jeudi 13 septembre 2018

Lições do Espírito

LIÇÕES DO ESPÍRITO
A Teologia nossa de cada dia
Jorge PINHEIRO


A paz que excede a razão 

O amor de Deus foi revelado em Jesus através dos seus ensinos e das suas obras, da sua morte na cruz. Quando crescemos na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2Pe 3.18), nos revestimos do caráter dele e nos parecemos mais com ele. O caráter de Jesus se revela em nós através das virtudes que dão o tom da nossa comunhão com os irmãos na comunidade de fé.

Nossa comunhão com as pessoas, na comunidade de fé, se faz através da misericórdia, que é um relacionamento afetivo e cuidadoso com irmãos e pessoas machucadas e abatidas que chegam à igreja. “Quando Jesus viu a multidão, ficou com muita pena daquela genteporque eles estavam aflitos e abandonados, como ovelhas sem pastor” (Mateus 9.36; 4.14).

Bondade: prontos para fazer o bem sem olhar a quem. “Mas Deus nos mostrou o quanto nos ama: Cristo morreu por nós quando ainda vivíamos no pecado” (Romanos 5.8).

Humildade: atitude submissa e prestativa. “Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente” (Marcos 10.45).

Mansidão: relação sem coerção para mudança das pessoas. “Sejam meus seguidores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde; e vocês encontrarão descanso” (Mateus11.29). “O servo do Senhor não deve andar brigando, mas deve tratar todos com educação. Deve ser um mestre bom e paciente, que corrige com delicadeza aqueles que são contra ele. Pois pode ser que Deus dê a eles a oportunidade de se arrependerem e de virem a conhecer a verdade” (2 Tm2.24-25).

Longanimidade: boa vontade, ser tolerante diante da fraqueza das pessoas. “Meus irmãos, se alguém for apanhado em alguma falta, vocês que são espirituais devem ajudar essa pessoa a se corrigir. Mas façam isso com humildade e tenham cuidado para que vocês não sejam tentados também. Ajudem uns aos outros e assim vocês estarão obedecendo à lei de Cristo” (Gálatas 6.1-2).

Perdão: perdoamos como somos perdoados por Deus. O perdão foi a única petição da oração do “Pai Nosso” que mereceu um comentário de Jesus. “Perdoa as nossas ofensas como também nós perdoamos as pessoas que nos ofenderam (...) Porque, se vocês perdoarem as pessoas queofenderem vocês, o Pai de vocês, que está no céu, também perdoará vocês. Mas, se não perdoaremessas pessoas, o Pai de vocês também não perdoará as ofensas de vocês” (Mateus 6.12 e 14-15).

Paz: como resultado da prática do amor, do perdão e da bondade, a comunidade de fé mostra ao mundo que a reconciliação e a paz podem ser alcançadas em Cristo. As decisões feitas em justiça e amor constroem a paz que excede a compreensão humana, mesmo nas situações de conflito. “Essa esperança não nos deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, pormeio do Espírito Santo” (Rm 5.5).

Deus vive a comunhão na Trindade, comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Nós, criados à imagem e semelhança da Trindade, somos chamados a viver a experiência cristã como comunidade de fé. Podemos usufruir, como iguais que somos, as bênçãos dessa comunidade nas celebrações de nossa Igreja. Assim, somos convocados a conviver no corpo de Cristo que alcança o mundo, na comunidade de fé da nossa igreja local.

A lei do Espírito da vida

"Portanto, não existe mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. A Lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te libertou da lei do pecado e da morte. De fato -- coisa impossível à Lei, porque enfraquecida pela carne -- Deus, enviando o seu próprio Filho numa carne semelhante à do pecado e em vista do pecado, condenou o pecado na carne, a fim de que o preceito da Lei se cumprisse em nós que não vivemos segundo a carne, mas segundo o espírito. Com efeito, os que vivem segundo a carne desejam as coisas da carne, e os que vivem segundo o Espírito, as coisas que são do Espírito".
Romanos 8:1-5

Tecnicamente, temos aqui dois blocos de textos: um maior, que é o capítulo 8 inteiro, cuja temática é a da vida cristã sob a lei do Espírito; e um bloco menor, que vai do versículo 1 ao 11, e que trata especificamente da vida emancipada por esta lei do Espírito.

O texto em análise está dentro desses dois blocos, que nos dão a linha de pensamento do autor: uma seqüência de análises sobre a vida emancipada (vs.1-11); a vida exaltada (12-17); a vida esperançosa (18-30); e a vida exultante (31-39). Dessa maneira, "neste capítulo, o apóstolo traça o curso da vida cristã, na qual a graça triunfa sobre a lei, e os crentes experimentam livramento do pecado".1

A epístola de Paulo, como um todo, enfoca três blocos temáticos: do capítulo 1 ao 8, fala da justificação pela fé; do capítulo 9 ao 11, discute a exclusão temporal dos judeus e a inclusão dos gentios ao povo de Deus; e do capítulo 12 ao 16, exortações práticas.

Ao analisar a justificação, mostra que a salvação do homem repousa fundamentalmente sobre a fé, proveniente da graça de Cristo e não na lei de Moisés. Essa misericórdia de Deus não depende da lei, porque o homem, em sua natureza pecaminosa, não tem como responder efetivamente às exigências da lei, que expressa a santidade de Deus. Assim, a graça provem de Cristo, que no seu amor e sacrifício, perdoa os pecados dos homens. A liberdade da vida cristã, liberdade diante da lei, não depende do próprio homem, nem do que ele possa fazer, mas daquilo que Cristo já fez por ele.

Há uma outra epístola de Paulo, que também trata dessa relação lei e graça, que é a carta escrita aos Gálatas, onde o capítulo correlato a Romanos 8 é Gálatas 5. Ali, o apóstolo escreve sobre a justificação pela fé, falando da liberdade cristã.

Sem dúvida, a análise de Paulo parte de elementos vetero-testamentários, que descreve no capítulo 4 de Romanos, ao explicar que a promessa feita a Abraão teve por base a fé, já que ainda era incircunciso e não tinha a lei, enquanto formalização apresentada a Moisés.

A passagem analisada encaixa-se perfeitamente não somente na linha geral de pensamento do autor, mas dentro do ensinamento bíblico como um todo. 

Não há nenhuma condenação

O texto que estamos analisando está inserido numa epístola, forma literária específica, amplamente utilizada pelos apóstolos e pela igreja primitiva. No capítulo que segue, analisaremos com mais detalhes esta forma literária, inserindo-a no contexto histórico de gregos e romanos durante o primeiro século da era cristã.

A epístola aos Romanos é uma carta de difícil compreensão. Isto porque Paulo tinha o costume de escrever intercalando um pensamento central com várias digressões, tornando complexa a conexão das idéias expostas. Outra dificuldade é o próprio tema, já que o apóstolo estava tratando de um assunto eletrizante para a época, mas hoje aceito pela totalidade cristã: os gentios podem ou não tornarem-se cristãos sem serem prosélitos dos judeus? 

Em Romanos 8:1-5, encontramos cinco verbos fundamentais para a compreensão do que o autor está expondo. São eles: 

(1) o oposto ao estado de escravidão, receber alforria, não estar sujeito a uma obrigação, livrar, libertar. "Te libertou", variantes: "me libertou", "nos libertou". É um aoristo passado, isto significa que a ação foi plenamente realizada, mas segue vigente no presente. 
(2) penalidade imposta por condenação judicial, servidão penal, condenar. Também é um aoristo passado. 
(3) encho, aterro, encho a ponto de transbordar, dou plenitude, cumpro.2 
(4) ando, vivo, dirijo minha vida. 
(5) penso, ter a mente controlada por, ter como hábito de pensamento, inclinar-se.

Desses verbos, dois são antônimos (receber alforria versus condenado judicialmente) e levam à oposição que o autor quer mostrar entre a lei do Espírito da vida e a lei do pecado e da morte. Assim, ao regime do pecado, Paulo opõe o novo regime do Espírito (cf. 3:27+), e diz que em nós transborda o espírito da lei. Esse preceito da lei (que pode ser traduzido como "o que é justo/o que é bom na lei"), cujo cumprimento só é possível pela união com Cristo através da fé, tem sua tradução no mandamento do amor (cf. 13:10, Gl 5:14 e Mt 22:40). Isto porque, não vivemos segundo a carne, mas andamos no Espírito, ou seja, temos a mente controlada pelo Espírito.

É interessante notar que a palavra lei aparece 70 vezes no texto de Romanos e sempre tem uma das três conotações: (a) revelação de Deus e de sua santidade, (b) foi dada para esclarecer o que é pecado, e (c) existe para orientar a vida daquele que crê.

Da mesma maneira, a palavra carne é sempre utilizada em Romanos com um dos quatro sentidos: 

(a) natureza humana fraca (6:19), 
(b) natureza velha do cristão (7:18), 
(c) natureza humana de Cristo (8:3), 
(d) e natureza humana não regenerada (8:8).

O capítulo 8 de Romanos nos apresenta a operação do Espírito Santo, entendida nos versículos 4, 5, 6 e 10, como aquele que comunica a vida. No versículo 2, como aquele que dá liberdade. E no versículo 26, como aquele que intercede pelos crentes junto ao Pai.

É interessante notar que o texto original de Romanos 8, em grego, começa com dois advérbios intercalados por uma partícula ilativa, que poderíamos traduzir assim: "Atualmente, por isso, nada em absoluto..." pode condenar aqueles que estão em Cristo Jesus 

Essa partícula ilativa, que é um conectivo, nos remets ao capítulo 7, onde o Paulo mostra que lei e pecado não são sinônimos. E que há uma grande diferença entre a natureza da lei e a natureza humana. Entre o que é Espírito e o que é carnal. O corpo, com os membros que o compõem (7:24) interessa a Paulo enquanto instrumento da vida moral. Submetido à tirania da carne (7:5), ao pecado e à morte (6:12+; 7:23), Paulo clama: quem me livrará? E dá "graças a Deus, por Jesus Cristo, nosso Senhor" (7:25). É a partir desse clímax, que o apóstolo dá sequência ao texto, informando que "por isso", "hoje", "nada em absoluto" pode condenar os que estão em Jesus Cristo.











Les promesses de la prière



Les promesses de la prière


Dans II Chroniques 7:14, nous trouvons le récit de la consécration du Temple de Jérusalem. Après les cérémonies, Dieu est apparu à Salomon et a parlé de son attitude envers les gens quand il l'a demandé dans la prière.

"Alors si mon peuple, qui m'appartient seul, se repent, abandonne ses péchés et prie ..."

Ce texte nous montre la promesse de Dieu concernant sa réponse aux prières. Cette promesse est conditionnée à certaines attitudes à prendre par les personnes qui se reconnaissent comme lui appartenant. Examinons certaines de ces attitudes:

1. La repentance - Dieu veut que son peuple soit son seul, il est donc nécessaire que chaque membre du peuple perçoive sa situation devant Dieu et s'humilie, reconnaissant ses erreurs. La repentance est l'enseignement central de notre Dieu à son peuple, tant dans le judaïsme que dans le christianisme. Il ne faut pas le confondre avec le remords, car cela produit un retour de culpabilité, ne permettant pas de l'expier. Se repentir, c'est réagir de manière saine à la culpabilité, confesser l'erreur et expérimenter la restauration assurée par la grâce de Dieu.

2. La conversion - La repentance doit être authentifiée par la conversion, l'acte de prendre une direction contraire à celle qui a suivi. Avoir votre prière entendue par Dieu est nécessaire pour suivre votre direction, vous rapprocher de lui. De cette façon, chaque personne doit analyser sa vie et se convertir.

3. La prière - Aussi étrange que cela puisse paraître, la troisième façon de répondre à vos prières est de chercher Dieu dans la prière. C'est parce que les gens pensent souvent qu'il suffit de demander, en oubliant ce que c'est de prier. Prier, c'est parler à Dieu, être intime avec lui et répondre à ses ordres.

À ces attitudes, Dieu répond avec son amour exprimé dans une attention particulière, le pardon et la prospérité.