mardi 28 août 2007

Programa de Estudos da Realidade Brasleira

OBJETIVO
O estudo da Realidade Brasileira é essencial porque não se pode pensar hoje um cidadão brasileiro que não seja solicitado a refletir o momento político e social que o País vive. Isso significa que todos deveriam ter uma concepção da história de nossa formação enquanto povo e dos desafios a que somos chamados a responder. Tal concepção da multiculturalidade brasileira deve reforçar ou modificar maneiras de agir e pensar o tempo brasileiro. A história da formação e do sentido do Brasil permite reflexões para a superação da consciência ingênua e o desenvolvimento de uma consciência crítica, pela qual a experiência vivida é transformada em consciência compreendida da realidade brasileira.
ABORDAGEM
Optamos por uma abordagem temática dos assuntos, sem descuidar da referência necessária à história da formação e sentido do Brasil, que permita estabelecer o fio condutor da exposição dos temas. Isto porque fazer um estudo da história e formação do povo brasileiro implica em fazer antropologia do povo brasileiro e sociologia da cultura. Tais abordagens não podem ser encaradas como atividades solitárias, mas enquanto diálogo entre pensadores que expõem diferentes visões.
AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados por sua participação em classe (peso 3), pelos seminários apresentados (peso 4) e por uma prova final (peso 3).
MATÉRIA
1. O processo civilizatório
Povos germinais / O barroco e o gótico / Atualização histórica
Darcy Ribeiro, O povo brasileiro, a formação e o sentido do Brasil, São Paulo, Companhia das Letras, 2002, pp.64-80.
2. Gestação étnica
Os brasilíndios / os afro-brasileiros / os neobrasileiros / os brasileiros / ser e consciência.
Darcy Ribeiro, O povo brasileiro, a formação e o sentido do Brasil, São Paulo, Companhia das Letras, 2002, pp.106-140.
Jorge Pinheiro, Somos a imagem de Deus, São Paulo, Ágape, 2000, pp. 94-104.
3. Processo sócio-cultural
Classe e poder / distância social / classe e raça
Darcy Ribeiro, O povo brasileiro, a formação e o sentido do Brasil, São Paulo, Companhia das Letras, 2002, pp.208-227.
Jorge Pinheiro, Somos a imagem de Deus, São Paulo, Ágape, 2000, pp. 107-167.
4. O destino nacional
As dores do parto / confrontos
Darcy Ribeiro, O povo brasileiro, a formação e o sentido do Brasil, São Paulo, Companhia das Letras, 2002, pp.447-456.
Jorge Pinheiro, Os batistas e os desafios da brasilidade, São Paulo, Igreja sem fronteiras, 2002.
___________, Somos a imagem de Deus, São Paulo, Ágape, 2000, pp. 169-172.
BIBLIOGRAFIA OBRIGATÓRIA
Darcy Ribeiro, O povo brasileiro, a formação e o sentido do Brasil, São Paulo, Companhia das Letras, 2002.
Sérgio Buarque de Holanda, Raízes do Brasil, São Paulo, Cia das Letras, 2007.
BIBLIOGRAFIA AUXILIAR
Antonio Gouvêa Mendonça, Protestantes, pentecostais e ecumênicos, o campo religioso e seus personagens, São Bernardo do Campo, UMESP, 1997. Ler capítulo 3, Protestantismo e Cultura.

Programa de Apologética Cristã

Objetivo
O estudo da Apologética Cristã é importante porque possibilita ao aluno correlacionar o cristianismo com outras leituras da realidade, sejam elas filosóficas ou religiosas. Isso permite aos futuros profissionais da teologia construir uma concepção de mundo que permita o diálogo com outras formas de pensar, mas ao mesmo tempo permite balizar teologicamente sua vida ministerial.
Abordagem
Optamos por uma abordagem temática, sem descuidar da referência necessária à história dessa área da Teologia, que permita estabelecer o fio condutor da exposição dos temas. Isto porque fazer Apologética não deve ser visto como atividade solitária, mas que se faz através do diálogo entre pensadores, igreja e fiéis quando expõem suas diferenças.
Avaliação
Os alunos serão avaliados por sua participação em classe (peso 3), pelos seminários apresentados (peso 4) e por uma prova final (peso 3).
PROGRAMA DA DISCIPLINA
O propósito básico da Apologética foi expresso por Pedro: “estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós...” (I Pedro 3:15). A Apologética, então, é a resposta para perguntas e questões sobre a fé cristã, tanto as questões levantadas pelos próprios cristãos, como os questionamentos apresentados pela sociedade. Sendo assim, a Apologética envolve temas que incluem:
1. A natureza da revelação especial.
2. Evidências para a veracidade do evangelho.
3. O lugar do Espírito na criação da fé.
4. O estudo de outras religiões e cosmovisões.
5. A questão da fé versus razão.
6. A possibilidade do conhecimento de Deus através da natureza.
7. A natureza e a existência de milagres.
8. Provas racionais para a existência de Deus.
9. A natureza do conhecimento histórico.
10. O lado moral e espiritual da natureza humana.
11. A diferença entre o método científico e o método teológico.
12. A ciência e a fé.

Bibliografia
Lloyd Geering, Deus em um mundo novo, São Paulo, Fonte Editorial, 2005. (Leitura dos capítulos 15-21).
William L. Craig, A veracidade da fé cristã, uma apologética contemporânea, São Paulo, Ed. Vida Nova, 2004.

Cosmovisões: roteiro de estudo

Introdução às cosmovisões.
A. O que é cosmovisão? Realidade e estruturas conceituais. Consciência e omissão. A definição de Deus nos dá o elemento central de uma cosmovisão. Toda cosmologia leva a princípios e valores da vida.
B. Existe uma cosmovisão cristã? Qual é a sua base? Deus infinito (Sl.25:14; Is. 43:10; Sl. 90:2), pessoal (Ex.3:14-15; Is. 55:8-9; Sl.135:5-6), criador (Gn.1:1; Sl.148:3-5, 33:6-9; Hb. 11:3), sustentador do universo (Sl.14:20, 147:8-9; Ne. 9:6), amor (Lm.3:22-23; Jo.3:16; Rm 5:8) e santo (Hc.1:13; Sl. 5:4; Jr. 9:23-24). Único (Dt. 6:4-5; Is. 45:5-6) e plural (Mt.11:27; Jo.17:5; 15:26; At.1:8, 2:1-4).
C. A Trindade e a unidade/diversidade do universo. Deus criador: João 1:1-3; Rm.11:36; Cl.1:16-17, Hb. 1:2, 11:3; Tertuliano (Adversus Praxean), Zwinglio (Bromiley, G.W., Zwingli and Bullinger, Londres, SCM Press, 1953, p.249). Unidade/diversidade; determinismo/individualidade (Pieratt, Alan, “Pensando no Céu”, in Imortalidade, Shedd, R e Pieratt, A., São Paulo, Edições Vida Nova, 1992, p.231-245).
Bibliografia: Chapman, Colin, Cristianismo: A Melhor Resposta, Edições Vida Nova, págs. 15-23.
Horrel, J. Scott, Uma Cosmovisão Trinitariana, Vox Scripturae, volume IV, No 1, pág. 55-77.
Pieratt, Alan, Pensando no Céu, in Imortalidade, Shedd, R e Pieratt, A., São Paulo, Edições Vida Nova, 1992, pp.223-245.
Ateísmo
A. Quais as bases fundamentais do ateísmo e do agnosticismo radical? Deus não existe. É impossível saber.
B. Como um filósofo ou cientista ateu ou agnóstico radical responderia a estas três perguntas: (1) por que o universo existe? (2) por que o homem existe? (3) qual é o papel do indivíduo no universo? As opiniões de Friedrich Nietzsche e Jean Paul Sartre.
C. Comunismo, existencialismo e humanismo: respostas que deixam a desejar. Deus não existe? Que certeza é essa? Um novo panteão: utopias e angústias.
Bibliografia: Chapman, Colin, Cristianismo: A Melhor Resposta, Edições Vida Nova, págs. 39-43.
Panteísmo
A. O que é panteísmo? Infinitude e impessoalidade. Universo/aparência. Nada existe além do que se vê e toca (aparência). Só o presente existe.
B. Qual é a posição panteísta em relação ao universo, à vida espiritual e à morte?
C. Qual as características do panteísmo hindu? A fala de Bhahman no Bhagavad Gita. O panteísmo na filosofia européia (Spinoza / Deus é pensamento e extensão; Hegel / Deus é história e consciência). O panteísmo na teologia moderna (Tillich e John Robinson / Deus é profundeza; Teilhard de Chardin / Deus, através da evolução, estará em todos). A teologia da morte de Deus: T. Altizer e William Hamilton.
Bibliografia: Chapman, Colin, Cristianismo: A Melhor Resposta, Edições Vida Nova, págs. 45-58.
Teísmo
A. Quais os conceitos que norteiam o teísmo?
B. Por que não somos judeus, nem muçulmanos? Unitarianismo. Determinismo. Cabalismo (Sefer Ietzirá, in Guinsburg, J., Do Estudo e da Oração, São Paulo, Editora Perspectiva, 1968 págs. 563-566). Sufismo (Al-Junaíde).
C. Em que sentido o cristianismo trinitariano é superior ao teísmo judaico e muçulmano; ao deísmo/agnosticismo filosófico (Thomas Hobbes) e ao misticismo (hippies, Beatles, Nova Era)? Ex 33:18-23, 34:5-7; Is 6:1-5; Ez 1:26-28; Jr 9:23-24; Jo 1:18, 14:8-10; Ap 1:12-17; I Pe 1:8.
Bibliografia: Chapman, Colin, Cristianismo: A Melhor Resposta, Edições Vida Nova, pp. 25-30, 59-67.
Debate Apologético
A1. Mesa redonda entre os seis grupos formados. Moderador: Jorge Pinheiro.
A2. O grupo A deve fazer uma exposição sobre cosmovisão e suas implicações na vida humana. O grupo B sobre a cosmovisão cristã. O grupo C sobre Trindade e cosmovisão cristã, o grupo D sobre ateísmo, o grudo E sobre panteísmo, e o grupo F sobre teísmo e suas variantes. Cada grupo tem 5 minutos para exposição.
A3. Enquanto cada grupo expõe, os demais devem anotar os itens que foram mal desenvolvidos ou esquecidos.
B1. Depois das exposições abre-se o debate. Serão realizadas quatro rodadas. Cada grupo tem o direito de fazer uma pergunta por rodada a outro grupo. O direito de resposta é de um minuto. Nesta fase não há direito a réplica.
B2. Após as quatro primeiras rodadas abre-se uma última, com direito a réplica. O tempo de resposta é de um minuto e a réplica também.
B3. O moderador pode intervir, cortar a palavra e colocar novas questões no debate.
C1. A participação no debate é obrigatória para todos os alunos do curso. O não comparecimento implica em perda da nota. Durante o debate qualquer aluno pode ser questionado. Deve responder quem for perguntado. Caso não saiba a resposta, pode passar para um colega do mesmo grupo, mas o grupo perde ponto.
C2. Uma boa exposição equivale a cinco pontos. Cada pergunta bem respondida pelo grupo equivale a um ponto. Na última rodada, com direito a réplica, cada grupo deve fazer o melhor, pois é a última chance de recolocar-se, caso tenha vacilado anteriormente. Posicionando-se negativamente nessa última rodada o grupo perde um ponto do acumulado anteriormente.
C3. O debate será gravado em vídeo.
Bibliografia obrigatória
Chapman, Colin, Cristianismo: A Melhor Resposta, São Paulo, Ed. Vida Nova, 1985, parte um: Indagações sobre Deus, o homem e o universo... Págs. 9 - 67.
Sproul, R. C., Razão para Crer, SP, Mundo Cristão, 1991, capítulo 7, “Não Há Deus”, pág. 75; capítulo 6, “Não Preciso de Religião”, pág. 63; capítulo 4, “O Cristianismo É Uma Muleta Para os Fracos”, pág. 43.
Bibliografia recomendada
Green, Michael, Mundo em Fuga, SP, Vida Nova
Little, Paulo, Você Pode Explicar sua Fé?, SP, Mundo Cristão, 1972
Pinnock, Clark, Viva Agora, Amigo, Atibaia, Fiel
Stott, John R. W., Cristianismo Básico, SP, Vida Nova