vendredi 4 septembre 2015

MiraMundo - "En el Mar" (Luiz Murá de Hugo Coroñel FAELA!, and Zana Erde...

Abraham & A ALIANZA

Teoloxía do Antigo Testamento
prácticas Supervisado
Prof. Dr Jorge Pinheiro 




Abraham & A ALIANZA

A tradición bíblica presenta os pais da humanidade e os patriarcas como monoteístas. Adán, Sete, Noé, Abraham e os seus descendentes coñecían o Deus Eterno e gardaban os seus preceptos. O politeísmo xorde como dexeneración e distanciamento dese Deus creador do universo.

Calquera análise da aparición da relixión de Israel debe partir do home Abraham [1] e do seu contexto histórico e social. O mundo de Abraham é un mundo obxectivo, non mitológico, ea alianza co Deus Eterno, conforme se atopa en Xénese 15, é a clave para entender todo o Pentateuco, os cinco libros da Lei.

A consolidación desta alianza acontecerá con Moisés, descrita en Éxodo 24 e reiterada en Deuteronomio 5, nunha das montañas do deserto do istmo, entre o Exipto e Madián-Seir. Esa é a idea-forza de toda relixión de Israel: un acordo que implica salvación.

Un acordo solemne

Berit, alianza, ten o sentido de obrigación, senón tamén de seguridade. É un acordo entre dúas persoas, celebrado solemnemente, co derramamento de sangue. A parte máis forte ofrece a seguridade, ou a salvación, ea máis feble se obrigaba a determinados compromisos. Dese xeito, a alianza impuxo unha relación especial entre o Deus Eterno eo pobo. E os mandamentos e leis, datos máis tarde, no deserto a Moisés, transportan dunha connotación legal e externa para unha perspectiva de acordo maior, de adoración e obediencia. O centro da alianza está no primeiro mandamento do decálogo (as dez palabras, en hebreo) que prohibe a adoración de outros deuses, da milicia do ceo e dos ídolos.


Uma aliança ética 


Mas a aliança é também um pacto moral. Só que o fundamental desse pacto, que perpassa toda a Torah ou Pentateuco não é sua mera formalização, já que outros povos também possuíam noções desenvolvidas de lei e moralidade. O assassinato, o roubo, o adultério e o falso testemunho eram condenados não apenas pela lei moral universal, mas também duramente punidos pelos códigos de Ur-Nammu, de Lipit-Ishtar e de Hamurabi[2], para citar os mais representativos. 


Agora, no entanto, pela primeira vez a moralidade é apresentada pelo próprio Deus Eterno como fruto de um relacionamento entre Ele e o povo, com normas para o estabelecimento de um reino de novo tipo. É uma aliança com toda a nação. A consolidação que acontece centenas de anos mais tarde, no monte Sinai é fruto da aliança abraâmica e vai além das sabedorias babilônica e egípcia. 


A moralidade apresentada no Gênesis, por exemplo, que é individual, ganha aqui uma roupagem nova, passa a ser coletiva e nacional[3]. Na verdade, a aliança que o Deus Eterno faz com Abraão em Gênesis 15, historicamente, tem seu cumprimento em outras condições e em outra época, no Sinai. 


Dessa maneira, a aliança feita com Abraão não somente prepara o roteiro do Pentateuco, mas faz parte intrínseca dele. É bereshit[4] não somente como saga da origem, mas como alicerce de todos os cinco livros da Lei. 


Um conceito unificador 


A teologia de Gênesis tem por base o conceito da aliança, como descrição de um processo vivo, que tem origem em determinado momento histórico, numa relação entre o Deus Eterno e um homem historicamente definido[5]. Ao entendermos o conceito de aliança como centro unificador do livro de Gênesis e, por extensão, do Pentateuco, a leitura do texto bíblico passa a ter uma dinâmica real, que cresce conforme a aliança se transforma em osso e carne, primeiramente na vida dos patriarcas e, posteriormente, na formação da própria nação de Israel. 


O livro de Gênesis apresenta a humanidade recém-formada como monoteísta[6]. Até o capítulo 11 não vemos nenhum traço de idolatria. Só após Babel surge a idolatria, que seria contemporânea ao aparecimento das nações da antigüidade. 


A partir de Gênesis 12 temos nações idólatras e politeístas e pessoas que adoravam ao Deus Eterno. Entre estes estão Abraão e Melquisedeque. A compreensão desse fato é importante para tirarmos das costas de Abraão a responsabilidade de ter criado a primeira religião monoteísta. Ele não criou a religião do único e verdadeiro Deus, mas viveu uma tradição, no sentido de transmissão de conhecimento e cultura, que vinha em parte de seus antepassados. 


Uma região próspera 


Vejamos um pouco mais sobre a vida desse homem, conforme descrita em Gênesis 12:1 a 25:18. Ele vivia na terra formada entre os rios Tigre e Eufrates, às margens de um afluente do Eufrates, chamado Balique. 


A cidade de Ur, onde vivera antes de ir para Harã, é situada pelos arqueólogos na região da moderna Tell el-Muqayyar, a catorze quilômetros de Nasiryeh, no sul do Iraque. Segundo estudos de Sir Leonard Woolley, do Museu Britânico, que reconstruiu a história de Ur desde o quarto milênio até o ano 300 a.C., o deus-lua Nanar, que era adorado em Ur, também era a principal divindade em Harã. 


Décadas antes de Abraão, Ur era a mais importante cidade do mundo. Centro de produção manufatureira, agropastoril e exportador, estava situada numa região de enorme fertilidade. Daí partiam caravanas e navios em direção ao golfo Pérsico. Já na época de Abraão a cidade foi eclipsada pelo crescimento de Babilônia[7], mas manteve sua importância durante décadas. 


Anos mais tarde, as águas do golfo Pérsico recuaram e o rio Eufrates mudou seu curso, correndo 16 quilômetros para leste. Ur então foi abandonada, sendo sepultada pelas tempestades de areia do deserto. 


As pesquisas arqueológicas desenvolvidas pela Universidade da Pensilvânia e o Museu Britânico, numa expedição dirigida por Sir Woolley, entre 1922-1934, descobriram o Zigurate ou torre-templo, cujo modelo fora a torre de Babel. Era o edifício mais importante da época de Abraão. A torre era quadrangular, construída com sólidos tijolos, possuía terraços arborizados e no topo ficava um santuário ao deus Lua. 


A cidade tinha ainda dois templos. Um ao deus Lua, Nanar, e outro à deusa Lua, Ningal. Esses dois templos eram um complexo de santuários, com pequenas salas, alojamentos de sacerdotes, sacerdotisas e atendentes. Eram essas divindades que o pai de Abraão cultuava. 


Num bairro residencial de Ur foram descobertas casas, lojas, escolas e capelas, com milhares de placas, documentos de negócios, contratos, recibos, hinos, liturgias, etc. As casas eram de alvenaria, com dois pavimentos, no alinhamento das ruas, e com pátio interno. 


Uma época conturbada 


Depois de sair de Ur, Abraão viveu com sua família em Harã, uma cidade também muito desenvolvida. Seus parentes, Terá, Naor, Pelegue e Serugue, tiveram seus nomes registrados nos documentos diplomáticos de Mari, cidade situada na região do rio Eufrates, e também em documentação dos assírios, como nomes de cidades naquelas regiões[8]. 


Segundo ampla documentação da época, a última parte do período patriarcal se caracterizou pelo tráfego de tribos seminômades por toda a região da Mesopotâmia e Babilônia[9]. Essas tribos tinham sua economia baseada na pecuária, ovinocultura e criação de camelos. 


A necessidade básica desses grupos era água e pastagens. Assim, a escassez desses elementos determinavam o movimento de toda a comunidade. Sendo uma economia ajustada, com mútua dependência de seus membros, forte sentido coletivo de propriedade, e consciência de uma descendência comum, o grande fator de desequilíbrio, fora questões climáticas, era o aumento natural da população tribal. Esse fator levava ao fracionamento do grupo, quando este crescia em demasia, à aglutinação de parcela de uma tribo a outro grupo tribal, ou a uma postura guerreira na tentativa de apossar-se de territórios controlados por comunidades agrícolas e sedentárias. 


Normalmente, quando a terceira opção acontecia, essas tribos nômades, com o tempo, acabavam sendo assimiladas pela cultura sedentária. Nesses casos, os líderes nômades e seus descendentes, geralmente, passavam a ocupar a liderança da comunidade conquistada. 


Uma vida dura 


Abraão, seu pai e seus irmãos, assim como seu filho Isaque e seu neto Jacó foram seminômades, já que todos conheceram também a vida sedentária. Mas, Abraão, sem dúvida, foi um homem que viveu sob tendas, acompanhando seu rebanho às nascentes de água e pastagens. Enfrentou as guerras, que caracterizaram o período e o modo de vida tribal. Essa vida dura e cheia de dificuldades fazia desses homens pessoas bastante especiais para sua época[10]. 


Ao sair de Harã, Abraão deixava para trás a cultura politeísta babilônica. Mas isso não significa que todos os seus parentes compartilhavam suas idéias sobre a adoração de um único e verdadeiro Deus. Em Josué 24:2 vemos que membros de sua família eram politeístas. Em Canaã, também estava rodeado de idólatras, mas mesmo assim erigiu um altar ao Deus Eterno. 


Um servo de Deus 


Este homem Abraão era, sem dúvida, alguém peculiar. Sua fé em Deus produziu em sua vida um fruto muito especial. Era um homem que procurava a paz (13:8-9), generoso (14:21-24), hospitaleiro (18:1-8), intercessor (18:23-33), que buscava a justiça e o direito (18:19). Era um homem moral e temente a Deus. 


Dessa maneira, os livros de Gênesis e Êxodo apresentam a fé israelita fundamentada em dois acontecimentos históricos. O primeiro, é a escolha de um homem chamado Abrão[11], que foi tirado da cidade de Ur e levado para Canaã, uma terra prometida a ele e sua descendência (Gn 12:1-3; 13:14-17). Essa promessa foi selada com um pacto, uma aliança entre o Deus Eterno e Abraão, conforme Gênesis 15:5-10. E o segundo acontecimento histórico é a libertação dos descendentes de Abraão da escravidão do Egito, através de Moisés, e sua entrada na terra prometida (Ex 3:6-10). 


Esses dois acontecimentos expressam a materialidade da aliança, que se traduz como escolha de Deus a favor de um homem, gerador de um povo, para uma missão definida. Realidade esta que foi reafirmada, centenas de anos depois, pelo príncipe dos profetas israelitas, quando disse: 


“Ouvi-me, vós, que estais à procura da justiça, vós que buscais ao Deus Eterno. Olhai para a rocha da qual fostes talhados, para a cova de que fostes extraídos. Olhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, aquela que vos deu à luz. Ele estava só quando o chamei, mas eu o abençoei e o multipliquei”. Isaías 51:1-2. 


Selado com sangue 


A aliança com Abraão foi selada com sangue, conforme os versículos 9 e 10 de Gênesis 15. Segundo os costumes semitas, o berit (pacto ou aliança) era feito através da degola de animais, geralmente um bezerro, que era dividido em duas partes, colocadas uma em frente à outra, e os contratantes passavam entre os pedaços (Jr 34:18-20) e diziam: “que a divindade corte em pedaços, como a estes animais, os violadores deste pacto” [12]. Daí as expressões, “karot berit”, imolar uma vítima para concluir um pacto; “bo ba berit”, entrar na aliança (Jr 34:10); “abor ba berit”, passar pela aliança (Dt 39:2); “amod ba berit”, parar na aliança (2 Rs 23:3). 


O Deus Eterno formalizou um pacto com Abraão. O próprio Deus selou o acordo com um costume humano, a fim de que a aliança pudesse ser visualizada por Abraão. E o Deus Eterno, em seu amor pelo contratante mais fraco, passa no meio dos animais partidos (Gn 15:17). E o versículo seguinte agrega: 


“Naquele dia, o Eterno estabeleceu uma aliança com Abrão nestes termos: à tua posteridade darei esta terra(...)”. 


A aliança fornece uma base para a compreensão do livro de Gênesis. O diálogo de Deus com Adão e Eva em Gênesis 3:15 já apontava para um Salvador. Mas é em Gênesis 15 que temos a primeira realização dessa promessa. É através da aliança com Abraão, que surgirá a descendência prometida, um povo com duas missões: ser testemunha entre as nações e ser a nação separada, da qual nasceria o Messias. 


“É de suma importância entender que a aliança iniciou uma nova relação entre Deus e Israel, uma relação imposta por Iaveh, mas exclusiva e íntima em seu ideal”[13]. Embora, na tradição judaica, o livro de Êxodo seja o livro da aliança, o conceito está presente e é desenvolvido no livro de Gênesis, com o pacto realizado com Abraão. 


Herdeiros da promessa 


Na aliança está embutida a idéia de salvação e de relacionamento pessoal com Deus. Esta realidade nova dentro do plano de redenção do homem, está implícita na declaração de Deus a Abraão: “Estabelecerei uma aliança entre eu e você, e a sua raça depois de você, de geração em geração, uma aliança perpétua, para ser o seu Deus e o da tua raça depois de você” (Gn 17:7). E como todo pacto, além do “berit milah” (pacto da circuncisão), Abraão e seus descendentes são chamados à responsabilidade moral (v.1) e à uma adoração permanente (vs.7 e 19). 


Elementos estes, que a partir de Moisés serão desenvolvidos, dando origem à religião de Israel, que tem por base, num primeiro momento histórico à primazia do culto e suas ordenanças e, num segundo momento, com o surgimento da profecia literária, da justiça social. 


É impossível fazer uma completa separação entre aliança e reino. Este último aparece como construção que tem seu primeiro tijolo na nova relação estabelecida por Deus com os homens. 


Uma revelação progressiva 


A circuncisão na época de Abraão era costume de alguns povos, que a tinham como fator de diferenciação tribal[14]. Sabemos também que os pactos eram selados com sangue e o seu rompimento significava a morte do transgressor e que esses costumes faziam parte de culturas que Abraão e seu clã conheceram. E não foi por ela que Abraão foi bem-aventurado (Rm 4:9-12). Da mesma forma, valores morais como adoração (“edificar um altar” Gn 12:8), obediência (“foi habitar nos carvalhais de Manre”, Gn 13:17-18), entrega de bens e posses (“e de tudo lhe deu o dízimo”, Gn 14:20), fidelidade (“ele creu no Senhor”, Gn 15:6), e consciência da onipotência divina (“não fará justiça o juiz de toda a terra?”, Gn 18:25) eram uma realidade na vida dos patriarcas que antecederam a Abraão. 


Mas há um bereshit, um fiat, um momento especial que faz a diferença na vida deste homem de Deus: é a revelação. A partir da promessa de Gênesis 3:15 temos uma revelação. A aliança surge como revelação, como ruptura que dá vida a antigos costumes e valores, colocando em movimento um processo histórico que vai-se construir enquanto estrutura (povo escolhido, terra prometida) e dar novo salto com a formalização maior realizada no Sinai. Assim, a base da aliança serão revelação e fé (Rm 4:13-15). 


No Antigo Testamento, a aliança entre Deus e Israel fundamentou toda a relação de Deus com seu povo. O significado da aliança é que Israel pertenceu a Deus e Deus pertenceu a Israel. A relação, às vezes, é descrita como a de pai e filho, ou como de marido e esposa. É por isso que o Antigo Testamento diz que Deus é ciumento (Êx 20:5; 34:14; Dt 4:24; Is 54:5; 62:5; Os 2:19)[15]. 


Filhos de Abraão 


Dessa maneira, através de Abraão, a aliança é em primeiro lugar pessoal, abrangendo cada vez um espectro maior: tribal, nacional, universal. Mas, quer no primeiro caso, pessoal, quer historicamente, como redenção, ela é sempre estrutural. 


Mas, se aliança é eleição, escolha, implica em preferência por alguém, escolher por prazer ou por amor. Essa conceituação entre aliança e amor é muito claramente enunciada em 1Rs 11:13, quando Deus afirma que escolheu Jerusalém por amor. Assim, aliança e amor não podem ser separados, embora não sejam a mesma coisa. A aliança é o selo, o pacto. O amor, o motivo que leva à aliança. No livro de Gênesis vemos o amor de Deus na criação, na conversa com Adão e Eva e na promessa de um Salvador. Mas é na aliança que o amor pelo homem caído torna-se material e compreensível. A saga dos patriarcas descendentes de Abraão, que se torna um pai de muitos povos, mostra o caminho da concretização dessa aliança. Eis o tema central de Gênesis e de todo o Pentateuco: Deus ama e casa-se com um povo, criado por ele, e comissionado por ele[16]. O resto da história, nós conhecemos. E por amor estamos dentro da aliança abraâmica (Rm 4:11-25). 


Quadro Cronológico (2050-1500 a.C.) 




EGITO < > PALESTINA < MESOPOTÂMIA 


2050 Império médio -- Época do bronze (M) -- Renascimento sumério, dinastia de Ur. Amorreus. 
2000 Egito reunificado -- Amorreus 
1950 XII dinastia 
Egito controla a costa 
1900 
Siro-palestina -- Assíria -- Mari -- Isin -- Larsa 
1850 
Chegada de Abraão 
1800 
Babilônia 
1750 Invasão dos hicsos -- Hammurab 
1700 Hebreus 
A.R. Hitita 
1650 XV dinastia 
1600 
1550 Novo Império 
1500 XVIII dinastia e Época do bronze (R) 
expulsão dos hicsos 


Pequena Cronologia de Abraão (Gn 11:26-32; 12:4; At 7:2-4) 
Nascimento 
Quando seu pai tinha 130 anos. 
Canaã 
Entrou na Palestina aos 75 anos. 
Ló 
Libertou seu sobrinho quando tinha 80 anos. 
Ismael 
Tinha 86 anos quando seu primeiro filho nasceu. 
Sodoma e Gomorra 
As cidades foram destruídas quando tinha 99 anos. 
Isaque 
Nasceu quando tinha 100 anos. 
Sara 
Tinha 137 anos quando sua mulher morreu. 
Esaú e Jacó 
Quando seus netos nasceram tinha 160 anos. 
Morte 
Aos 175 anos de idade. 


Roteiro de Estudo -- Visão Panorâmica 

1o bloco 
1. Introdução Geral: a herança de Abraão para os cristãos de hoje. 
2. Chamado: Gn 12.1-9; At 7.2-4; Hb 11.8. No Egito: Gn 12.10-20; Rt 1.1; Mt 12.14,15. 
3. A separação de Ló: Gn 13.1-18; Ef 3.18 e 4:1. 


2o bloco 
1. A derrota de Sodoma e a captura de Ló: Gn 14.1-12. 
2. Abraão resgata Ló: Gn 14.13-16. 
3. Abraão, Melquisedeque e o rei de Sodoma: Gn 14.17-24; Hb 7.2; Sl 110.4. 


3o bloco 


1. Fé e aliança: Gn15.1-21; Rm 4; Gl 3. 
a. A fé que movia Abraão. 
b. A promessa vira aliança. 


4o. bloco 


1. Hagar e Ismael: Gn 16.1-16; Gl 4.22 e 29; Pv 24.3; Ex 3.2, 4; Jz 6.12-14. 
2. Sara, um novo nome: Gn 17.15-22; Rm 9.24. 
3. Abraão intercede por Sodoma: Gn 18.16-33; Is 41.8; 1Tm 3.4-5; Ex 32.32; Is 53.12. 


Conclusão: A herança de Abraão para os cristãos de hoje. 




Citações 
[1]Podemos localizar as origens do surgimento de Israel na primeira metade do segundo milênio a.C. (2.000-1550, aproximadamente). Foi nesse período que Abraão migrou de Ur com destino à Palestina. 
[2] Lleón Epsztein, Aa Jjustiça Ssocial no Aantigo Ooriente Mmédio e o Ppovo da Bbíblia, Ssão Ppaulo, Eed. Paulinas, 1990, "Aas Lleis Mmesopotâmicas", pp. 11 a 26. 
[3]"Yahweh não elegeu Iisrael para fundar um novo culto mágico em benefício dele; elegeu-o para ser seu povo, para realizar nele o seu arbítrio. Portanto, por sua natureza, também a aliança religiosa foi uma aliança moral-legal, envolvendo não apenas o culto, mas também a estrutura e os regulamentos da sociedade. Assim, colocou-se o alicerce da religião da Ttorá, incluindo tanto o culto como a moralidade e concebendo a ambos como expressões da vontade divina". Yyehezkel Kaufmann, "Aa Rreligião de Iisrael", Ssão Ppaulo, Eeditora Pperspectiva, 1989, p. 232. 
[4] Bereshit é uma expressão hebraica que normalmente traduzimos por “no princípio”. É formada pela preposição B mais var, que significa cabeça, início, principal, o mais elevado. Na Bíblia hebraica o nome do livro de Gênesis é Bereshit, porque o primeiro versículo das Escrituras começa assim: “No princípio ...”. 
[5] “A centralidade da aliança para a religião do AaTt já possuía defensores muito antes de Eeichrodt”.: Aauugust Kkayser, Ddie Ttheologie ddes AaTt in ihrer Ggeschichtlichen Eentwicklung Ddargestellt (Sstrassburg, 1886), p. 74. : “Aa concepção dominante dos profetas, a âncora e o alicerce da religião do AaTt em geral, é a noção de teocracia ou, utilizando a expressão do próprio AaTt, a noção de aliança”. G. F. Oehler, Ttheologie des AaTt (Ttubingen, 1873), Ii, p. 69.: “O fundamento da religião do AaTt é a aliança por meio da qual Ddeus recebeu a tribo escolhida, a fim de realizar seu plano de salvação”, in Ggerhard F. Hhasel, oOp. cit., p. 57. 
[6] Yyehezkel Kaufmann, op. cit., p. 220. 
[7] A Babilônia destaca-se no cenário mundial a partir do governo de Hammurabi (1728-1686 a.C.). Ele venceu militarmente a Assíria, subjugou antigos aliados e também o reino de Mari, importante centro comercial da época. Durante seu governo, a Babilônia teve um impressionante florescimento cultural. 
[8] Ssamuel J. Schultz, A“a Hhistória de Iisrael no Aantigo Ttestamento”, Ssão Ppaulo, Eed. Vida Nnova, 1992, p. 31. 
[9] Na verdade, foi uma época de grande confusão. Os hicsos, possivelmente povos semitas do sul da Síria, invadiram o Egito. Os hurrianos desceram das montanhas da Armênia em direção à Mesopotâmia e toda a área que vai da Mesopotâmia até o delta do Nilo viveu um século de incertezas, guerras e grandes processos migratórios. 
[10] León Epsztein, op. cit., pp. 107, 108. “No deserto não existem muros para se protegerem, e daí a importância capital da liderança, a necessidade urgente de uma disciplina. Todavia, a mobilidade da vida nômade impede a fixação definitiva do poder em determinado grupo. Não há privilégio hierárquico. Quando surgem dificuldades, quando a guerra ameaça a segurança do grupo nômade, qualquer indivíduo de sagacidade maior ou de grande coragem impõe-se como chefe, mas não passa de primus inter pares: uma vez afastado o perigo, volta a seu lugar habitual. Diante de tais condições, o poder político dificilmente pode adquirir suficiente influência ou prestígio para prevalecer sobre a ética, sobre os valores morais, mormente com a crença dos hebreus, segundo a qual os homens, criados por Deus à sua imagem, beneficiam-se dos mesmo direitos e devem assumir as mesmas responsabilidades”. 
[11] Em Gênesis 17:5 Deus muda o nome de Abrão para Abraão. Essa mudança de nome traduz o seu chamado. Abrão significa “tão grande quanto seu pai”. Mas Deus o chama “ab hamôn”, pai de multidão. 
[12] Mmeir Mmatzliah Mmelamed, A“a Llei de Mmoisés e as Hhaftarót”, fFlórida, 1962, p. 33. 
[13] Bbyron Hharbin, T“teologia do Aantigo Ttestamento”, apostila, SsPp, Ffaculdade Tteológica Bbatista de Ssão Ppaulo, 19956, p. 4. 
[14] F. Ddavidson, O“o Nnovo Ccomentário da Bbíblia, Ssão Ppaulo, Eed. Vida Nnova, 1994, p. 160. 
[15] Eedgard Yyoung Mullins, T“the Cchristian Rreligion in the Ddoctrinal Eexpression, Pphiladelphia, Jjudson, 1954, pp. 237, 431, in Hharbin, op. cit., p. 5. 
[16] É o “escândalo da história” ou “escândalo da particularidade” , segundo C. H. Dodd, The Apostolic Preaching and Its Development, Londres, Hodden and Stoughton, 1963, p. 88, in Gabriel Moran, Teologia da Revelação, São Paulo, Editora Herder, 1969, p. 54. 


Fonte 
Jorge Pinheiro, História e Religião de Israel, Origens e crise do pensamento judaico, Ed. Vida, São Paulo, 2007, pp. 42-55.