chrétiennes de la Galatie, générées par les inégalités raciales et religieuses (juive / grec), sociale (esclave / gratuit) et le sexe (masculin / féminin), nous voyons que l'apôtre Paul propose une transformation radicale de la situation : l'unité de l'Église dans le Christ prenne les communautés chrétiennes à vivre dans l'égalité et la liberté. En fait, l'apôtre propose, en fin de compte, que les divisions entre les frères et sœurs, à venir la race, le statut social ou le sexe, n'existent pas dans les communautés chrétiennes. 

"Pour la foi en Jésus Christ, vous êtes tous des enfants de Dieu. Étant donné que vous avez été baptisés pour devenir unie avec le Christ et ainsi revêtu avec les qualités du Christ lui-même. Ainsi il n'y a aucune différence entre les Juifs et les Gentils, entre esclaves et hommes libres, entre les hommes et les femmes: vous êtes tous un, car ils sont en Jésus-Christ ". (Galates 3,26 à 28. Nouvelle traduction du New International Version, CFF).

Ces versets de l'apôtre Paul sont la clé pour comprendre la lettre aux Galates. Il est d'elle que Paul parle de la possibilité de surmonter l'inégalité raciale et religieuse, sociale et le sexe dans l'église. Et l'argument de la fondation de l'apôtre est l'unité dans le Christ qui permet à l'égalité et la liberté et qui conduit au corps de l'unité Christ.

Ainsi, Galates 3,26 à 28, coeur de la lettre aux Galates, est une proposition d'ouverture des frontières, le renversement de murs, de surmonter les conflits et les antagonismes qui divisent l'église.

Trois questions difficiles

Sans aucun doute, Paul présente les questions difficiles pour nous baptistes. Nous pouvons dire que les disparités économiques et sociales, ethniques et de genre sont présentes dans les églises, même si nous ne voulons pas ou sommes d'accord avec ces positions. Parfois, il est de la discrimination aux Afro-Brésiliens ou indiens brésiliens, il est parfois la discrimination aux frères migré des régions les plus pauvres, il est parfois la discrimination envers les pauvres ou même la répartition de nos sœurs, simplement parce qu'ils appartiennent au sexe féminin. Donc ce texte Paul a tellement pertinente que lors de l'Apôtre écrit. 

Parlez à la classe sur les inégalités raciales, dans le domaine social et le sexe de votre ville. Et, d'ailleurs, si elle existe également dans son église. S'il invite la classe de prier pour l'amour dans le Christ surmonte toutes les différences et les préjugés et de conserver l'unité de l'église.

Rappelez-vous de son peuple: 

"Saül est allé à Jérusalem et a essayé de rejoindre les disciples de Jésus. Mais tous avaient peur de lui parce qu'ils croyaient qu'il était aussi un disciple de Jésus ". Actes 9:26.

Le Nouveau Testament montre que les églises sont un plan de Dieu pour tous les êtres humains qui acceptent Jésus comme Seigneur et Sauveur. Cela signifie que même ceux qui sont différents, nous seront également appelés.

Le défi de l'égalité et de la liberté 

Nous sommes interpellés par ces deux questions, l'égalité et la liberté. Comme nous l'avons vu à l'époque de Paul, les contradictions dans les communautés du Nord Galatie ont été générées par les disparités raciales, sociales et de genre, mais l'apôtre Paul croyait qu'ils pouvaient être surmontés par l'amour et l'unité dans le Christ.

Le prêtre Antonio Vieira, un des plus importants prêcheurs en portugais, a dit dans le Sermon du Mandat (1643), que « l'amour ne sont pas des lieux syndicaux, mais de volontés ; endroits syndicaux l'extérieur, il avait été en mesure d'annuler la distance, mais comme union des volontés, il ne peut pas refroidir l'absence ". Il a expliqué que le plus grand de l'absence que nous avons est celle du Christ, qui est retourné vers le Père, mais qui est avec nous chaque jour par l'Esprit. Par conséquent, les distances ne peuvent pas nous séparer, si ce genre est, les distances géographiques, les différences raciales, le montant d'argent que nous avons dans la poche ou dans le compte en banque, le fait d'être homme ou femme, peut sembler séparations excessives, peut sembler distincte les corps et les vies, mais ne peut pas et ne doit pas diviser les cœurs. Ils peuvent parfois brouiller les yeux, mais ne peuvent pas refroidir l'amour.

Au 17e siècle, lorsque les premières églises baptistes en Angleterre, le pasteur John Smyth et William Dell, fondateur du Baptiste pensaient que pays, ont fait la différence en augmentant les drapeaux d'égalité et de liberté.

John Smyth et William Dell a défendu la liberté absolue de conscience et utilisés chaque occasion pour montrer qu'il n'y a pas le plan de Dieu que les gens avaient réduit leur liberté de conscience. Dell a constaté que l'usage de la contrainte par les Anglais contre les puritains de pouvoir monarchique, séparatistes et les baptistes étaient un acte nuisible qui ne vient pas du Christ parce que nous sommes tous égaux et donc sauvé par grâce. Mais aussi parce que nous sommes en Christ, libre devant Dieu. Libre d'adorer et de l'égalité parce que la vie de foi ne peut être au-dessus de nous, mais le Christ, le Fils du Dieu vivant.

Donc, ces deux hommes ont compris le message du Nouveau Testament, inspiré par Dieu. Et il est dans nos cœurs la proposition de Paul, qui a présenté le commandement de surmonter les barrières de race, de statut social, le sexe et a montré les Eglises de la Galatie et nous baptistes les fondations de l'amour et de l'unité, qui définissent les limites de l'égalité et la liberté.

Rappelez-vous de son peuple:

"Sur le chemin, il vit un eunuque éthiopien, qui revenait à son pays. Cet homme était un haut fonctionnaire, trésorier et administrateur de la reine éthiopienne de la finance ". Actes 8: 27-28.

L'Ethiopien était noir, un autre rapport à Felipe, mais il a demandé: « Comment puis-je, si quelqu'un ne me guide?". Et cet homme de culture, de couleur, pays différent cru quand l'évangile du royaume présenté.

L'eunuque accepté l'Évangile et a été baptisé. Alors, que dirons-nous à Dieu quand les gens différents, ils nous approchent? Certes, avec gratitude parce que nous sommes appelés à la communion et l'obéissance. Ainsi l'apôtre Paul dit qu'il y a « un seul Seigneur, une seule foi et un seul baptême," même si nous sommes différents les uns des autres. (Ephésiens 4.5).

De la réflexion à l'action

La portée du texte apostolique nous emmènons de la réflexion à l'action sur les trois thèmes qui sont imbriqués dans cette ouverture des frontières: l'égalité, la liberté et l'unité dans le Christ.

Donc Paulo nous oblige à repenser les questions ethniques, l'esclavage et le sexe, en extrapolant les murs de l'église et de présenter tous les chrétiens une proposition d'ouverture de la frontière où il aequalitate, parité, l'égalité des droits et des chances. Et libertate, de sorte que chaque personne peut avoir leur agence en règle des droits humains autonomes devant sa conscience et Dieu, comme son image, qui a garanti leur droit à l'existence et la vie.

Si la révélation est une conversation entre Dieu et l'être humain, dans le Christ, il est de ce dialogue que nous avons les bases pour savoir ce que Dieu veut que nous soyons: libres et égaux, unis pour l'amour du Christ. En ce sens, peu importe comment il est pourri l'être humain, peu importe comment abandonnés et victimes de discrimination sociale, mais il reste la liberté de conscience nécessaire pour accepter le dialogue proposé par le Créateur.

Les baptistes croient que la mission du peuple de Dieu est l'évangélisation du monde, pour la réconciliation de l'homme avec Dieu, indépendamment de la situation financière, sociale ou si elle est homme ou femme. Les disciples de Jésus et les églises ont été appelés à proclamer à travers l'exemple de l'amour et de l'unité dans le Christ et par la prédication de l'Évangile de la paix et de faire de nouveaux disciples du Christ dans toutes les nations ainsi. Il appartient aux Églises baptisent eux et leur apprenant à observer ce commandement de Jésus. Évangélisation et les missions se produisent lorsque nous vivons dans l'égalité et la liberté de l'église et de témoins de la foi à travers nos propres vies.

Rappelez-vous de son peuple:

Jésus lui-même qui nous a donné la ligne directrice: « Je suis le cep, vous êtes les sarments. Qui sont unis avec moi et moi avec lui, porte beaucoup de fruit, car sans moi vous ne pouvez rien faire ". Jean 15.5.

Jésus est la vigne, mais les fruits de la justice proviennent de communautés qui lui sont liés. Puissions-nous tous, unis à lui, les fruits produisent reconnus de la justice et la dignité. Ceci est-ce que Jésus attend de nous.

Ceci est le message de Paul aux baptistes brésiliens et françaises, mais aussi et principalement à notre camarade en Christ, Pr. André Sass Farias:

Si nous sommes un en Jésus-Christ - et qui est ce qui devrait être recherché - l'église ne peut pas être divisée entre Juifs et Palestiniens, entre les puissants et misérables, entre les hommes et les femmes.




La tradition baptiste

La tradition baptiste
Deux aux trois choses qu’il connait d’elle
Jorge Pinheiro

Il s'agit d'un malentendu au sujet des beaucoup de baptistes à penser que leur principale préoccupation est de l'administration du baptême. Les condamnations des baptistes sont basées essentiellement sur la nature spirituelle de l'Eglise et la pratique de la foi ne se pose que dans le baptême en tant que corollaire de cela et à la lumière de l'enseignement NT. La position théologique repris par les baptistes peuvent être présentées comme suit.

La composition de l'Eglise

Conformément à l'église baptiste de conviction est composé de ceux qui sont nés de nouveau par le Saint-Esprit et qui ont été portés à l'épargne personnelle et la foi dans le Seigneur Jésus-Christ. Une connaissance directe et vivante avec le Christ est, par conséquent, être tenues pour fondamentales.

Appartenance à l'église

L'appartenance à l'Eglise du Christ n'est pas basée sur l'accident ou de privilège de naissance, soit dans un pays chrétien ou dans une famille chrétienne. Baptistes donc répudier anglicane et presbytérienne et vue en supprimant le membre de phrase "avec leurs enfants" de la définition de L'église. Positivement, cette église est tenu de l'adhésion indique que l'église est entré volontairement et que seuls les croyants peuvent participer à son ordonnance. Tous les membres sont égaux dans le statut même si elles varient en cadeaux.

La nature de l'Église

À la différence des églises de la nature institutionnelle ou territoriale, le Baptiste conviction s'exprime dans le concept de "l'Eglise rassemblée". Les membres de l'Église sont unis par Dieu dans une vie de fraternité et de service sous la seigneurie du Christ. Sa Les membres sont engagés à vivre ensemble sous ses lois et à entrer dans la bourse créée et maintenue par l'Esprit Saint.

Ainsi, bien que l'église invisible se compose de tous les rachetés, au ciel et sur la terre, du passé, le présent et l'avenir, il peut être vraiment dit que là où les croyants vivent ensemble dans la fraternité de l'Évangile et dans le cadre de la souveraineté du Christ, il n'y a l'église.

Gouvernement de l'Eglise

L'Église locale est autonome, et ce principe de gouvernement est parfois décrit comme le "congrégations ordre des églises." Baptistes croient à la compétence de la bourse locale pour régir ses propres affaires, et en raison de l'importance théologique de l'Eglise locale. Contrairement aux systèmes épiscopal et Réformées de gouvernement d'église, les baptistes ne parle pas de la dénomination de « l'Église baptiste », mais comme « les églises baptistes " dans n'importe quel domaine.

La conviction baptiste est que l'Eglise n'est pas d'être régis par un ordre de prêtres, ni par les tribunaux supérieurs ou central, mais à travers la voix de l'Esprit Saint dans le cœur des membres de chaque assemblée locale. Considérant que, dans un strict ordre démocratique Gouvernement de l'église il y aurait un gouvernement de l'église par l'église baptiste de la position reconnaissance de la règle du Christ dans l'Église par le biais de l'église.

L'ordre de la congrégation des églises, c'est-à-dire, le gouvernement de l'Eglise à travers l'esprit de la congrégation locale, ne doit pas être assimilée à la notion humaniste de la démocratie.

L'indépendance d'une église baptiste a trait au contrôle de l'État, et les Baptistes du XVII e siècle en Angleterre étaient dans le premier rang de ceux qui ont combattu pour cette liberté. Les baptistes ont toujours reconnu la grande valeur de l'association entre les églises et les associations des églises baptistes ont été caractéristiques de la vie de Baptiste au cours des siècles. Toutes ces associations sont volontaires, cependant, et l'erreur ne doit pas être faite de l'hypothèse que l'Union baptiste ou de l'Alliance baptiste mondiale coïncide avec la communauté baptiste.

Les ordonnances de l'Église

Ceux-ci sont normalement parlée des deux, à savoir, les croyants "le baptême et la Cène du Seigneur, mais il serait plus correct de parler de trois et à inclure l'ordonnance de la prédication.

Les Baptistes ont normalement préférable d'utiliser le mot "ordonnance" plutôt que de "sacrement" en raison de certaines idées sacerdotal que le mot «sacrement» a recueillies à elle-même.

Le mot "ordonnance" points d'ordonner à l'autorité du Christ qui se cache derrière cette pratique. Baptistes ce qui concerne la Cène du Seigneur peu après la Zwinglien. Le pain et le vin sont les jetons divinement donné de la grâce salvifique du Seigneur », mais la valeur de Le service se trouve beaucoup plus dans le symbolisme de l'ensemble que dans les éléments de la réalité "(Dakin).

Henry Cook écrit: «Être symbolique de faits qui constituent le cœur de l'Évangile, ils (les ordonnances) éveiller l'âme dans le croyant de tels sentiments d'admiration et d'amour et de prière que Dieu est capable de Son Esprit pour communiquer lui-même dans une vivifiante et enrichissante Son expérience de la grâce et de puissance ».

Les Baptistes reconnaître que les ordonnances sont donc un moyen de grâce, mais pas autrement que ce qui est aussi la prédication de l'évangile. Le poste a été incarné en disant que les ordonnances sont un moyen de grâce, mais pas un moyen de grâce spéciale.

Il fait également partie de l'Baptiste position sur ce sujet que les croyants "le baptême et la Cène sont église ordonnances, c'est-à-dire, ils sont congrégations plutôt que d'actes individuels. Médiation sacerdotale est odieuse pour les baptistes et méprisant à la gloire du Christ, Qui est le seul prêtre.

Ministère de l'Eglise

Le ministère est aussi large que la bourse de l'église, mais pour les besoins de leadership, le terme «ministère» a été réservé à ceux qui a la responsabilité de supervision et de l'instruction.

Les Baptistes ne crois pas à un arrêté ministériel dans le sens d'une caste sacerdotale. Le ministre baptiste n'a pas de "plus" de grâce que celui qui n'est pas d'un ministre, il ne résiste pas toute proche de Dieu, en vertu de sa position officielle ne fait que les plus modestes membres de l'église. Il y a des cadeaux divers, toutefois, et il est reconnu que le don du ministère de la grâce de Dieu, comme Paul lui-même a laissé dans Eph. 3:8.

Un pasteur baptiste devient si en vertu d'un appel de Dieu vers l'intérieur qui, à son tour, reçoit une confirmation de l'appel vers l'extérieur d'une église. Les pasteurs et diacres sont choisis et nommés par l'Eglise locale, même si leur désignation est souvent faite dans le contexte plus général de la bourse des églises baptistes.

Reconnaissance publique de cet appel de Dieu est donnée dans un service de coordination, qui l'ordination, quand elle a lieu, ne confère aucune sorte de supériorité ou de ministres, mais de grâce ne fait que reconnaître et régularise le ministère dans l'église elle-même. L'importance de la coordination réside Dans le fait que l'église elle-même prêche par l'intermédiaire du ministre, et, bien que l'ordination n'est pas destinée à emprisonner l'action de l'Esprit Saint dans les limites d'une ecclésiastique ordonnés prédicateurs, il y a néanmoins une importance considérable attachée à la cause de ceux qui ont l'autorisation Sont à parler au nom de l'église.

Œcuménicité de l'Eglise

On pourrait croire que l'idée de l'unité serait étrangère à baptistes, donné leur point de vue sur une forte indépendance et leur doctrine de l'autonomie de l'église, mais tel n'est pas le cas. Tout dépend de ce qu'on entend par unité.

Pour les Baptistes l'unité peut signifier l'une des trois choses: l'union organique, qui est généralement regardé de façon défavorable sur la coopération avec les autres confessions, ce qui est encouragé dans les limites prescrites, et la coopération avec d'autres baptistes, qui est presque parfaitement acceptable.

Les organisations Baptistes sont en grande partie bénévole, les initiatives de coopération qui n'ont pas de force juridique contraignante sur leurs membres. Cela fait partie de la philosophie Baptiste, permettant une action concertée et de la liberté d'exister en même temps. D'où les valeurs unitaires (et ils sont nombreux) n'existent pas comme des unités, mais sont simplement des collections d'églises baptistes.

Seuls les baptistes américaines ont montré tout l'intérêt, mais quand une étude a montré que moins de 20 pour cent étaient intéressés à la pleine participation, tout projet d'union étaient effectivement mises au rebut. Organique union avec d'autres dénominations, si elle exige l'abandon Baptiste distinctives, est tout simplement hors de la question.

Il n'était en rien surprenant alors que, lors de la Consultation sur l'Union Eglise a été inaugurée dans les années 1960, les baptistes étaient froides à l'idée de se joindre, en particulier depuis une certaine forme de reconnaissance de l'épiscopat et la succession apostolique (c'est-à-dire, l'ouvrage faisant autorité ecclésiastique) seraient tenus de Eux.

En 1908, la Convention Baptiste du Nord était l'un des membres fondateurs du Conseil fédéral des Eglises, il a activement soutenu à la fois le Conseil oecuménique des Eglises et le Conseil national des Eglises.

Coopération avec d'autres groupes, c'est une autre question. Dès la période coloniale américaine baptistes coopéré avec les Quakers et les catholiques romains dans la protection de la liberté religieuse.

Les Baptistes sont aussi actifs dans l'American Bible Society, différentes missions de conseils et de nombreuses organisations civiques et sociales. Il convient de noter, toutefois, que tous les baptistes faveur de cette forme de coopération; baptistes dans le Nord sont plus enclins à coopérer que ceux du Sud. En fait, cela a été une source de tension entre les différents groupes baptistes. Mais la plupart des baptistes considèrent la coopération avec les non baptistes appropriés.

La coopération avec d'autres baptistes est fortement encouragée. Parmi les différents groupes baptistes existe un profond sentiment de camaraderie qui a historique, théologique, psychologique et racines. Quoique assez frappantes différences de style et d'expression existent entre eux, les baptistes ont réussi à coopérer dans suprarégional groupes (tels que l'American Baptiste Convention et de la Southern Baptiste Convention) et à l'international Alliance baptiste mondiale, qui revendique plus de 33 millions de membres dans 138 pays. Ce qui les unit tous est le but exprès de l'alliance, d'exprimer « l'indispensable unité du genre baptiste personnes dans le Seigneur Jésus-Christ, pour donner l'inspiration à la fraternité, et à promouvoir l'esprit de fraternité, le service et la coopération entre ses membres ".

E F Kavan EF Kavan
Elwell Evangelical Dictionary

Bibliographie

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Baptists
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