jeudi 6 octobre 2016

O protestantismo e sua ética solidária

Protestantismo e memória
Jorge Pinheiro


De pé ao lado do leito, movendo em silêncio os lábios, ela orou com lágrimas ao Eterno, dizendo: Senhor, D'us de Israel, dai-me força. Olhai agora o que vão fazer minhas mãos, a fim de que, segundo a vossa promessa, levanteis a vossa cidade de Jerusalém, e eu realize o que acreditei ser possível graças a vós. Dizendo isto, aproximou-se da coluna que estava à cabeceira do leito e tomou a espada que ali estava pendurada; desembainhou-a e, tomando os cabelos de Holofernes, disse: Senhor, dai-me força neste momento! Feriu-o duas vezes na nuca e decepou-lhe a cabeça. Desprendeu em seguida o cortinado das colunas, e rolou por terra o corpo mutilado. Feito isto, saiu e deu à sua serva a cabeça de Holofernes para que a metesse no saco. Depois saíram ambas, como de costume, como se fossem para a oração. Atravessaram o acampamento, contornaram o vale e chegaram às portas da cidade..


O protestantismo e sua ética solidária abrem caminho para uma compreensão da história e dos movimentos políticos e ideológicos do século passado na América Latina. Falar de ética do protestantismo remete ao clamor contra a idolatria social e traduz um posicionamento crítico, que propõe julgamento e transformação da realidade. Tal movimento contra à barbárie histórica é tarefa que inclui as comunidades de fé, que em sua ação social devem elaborar uma mensagem de esperança para o mundo dos excluídos. Nesse contexto, o século vinte na América Latina abriu os caminhos da liberdade, mas fez-se inseguro dentro de sua própria autonomia, pois se por um lado as comunidades de fé, confissões e denominações protestantes de conjunto tentaram romper a insegurança da sociedade ocidental o fizeram favorecendo a submissão à hierarquia e à tradição. Mas a liberdade experimentada pelas comunidades não pode ser esquecida, nem abandonada, por isso, aqueles que militaram no protestantismo e aprenderam a protestar não querem mais se submeter à hierarquia e à tradição.

O conceito protestante de barbárie histórica traduz aquelas realidades e momentos de ameaça à existência, quando os direitos e seguranças são questionados, e está intimamente ligado ao clamor contra a idolatria social. Esse posicionamento crítico de julgamento e transformação da realidade parte da compreensão de que a vida em liberdade só é possível através da realização da justiça. Por isso, é difícil separar ética protestante e crítica social.

Ao construir uma leitura da ética do protestantismo na América Latina, apresentamos o conceito de barbárie histórica, que explica desde um ponto de vista filosófico como realidades e estruturas colocam em risco a existência humana, e como diante dessa ameaça é necessária a proclamação da vida. A esta proclamação da vida e a este protesto contra aquilo que fere a essência do ser humano chamamos clamor protestante.

Ao levar em conta o momento histórico vivido pela América Latina nos seus anos de chumbo, tanto em relação ao esmagamento dos direitos civis e democráticos, quanto em relação às perspectivas de construção de futuro, esses anos foram momentos especiais e possibilitaram a expressão de propostas e alternativas sociais. Foi um tempo carregado de tensão, de possibilidades e qualitativo e rico de conteúdo. Por isso, dizemos que foi um tempo de kairós, de viva consciência da história e foi a partir dela que segmentos da sociedade brasileira e latino-americana procuraram elaborar uma filosofia consciente da história.

Ao analisar o surgimento do protestantismo devemos levar em conta aspectos históricos do final do medievo e os movimentos ideológicos que se estruturam a partir da revolução protestante no século dezesseis. Tal metodologia é relevante para a compreensão do contexto a partir do qual se construiu a própria ética protestante, já que em termos filosóficos a revolução que começou na Alemanha e se espraiou pela Europa fez um chamado a um posicionamento transcendente, de resistência ao impacto da catástrofe histórica na Europa. A necessidade de resistência e transformação exortava às comunidades de fé, recém surgidas em meio à convulsão social, a elaborar uma mensagem de esperança para o mundo simples.

Nesse contexto, o ser humano pós-medieval surge como livre, mas ainda estava inseguro em sua liberdade. Tal situação fez com que setores institucionalizados das comunidades de fé levantassem a necessidade de uma volta ao passado, fazendo o discurso da emancipação da autonomia, e retorno à submissão à hierarquia e à tradição. Mas a liberdade já tinha sido experimentada e, por isso, sua tendência era à expansão.

Ora, a existência humana estava a elevar-se ao cume do que vivera até aquele momento em sua dimensão de liberdade. O ser humano se libertava das cadeias da necessidade natural imperiosamente presentes na Idade Média. Tornava-se consciente e adquiria liberdade de questionar a si próprio, seu ambiente, de questionar a verdade e o bem e de decidir a seu respeito. Entretanto, havia nessa liberdade certa falta de liberdade, pois implica em descobrir a importância de decidir por si próprio.

O ato de decidir faz parte da inevitabilidade da liberdade, e cria uma inquietude na existência. É no ato da decisão que a existência se sente ameaçada. Isso porque somos confrontados com a exigência de escolher o bem e de realizá-lo, na mesma medida em que isso pode ou não ser alcançado. No protestantismo, o ser humano, enquanto dimensão espiritual carrega uma ruptura, uma alienação, que também se manifesta na sociedade. Não é possível fugir dessa exigência, e quando a enfrentamos nunca nos sentimos absolutamente seguros. Estamos, então, diante da possibilidade da barbárie, de uma situação histórica limite, onde os direitos e seguranças que construímos são questionados e as possibilidades apresentam limites. Na filosofia protestante, tal processo leva ao conceito de justificação, pois a graça da vida em todas as suas dimensões descarta o direito de qualquer autoridade, institucional ou não, exigir a aceitação de uma crença correta, definitiva. Assim, a devoção à verdade é suprema somente quando é devoção a Deus, por isso, existe um elemento sagrado na própria dúvida, mesmo quando esta se refere ao Deus e às religiões.

Na verdade, se Deus é a verdade, ele é a base e não o objeto das questões a seu respeito. Nesse sentido, qualquer lealdade à verdade seria sempre protestante, mesmo quando acaba constatando a falta de verdade. Assim, no protestantismo, o divino se faz presente na dúvida e o ateísmo pode se dirigir ao incondicional; pode ser uma forma de fé na verdade, pois a consciência da falta de sentido é uma presença paradoxal do sentido que há na falta de sentido. Assim na filosofia protestante, a justificação nasce não da certeza, mas da dúvida que leva ao movimento e à ação. E a atitude antagônica à justificação, é o cinismo que imobiliza. Por isso, o conceito barbárie se traduz como ameaça final à existência e é o diferencial do protestantismo. Nasce em torno da justificação pela fé, da vida em liberdade que traduz a aceitação da exigência incondicional de realizar a verdade e fazer o bem. Enfrentar a possibilidade da barbárie significa julgar e transformar, e essa é a diferença entre a ética protestante e aquelas que fazem a defesa da hierarquia e da tradição.

Sem uma relação universal entre protestantismo e ética solidária não se pode construir uma noção de vocação da pessoa. Ou seja, não se pode fundar uma ética protestante apenas sobre o terreno da pessoalidade. Mas é importante entender que não existe uma única interpretação da globalidade, por isso a ética protestante não é uma grandeza estática, mas se realiza de forma dinâmica na existência. A ética protestante não subscreve nem a construção de uma ética social absoluta, nem uma construção de tipo racionalista. Ou seja, toda compreensão da globalidade e toda ética real são concretas, pois toda globalidade se situa num momento temporal determinado, pleno, que a filosofia protestante chama kairós. E a universalidade do kairós comporta riscos concretos, não se move num universal abstrato, separado do tempo e da situação atual. Assim, o que é válido para a pessoa se expressa enquanto consciência ética geral também para a comunidade.

Exatamente por isso, toda realidade global comporta dois aspectos: aquele que a leva à sua particularidade de origem, ao seu fundamento, e um outro que, a partir da particularidade, a remete à universalidade. Assim, a realização da globalidade se orienta na direção a ela própria, exprime o que lhe próprio, suas solidariedades no plano formal e sua finitude. Por isso, a filosofia protestante diz que a ética transporta ao Deus e à vida, que são o bem e o bom da existência.

A memória é afetiva e seletiva. Na verdade, ela vai apresentando os fatos vividos, a partir de um processo muito peculiar: dá primeiro as dores maiores, os momentos onde vivemos situações-limite. Mas não pára aí. A memória sempre faz uma leitura épica, onde, por pior que tenha sido o momento, nos coloca como heróis. É por isso que os velhos são bons contadores de história e são olhados pelos netos como cavaleiros andantes de um tempo mítico.

A memória como toda boa história é, em primeiro lugar, história oral. Discorre sobre acontecimentos sociais amplamente conhecidos. E quando isso acontece ambas se complementam e se enriquecem. A memória ao apoiar-se nos fatos deixa de ser o relato de algo particular, vive um processo indutivo, que lhe dá grandeza. E a história, inversamente, ao recorrer à memória traz emoção e vida ao fato documental. Mas nossas memórias não se entrecruzam apenas com fatos sociais, nossos pesadelos, assim como nossos sonhos, transportam nossas memórias a um mundo mágico, um mundo onde o imaginário, às vezes, é tão real quanto a história vivida.

Aqueles que já morreram e, por isso, mais do que nunca são personagens da história latino-americana são lembrados aqui com seus nomes de vida corrida. Os que ainda estão vivos, construindo histórias, deixo que a memória os trate como rios que correm, por isso aparecem com nomes que mudam como as estações.

Não há nesta atitude da memória nenhuma intenção de esconder a verdade, mas, ao contrário, o reconhecimento de que ainda não são história acabada. Nesse sentido, a memória segue a tradição de muitas tribos indígenas brasileiras, onde os nomes mudam conforme o ciclo da vida. O nome definitivo não traduzirá a fugacidade do momento, mas será a marca da travessia.

Anjos e demônios estão presentes. É o eu profundo revelando sua visão do mundo vivido. É difícil dizer qual é maior: o pesadelo ou a realidade da dor. Ambos são terríveis e por isso se complementam. E fica mais fácil entender um no debruçar-se sobre o outro. É, inclusive, difícil dizer qual vem primeiro, já que o pesadelo pode ser sentido como futuro que se faz presente. E aqui ambos, pesadelo e dor se fazem texto estilhaçado, como a alma humana.

Ou como cantou Chico: “Oh, pedaço de mim, oh, metade adorada de mim, leva os olhos meus, que a saudade é o pior castigo, e eu não quero levar comigo, a mortalha do amor”. E, assim, tudo chega através da memória, que afetivamente vai selecionando o que lhe parece mais verdadeiro, a fim de construir o mundo mítico de nosso heroísmo fugaz. 

A culpa e suas marcas

O caminho da culpa

Jorge Pinheiro

Algumas questões sobre a culpa e os conflitos religiosos a partir do capítulo sete de Culpa e Graça, de Paul Tounier, Ed. ABU, 1985, onde coloca a seguinte questão: “Quem pode se sentir culpado sem o ser? Ou sê-lo sem sentir, sem mesmo saber?

Podemos dizer que existem dois tipos de culpa. A falsa culpa, fruto de algum distúrbio psicológico, de um processo autopunitivo, e a culpa verdadeira. Mas, até mesmo a falsa culpa parece esconder uma culpa verdadeira. Ou seja, quer a autopunição ou qualquer outro processo psicótico, parece esconder uma outra culpa, diferente da obsessão apresentada. É para esconder essa culpa verdadeira, real, que o psicótico constrói uma outra: imaginária e obsessiva.

A questão tem solução no fato de que a culpa existe e é aceita pelo conjunto dos estudiosos que analisaram o tema, cada qual apresentando a perspectiva de sua escola ou visão de mundo. Assim, os freudianos mostrarão a frequência culpa-inferioridade; os jungianos, a recusa de aceitação integral de si mesmo; e Martin Buber, a recusa de aceitação do outro. Mas, para nós cristãos, fica claro que a culpa surge nos homens, quando O Eterno reprova no secreto de seus corações, ações e intenções.

A culpa pode ser observada como um fenômeno ou como a quebra de categorias de valor. Mas a maioria dos estudiosos analisa a culpa como fenômeno ou culpa funcional. A partir deste ponto de vista, a culpa seria sempre resultado da sugestão social, medo de tabus, de perda do amor de outrem, quando em choque com padrões originais. O resultado é um autojulgamento, um diferencial entre duas ordens de fenômenos.

Para os protestantes, sem esquecermos a realidade dos fenômenos analisados, a culpa está ligada a categorias éticas de valor, que remetem ao relacionamento entre o Eterno e o serhumano e hierarquizam-se no relacionamento da pessoa consigo mesma e com o próximo.

Assim, a visão funcional reflete diferentes interpretações de culpa, embora todas admitam a existência psicológica da culpa. As categorias éticas de valor vão além da discussão meramente funcional, pois coloca a questão em outro patamar: o importante não é saber se uma conduta é ou não culpada desde o ponto de vista social, mas se ela é ordenada ou não pelo divino de nossa fé.

É importante que a pessoa se liberte das pressões sociais. Mas, qualquer hierarquização de valores só terá sentido se partir da única oposição real entre a verdadeira e as falsas culpas, aquela que parte dos preceitos do Eterno e não das decisões estritamente humanas, do julgamento do Eterno e não do julgamento dos homens.

Mas a autenticidade de uma pessoa não significa que o seu posicionamento é correto em si. Isto porque não existe culpa sem conflito. Não existem conflitos apenas entre grupos ou interesses opostos. O conflito está presente até mesmo nas sociedades mais homogêneas e, logicamente, no humano. Para eliminar o conflito, é necessário retirar-se da vida.

Um pessoa autêntica é aquela que mantêm uma coerência entre o que pensa e o que faz. Essa autenticidade sem conflitos não existe. Sempre haverá momentos em que as duas coisas não se encaixarão. E aí estaremos diante de conflitos e culpa. Mas, ainda que existisse esse humano sem fissuras éticas, caberia perguntar: Até que ponto essa autenticidade tem uma base libertadora? De que vale ser autêntico, se a base de minha autenticidade é a alienação em relação ao eterno, ao próximo e a mim mesmo?

Donde, qual a correlação entre a subjetividade e a culpa? A culpa é sempre subjetiva, mesmo quando verdadeira. Porque, embora seja uma ruptura da ordem de dependência do humano em relação a Deus, é através do psicológico que Deus fala à alma humana. Assim, quer seja consciente ou não, não encontraremos culpa fora da subjetividade. E a cura da culpa, entendida como perdão e salvação do humano através da ação redentora do Eterno, acontecerá, embora não mecanicamente, também na área da subjetividade.

E como imbricamos conflito e culpa? O conflito faz parte da vida humana. É o choque permanente entre as estruturas mentais do ser e a realidade social. Nem sempre o pensar e o agir são harmônicos. Na maioria das vezes resolvem-se através de tensões e conflitos. E, sempre que a solução violenta as estruturas mentais do ser, temos a culpa. Os conflitos podem levar à culpa, mas culpa e conflito não são sinônimos.

Embora a culpa seja construída ao nível da subjetividade, ela parte de uma relação entre estruturas mentais e realidade social. Ou seja, implica sempre em uma ação, mesmo quando essa ação é mental. Nesse sentido, há uma mediação entre a estrutura mental e realidade social. Essa mediação é interação, produz sempre uma objetividade.

E podemos alcançar liberdade de culpa verdadeira, sem limpar primeiro as culpas psicológicas? Bem, a culpa verdadeira, que poderíamos chamar de culpa primordial, aquela que nasce da alienação do ser em relação a Deus, só pode ser curada por um ato do Eterno. Um ato da imanência do Eterno, que vem até ao humano para resgatá-lo de sua culpa. A libertação existencial da culpa real não necessariamente elimina culpas psicológicas. 

A consciência universal da culpa leva todos os homens, quer acreditem ou não em Deus, a tentarem exercer o papel que cabe exclusivamente a Deus: julgar o êrro. O julgamento humano leva a falsas culpas, o julgamento do Eterno à culpa verdadeira. Quando o humano julga essas duas justiças se confundem perigosamente.

A relação Pater noster / imago Dei produz juízo de valores. Se é assim produz também sentimento de culpa. Na verdade, a relação entre pais e filhos produz juízos de valor. Isto porque a criança vê o mundo através dos pais. E os pais não transmitem às crianças apenas informações isentas de valor e normatização, mas julgamentos e culpas. Ao mesmo tempo, as crianças vivem num mundo imaginário onde, impossibilitadas de modificar a realidade através da práxis, o fazem através do sonho. Logicamente, haverá choques e conflitos entre a realidade da percepção de mundo adulta e esse imaginário infantil.

Os pais plasmam em seus filhos, através de julgamentos, uma série de culpas que chamamos infantis. Essas culpas impedem as crianças de ver e entender a culpa verdadeira. Diante do Eterno essas culpas infantis não pesam, e sim a culpa verdadeira.

Os pais julgam a conduta de seus filhos segundo a ótica dos adultos, com a experiência de vida que têm e seus filhos não. Quando acusam seus filhos de mentirosos, porque contam como verdadeiras as histórias que inventam, os pais não estão entendendo o mundo imaginário da criança. Para a criança o sonho é real. Mas a suspeita pode levá-la àquilo que desconfia. Poderá ser uma adulta mentirosa. Pois os pais construíram culpas na criança. Na verdade, o julgamento dos pais abafa o julgamento do Eterno, impede a criança de ouvir o que Deus está dizendo.

O pais devem educar a criança levando-a a ter um relacionamento pessoal, dela própria, com Deus. Devem educar, ou seja, mostrar a culpa verdadeira que todos temos e que só Deus cura, e assim afastá-la das culpas infantis, do medo da perda de estima e amor dos outros. 

Como entender o que o apóstolo Paulo escreveu em sua primeira carta aos coríntios (4.1-6), comparando seus argumentos com o conceito de julgamento, de sentimento de culpa, e a culpa real?

O texto é claro. Pouco importa ser julgado por terceiros ou por um tribunal humano. Ele próprio, Paulo, não julga a si mesmo. Sua consciência em nada o acusa, mas nem por isso está justificado. O Senhor é o juiz. Donde, ninguém deve julgar prematuramente, antes que o Senhor venha.

A palavra consciência exprime nas cartas do apóstolo valores propriamente cristãos. Quaisquer que sejam as normas exteriores, o comportamento do humano realiza-se ao nível de duas instâncias: o julgamento dele próprio (Atos dos apóstolos 23.1; 24.16; carta aos romanos 2.14-15; 9.1: 13.5; segunda carta aos coríntios 1.12; e o julgamento do Eterno, ao qual o primeiro julgamento está sujeito, conforme I Co 8.7-12; 10.25-29; e II Co 4.2.

Quais as soluções que podemos aplicar sobre nosso sentimento de culpa, e sobre o sentimento de culpa do próximo?

Devemos resolver a culpa real. Metanóia, perdão e liberdade em Jesus, o Cristo. A partir da liberdade todas as culpas funcionais estão cobertas pelo sacrifício vicário do Messias e somos “verdadeiramente livres”. Nenhuma culpa pesa sobre nós. Mas se nossa consciência continua nos acusando, se os cacoetes do passado permanecem, é bom procurarmos nos aconselhar com um profissional da área de Psicologia.

E para terminar nossa reflexão sobre o caminho da culpa, cabe perguntar o que é saúde psicológica e o que é saúde espiritual?

Ora, saúde psicológica é a relação de equilíbrio entre as ações interiorizadas do humano e as exigências da realidade social. É a sua capacidade de resolver problemas com o menor grau de stress e culpa funcional, respeitando seus julgamentos pessoais.

Já a saúde espiritual é aquela que nasce do relacionamento do Eterno com o humano arrependido de sua culpa real, liberto para nós protestantes graça do Eterno através de Cristo Jesus. É o desenvolvimento desse humano novo, que cresce no Espírito do Eterno, que produz frutos para a vida eterna.


Amizades profundas, necessitamos


A construir amizades profundas

Leia 1Samuel 18.1-4.


Um desafio que todos enfrentamos na busca da comunhão é ir além da superficialidade. Quando começamos uma amizade, as conversas tendem a ser um pouco superficiais. Isso é natural. É preciso cultivar a confiança e desenvolver uma base de conhecimento mútuo. 

Mas se o relacionamento permanecer no nível superficial, vamos nos frustrar. Fomos criados para ir mais fundo, por isso, é preciso ir além da superficialidade e alcançar um nível íntimo de comunicação e compartilhamento de nossas vidas. Leia o texto de 1Samuel 18.1-4 e veja como Jônatas rompeu, logo no início de sua amizade com Davi, o risco da superficialidade. Agora, responda: o que me prende a relacionamentos superficiais? O que tem me ajudado a assumir riscos e procurar amizades e comunhão mais íntimas?

O valor de uma boa pergunta

Muitas vezes, uma boa maneira de superar a barreira da superficialidade é fazer uma pergunta. Mas não deve ser qualquer pergunta, deve exigir uma resposta sincera, levar a outra pessoa a abrir seu coração. Quando permanecemos na segurança das perguntas fúteis, nossos relacionamentos estacionam na superficialidade. Mas quando vamos mais fundo em nossa conversa, rompendo barreiras de distanciamento, medo e vergonha, conquistamos cada vez mais intimidade. 

Uma simples frase pode ganhar profundidade quando acrescentamos na conversa, por exemplo, um realmente ou como você se sente ou o que você pensa disso? Vá fundo e pergunte: Mas, como é que você vai, realmente? E como você se sente em relação a isso? E o que é que você pensa disso?

Dê tempo para a pessoa falar, deixe-a expor suas opiniões, suas alegrias e ou problemas. Você não precisa ter as soluções, você está construindo um relacionamento, compartilha as experiências de vida de seu amigo.

“Sucedeu que, acabando Davi de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a de Davi; e Jônatas o amou como à sua própria alma. Saul, naquele dia, o tomou e não lhe permitiu que tornasse para casa de seu pai. Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma. Despojou-se Jônatas da capa que vestia e a deu a Davi, como também a armadura, inclusive a espada, o arco e o cinto”.

A igreja, nossa comunidade de fé, é o lugar certo para construirmos amizades profundas e verdadeiras. Vamos trilhar este caminho e, sem dúvida, seremos abençoados por nosso Deus. Em Cristo, do pastor e amigo Jorge Pinheiro.

Amizades profundas, necessitamos


A construir amizades profundas

Leia 1Samuel 18.1-4.


Um desafio que todos enfrentamos na busca da comunhão é ir além da superficialidade. Quando começamos uma amizade, as conversas tendem a ser um pouco superficiais. Isso é natural. É preciso cultivar a confiança e desenvolver uma base de conhecimento mútuo. 

Mas se o relacionamento permanecer no nível superficial, vamos nos frustrar. Fomos criados para ir mais fundo, por isso, é preciso ir além da superficialidade e alcançar um nível íntimo de comunicação e compartilhamento de nossas vidas. Leia o texto de 1Samuel 18.1-4 e veja como Jônatas rompeu, logo no início de sua amizade com Davi, o risco da superficialidade. Agora, responda: o que me prende a relacionamentos superficiais? O que tem me ajudado a assumir riscos e procurar amizades e comunhão mais íntimas?

O valor de uma boa pergunta

Muitas vezes, uma boa maneira de superar a barreira da superficialidade é fazer uma pergunta. Mas não deve ser qualquer pergunta, deve exigir uma resposta sincera, levar a outra pessoa a abrir seu coração. Quando permanecemos na segurança das perguntas fúteis, nossos relacionamentos estacionam na superficialidade. Mas quando vamos mais fundo em nossa conversa, rompendo barreiras de distanciamento, medo e vergonha, conquistamos cada vez mais intimidade. 

Uma simples frase pode ganhar profundidade quando acrescentamos na conversa, por exemplo, um realmente ou como você se sente ou o que você pensa disso? Vá fundo e pergunte: Mas, como é que você vai, realmente? E como você se sente em relação a isso? E o que é que você pensa disso?

Dê tempo para a pessoa falar, deixe-a expor suas opiniões, suas alegrias e ou problemas. Você não precisa ter as soluções, você está construindo um relacionamento, compartilha as experiências de vida de seu amigo.

“Sucedeu que, acabando Davi de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a de Davi; e Jônatas o amou como à sua própria alma. Saul, naquele dia, o tomou e não lhe permitiu que tornasse para casa de seu pai. Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma. Despojou-se Jônatas da capa que vestia e a deu a Davi, como também a armadura, inclusive a espada, o arco e o cinto”.

A igreja, nossa comunidade de fé, é o lugar certo para construirmos amizades profundas e verdadeiras. Vamos trilhar este caminho e, sem dúvida, seremos abençoados por nosso Deus. Em Cristo, do pastor e amigo Jorge Pinheiro.