dimanche 18 décembre 2016

Ouro, incenso e mirra

 O QUE VOCÊ VAI DAR A ELE?

Mateus 2.11

Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra.

Situando o acontecimento

1.  E quando eles entraram na casa. Atenção, não entraram no estábulo, porque depois que acabou o recenseamento e as pessoas foram voltando para suas aldeias de origem, não deve ter sido difícil para a família encontrar uma casa para alugar em Belém.
 
2.  Viram o menino. A idéia aqui é que encontraram, depois de tanto esforço, aquele que eles procuravam.
 
3.  O bebê com Maria, sua mãe. Aqui há alguns detalhes interessantes. Em primeiro lugar, fala da criança, depois de sua mãe, mas não há nenhuma referência a José. Aqui, a teologia entende que o padrasto de Jesus, não é citado, por não ser visto como pai provedor, já que o Pai provedor de Jesus é o Deus Criador.
 
4.  E lançando-se no chão o adoraram. Esta não é uma mesura diplomática diante de um rei judeu. Aqueles viajantes estavam extasiados, tomados de alegria, e expressaram estes sentimentos em gestos de adoração. E a continuação do versículo deixa isso claro.
 
5.  E abrindo os seus tesouros ofereceram-lhe suas ofertas. O texto aqui nos remete à Bíblia hebraica e ao costume de entregar ofertas a Deus. A expressão utilizada aqui para ofertas só aparece sete vezes no Novo Testamento e todas as vezes no sentido de oferta entregue a Deus.

Sem dúvida, devemos entender que aqueles sábios terminavam sua peregrinação religiosa, entregando ao Messias de Deus presentes especiais.

Que presentes eram esses?

1.  Ouro, incenso e mirra. Na Bíblia hebraica, não há nenhum caso de um soberano que tenha sido, claramente, presenteado com ouro, incenso, e mirra. A rainha de Sabá ofereceu a Salomão especiarias, pedras preciosas e muito ouro, conforme 1 Reis 10:2 [Ela chegou com um grande grupo de servidores e também com camelos carregados de especiarias, pedras preciosas e uma grande quantidade de ouro. Quando se encontrou com Salomão, ela lhe fez todas as perguntas que pôde imaginar]. Mas não sabemos que especiarias eram essas.

Mas é interessante que Isaías [60. 3 e 6] diz que atraídos pela sua luz, Jerusalém, os povos do mundo virão; o brilho do seu novo dia fará com que os reis cheguem até você. A multidão de camelos te cobrirá, os dromedários de Midiã e de Efa; todos virão de Sabá; trarão ouro e incenso e publicarão os louvores do SENHOR”. Ou seja, fala dos camelos e dromedários que vieram do golfo de Ácaba e do sul da Arábia, da região do Iêmen, trazendo entre outras ofertas, ouro e incenso. 

2.  O incenso era produzido a partir de uma resina aromática de certas árvores que, misturada com especiarias, era queimada nas cerimônias de adoração a Deus, de manhã e à tarde no templo. O incenso era um símbolo das orações que subiam para Deus.

3.  A mirra era uma resina tirada de uma pequena árvore do Oriente Médio, com a qual se fazia um perfume agradável e um remédio que, misturado com vinho, servia como calmante.

Símbolos da realeza

Essas três ofertas mostram a importância da criança. O ouro foi apresentado ao Rei Menino como símbolo da realeza dele.

O incenso como símbolo da sua divindade. E a mirra como símbolo dos sofrimentos que haveria de sofrer.

As três ofertas nos falam de alguém que tem duas naturezas: divina e humana. Assim, vemos nesses presentes, o Cristo Senhor e Rei; o Cristo Sumo Sacerdote da ordem de Melquisedeque; e o Cristo Servo Sofredor.

O que você vai dar a Ele?

Esses foram os presentes que o Menino Deus recebeu naquele primeiro natal. E o que você dará a ele neste Natal.

1.  O ouro de suas posses e bens, em reconhecimento de que Ele é Senhor e Rei da sua vida?

2.  O incenso de sua adoração mais sincera, em reconhecimento de que Ele é o Sumo Sacerdote, único e eterno, que intercede por você junto ao Pai?


3.  A mirra da entrega de suas dores e sofrimentos humanos, em reconhecimento de que Ele sim é o Servo Sofredor, que morreu em seu lugar?


Do seu pastor e amigo, Jorge Pinheiro.



Advento

A festa da luz de Deus entre nós


O povo que andava na escuridão viu uma forte luz: a luz brilhou sobre os que viviam nas trevas (Isaías 9.2).

É comum todos os anos ouvirmos estas palavras do profeta Isaías, nas comemorações do nascimento de Jesus. E a cada ano, elas têm um novo sabor e fazem reviver o clima de esperança e alegria, que é típico do Natal.

Ao povo oprimido e atribulado que andava nas trevas, apareceu uma forte luz. Sim, esta luz forte, que irradia da humildade do presépio é a luz da salvação. Se a primeira luz foi a da criação, no início de todas as coisas, conforme nos conta o livro de Gênesis (1.3), muito mais luminosa e forte é a luz que traz a salvação a todo o homem de boa vontade, porque traduz o milagre do próprio Deus feito homem!

O Natal é a festa da luz de Deus entre nós. No Menino de Belém, a luz primordial volta a resplandecer no céu da humanidade e dissipa as nuvens do pecado. O brilho do triunfo definitivo de Deus aparece no horizonte da história para propor aos homens um caminho novo, um futuro de esperança.

Do seu pastor e amigo,
Jorge Pinheiro