mardi 8 mars 2011

A Whiter Shade Of Pale - Procol Harum


A Whiter Shade of Pale / composição de Gary Brooker, Keith Reid e Matthew Fisher

We skipped the light Fandango
Turned cartwheels 'cross the floor
I was feeling kind of seasick
But the crowd called out for more
The room was humming harder
As the ceiling flew away
When we called out for another drink
The waiter brought a tray
And so it was later
As the Miller told his tale
That her face, at first just ghostly
Turned a whiter shade of pale
She said there is no reason
And the truth is plain to see
But I wandered through my playing cards
And would not let her be
One of sixteen vestal virgins
Who were leaving for the coast
And although my eyes were open
They might just as well've been closed
And so it was that later
As the Miller told his tale
That her face, at first just ghostly
Turned a whiter shade of pale, turned a whiter shade of pale
Turned a whiter shade of pale, turned a whiter shade of pale

Dançamos o suave fandango
Girando pelo salão
Eu estava meio tonto
Mas o pessoal queria mais
E comentava cada vez mais
Enquanto o teto rodava
Quando pedimos outra bebida
O garçom trouxe uma bandeja
E foi mais tarde
Quando Miller contava sua história
Que seu rosto que já estava fantasmagórico
Ficou ainda mais pálido
Ela disse que não havia motivo
E que a verdade é cristalina
Mas eu consultei as cartas do baralho
E não permitiria que ela fosse
Uma das dezesseis vestais virgens
Que partiam para o litoral
 [duas hipóteses: referência à história judaica da filha de Jefté
(Juízes 11.37-40) ou às vestais romanas,
que faziam voto de castidade]
E embora meus olhos estivessem abertos
Daria no mesmo se estivessem fechados
E foi mais tarde
Quando Miller contava sua história
Que seu rosto que já estava fantasmagórico
Ficou ainda mais pálido

A quarta-feira não é de cinzas


Milhões esqueceram a sugestão do apóstolo Paulo 
-- "alegrai-vos sempre no Senhor, outra vez digo: alegrai-vos" -- aos filipenses (4.4)
e agora mergulham numa quarta-feira de cinzas. 
Puro pó. 
Mas, a quarta-feira não precisa ser de cinzas. 
Lembremo-nos da estrada de Emaús. 

1. O passado e o futuro
Quando pensamos na ressurreição pensamos em duas coisas: lá atrás na história, Deus ressuscitou Jesus. E lá na frente, um dia, Deus vai nos ressuscitar. Assim, a ressurreição tem passado e futuro. São duas colunas: passado e futuro. Mas e hoje? Será que a ressurreição tem alguma coisa a ver com o meu presente?

2. Os limites da existência
E a nossa esperança era que fosse ele quem iria libertar o povo de Israel. Porém já faz três dias que tudo isso aconteceu”. (Lucas 24.21). Essa foi a palavra daqueles dois discípulos na estrada de Emaús.

A morte personifica os limites da existência. A morte personifica medo existencial, fim da esperança, perda do sentido da vida. E naquele entardecer, naquela estrada, os discípulos entristecidos afirmaram que, com a morte de Jesus, havia morrido algo na vida deles...

Assim como a morte do esposo mata algo na esposa, como a morte do amigo mata algo naquele que fica, a morte de Jesus matara naqueles dois discípulos a vida que dava sentido ao caminhar de cada um deles.

Foi isso que aconteceu com aqueles discípulos de Emaús: vagavam à noite pela estrada da vida, cabisbaixos, derrotados. A vida não tinha mais sentido para eles. E é assim que acontece conosco muitas vezes: andamos desesperançados, derrotados pela realidade que esmaga a vida e destrói o futuro. Vivemos numa quarta-feira de cinzas.

3. O novo nasce pela fé na ressurreição
Mas eles insistiram com ele para que ficasse, dizendo: Fique conosco porque já é tarde, e a noite vem chegando. Então Jesus entrou para ficar com os dois. Sentou-se à mesa com eles, pegou o pão e deu graças a Deus. Depois partiu o pão e deu a eles. Aí os olhos deles foram abertos, e eles reconheceram Jesus”. (Lucas 24.29-31).

O novo nasce quando nos reunimos com o irmão ao redor da mesa, ouvimos a Palavra e repartimos o pão. Vencemos as crises quando redescobrimos o sentido da ressurreição. E ela é mais que uma lembrança do passado e um futuro de esperança. É um fato presente, uma bênção da integridade de Deus para nossa vida presente.

A ação de Deus que no passado trouxe Jesus à vida é a mesma que a cada dia nos dá força. Mas lembre-se: a descoberta da ressurreição não é um ato solitário. É um ato solidário, que implica em ouvir a Palavra e repartir o pão. A ressurreição de Jesus é a expressão permanente do compromisso irrevogável de Deus conosco.

E viva a ressurreição! A quarta-feira não é de cinzas.