lundi 21 août 2023

A igreja, corpo de Cristo

A igreja como corpo de Cristo


A cultura sexual de Corinto tinha entrado na igreja. Um exemplo da presença da cultura grega na igreja de Corinto, foi o fato de um homem ter se casado com sua madrasta. O texto não fala se o primeiro marido já tinha morrido ou não, mas a partir da lei dada a Moisés, conforme Levítico 18, Deus disse: 

6 Nenhum homem se chegará a qualquer parenta da sua carne para descobrir a sua nudez. Eu sou o Senhor. 7 Não descobrirás a nudez de teu pai e de tua mãe; ela é tua mãe; não descobrirás a sua nudez. 8 Não descobrirás a nudez da mulher de teu pai.

Assim, Paulo considera que aquele cristão cometeu uma abominação, e sobre isso Deus tinha dito: “29 Porém qualquer que fizer alguma dessas abominações, as almas que as fizerem serão extirpadas do seu povo.” 

E Paulo pede que exclusão daquele homem (cf. capítulo 5).

Outro problema na igreja de Corinto, era que irmãos estavam levando irmãos aos tribunais da cidade. Paulo exorta à fraternidade, ao perdão, e pede que, se o conflito permanecer, tenham sua disputa arbitrada pelos santos na congregação (cf. 6.1-11).

Os cristãos e a sexualidade. A questão anterior, da abominação cometida por um irmão, leva Paulo a falar sobre a vida conjugal dos cristãos. Realça os benefícios do casamento e, de forma prática, pastoral e não teológica, relaciona casamento e sexualidade (cf. 7.1-16). Mas chama os cristãos a assumirem o seu estado de vida (cf. 7.17-28), sem perder de vista que a vida eterna tornará o estado atual secundário (cf. 7.29-33). E destaca a virgindade como estado que agrada a Deus (cf. 7.34-40).

Cuidado para não cair, ou seja, a não se submeterem aos aspectos negativos da cultura de Corinto. Assim, convida os cristãos a não capitularem às pressões culturais e sociais daquela sociedade (cf. 10.1-10). E devem ter em conta que Deus não permite que as tentações estejam além de nossas forças (cf. 10.11-14).

A comunhão que existe entre os cristãos (cf 10.15-18) implica em reconhecer que a liberdade dos cristãos está ao serviço da edificação do nosso próximo, para a glória de Deus (cf. 10.23-33).

Devemos participar dos cultos de forma digna. O véu para as mulheres era uma forma de se diferenciar as prostitutas cultuais, que não cobriam a cabeça e raspavam os cabelos. E também para cobrir os cabelos, que traduziam naquela cultura a sensualidade (cf. 11.1-16). E recorda a necessária dignidade dos cristãos que participam na Ceia do Senhor (cf. 11.17-34).

Para ilustrar a diversidade de dons espirituais, recebidos para o bem comum (cf. 12.1-7), Paulo toma o exemplo do corpo humano, que é composto por diferentes membros, mas conduzido por uma vontade (cf. 12.8-31).