dimanche 29 novembre 2015

Convergência Socialista, alguns arquivos...

De meus arquivos

FONDO CONVERGÈNCIA SOCIALISTA DE CATALUNYA (CSC). 

Documentación de su constitución, en julio de 1974, hasta el año 1976. Tras la celebración del I Congreso Regional, los esfuerzos de la F.S.M. se centraron en la consecución de la unidad socialista. Los primeros contactos se realizaron con Convergencia Socialista de Madrid, integrada en la Federación de Partidos Socialistas. El día 15 de mayo de 1977 se celebró un Congreso de Unificación en el que ambas formaciones políticas quedaron formalmente unificadas.

El Partido Socialista Obrero Español (PSOE) es el que va a recoger el masivo voto de izquierdas. Tras la muerte de Franco consigue dar una imagen de juventud, de dinamismo, de capacidad de organización, de aceptación internacional, que hace que la mayoría de la población acabe identificándolo con la oposición al régimen. Del 5 al 7 de diciembre de 1976, antes de la legalización, el PSOE organiza su primer congreso tras la muerte del dictador, el primero en España tras 32 años, el XXVII Congreso del partido, reuniendo en Madrid a personajes de la talla de Willy Brandt, presidente de la Internacional Socialista, Olof Palme, Primer Ministro de Suecia, Bruno Kreisky, Primer Ministro de Austria, Anker Joergeson, Primer Ministro de Dinamarca, el aplaudidísimo líder socialista chileno Carlos Altamirano, el italiano Pietro Nenni. Todos ellos han llegado para legitimar como secretario general de los socialistas españoles a Felipe González, que encabeza el partido junto a Alfonso Guerra desde el anterior Congreso de Suresnes, en el que la vieja guardia de Ramón Llopis les ha cedido el paso, no sin algún trauma.

La retórica utilizada en el 27º Congreso es extraordinaria: 

Altamirano propone unir los esfuerzos de comunistas y socialistas para construir un bloque anticapitalista de clase,
se usan positivamente palabras como marxismo y República,
se rechaza cualquier posible acomodo con el capitalismo,
se renueva la voluntad de mantener una escuela pública única,
se propone administrar la justicia mediante tribunales populares elegidos por los ciudadanos, 
se quiere implantar en España un modelo nuevo no implantado en ningún país. 

Todo esto euforiza a los militantes, mientras que, de cara al electorado, el lenguaje es extremadamente más moderado y consigue concentrar votos. Además, el PSOE logra reunir bajo sus siglas a Convergencia Socialista, de procedencia católica, y a otras agrupaciones socialistas, como por ejemplo a los catalanes del PSC, que durante el franquismo han llevado una vida prácticamente autónoma. Felipe González no conecta en cambio con el Partido Socialista Popular (PSP) de Enrique Tierno Galván, teóricamente más radical, pero que atrae en la práctica un voto más intelectual, diríamos que azañista, y obtiene 6 escaños en las elecciones.

La simpatía y el carisma de Felipe González junto al populismo de Alfonso Guerra, son en buena parte los responsables de que el PSOE pase del 10% que le vaticinan las encuestas antes de la campaña electoral al 29% (118 escaños) que consigue el 15 de junio.

O PST argentino, liderado por Nahuel Moreno, organizou a formação da Liga Internacional dos Trabalhadores (LIT), uma dissidência da IV Internacional -- Secretariado Unificado, em 1981, em Bogotá. Após a morte de Moreno, em 26 de janeiro de 1987, a LIT viveu sua crise no final dos anos 80 e início da década de 1990. O momento maior da crise foi o fracionamento do Movimento ao Socialismo, que substituira o antigo PST.

A tradição do trotskismo está representada em nosso país por diversas organizações que foram a continuidade uma da outra, mas ao mesmo tempo representaram diferentes fases da sua trajetória: a Liga Operária (1974-1978); o PST de curta vida (meses de 1978) e finalmente a Convergência Socialista (1978 – 1994).

FONTES DE ESQUERDA ONDE O PT BEBEU

O DNA político do Partido dos Trabalhadores formou-se quando o Muro de Berlim era símbolo da divisão ideológica do mundo e as organizações de esquerda seguiam à risca a cartilha marxista. Nas veias do partido criado em 1980, corriam o radicalismo latente de seus métodos de ação, a proposta de ruptura total com o capitalismo e o sonho da hegemonia política dos operários – características herdadas das fontes onde seus fundadores haviam bebido. A base foi assentada sobre o sindicalismo metalúrgico do ABC e sua irresistível capacidade de mobilização. Fora das fábricas, a força vinha das Comunidades Eclesiais de Base, ligadas à Igreja Católica. Umbilicalmente ligadas aos movimentos comunitários e atuantes no meio rural, as CEBs carregaram para dentro do PT uma organização espalhada por todos os cantos do País. O terceiro pé do tripé eram as organizações de esquerda. Naquele momento, militantes dessas correntes estavam sendo libertados ou voltavam para o País depois de longos exílios no exterior. Desembarcavam como “órfãos políticos”, nas palavras do historiador Jacob Gorender. Duramente reprimidas durante os anos de chumbo da ditadura militar, as organizações que os abrigavam haviam se reduzido a pequenos grupos clandestinos com atuação concentrada no movimento estudantil. Eram trotskistas, como O Trabalho e Convergência Socialista. Ou leninistas, a exemplo do Movimento de Emancipação do Proletariado e o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário. Ou até maoístas como a Ala Vermelha. O PT oferecia para eles uma numerosa base operária e popular – que até então existia mais nos discursos desses grupos do que em seus quadros de filiados. Em contrapartida, entregaram ao PT conceitos políticos e métodos de organização partidária – antigas carências dos sindicatos e das CEBs.

O PT nasceu assim e assim ficou nos anos seguintes. Se a prática era inovadora, o ideário baseava-se em Trotsky e Stalin. Sua pregação consistia em “mobilizar o operariado explorado” para que, unido ao “campesinato excluído pelos grandes latifundiários”, criasse uma sociedade livre dos “vícios pequeno-burgueses”. Nela o poder “emanaria da ditadura do proletariado”, permitindo assim a “socialização dos meios de produção”, a “reforma agrária radical” e o “fim da propriedade privada.” Hoje esse emaranhado de jargões parece tão anacrônico quanto o Muro de Berlim. Mas durante anos essa marca colou como tatuagem na imagem do PT e transformou-se em um fardo eleitoral para o partido. 

Duas eleições presidenciais perdidas levaram seus dirigentes a suavizar as feições partidárias. Em 1995, a ala mais moderada, reunida em um grupo batizado de Articulação, abriu os cotovelos e empurrou para as margens do universo petista as tendências mais radicais. Não foi uma guinada fácil. As camisas-de-força impostas a essas correntes provocaram rachaduras que não cicatrizaram. A Convergência Socialista, por exemplo, abandonou o PT e criou o Partido Socialista dos Trabalhadores Unidos, o PSTU. O mesmo caminho foi seguido pela Causa Operária, e assim nasceu o Partido da Causa Operária (PCO). Outras se adaptaram às novas diretrizes. O Partido Comunista Revolucionário (PCR) dissolveu-se e permaneceu nos quadros petistas. Não fosse assim, seu mais 
famoso militante, José Genoino, talvez não fosse o candidato ao governo de São Paulo.

Mais silenciosos hoje, esses grupos fundiram-se, mudaram de nome, mas conservam os princípios ideológicos. Mantêm participação ativa, embora o controle esteja nas mãos do Campo Majoritário, sucessor da Articulação. A convivência de grupos cada vez mais estranhos entre si pode ser atribuída a Lula e José Dirceu. Foram eles, desde sempre, os costureiros dessa grande colcha de retalhos. Com o passar dos anos, ajudaram a transformar o PT em tecido resistente, aparentemente sem fissuras e com pespontos invisíveis aos olhos menos acostumados à política. Lula tem sido o nome aceito por todas as tendências. 

O ecletismo do PT é encontrado em outros partidos. Só que em seu caso isso é exposto publicamente. Até mesmo na criação de seu símbolo, a famosa estrela vermelha, a pluralidade foi registrada. Era uma noite quente de 1980 e um grupo de sindicalistas estava reunido em um boteco em São Bernardo. A conversa era regada a cerveja e rabo-de-galo, mistura de cachaça e cinzano. Um dos presentes, o jornalista Júlio de Gramont, rabiscava um guardanapo e mostrou para Lula: o desenho de uma estrela de cinco pontas. “Esse é o símbolo do PT”, teria dito. “As pontas representam a pluralidade.” Nas eleições de domingo 27, a estrela incorporou-se de vez à constelação política do País – algo que parecia impossível nos sonhos daquela noite de verão de 1980, mesmo sendo embalados por goles de cerveja e rabo-de-galo. Para muitos, essa história é lenda, mas quem se importa com isso?

Revista IstoÉ, Quarta-feira, 30 de Outubro de 2002
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