vendredi 20 décembre 2013

Judas, uma palavra de salvação

A salvação é algo comum a todos quantos, em todos os lugares, invocaram a Cristo como Senhor "À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus,chamados santos,com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso SENHOR Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:" (1aCo. 1. 2).

Judas sentiu a necessidade de concitar os cristãos a batalharem pela fé, ou seja, a lutarem pela doutrina do evangelho, quando percebeu que algumas pessoas que se diziam cristãs estavam pervertendo a mensagem do evangelho. Estes indivíduos que se introduziram em meio ao ajuntamento solene dos que professavam a fé em Cristo e que estavam ensinando doutrinas provenientes de uma concepção ímpia, jamais conseguiriam conspurcar a Igreja de Deus.

Não podemos confundir o ajuntamento solene de pessoas, onde os ímpios também podem comparecer, com a Igreja de Deus, que é formada somente por aqueles que se tornaram membros do corpo de Cristo pela fé. Os homens que comparecem ao ajuntamento solene dos cristãos, fazem isso dissimuladamente, procurando transtornar o evangelho, impondo a libertinagem, e negam a Cristo, único Senhor e Deus.

Desde que iniciou-se a proclamação do evangelho aos povos, os seguidores de Jesus foram perseguidos e confrontados com outras doutrinas. Num primeiro momento, os cristãos foram atacados pelos judaizantes, que alegavam ser necessário aos cristãos circuncidarem- se e guardar a lei, embora Jesus não tenha dado mandamento algum: "Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras, e transtornaram as vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento" (At. 15.24).

Os judaizantes queriam deitar fermento à massa: "Um pouco de fermento leveda toda a massa" (Gl. 5.9), e concitava os cristãos a se circuncidarem. Paulo, porém, alerta que tal apelo é fruto de um outro evangelho (Gl. 1.6,7), que tal chamado não é proveniente de Cristo (Gl. 5.8), e que estes homens querem submeter novamente os cristãos à escravidão. Os judaizantes queriam fazer os cristãos voltarem a confiar na carne, ou seja, em elementos provenientes da origem em Abraão e na lei (Gl. 5.13). O apóstolo Paulo, que poderia e tinha elementos para confiar na sua carne, deixou de fazê-lo para ganhar a Cristo (Fl. 3.4).

Porém, o amado irmão Judas estava enfrentando uma outra categoria de indivíduos dissimulados. O modo como Judas os descreve, aparenta tratar-se de indivíduos dentre os gentios, que ouviram a mensagem do evangelho, porém preferiram a libertinagem como o proceder. Temos de Judas uma confissão da deidade de Cristo, quando ele se refere a Cristo como Senhor, o único Deus anunciado no A. T., o Salvador (Rm. 10.9).

O intuito dos que querem transtornar o evangelho é uma flagrante ação do anticristo, visto que a ação dele é negar a Cristo, comprometendo a verdade do evangelho "Quem é o mentiroso,senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho" (1aJo. 2.22).

A exortação de Judas é idêntica à que Paulo escreveu aos Filipenses: "O que é mais importante, deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo.Então,quer vá e vos veja,quer esteja au-sente, ouça acerca de vós que estais firmes em um mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho" (Fl. 1.27).

“Mas quero lembrar-vos, como a quem já uma vez soube isto, que, havendo o Senhor salvo um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu depois os que não creram; e aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas, até ao juízo daquele grande dia; Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregue à fornicação como aqueles, e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno”.

Embora os cristãos já soubessem da necessidade de estarem engajados na defesa da verdade do evangelho, Judas escreveu para reavivar-lhes a lembrança. Para relembrá-los da necessidade de perseverarem na fé, Judas apresenta três exemplos: a libertação de Israel do Egito, os anjos que não guardaram a sua posição e as cidades de Sodoma e Gomorra.

O mesmo Senhor, que os homens ímpios estavam negando, é o Senhor que resgatou o povo de Israel da escravidão no Egito "E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo" (1aCo. 10.4). Através desta pequena referência ao povo de Israel, Judas quer trazer à lembrança dos irmãos uma lição que eles já haviam aprendido. Sobre Israel e os que foram destruídos, podemos nos socorrer dos ensinamentos de Paulo.

Embora tenha sido resgatado do Egito um povo, nem todos eram israelitas de fato "Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas" (Rm. 9.6). Da mesma forma, nem todos que se apresentavam na assembléia dos cristãos eram verdadeiramente membros do corpo de Cristo.

Os que pereceram no deserto eram descendentes de Abraão, porém, pela incredulidade que havia neles, não vieram a ser contados como filhos de Abraão. Na condição de povo eram israelitas, porém, por não crerem individualmente, não puderam ser contados como filhos de Deus. Judas esperava que os cristãos considerassem que Deus resgatou Israel da escravidão do Egito para tornar conhecido o seu nome em toda a terra, fazendo de Israel sua propriedade particular, dentre todos os povos da terra "Mas, deveras, para isto te mantive, para mostrar meu poder em ti, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra" (Ex. 9.16).

A doxologia da Epístola de Judas é uníssona com o que foi dito pelos apóstolos (1aCo. 1.8; Fp. 1.10; 1aTs. 5.23e24;1aPe-5.10). Esta epístola demonstra que a palavra de um servo de Cristo precisa ser a mesma palavra daquelas dos apóstolos-(Judas-1).

http://www.bibliacomentada.net/article/a-epístola-de-judas-60-6.html