Autoridade e submissão
Eu e você vivendo o Shavuot do Espírito
Jorge Pinheiro
Jorge Pinheiro
Êxodo 17.8-13
“Os amalequitas vieram e atacaram
os israelitas em Refidim. Então Moisés deu a Josué a seguinte ordem: Escolha
alguns homens e amanhã cedo vá com eles lutar por nós contra os amalequitas. Eu
ficarei no alto do monte, segurando o bastão de Deus. Josué fez o que Moisés
havia ordenado e foi combater os amalequitas. Enquanto isso, Moisés, Arão e Hur
subiram até o alto do monte. Quando Moisés ficava com os braços levantados, os
israelitas venciam. Porém, quando ele abaixava os braços, eram os amalequitas
que venciam. Quando os braços de Moisés ficaram cansados, Arão e Hur pegaram
uma pedra e a puseram perto dele para que Moisés se sentasse. E os dois, um de
cada lado, seguravam os braços de Moisés. Desse modo os seus braços ficaram
levantados até o pôr-do-sol. E assim Josué derrotou completamente os
amalequitas”.
1. Shavuot é a época da colheita dos primeiros frutos
É lindo vermos que esta festa (Shavuot [sete] semanas)
nos fala da colheita dos primeiros frutos que a terra produziu. É o tempo de
receber os frutos da terra que foi abençoada pelo Deus Eterno. Então celebra-se
a alegria de poder colher, e aqui vem então a ordem do Eterno para festejarmos,
levando ao Eterno os primeiros frutos, que representam a força da terra, que simbolizarem
também o restante da colheita através da consagração dos primeiros frutos (Dt
26.2). Esta atitude mostra o nosso reconhecimento de que todas as bênçãos
derramadas e manifestas de forma visível provêm do Deus Eterno e que também nós
lhe devolvemos o que Ele nos deu através das primícias.
É uma festa de alegria, pois é a festa das colheitas.
Ação de graças pela colheita do trigo. Judeus voltam a Jerusalém, trazendo família
e amigos. É a festa das sete semanas, por ser celebrada sete semanas depois da
festa da Páscoa, no 50o. dia.
No primeiro Shavuot, depois da morte de Jesus,
cinquenta dias depois da Páscoa, o Espírito Santo desceu sobre a comunidade
cristã de Jerusalém na forma de algo que lembra línguas de fogo. Todos ficaram
cheios do Espírito e começaram a falar em outras línguas (At 2,1-4). As
primícias do Shavuot prometido pelo Cristo aconteceram naquele dia, pois foram
muitos os que se converteram e foram recolhidos para o Reino.
Este Shavuot foi prometido por Jesus: "...ordenou-lhes que não se afastassem de
Jerusalém, mas que esperassem a realização da promessa do Pai a qual, disse
Ele, ouvistes da minha boca: João batizou com água; vós, porém, sereis
batizados com o Espírito Santo dentro de poucos dias" (At 1.4-5).
O santo Espírito procede do Pai e do Filho: "quando vier o Consolador, que vos enviarei da
parte do Pai, o Espírito da verdade que vem do Pai, ele dará testemunho de mim
e vós também dareis testemunho..." (Jo 15.26-27).
1. MOISÉS, autoridade e submissão. Verso.9
Ele tomou a iniciativa assim que viu a necessidade. Chamou Josué para
defender o povo e foi para o monte interceder. Ele viu que era preciso de gente
para lutar e para orar.
Este ministério é tão importante que quando Moisés levantava a mão
abençoando o povo de Deus prosperava e quando abaixava perdia (v.11).
Moisés se cansava e precisava de ajuda para continuar de mãos erguidas.
Isso mostra que quem está à frente também se cansa e precisa de apoio (v. 11).
Deus nos chama para tomar iniciativa e abençoar!
2. Shavuot é oração de confissão
Neste momento é que agimos de forma positiva na
entrega das primícias ao Deus Eterno. Então chega o momento de confessar ao Deus
Eterno seus feitos passados e presentes, milagres estes que nos possibilitam
ofertar a Ele as primícias. Neste momento, estamos ligados com o corpo de
Cristo, em sua história passada e presente e vemos o cumprimento profético
daquilo que foi prometido a Israel. O fato de apresentar-se com suas primícias
e a oração de confissão demonstram que estamos ligados ao Deus Eterno, e que
pela fé entramos na dimensão profética da Palavra, entregando ao Deus Eterno
aquilo com que Ele nos abençoou.
ARÃO e HUR, ajuda e companheirismo
Junto com Moisés estavam Arão e Hur, eles viram que Moisés estava
cansado e providenciaram uma pedra para ele se sentar e também ficaram
segurando as mãos de Moisés para o ajudar a abençoar o povo até o anoitecer.
Esta nos remete ao Shavuot prometido pelo Cristo. Moisés precisava de um
apoio para se firmar e o derramar do Espírito nos dá autoridade e poder.
JOSUÉ, obediência e coragem
Josué era um homem de aproximadamente 40 anos. Ele não questionou
Moisés, Arão e Hur ficarem orando, mas obedeceu e partiu para a luta com a
confiança de que alguém estava orando por ele.
Josué foi corajoso, enfrentou o problema e venceu, mas com a ajuda dos
irmãos. Às vezes o sucesso da obra não é devido a quem está na frente, mas
àqueles que estão abençoando e apoiando. Por isso a vitória não era só de
Josué.
Shavuot é um tempo de profunda alegria
Ninguém deve aparecer diante do Deus Eterno no
derramar do Shavuot, pois neste tempo não cabe tristeza. É o tempo do
reconhecimento do bem que o Deus Eterno tem dado a nós. É tempo de louvar, é o
momento em que nosso espírito exulta de alegria perante o Deus Eterno.
Shavuot é exteriorizar aquilo que está acontecendo dentro
de nós. É quando o Espírito abre as comportas de nosso coração. Mas é também
ato profético. Quando adoramos desta forma cremos que as bênçãos do Deus Eterno
continuarão a nos alcançar e que o Senhor não deixará de nos visitar com sua
presença vinda do alto.
É Shavuot! É tempo de celebração! É tempo de profundo
júbilo! Este é o tempo de profetizarmos a vitória no Shavuot que Cristo nos
deu! É tempo do Espírito da verdade em nossas vidas.
O Espírito fortalece-nos para a missão de testemunhar
e anunciar Jesus ao mundo. Para isso recebemos a plenitude de seus dons e a
capacidade de proclamar a todos a quem somos enviados o Evangelho de Jesus. O
Espírito é o amor do Pai e do Filho derramado em nossos corações.
O amor é fogo que arde, é chama que aquece e é força
que aproxima e une. O milagre das línguas é este: tomados pelo amor de Deus as pessoas passam a viver uma profunda comunhão e entre elas se estabelece a
concórdia e a paz destruída pelo orgulho de Babel, raiz da discórdia e da
confusão das línguas.
E aí, o que vamos fazer?
Levantemos nossas mãos, vamos bendizer, vamos abençoar. Vamos receber
este Espírito prometido que recebe nossa submissão e nos dá autoridade. Vamos
celebrar o Shavuot do Cristo, vamos celebrar o Pentecostes.