lundi 3 février 2014

Vida, fundamento da teologia

Faculdade Teológica Batista de São Paulo
Prof. Dr. Jorge Pinheiro
Primeiro semestre de 2014

A vida, fundamento da teologia

Objetivo
A compreensão da correlação entre vida, revelação e teologia é essencial para que se possa romper com as leituras rasas da fé cristã, que descartam o papel da vida humana, quer cultural e social, como pessoal e privada na construção do pensamento teológico. Acreditamos que o estudo das correlações entre vida, revelação e teologia, e de suas influências na teologia cristã oferecem condições teóricas para a superação da consciência ingênua e o desenvolvimento de uma consciência crítica, pela qual a experiência vivida é transformada em consciência compreendida, ou seja, em conhecimento a respeito dessa experiência.

Abordagem
Optamos por uma abordagem temática dos assuntos, sem descuidar da referência necessária às histórias da filosofia e da teologia, que permitam estabelecer os fios condutores da exposição dos temas. Isto porque teologizar filosoficamente não deve ser visto como atividade solitária, mas como diálogo entre os pensadores escolhidos para tais debates e a capacidade crítica de professor e alunos.

Avaliação
Os alunos serão avaliados por sua participação em classe (peso 3), pelos seminários apresentados (peso 4) e por uma prova final (peso 3).

PROGRAMA DA DISCIPLINA
Fevereiro/ Março
A vida, uma leitura radical
Como a vida se faz presente na construção da revelação, da teologia e da leitura do texto bíblico. Para uma análise da questão focalizaremos o texto de Cantares de Salomão e que leituras através dos tempos.
Textos:
Paul Tillich, Amor, poder e justiça, São Paulo, Fonte Editorial, capítulos 2 e 3 (pp. 31 a 56).
Jorge Pinheiro, Teologia da vida, uma paixão radical, São Paulo, Fonte Editorial, 2009, pp. 17-19; 49-56; 57-60.

Abril/ Maio
A teologia nossa de cada dia
Como a teologia pode nascer da vida e o que isso significa? A espiritualidade da vida e a fé cristã.
Textos
Tillich, Amor, poder e justiça, capítulo 4.
Pinheiro, op. cit., pp. 259-266; 255-258241-254.

Maio/ Junho
A vida e suas ambigüidades
O conceito ontológico de vida e sua aplicação universal nos levam aos dois tipos de considerações, a essencialista e a existencialista. Essas considerações, em última instância, falam da unidade multidimensional da vida. O que nos leva aos processos e ambigüidades existenciais da vida e a perguntar pela vida sem ambigüidades, a vida eterna.
Textos
Tillich, Teologia Sistemática, parte 4, item 4A-C.
Pinheiro, op. cit., pp. 183-191; 161-162; 155-160.

Filme: Minority Report, de Steven Spielberg

BIBLIOGRAFIA
PINHEIRO, Jorge, Teologia da vida, uma paixão radical, São Paulo, Fonte Editorial, 2009.
TILLICH, Paul, Amor, poder e justiça, São Paulo, Fonte Editorial, 2014.
___________, Teologia Sistemática, São Leopoldo, Sin0dal, 2005.

Bibliografia auxiliar
ARON, Raymond. Etapas do Pensamento Sociológico. São Paulo, Martins Fontes, 2000.
BERGER, Peter. O Dossel Sagrado: Elementos para uma Sociologia da Religião. São Paulo, Paulinas, 1985.
WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. Pioneira, 1987.

Realidade Brasileira -- Programa / 1o. semestre 2014

FACULDADE TEOLÓGICA BATISTA DE SÃO PAULO
REALIDADE BRASILEIRA 

Dr. JORGE PINHEIRO 

SEMESTRE 1o. ANO 2014 

1. EMENTA
Estudo da formação e desenvolvimento da nacionalidade brasileira, a partir das matrizes étnicas e da multiculturalidade que caracteriza a brasilidade.

2. OBJETIVOS
O estudo da Realidade Brasileira é essencial porque não se pode pensar hoje um cidadão brasileiro que não seja solicitado a refletir o momento político e social que o País vive. Isso significa que todos deveriam ter uma concepção da história de nossa formação enquanto povo e dos desafios a que somos chamados a responder. Tal concepção de brasilidade deve reforçar ou modificar maneiras de agir e pensar o tempo brasileiro. A história da formação e do sentido do Brasil permite reflexões para a superação da consciência ingênua e o desenvolvimento de uma consciência crítica, pela qual a experiência vivida é transformada em consciência compreendida da realidade brasileira.

3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Fevereiro – Março
As brasilidades -- O processo civilizatório -- Povos germinais / O barroco e o gótico / Atualização histórica 

Abril
Protestantes, pentecostais e ecumênicos. O campo religioso brasileiro e seus personagens 

Maio - Junho
Classe e poder/ distância social/ classe e raça. O destino nacional As dores do parto / confrontos

4. METODOLOGIA 
Optamos por uma abordagem temática dos assuntos, sem descuidar da referência necessária à história da formação e sentido do Brasil, que permita estabelecer o fio condutor da exposição dos temas. Isto porque fazer um estudo da história e formação do povo brasileiro implica em fazer antropologia do povo brasileiro e sociologia da cultura. Tais abordagens não podem ser encaradas como atividades solitárias, mas enquanto diálogo entre pensadores que expõem diferentes visões.

5. RECURSOS
Audiovisuais.

6. AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados por sua participação em classe (peso 3), pelos seminários apresentados (peso 4) e por uma prova final (peso 3).

7. BIBLIOGRAFIA BÁSICA 

MENDONÇA, Antonio Gouvêa, Protestantes, pentecostais e ecumênicos, o campo religioso e seus personagens, São Bernardo do Campo, UMESP, 2008. 
PINHEIRO, Jorge, Deus é brasileiro, as brasilidades e o Reino de Deus, São Paulo, Fonte Editorial, 2008. 
RIBEIRO, Darcy, O povo brasileiro, a formação e o sentido do Brasil, São Paulo, Companhia das Letras, 2002. 

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

FREYRE, Gilberto, Casa Grande & Senzala, São Paulo, Global Editora, 2003.
LERY, Jean de, Viagem à terra do Brasil, ler capítulos VIII, XV e XVII disponíveis no site da UFRGS, http://www.ufrgs.br/proin/versao_1/viagem/index.html 
PINHEIRO, Jorge & SANTOS, Marcelo, Manual de História da Igreja e do Pensamento Cristão, São Paulo, Fonte Editorial, 2011.

8. DISTRIBUIÇÃO DE CARGA HORÁRIA

A cada quinze dias um grupo de alunos apresentará seminário sobre tema definido. Todos os alunos participarão de um seminário durante o semestre.