A velhice é uma fase da vida que, embora natural, é cercada de percepções, estigmas e desafios. Ao longo do tempo, a forma como vemos e tratamos a velhice evoluiu, refletindo mudanças culturais, sociais e econômicas.
Vejamos aqui algumas questões que nos desafiam a todos, como comunidade cristã.
Esta é uma fase da vida que, em muitos contextos, é definida a partir da faixa etária, geralmente a partir dos 60 ou 65 anos. No entanto, esses critérios variam culturalmente. Em algumas sociedades, principalmente no Oriente, a sabedoria e a experiência adquiridas ao longo da vida são mais valorizadas do que a idade cronológica. Esse ponto de vista sugere que a velhice pode ser mais uma construção social do que uma realidade biológica.
A sociedade ocidental frequentemente associa a velhice à fraqueza, dependência e obsolescência, perpetuando estereótipos que marginalizam os idosos e limitam sua participação em atividades sociais, econômicas e políticas. Esse olhar ignora a riqueza da experiência acumulada ao longo dos anos, a sabedoria adquirida e a capacidade de continuar contribuindo de maneira significativa para a comunidade.
Desafiar essas percepções é essencial para construir uma sociedade mais justa e equilibrada. Valorizar os idosos significa reconhecer sua importância como guardiães do conhecimento, mediadores de conflitos e fontes de aconselhamento para as gerações mais jovens. Além disso, promover sua inclusão ativa nas decisões políticas fortalece a democracia, garantindo que suas vozes sejam ouvidas e respeitadas.
A Bíblia apresenta uma visão digna da velhice, destacando sua importância e o respeito devido aos mais velhos. Em Provérbios 16:31, lemos: “Coroa de honra são as cãs, achando-se elas no caminho da justiça.” Esse versículo nos diz que os anos vividos com retidão são motivo de honra e não de desprezo.
Da mesma forma, em Jó 12:12, está escrito: “Com os idosos está a sabedoria, e na abundância de dias o entendimento.” Essa passagem reforça a ideia de que a experiência dos mais velhos é uma fonte valiosa de conhecimento para toda a comunidade.
Portanto, é fundamental transformar a maneira como a velhice é percebida e tratada. Em vez de marginalização, devemos promover respeito, inclusão e reconhecimento, criando um ambiente onde cada pessoa, independentemente da idade, possa viver com dignidade e propósito.