jeudi 16 août 2012

O cairo e a filosofia da história

Em relação às perspectivas do futuro, cairo é um momento especial, tempo bom, especial.

"C’était une intuition subtile qui incitait l’esprit de la langue grecque à designer le temps formel par le terme chronos, qui est différent de kairós, lequel designe ‘temps opportun’, le moment riche en contenu et en signification. Et ce n’ést pas un hasard si ce mot a trouvé son usage le plus dense et le plus fréquent là où la langue grecque devint le véhicule de l’esprit historique et dynamique du judaïsme et du christianisme primitif, c’est-à-dire dans le Nouveau Testament. On y dit de Jésus que son kairos n’était pas encore venu; et puis qu’à un moment ou l’autre il est venu en kairo, à instant où les temps etaient dans leur plenitude. C’est seulement pour la réflexion abstraite, objective, que le temps est une forme vide, pouvant recevoir n’importe quel contenu. Mais pour celui qui vit et a conscience de ce qu’est un événement créateur, le temps est charge de tension, de possibilités et d’impossibilités; il est qualitatif et riche de contenu; tout n’est pas possible en tout temps, tout n’est pas vrai en tout temps, tout n’est pas exigé à tout moment. Divers ‘maitres’, c’est-à-dire diverses puissances cosmiques, règnent em différents temps, et le ‘Seigneur’ qui triomphe de tous les autres anges et pouvoirs, règne dans le temps plein de destin et de tensios, qui s’étend entre la Résurrection et la Seconde venue; il règne dans le ‘temps présent’ qui, en son essence, est différent de tout autre temps du passe. C’est dans cette vive et très profonde conscience de l’histoire que s’enracine l’idée du kairós; et c’est à partir de là qu’elle doit être élaborée en concept d’une philosophie de l’histoire consciente”. Paul Tillich, Kairos I in Christianisme et socialisme, Écrits socialistes allemands (1919-1931), Les Éditions du Cerf, Éditions Labor et Fides, Les Presses de l’Université Laval, 1992, pp. 116-117.


Assim, cairo é tempo favorável para a construção de propostas e alternativas sociais. É um tempo carregado de tensão, de possibilidades, qualitativo e rico de conteúdo, mas nem tudo é possível sempre. Isto porque, os poderes são plásticos e se fazem presentes em tempos diferentes. É nessa consciência da história que está enraizada a idéia do cairo e é a partir dela que deve ser elaborado o conceito de uma filosofia da história.

mercredi 15 août 2012

Toninho Mendes e Jorge Pinheiro


Toninho Mendes dá o seu recado: "Inicio uma nova empreitada editorial. No sábado dia 18 de agosto das 17 as 21 horas estarei no estande da editora Sampa na Bienal do Livro, autografando o número 1 de uma série de 3 revistas sobre a história da ditadura militar. A apresentação da pesquisa foi feita por Jorge Pinheiro, colega daquele período do jornalismo que lutou contra a ditadura. A capa está acima. A revista estará nas bancas no final de agosto. Abraços e saudades".
 

mardi 14 août 2012

Organização social, práticas sexuais e religião

Cadernos de Pesquisa
Print version ISSN 0100-1574
Cad. Pesqui. vol.38 no.133 São Paulo Jan./Apr. 2008

http://dx.doi.org/10.1590/S0100-15742008000100012 
RESENHAS

Organisation sociale, pratiques sexuelles et religion: le cas des trois religions monothéistes

Maria José Werebe, Paris : L'Harmattan, 2007, 262p.

Maria José Werebe foi professora livre-docente do curso de Pedagogia da Universidade de São Paulo e pesquisadora do Centre National de la Recherche Scientifique – CNRS–, na França. Especialista em educação sexual, situa o comportamento sexual humano para além de condicionantes de ordem biológica. Para a autora, um amplo conjunto de elementos intervém na sexualidade humana, cujas possibilidades de expressão encontram-se na confluência de fatores biológicos e socioculturais. A sexualidade se constitui também em um saber, aprendido e transmitido: "saber como fazer e como não fazer", conhecer o preço do prazer, as condições de negociação do desejo, as regras sociais quanto às trocas e relacionamentos sexuais.

As religiões constituem um importante elemento na conformação e compreensão da sexualidade. Em primeiro lugar porque as práticas sexuais se inscrevem em um contexto cultural e "a religião representa um fator importante no estabelecimento de normas e preceitos que visam reger o comportamento humano". A despeito do avanço da secularização, da separação entre poder religioso e poder laico, e da evolução das normas morais, "as religiões continuaram a exercer uma influência significativa em quase todas as sociedades". Em segundo lugar porque a sexualidade está fundada em um saber e o homem faz intervir o sagrado no discurso dele sobre ele mesmo, com o fim de legitimá-lo. Assim, a religião pode se constituir esse instrumento de sacralização de normas, mesmo quando as normas são provenientes de fontes externas independentes de prescrições religiosas, como certas tradições culturais ou leis "estabelecidas pelas autoridades no poder, em função de interesses políticos e econômicos".

A Werebe se propõe a analisar as relações entre as três religiões monoteístas – judaísmo, cristianismo e islamismo – e a sexualidade, para o que entende seja necessário situá-las em seu contexto político, econômico e cultural e considerar a sua evolução no espaço e no tempo. Busca compreender as regras por elas enunciadas e "suas implicações na prática sexual, na organização da família e na sociedade de hoje", procedendo ao exame dos textos revelados (a Bíblia – Antigo e Novo Testamento – e Alcorão), dos textos escritos pelas autoridades religiosas e de interpretações dos textos por crentes e não crentes no que concerne à sexualidade.

Na primeira parte do livro examina o judaísmo, sua história, os pontos centrais de sua doutrina e as regras morais e sexuais estabelecidas no texto, procurando levar em conta as diversas correntes e suas normas e atitudes em relação à sexualidade. Destaca que essas normas e atitudes podem variar de acordo com o grau de adesão do crente às tradições religiosas, com a sua classe social e o país em que vive, e conforme se trate de judeu de Israel ou da diáspora. Em relação à sexualidade, comportamento e normas dos judeus sofreram mudanças significativas ao longo da história, em virtude da influência que receberam da cultura das sociedades em que viveram e das diferenças de interpretação dos textos religiosos entre sábios e autoridades religiosas. Enquanto os ortodoxos apregoam uma "moralidade estrita e intransigente", a tolerância e a liberdade de atitudes, inclusive no campo da sexualidade, fazem parte do estilo de vida da maioria dos judeus, particularmente daqueles que vivem fora de Israel.

Na segunda parte, ressalvando a impossibilidade de contemplar toda a sua história, transformações e ramificações, mesmo no interior das principais confissões, a autora analisa o cristianismo em seus principais momentos históricos no que concerne às reciprocidades de interesses políticos e influências culturais mútuas entre religião e sociedades nas quais se instala e para as quais se expande, na forma das três principais confissões: católica romana, oriental-ortodoxa e protestante. Do ponto de vista da moral sexual o cristianismo é "herdeiro dos preceitos hebraicos e greco-romanos" que, contudo, evoluíram e sofreram transformações ao longo do tempo.

O catolicismo romano é a mais importante dentre as confissões cristãs em face do número de adeptos, da sua expansão e presença em inúmeros países, e da influência que sempre exerceu nos domínios "religioso, político e moral". Prescreve uma moralidade sexual estrita em muitos aspectos, com os renovadores opondo-se aos conservadores nesse campo. Para estes, as relações sexuais têm por finalidade única a procriação, de modo que os métodos contraceptivos, o aborto e o homossexualismo são condenados. No entanto os preceitos morais da Igreja Católica não são totalmente seguidos pela maioria dos seus adeptos: "a contracepção e o aborto são aceitos pela maioria dos católicos, assim como a relação sexual fora do casamento".

No que se refere ao cristianismo oriental-ortodoxo, a autora destaca que, embora haja diferenças entre as suas diversas correntes, este se mostra também muito conservador em relação às questões sexuais. É contudo mais liberal do que o catolicismo romano, uma vez que não prioriza um moralismo estrito, mas sim "o ser humano e a comunhão entre as pessoas". A adoção de métodos contraceptivos cabe à consciência individual e se admite o divórcio, assim como o novo casamento em caso de adultério ou esterilidade.

Quanto ao protestantismo, os preceitos morais de cada uma das correntes no seu interior variam significativamente conforme estejam mais ou menos ligados a tendências liberais ou fundamentalistas. Entre os pentecostais as posições de algumas correntes não são muito rígidas, "mesmo se a Assembléia de Deus, dentre outras, preconiza um certo rigor"; na França, os protestantes adotam posições majoritariamente liberais quanto à moralidade, sendo favoráveis ao uso de métodos contraceptivos, tolerantes quanto à relação sexual pré-conjugal e mesmo quanto ao homossexualismo, e admitem o aborto em alguns casos; contudo, ainda na França, as correntes denominadas evangélicas não chegam a ser tão liberais. No entanto, "os conservadores americanos de direita pregam uma moral extremamente retrógrada, contra o aborto e os homossexuais", chegando até, em alguns casos, a propor a proibição de salas de aula mistas nas universidades.

Na terceira parte do livro, a autora trata do islamismo, a "mais jovem" das religiões estudadas, de sua evolução e expansão desde que foi criado, suas correntes e as normas e regras morais e sexuais que lhes correspondem, fazendo também uma rápida abordagem do feminismo árabe-muçulmano, assim como da situação das mulheres em alguns países muçulmanos. Chama a atenção para a "grande diversidade étnica e cultural do mundo muçulmano" (islã negro, árabe, iraniano etc.) e para a tendência de considerar certas regras associadas ao Islã "como sendo universais", quando na verdade essas são interpretadas de modo diferente de acordo com o país, categorias sociais, e comunidades imigradas. Nos países em que o islamismo é a religião principal ou oficial, obviamente a tendência é que as regras sejam mais estritas, embora algumas delas sejam mais "determinadas por tradições culturais do que pela religião". Mesmo nesses países é possível verificar progressos em direção à maior liberalidade quanto à moral sexual e aos direitos das mulheres. Exemplos nesse sentido são a Turquia (estado laico) e a Tunísia, onde o aborto e a adoção de métodos contraceptivos são admitidos, e a poligamia e o repúdio de mulheres é proibido (o divórcio é permitido na Turquia).

Nas comunidades imigradas, alguns grupos integristas – minoritários – "tentam impor regras morais rígidas, às vezes por meio de métodos violentos", mas a maioria dos imigrantes muçulmanos se integra à cultura local, adotando um islamismo "moderado, compatível com as liberdades democráticas". De modo geral apenas os grupos "radicais" são favoráveis a uma moral sexual rígida. Contudo, de acordo com a autora, ao contrário do que ocorre com os cristãos e judeus, não se constata queda da prática religiosa entre os muçulmanos, principalmente nos países em que eles são majoritários.

Para além da riqueza de dados e informações, um dos méritos desta obra está no próprio fato de voltar o olhar para as relações entre religião, sociedade e sexualidade. A análise transversal não dá margem a que se corra o risco de limitar e/ou excluir da problemática de gênero parcela considerável de mulheres, uma vez que o fator religioso incide sobre as relações sociais de sexo tanto de forma indireta, pelos imbricamentos existentes entre cultura, saberes e poderes laicos e religiosos, quanto de forma direta, em face da forte presença de mulheres nas religiões.

Outro elemento de destaque está na abordagem do fenômeno religioso como processo mais dinâmico e amplo do que as representações acerca das religiões ou de suas manifestações dominantes poderiam fazer crer. A autora evita uma abordagem simplista1 mas comum, mesmo nos meios acadêmicos, que tende seja a afirmar uma "missão redentora" da ciência, da república laica, de todas as instâncias que representariam, enfim, a libertação da religião, da falsa consciência de si para a "real" racionalidade e liberdade, seja a exaltar um pretenso papel "libertário" da religião. Como se as religiões tivessem sempre e apenas uma face– ou libertadora ou de reforço do patriarcado – e jamais as mulheres, dentro de uma visão religiosa, pudessem aceder ou se beneficiar da condição de sujeito em contraposição à sociedade laica, que sempre lhes favoreceria esse acesso.

Na perspectiva da autora, a realidade ou as realidades dessa relação entre religião, sujeito e sociedade é bem mais complexa. O processo de crescente autonomização dos sujeitos se consolida também no (e talvez mesmo a partir do) campo religioso, possibilitando aos "crentes modernos" comporem as suas crenças e exercerem a sua fé, sem necessariamente "respeitar todas as regras impostas pela sua religião" ou pelas autoridades religiosas. De fato os dados indicam que "o retorno do sentimento religioso não impediu uma queda [na observação] das práticas religiosas, em particular entre os cristãos e os judeus". Se, no entanto, há um retorno do sentimento religioso, ele é explicável em parte pelas desigualdades e injustiças sociais, pelo confronto de etnias e dificuldades de aceitação da alteridade. Cenário no qual reivindicações étnicas, políticas ou identitárias, estão ou são, em muitos casos, associadas a um pertencimento religioso, ao mesmo tempo em que se verifica crescimento de integrismos e fundamentalismos, que tanto se podem configurar em "solução de desespero" quanto em afirmação ou desejo de poder.

Com essa perspectiva sensível e lúcida a autora conclui que o problema não está na religião em si, mas no que se faz dela, ou com ela. Não se trata, no caso, de 'resgatar' as religiões ou de justificá-las, mas de reconhecer a complexidade de fatores envolvidos na adesão e nas formas de manifestação religiosa, tanto do ponto de vista dos sujeitos religiosos, quanto no que se refere às relações entre religião e sociedade e das implicações destas sobre as relações de gênero no âmbito interno e externo ao contexto religioso.

Naira Carla Di Giuseppe Pinheiro dos Santos
Núcleo de pesquisa em gênero
e religião Mandrágora/NETMAL
Doutora em Ciências da Religião
pela Universidade Metodista de São Paulo
nairapinheiro@gmail.com

1. Woodhead, L. Mulheres e gênero: uma estrutura teórica. Revista Eletrônica Rever , v.2, n.1. Disponível em: www.pucsp.br/rever.         [ Links ]  ]

Teologia humana, pra lá de humana


O humano é responsável pelo ontem, pelo hoje e pelo amanhã. É na construção escolhida ou imposta, mas aceita, e na sequência dela, que cada um, que cada uma, faz a comunidade humana. As realidades imanentes e transcendentes são vaidades e correr atrás do vento quando é descartado o papel humano de cada dia. Por isso, a teologia exorta à crítica do espírito de religiosidade e chama à liberdade do livre espírito: pensar a imposição para construir além dela.

Os batistas



Os batistas são, depois do pentecostalismo, a ramificação mais numerosa do protestantismo evangélico, compreendido como um cristianismo biblicista, conversionista e militante. É a principal confissão protestante norte-americana e tem um crescimento significativo no Brasil. Em termos gerais, desenvolveu-se a partir de três traços distintivos: uma teologia de inspiração calvinista, uma eclesiologia congregacionalista e de proclamação – com autonomia da assembleia local e composta de militantes engajados – e a prática do batismo por imersão do convertido, o coração da especificidade batista. Esse protestantismo evangélico se caracteriza, ao mesmo tempo, por uma referência à tradição confessional e por uma plasticidade marcante. É essa construção confessional, no caso brasileira, com suas tradições, que um grupo de especialistas analisa nesta obra.

lundi 13 août 2012

Casa Grande, de Gladir Cabral

Gladir Cabral


A casa grande é branca e branda como a seda, 
Acolchoada, fina e nobre como a renda, 
Mas aqui fora reina a lei da reprimenda, 
Da palmatória, nossa paga, nossa prenda. 

Doutores, caros, fortes, ricos e senhores 
Que suspirais pelas janelas dos amores, 
Olhai por nós marcados por terríveis dores, 
De vós vêm nossas esperanças e temores. 

Os nossos corpos sendo mortos pouco a pouco, 
Os nossos sonhos já desfeitos, todos loucos. 
Na casa grande há uma cruz numa parede. 

No coração de um negro há uma casa nova 
Sem palmatória, sem corrente obrigatória, 
Sem mais senhores, todos são de todo amigos 
E nas paredes não há cristos esquecidos. 

Nessa fazenda Deus é gente aproximada, 
É tempo inteiro, tarde, noite e madrugada, 
Motiva encontro, comunhão e caminhada, 
Faz liberdade ser bem mais que uma palavra. 

Os nossos corpos redimidos num momento 
Bem mais veloz que a luz de todo o pensamento, 
A nossa casa é muito mais que uma fazenda (1ª) 
A nossa vida é bem mais que uma fazenda (2ª)

mardi 7 août 2012

Estudo Interreligioso -- programa para o segundo semestre de 2012

EMENTA O Estudo Interreligioso, enquanto estudo racional da experiência cristã e das religiões mundiais. Conceitos, cosmovisão e metodologia do Estudo Interreligioso. Abordagens e leituras das correlações com outras cosmovisões. OBJETIVOS O estudo das correlações entre as religiões mundiais e o cristianismo é importante porque possibilita ao aluno abordar outras leituras da realidade. Isso permite aos futuros profissionais da teologia, sejam pastores, professores ou missionários, construir uma concepção de mundo que permita o diálogo com outras formas de pensar, mas ao mesmo tempo permitir ao aluno balizar teologicamente sua vida ministerial.
3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO O propósito básico da apologética foi expresso por Pedro: “estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós” (1ª. Pedro 3.15). A apologética, então, é a resposta para perguntas e questões sobre a fé cristã, tanto as questões levantadas pelos próprios cristãos, como os questionamentos apresentados pelos não-crentes. Agosto O Deus trino e os argumentos cosmológico, teleológico, axiológico e suas avaliações. Leituras Pinheiro, Jorge, Teologia Bíblica e Sistemática, o ultimato da práxis protestante, São Paulo, Fonte Editorial, 2012, cap. 3 e 4. STOTT, John, A Missão Cristã no Mundo, São Paulo, Candeia, 2008, cap. 3. 
Setembro A coerência do teísmo: necessidade, onipresença, onisciência, onipotência e suas avaliações. Leituras Pinheiro, Jorge, op. cit, cap. 4. Outubro/ Novembro O problema do mal e as doutrinas cristãs: Trindade, encarnação e o particularismo cristão e suas avaliações. Leituras Pinheiro, Jorge, op. cit., caps. 10, 11 e 12. STOTT, John, op. cit., caps. 4 e 5. METODOLOGIA Optamos por uma abordagem temática dos assuntos, sem descuidar da referência necessária à história dessa área da Teologia, que permita estabelecer o fio condutor da exposição dos temas. Isto porque fazer apologética não deve ser visto como atividade solitária, mas que se faz através do diálogo entre pensadores, igreja e fiéis quando expõem suas diferenças. RECURSOS Audiovisuais. AVALIAÇÃO Os alunos serão avaliados por sua participação em classe (peso 3), pelos seminários apresentados (peso 4) e por uma prova final (peso 3). BIBLIOGRAFIA BÁSICA BECKWITH, francis J., CRAIG, William L., e MORELAND, J. P., Ensaios Apologéticos, São Paulo, Hagnos, 2006. Pinheiro, Jorge, Teologia Bíblica e Sistemática, o ultimato da práxis protestante, São Paulo, Fonte Editorial, 2012. STOTT, John, A Missão Cristã no Mundo, São Paulo, Candeia, 2008. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR Pinheiro, Jorge, “A doutrina da eleição – calvinismo, arminianismo e o equilíbrio da doutrina batista” in Revista Teológica, São Paulo, Ano 4, no. 5, 2008. Santo Anselmo, Livre arbítrio e predestinação, uma conciliação entre a presciência e a graça divina, São Paulo, Fonte Editorial, 2006.

Filosofia II -- segundo semestre de 2012

EMENTA A compreensão da correlação entre a filosofia e a teologia é essencial para que se possa romper com as leituras rasas da fé cristã, que descartam as influências de épocas, culturas e pensadores na construção do pensamento teológico. Acreditamos que o estudo da Filosofia Cristã oferece condições teóricas para a superação da consciência ingênua e o desenvolvimento de uma consciência crítica, pela qual a experiência vivida é transformada em consciência compreendida, ou seja, em conhecimento a respeito dessa experiência. OBJETIVOS Optamos por uma abordagem temática dos assuntos, sem descuidar da referência necessária às histórias da filosofia e da teologia, que permitam estabelecer os fios condutores da exposição dos temas. Isto porque teologizar filosoficamente não deve ser visto como atividade solitária, mas como diálogo entre os pensadores escolhidos para tais debates e a capacidade crítica de professor e alunos.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Agosto / Setembro O círculo teológico O círculo em que se situa o teólogo é diferente daquele do filósofo. Ele acrescenta aos “a priori do mistério” o critério da mensagem cristã. Enquanto o filósofo procura permanecer geral e abstrato em seus conceitos, o teólogo é consciente e intencionalmente específico e concreto. Assim, o teólogo entra no círculo teológico com um compromisso concreto, como membro da igreja cristã para cumprir suas funções essenciais, sua interpretação teológica da revelação e da realidade. A filosofia e a teologia formulam a pergunta pelo ser. Mas elas o fazem de perspectivas diferentes. A filosofia lida com a estrutura do ser em si mesmo; a teologia lida com o sentido do ser para nós. Dessa diferença surgem tendências convergentes e divergentes entre teologia e filosofia. Textos: Pinheiro, Jorge, Deus é brasileiro, as brasilidades e o Reino de Deus, São Paulo, Fonte Editorial, 2008, Introdução e capítulo 1. STOTT, John, A Missão Cristã no Mundo, São Paulo, Candeia, 2008, Introdução e caps. 1 e 2. Tillich, Paul, Teologia Sistemática, São Leopoldo, Sinodal, 2005, Introdução, B 3-7. Outubro A razão e a pergunta pela revelação Quando falamos de razão podemos trabalhar com dois conceitos, um ontológico e outro técnico. O primeiro predomina na tradição clássica e o segundo principalmente a partir do empirismo inglês. Mas como estes conceitos nos levam à pergunta pela revelação? Textos Pinheiro, op. cit., capítulo 2. Stott, op. cit., capítulo 3. Tillich, op. cit., parte 1, item 1A-C. Novembro A vida e suas ambigüidades O conceito ontológico de vida e sua aplicação universal nos levam aos dois tipos de considerações, a essencialista e a existencialista. Essas considerações, em última instância, falam da unidade multidimensional da vida. O que nos leva aos processos e ambigüidades existenciais da vida e a perguntar pela vida sem ambigüidades, a vida eterna. Textos Pinheiro, op. cit., capítulo 3. Stott, op. cit., capítulo 3. Tillich, op. cit., parte 4, item 1.A-C. METODOLOGIA Aulas expositivas Debates em classe Apresentação de seminários Realização de leituras RECURSOS Quadro negro / Data-show Audiovisuais (filmes, vídeos) Textos para leituras AVALIAÇÃO Apresentação de Seminário/Grupos (peso 4) Monografia sobre um dos temas tratados na disciplina (peso 4) Presença e participação em sala de aula (peso 2) BIBLIOGRAFIA PINHEIRO, Jorge, Deus é brasileiro, as brasilidades e o Reino de Deus, São Paulo, Fonte Editorial, 2008. STOTT, John, A Missão Cristã no Mundo, São Paulo, Candeia, 2008 TILLICH, Paul, Teologia Sistemática, São Leopoldo, Sinodal, 2005. BIBLIOGRAFIA AUXILIAR Severino, Antonio Joaquim, Filosofia, São Paulo, São Paulo, Cortez, 1992. Pinheiro, Jorge, Teologia Bíblica e Sistemática, o ultimato da praxis protestante, São Paulo, Fonte Editorial, 2012. Chauí, Marilena e outros, Primeira filosofia: lições introdutórias, São Paulo, Brasiliense, 1984. DICIONÁRIOS DE FILOSOFIA Japiassu, Hilton e Marcondes, Danilo, Dicionário Básico de Filosofia, Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1989. Abbagnano, Nicola, Dicionário de Filosofia, São Paulo, Mestre Jou, 1970.

lundi 6 août 2012

Laicidade e teologia, os primórdios dos Batistas na América

Roger Williams
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Roger Williams

Roger Williams (Londra, 21 dicembre 1603 – Providence, 1º aprile 1684) è stato un teologo inglese. Divenne famoso in quanto fautore della separazione fra Chiesa e Stato e primissimo fautore dell'assoluta libertà di pensiero e di pratica religiosa. Fu anche sostenitore per instaurare rapporti più giusti con i Nativi Americani. Fu fondatore dello stato di Rhode Island e della città di Providence. Fu fondatore della prima e della seconda Chiesa Battista stabilitasi in America e soprattutto fu il primo vero padre del concetto di laicità dello Stato.

Primi anni

Williams nacque in una famiglia Puritana, suo padre, James Williams (1562-1620), fu un agiato mercante a Smithfield, in Inghilterra; sua madre si chiamava Alice Pemberton (1564-1634).

Sotto la protezione di sir Edward Coke (1552-1634), il famoso giurista, che gli fece ottenere una borsa di studio alle scuole superiori del monastero cartesiano della Charterhouse (Casa di Cartesio) a Londra, poi si laureò (Bachelor of Arts), all'università di Pembroke Cambridge nel 1627. Sembrava avere un dono naturale per le lingue e acquisì presto familiarità con latino, greco, olandese e francese. Diede lezioni a John Milton in olandese in cambio di lezioni di lingua ebraica [1].

Dopo la laurea a Cambridge, Williams divenne cappellano della ricca famiglia di Sir William Masham, a Otes nell'Essex, dove conobbe persone influenti. Malgrado il loro aiuto, rinunciò al sacerdozio, per la sua avversione alla chiesa di stato anglicana. Il 15 dicembre 1629, sposò una cameriera, Mary Barnard (1609-1676), nella chiesa di High Laver, Essex, Inghilterra ed emigrati in America, ebbero sei figli.

Prima della fine del 1630, Williams adottò un punto di vista dissidente e capì che non avrebbe potuto lavorare in Inghilterra sotto la rigorosa gestione dell'arcivescovo William Laud. Girò per cercare altre offerte nelle università e nella chiesa ufficiale finché decise di cercare nella Nuova Inghilterra (New England) quella libertà di coscienza che gli veniva negata nel suo paese.


Arrivo in America

Nel 1630, Mary e Roger Williams arrivarono Boston sulla nave Lyon (Leone). Il 5 febbraio 1631, la comunità religiosa lo invitò a sostituire il precettore, che stava ritornando in Inghilterra ma Williams trovò che era una "chiesa anglicana" e non officiò in essa. Fu spinto a dare espressione alle sue convinzioni, formatesi in Inghilterra, che la legge non potesse punire nessuna specie di infrazione ai 10 comandamenti, l'idolatria, l'interruzione del Sabba, il culto falso e la blasfemia e che ogni individuo dovrebbe essere libero di seguire, negli argomenti religiosi, le sue proprie convinzioni.

La prima idea fu che il magistrato non dovesse punire l'infrazione religiosa e di conseguenza significava che l'autorità civile non doveva essere la stessa dell'autorità ecclesiastica. La seconda idea fu che la gente dovrebbe avere libertà d'opinione in materia religiosa che Williams chiamò la "libertà dell'anima". Queste idee sono rimaste uno dei fondamenti per le garanzie della costituzione degli Stati Uniti di non istituire una religione ufficiale di stato e della libertà di scegliere e praticare la propria religione. [Vedere il 1° emendamento della Carta dei diritti degli Stati Uniti.]

La Chiesa di Salem, nel Massachusetts che riempiva di sentimenti Separatisti i coloni di Plymouth, invitò Williams a diventare il loro maestro ma il suo insediamento fu prevenuto da un rimostranza indirizzata al governatore Endicott da sei dirigenti bostoniani. La colonia di Plymouth allora gradì riceverlo, come precettore associato ed insegnante. Qui rimase circa due anni e, secondo il governatore Bradford, i suoi insegnamenti furono bene approvati.


Rapporti con i Nativi Americani

Acquaforte del XIX secolo, su disegno di A. H. Wray

Il rispetto del Williams per la dignità della popolazione nativa americana e la sua compiacenza nel trattare con loro su una base di uguaglianza gli attirarono la loro durevole amicizia. Insistette sempre che qualsiasi terra colonizzata da Europei avrebbe dovuto essere comprata ad un prezzo ragionevole dalla tribù locale.

Mentre impiegava molto tempo a Plymouth, fra i nativi americani, il suo "desiderio dell'anima" divenne "fare dei buoni nativi". Scrisse: "Dio era compiaciuto di darmi uno spirito indulgente e paziente, per alloggiare con loro, nei loro ripugnanti e fumosi buchi... per imparare i loro dialetti". Durante i suoi primi anni in Nuova Inghilterra, acquisì padronanza in grado notevole, della lingua dei nativi.

Durante quel tempo, la sua mediazione su richiesta del Massachusetts impedì una coalizione dei Pequot con i Narragansetts e i Mohicani (Mohegans). Scrisse di questo servizio durante gli anni seguenti: "La mia mediazione mi ha forzato tre giorni e tre notti ad alloggiarmi e a mescolarmi con i sanguinari ambasciatori Pequot, le cui mani ed armi erano coperte del sangue dei miei conterranei assassinati e massacrati da loro sul fiume Connecticut". Williams servì numerose volte come mediatore ad altri coloni. Quando le difficoltà dei coloni con i Nativi Americani aumentarono, fu chiamato per fare da intermediario fra questi due differenti modi di vivere.

Vita a Salem, distinte visioni

La casa di Roger Williams a Salem (chiamata "Witch House", la Casa della Strega)

Verso la fine del suo ministero a Plymouth, secondo Brewster, Williams cominciò "a promuovere... persone entusiaste dei suoi propri singolari pareri" e "cercare di imporla ad altri". La gente di Plymouth si rese rapidamente conto che avevano trovato il proprio modo di pensare, ugualmente avanzato, non solo riguardo ai Nativi Americani, ed egli lasciò l'incarico per tornare di nuovo a Salem.

Anche qui la sua intransigenza sulla questione della tolleranza, in contrasto con l'opposizione, gli procurò dissidi e controversie. Divenuto assistente ufficioso della guida spirituale Skelton, quando questo morì, nell'agosto 1634 e divenuto suo sostituto, iniziò quasi immediatamente le polemiche con le autorità del Massachusetts che in alcuni mesi dovevano condurre al suo esilio. Williams fu rimosso da Salem nell'estate del 1633 ed esiliato dalle colonie della baia del Massachussetts.

Residenza a Providence

Williams scelse la sua nuova residenza nella Narragansetts Bay, presso la tribù di Nativi Americani omonima, nel Rhode Island, "ad un sito dove due fiumi dolci si versano in uno salato" e il 1º Giugno 1636, lo battezzò Providence (Provvidenza) per l'ispirazione che Dio aveva dato ai nativi di ospitarlo, che ammise avere uguali diritti con i dodici "amici e vicini" (molto erano venuto da lui dal Massachusetts fin dall'inizio della primavera). Fu stabilito che tutti avessero lo stesso diritto di voto, anche quelli che di tanto in tanto diventavano membri della loro comunità. Fu promessa da tutti obbedienza al sindaco, ma "soltanto negli affari civili". In 1640, un altro accordo fu firmato dai 39 uomini liberi, nel quale essi esprimevano la loro determinazione "di adempiere sempre alla libertà di coscienza". Un simile governo unico fu creato nello stesso giorno, un governo che espressamente prevedeva che la libertà religiosa e la separazione fra autorità civile ed ecclesiastica (chiesa e stato).

Nel 1637, alcuni seguaci di Anne Hutchinson visitarono Williams per avere un consiglio su come andare via dal Massachusetts. Come Williams, questo gruppo era in difficoltà con i teocrati puritani. Raccomandò loro di comprare la terra sull'isola di Aquidneck dai Nativi Americani. Presero posto a Pocasset, che ora è chiamata Portsmouth, a Rhode Island. Fra loro erano il marito William di Anne Hutchinsons, William Coddington e John Clarke (1609-1676) [2].

Nel 1643, Williams fu mandato dai suoi cittadini in Inghilterra dal suo collega per assicurarsi un riconoscimento della colonia. I puritani erano allora in contrasto con l'Inghilterra ed attraverso i buoni uffici di sir Henry Vane fu prontamente ottenuto il riconoscimento completamente democratico, chiamato "Providence Plantations".

Nel 1647, la colonia che era stata piantata a Rhode Island fu unita a Providence sotto un singolo governo e la libertà di coscienza fu di nuovo affermata.

Il 18 maggio 1652, Rhode Island approvò la prima legge in America del Nord per rendere illegale la schiavitù.

La zona che ora è il Rhode Island si trasformò in un porto sicuro per la gente perseguitata per i loro credo, i Battisti, i Quaker, gli Ebrei ed altri andarono là per seguire la loro coscienza in pace e sicurezza.

Sorsero disaccordi fra le città del continente di Providence e di Warwick da un lato e le città dell'isola di Aquidneck d'altro. C'era inoltre disaccordo (sull'isola) fra i seguaci di John Clarke e quelli di William Coddington. Coddington era andato in Inghilterra e, nel 1651, aveva ottenuto dal consiglio di stato l'incarico di fare le regole nelle isole del Rhode Island e di Conanicut. Questa disposizione lasciò Providence e Warwick a sé stesse. Lo schema del Coddington fu molto disapprovato da Williams e Clarke ed i loro seguaci, in particolare poiché sembrava coinvolgere una federazione del dominio di Coddington con il Massachusetts e il Connecticut e conseguente messa in pericolo della libertà della coscienza, non solo sulle isole, ma anche nel Providence e in Warwick, che sarebbero lasciati non protetti.

Molti degli avversari di Coddington erano, in quel tempo, battisti. Successivamente, durante lo stesso anno, Williams e Clarke andarono in Inghilterra a nome dei loro amici per assicurarsi che il governo di Oliver Cromwell annullasse la lettera del Coddington e riconoscesse la colonia come repubblica, dipendente soltanto dall'Inghilterra. Riuscito ad ottenere ciò Williams ritornò a Providence. Fino alla fine della sua vita, continuò a interessarsi in modo profondo agli affari pubblici.

Rapporti con i battisti

Prima Chiesa Battista in America. Williams fondò la prima congregazione battista in America, nel 1638

Nel 1638, parecchi cristiani del Massachusetts, che erano stati indotti ad adottare i punti di vista dei credenti battisti e si trovarono soggetti alla persecuzione, furono rimossi da Providence. La maggior parte di questi probabilmente erano stati sotto l'influenza di Williams mentre era nel Massachusetts ed alcuni di loro possono essere stati influenzati dagli anticredentibattisti inglesi prima che lasciassero l'Inghilterra.

John Smyth (1570-1612), Thomas Helwys e John Murton erano fondatori (1609) e della ricca letteratura nella legislatura della libertà della coscienza prodotta da questo partito dopo il suo ritorno in Inghilterra. Egli avrebbe potuto appena evitare di imparare qualcosa del partito di antibattista infantile Calvinista che sorse a Londra nel 1633, poco dopo la sua partenza, guidata da Spilsbury, da Eaton e da altri.

Tuttavia, Williams non adottò i punti di vista antibattisti infantili prima del suo esilio dal Massachusetts, dato che gli antibattisti infantili non sono stati posti al suo posto dai suoi avversari. Il puritano Winthrop attribuisce i punti di vista "Anabattisti" di Williams all'influenza di Katherine Scott, una sorella di Anne Hutchinson, Antinomiana. È probabile che Ezekiel Holliman sia arrivato a Providence come antibattista infantile e si sia unito con la sig.ra Scott nell'impressionare Williams sull'importanza della credenza battista.

Circa a marzo del 1639, Williams fu battezzato da Holliman ed immediatamente si procedette a battezzare Holliman ed undici altri. Così fu costituita una chiesa battista che ancora sopravvive come la prima chiesa battista in America. Quasi allo stesso tempo, John Clarke, compatriota di Williams nella causa della libertà religiosa nel nuovo mondo, stabilì una chiesa battista in Newport, Rhode Island. "C'è molto dibattito durante i secoli se la chiesa di Newport o di Providence hanno meritato il posto "della prima" congregazione battista in America. Le annotazioni esatte per entrambe le congregazioni sono carenti",[3] di conseguenza, sia Roger Williams che John Clarke sono variamente accreditati per essere il fondatore della fede battista in America. Williams rimase con la piccola chiesa a Providence soltanto alcuni mesi. Si convinse che le ordinanze perse nell'apostasia non avrebbero potuto essere ristabilite bene senza una speciale commissione divina, che rilasciasse la seguente dichiarazione sulla sua partenza dal settore [4]:
« Non c'è chiesa di Cristo regolarmente costituita sulla terra, né alcuna persona qualificata per amministrare qualsiasi ordinanza della chiesa; né può esserci finché nuovi apostoli siano mandati a trasmettere dal gran capo della chiesa per cui venendo, io stanno cercando. »

Egli assunse l'atteggiamento "di un cercatore" (Seeker) o di un "Arrivato-esterno" (Come-outer), sempre profondamente religioso ed attivo nella propagazione della verità cristiana, tuttavia di non ritenere soddisfacente che tutto il corpo dei cristiani avesse avuto tutti i contrassegni della chiesa vera. Egli continuò le condizioni amichevoli con i battisti, essendo in accordo con loro nel loro rifiuto del battismo infantile come nella maggior parte degli altri argomenti.

L'atteggiamento religioso ed ecclesiastico di Williams è espresso bene nelle seguenti frasi (1643):
« I due primi principi e fondamenti della vera religione, o culti del vero Dio in Cristo, sono rifiuto dei lavori guasti e fede verso Dio, prima delle dottrine battista o del battesimo e dell'imposizione delle mani, che continuano le ordinanze e la pratica del culto; il desiderio che concepisco è il bene di milioni di anime in Inghilterra e tutte le altre nazioni che si professano essere nazioni cristiane, che sono supportate dalla pubblica autorità al battista e dall'unione con Dio nelle nell'ordinanza di culto, prima di salvaguardare il lavoro dal rifiuto e di convertirsi a Dio »

Morte, sepoltura e memoriali

Williams morì all'inizio del 1684. Fu sepolto nella sua proprietà. Successivamente nel diciannovesimo secolo i suoi resti furono spostati nella tomba di un discendente nel Cimitero della Terra del Nord (North Burial Ground). Infine, nel 1936, sono stati disposti all'interno di un contenitore di bronzo e sono stati posti nella base di un monumento sul Prospect Terrace (Terrazzo della Prospettiva) a Providence. Quando i suoi resti furono riesumati per risepellirli, erano sotto un melo. Le radici dell'albero si erano sviluppate nel punto in cui il cranio del William riposava e seguito il percorso delle sue ossa decomposte e si era sviluppato approssimativamente nella figura del suo scheletro. Soltanto una piccola quantità di osso è stata ritrovata per essere riseppellita. "La radice di Williams" ora fa parte della collezione della società storica del Rhode Island, in cui è montata su un piedistallo nello scantinato del museo la Casa di John Brown. [5] [6]

Il memoriale nazionale di Roger Williams, stabilito in 1965, è un parco nei quartieri poveri di Providence. Il parco di Roger Williams è un parco cittadino sul bordo meridionale di Providence. Williams è stato scelto nel 1872 per rappresentare il Rhode Island nella National Statuary Hall Collection (sala di collezione statuaria nazionale) nel United States Capitol (Campidoglio degli Stati Uniti).

Scritti

La carriera di Williams come autore cominciò con A Key into the Language of America (Londra, 1643), scritto durante il suo primo viaggio in Inghilterra. La sua successiva pubblicazione fu Mr. Cotton's Letter lately Printed, Examined and Answered in pubblicazioni del Club di Narragansett, volume II).

Seguì presto The Bloudy Tenent of Persecution, for Cause of Conscience (Londra, 1644). Questo è il suo lavoro più famoso e fu la dichiarazione e la difesa più abile del principio della libertà assoluta della coscienza che è stampata in tutte le lingue. È sotto forma di dialogo fra la Verità e la Pace e ben illustra il vigore del suo stile.

Durante lo stesso anno un opuscolo anonimo fu pubblicato a Londra che è attribuito comunemente a Williams, intitolato: Queries of Highest Consideration Proposed to Mr. Tho. Goodwin, Mr. Phillip Nye, Mr. Wil. Bridges, Mr. Jer. Burroughs, Mr. Sidr. Simpson, all Independents, etc. Questi Indipendenti erano membri dell'Assemblea di Westminster e la loro Apologetical Narration, in cui supplicano per la tolleranza, è arrivato molto lontano dopo l'insegnamento alla libertà della coscienza del Williams.

Nel 1652, durante la sua seconda visita in Inghilterra, Williams pubblicò The Bloudy Tenent yet more Bloudy: by Mr. Cotton's Endeavor to wash it white in the Bloud of the Lamb; of whose precious Bloud, spilt in the Bloud of his Servants; and of the Bloud of Millions spilt in former and later Wars for Conscience sake, that most Bloudy Tenent of Persecution for cause of Conscience, upon, a second Tryal is found more apparently and more notoriously guilty, etc. (Londra, 1652). Questo lavoro copre gran parte dei temi coperti dal Bloudy Tenent ma presenta il vantaggio di essere scritto in risposta alla elaborata difesa del A Reply to Mr. Williams his Examination(pubblicazioni del Narragansett Club, Volume II).

Altri lavori di Williams sono:

The Hireling Ministry None of Christ's (London, 1652)
Experiments of Spiritual Life and Health, and their Preservatives

(London, 1652; reprinted, Providence, 1863)
George Fox Digged out of his Burrowes (Boston, 1676).

Un volume delle sue lettere è incluso nell'edizione Narragansett Club edizione di Williams Works (7 vol., Providence, 1866-74) e un volume è stato pubblicato dal J. il R. Bartlett (1882).

mercredi 25 juillet 2012

Le commandement de la grâce

[O professor Andre Loverini é um biblista conhecido no meio academico evangéliico francês. Especialista em grego bíbllico, é um dos tradutores da Biblia Semeur. Estivemos juntos, o que acontece sempre que vou à Montpellier. Ele aceitou escrever para o nosso blog. Muito obrigado, querido mestre de Teologia, vida e ministerio. Jorge Pinheiro].

["Quelle joie c’est encore pour nous de vous avoir revus tous deux! Nous en savourons encore le bonheur avec une grande reconnaissance! Puisque tu m’as  proposé d’envoyer quelques études ou articles, je t’envoie celui-ci, qui a été publié dans le Lien Fraternel de notre Association. Il dit l’essentiel de ce que je pense. J’ai d’autres envois possibles... Je serais reconnaissant d’avoir ton avis, si, du moins, tu as le temps de me lire!
Colette se joint à moi pour vous dire toute notre affection en Christ." André Loverini].
Le titre de cet article aura peut-être surpris. Quand on parle de commandement, en effet, on pense loi. On ne pense pas grâce. Et pourtant... La grâce au commencement
Le commandement n’est pas premier. Les deux récits de la Création disent, chacun à sa manière, que l’œuvre de Dieu n’a d’autre source que son amour. Le point de départ, ce à partir de quoi tout commence, c’est donc la grâce, si nous entendons par là l’œuvre absolument gratuite de Dieu en faveur de sa créature. Il a préparé la Terre, pour en faire la demeure de l’humanité. En celle-ci, il a voulu trouver son « image », non pour jouir du plaisir égoïste que peut procurer un reflet, mais pour donner à des êtres qu’il a appelés à la vie la joie de lui ressembler. L’histoire de la création se conclut sur le verbe donner. « Je vous donne toute herbe qui porte sa semence... et tout arbre dont le fruit porte sa semence » (Gn 1,28). Ce don ne s’arrête pas au présent de l’herbe et de l’arbre, il s’ouvre sur l’avenir de la semence. Promesse de fidélité, sans autre motif que la grâce ! C’est toute la terre, enfin, que Dieu a confiée à l’homme comme à la femme, en leur disant : « dominez sur elle ». Grâce, évidemment : rien n’a été mérité, gagné ou conquis, tout a été donné.
Grâce encore au septième jour ! Le quatrième l’annonce : situé à égale distance du premier et du dernier, entre la lumière initiale et la paix qui clôt le récit, Dieu le choisit pour placer dans le ciel ces « lampes » dont l’un des rôles est de « marquer les fêtes ». Ainsi s’exprime son désir d’offrir à l’humanité, non seulement la régence terrienne, mais la relation aimante avec son créateur. La conclusion est ce jour sans fin, le septième, qui englobe notre histoire entière, y compris notre aujourd’hui, où ne cesse de retentir l’appel qu’a si bien compris l’auteur de la Lettre aux Hébreux : « aujourd’hui, si vous entendez sa voix, n’endurcissez pas votre cœur ! » (Hé 3,7.15 ; 4,7).
Grâce toujours, dans ce merveilleux récit de Gn 2 ! Quel soin Dieu ne prend-il pas de l’homme, en lui offrant le jardin d’Éden, et, déjà, en le pétrissant à partir d’une poussière inerte à laquelle il donne, par son souffle, la vie. Quelle attention que de l’avertir d’un danger possible, alors que tous les fruits du merveilleux jardin lui sont largement offerts! Quelle déférence que de lui laisser le soin de discerner, parmi tous les animaux, s’il est parmi eux quelque créature capable de lui être une « aide et un vis-à-vis » ! Et quel don que cette femme ! si proche et si différente, qui lui apporte ce qui lui manquait, et qui lui offre davantage et mieux encore : la possibilité d’aimer et d’être aimé. Et donc de ressembler à Dieu !
Grâce enfin, jusque dans la tragédie du troisième chapitre ! D’abord dans la délicatesse avec laquelle sont abordés les coupables, ensuite dans la promesse du libérateur (Gn 3,15b), enfin dans le don des fourrures (Gn 3,21) ! Ici apparaît la grâce dans des dimensions qu’elle ne présentait pas auparavant. À la bonté du projet, à la grandeur de la vocation, à la générosité des dons, viennent s’ajouter la compassion − le don des fourrures − et le pardon − la promesse faite à Ève. Au commencement, la Parole
« Au commencement était la Parole ». Par ces mots, Jean signale la participation du « Fils Unique » à l’œuvre de la Création. Il souligne, en même temps, un des points de notre « ressemblance » à Dieu : la parole. Cette ressemblance est une grâce au-delà de toute mesure. Car « Dieu est amour », beauté et bonté inégalables ! Lui ressembler : quel programme ! Mais comment pourrait-on lui ressembler sans aimer, sans aimer comme Lui ? Et comment aimer sans parler ?
Parler, c’est s’exprimer, et donc se dire soi-même, s’offrir en quelque sorte aux autres. Ainsi Dieu, qui « se nomme » à Moïse, s’est déjà nommé dans sa création, pour finir par se nommer en Christ. Jean ne nous dit-il pas, à propos de celui-ci, qu’il est « la Parole de la vie », et qu’en lui « la vie s’est manifestée » (1 Jn 1,1.2) ?
Dieu, le Vivant, a créé l’homme pour que celui-ci puisse vivre devant lui, et donc avec lui. Accordée à l’humanité, la parole va bien plus loin que les échanges utilitaires, si nécessaires soient-ils, qu’elle rend possibles. Elle nous permet en outre de dire le monde, à la louange de son Créateur. Elle est l’instrument de notre pensée, l’outil de notre savoir et de notre sagesse. Elle nous élève sur les ailes de la poésie. Grâce à elle, nous nous rencontrons les uns les autres, nous nous découvrons, et nous pouvons dire notre amour les uns pour les autres. Parler n’est pas seulement s’offrir aux autres, c’est s’ouvrir à eux : aimer, et pouvoir être aimé. Plus encore, la parole rend possible le dialogue avec Dieu. Ici apparaît l’un des aspects les plus extraordinaires (et pourtant nous le vivons dans l’ordinaire de nos jours) de la grâce divine. Non seulement nous pouvons entendre Dieu − s’il n’y avait rien de plus, notre rapport à lui ne pourrait être que celui de subordonnés à un chef, ou d’esclaves à un maître – mais nous pouvons lui parler. Le comble, c’est qu’il nous écoute. Si étonnant que cela puisse paraître, il se met, lui, à notre écoute ! Grâce encore, grâce toujours ! La grâce avant la Loi
La grâce est antérieure à la Loi. C’est « par la foi », et donc par grâce, qu’Abraham a été reconnu comme juste et cela bien avant qu’intervienne la Loi (Rm 4,13 et passim). Rien d’autre ne motive l’appel adressé au patriarche, pas plus que les promesses qui l’accompagnent (Gn 12,1-3). L’amour que Dieu lui porte est entièrement gratuit.
La Loi est venue avec Moïse. Elle est en elle-même une grâce. Elle devait aider le peuple élu à vivre. Mais, après la chute, la nature humaine en fait l’occasion du péché. Dès lors, la Loi peut faire naître en nous le désir de ce qu’elle interdit, nous plonger dans le désespoir de l’impardonnable culpabilité, devenir au contraire l’instrument qui nous permet de nous absoudre tout en condamnant les autres, ou bien nous priver de la liberté que nous a acquise le Christ. Certes, elle « est sainte et le commandement est saint, juste et bon ». Mais elle est impuissante : seule la grâce peut. La Loi nous condamne : seule la grâce pardonne. La Loi « qui devait nous conduire à la vie nous donne la mort » (Rm 7,10). Seule la grâce donne la vie. Nous ne pouvons vivre que par elle. Le commandement suprême.
À un Pharisien qui lui demande : « quel est, dans la Loi, le grand commandement ? » Jésus répond : « Tu aimeras le Seigneur ton Dieu de tout ton cœur, de toute ton âme, de toute ta force et de toute ta pensée : c’est là le grand, le premier commandement. Mais un second lui est semblable : ‘‘tu aimeras ton prochain comme toi-même’’ et il ajoute : « à ces deux commandements sont suspendus toute la Loi, et les prophètes » (Mt 22,35-40). C’est là le grand commandement. Ici se découvrent le cœur, le fond, la réalité à la fois première et dernière. Car de lui dépendent « toute la Loi et les prophètes », autrement dit : tout le message de l’A. T. et son accomplissement en Christ. Ce qui a inspiré la Loi et les prophètes, c’est l’amour de Dieu qui aboutit à la croix.
Ce commandement ne nous dit pas ce que nous devons faire. Il affirme ce que Dieu veut que nous soyons. Non pas des esclaves qu’on ne distingue guère des animaux ; non pas des serviteurs qui obéissent par peur ou par intérêt ; ni des mécaniques privées de toute liberté. Dans le commandement d’aimer, nous entendons, non pas la voix d’un souverain qui exige, comme il en a le droit, l’obéissance, mais celle du Dieu qui, toujours « a aimé le premier » (1 Jn 4,19) et qui veut que nous lui ressemblions.
Serait-ce à dire que nous hésitons à reconnaître la souveraineté de Dieu ?. Loin de nous une telle pensée ! Sans doute existe-t-il des exemples de souverains aimés par leurs sujets. Ce qui caractérise la relation entre un souverain et ses sujets, cependant, c’est le pouvoir, la force, la distance. L’amour n’y est pas nécessaire. Encore moins devrait-il être exigé. Or c’est lui qu’exige le commandement suprême. On pourrait même dire : il n’exige que l’amour. La plus haute exigence
À l’amour vertigineux de Dieu, on ne peut vraiment répondre que par l’amour, et par quel amour ! Nos textes nous le disent, qui convoquent « tout notre cœur, toute notre âme, toute notre force et toute notre pensée ». Un amour absolu, sans limite : le plus haut, le plus désintéressé, le plus intelligent, le plus énergique, le plus exigeant.
Pourquoi une telle exigence ? Parce que l’amour de Dieu a exigé davantage encore de lui-même. Parce qu’il est absolument gratuit, immérité, et ne trouve aucune justification dans les personnes qui en sont les objets. Dieu a aimé ceux qui ne l’aimaient pas, pardonné ceux qu’il aurait dû condamner. Il a accepté la mort du Fils bien-aimé en faveur de ceux-là mêmes qui étaient responsables de son supplice.
Aussi le commandement « tu aimeras le Seigneur » a-t-il plus de force que n’aurait simplement (si l’on peut dire) un ordre souverain. Il nous élève au rang de fils. Il nous introduit dans l’intimité même de Celui qui est amour. Il nous bouleverse, parce que nous découvrons ce qu’est l’amour dans sa vérité. Il nous place devant la croix, ou plutôt devant le crucifié. Crucifié pour nous. Ressuscité pour nous. Et qui a vécu pour nous. Nous sommes les bien-aimés de Celui qui est amour ! Sous le commandement, nous entendons l’appel de celui qui nous aime. La grâce pour vivre
Au légiste qui vient de lui citer « le grand commandement », Jésus déclare : « fais cela et tu vivras » (Lc 10,28). Tu vivras, en effet, parce que tu ne vis pas encore ! Et pour que tu vives vraiment, il faut que tu changes dans « tout ton cœur, toute ton âme et toute ta pensée ». Mais comment s’élever à une telle hauteur ? Comment devenir tels que nous ne sommes pas, tels que Jésus seul a été, tels qu’il est. Nous qui savons si mal aimer, comment pourrions-nous aimer ainsi ? Quel effort de la pensée, du cœur, de l’âme en serait-il capable ? Le commandement nous écrase, l’appel nous paralyse.
S’ouvre alors la porte d’or sur tous les possibles. Car ce que ni la chair ni le sang ne pouvaient, ce dont la loi était incapable, voici que cela nous est « donné ». L’amour, objet suprême du commandement, peut naître dans nos cœurs, non comme le résultat de nos pauvres efforts, mais comme le fruit de l’Esprit. Celui-ci n’habite-t-il pas en nous désormais ? Qui sommes-nous pourtant pour être les hôtes de Dieu ? Incapables, insuffisants, indignes ! Mais tellement aimés !
Le Saint-Esprit œuvre en nous, transformant notre intelligence, rectifiant nos erreurs, débusquant nos illusions, nous introduisant à la pensée de Dieu. Il éclaire à nos yeux les réalités du monde et le projet du Créateur. Il nous rend sensibles à la misère de notre prochain (fût-il le plus riche des humains !), il nous ouvre à l’amour fraternel (fût-ce pour le plus petit de nos frères). Il nous délivre de toutes nos idoles, même de celles que nous ne connaissions pas comme telles. Surtout, il nous découvre toute la profondeur de l’amour que Dieu nous porte, toutes les richesses de sa Parole, toute la noblesse de notre vocation. Ce qui nous était impossible, voici que nous apprenons, peu à peu, à le vouloir, à le désirer, à l’accomplir. Telle est l’œuvre du Saint-Esprit. Mais nous ne sommes pas encore parvenus à la perfection. Sous le poids de vieilles habitudes, devant les révoltes de notre « nature » et la pression du monde, nous nous tournons vers notre Père : « renouvelle-nous la grâce de ton Saint-Esprit ! renouvelle en nous un esprit bien disposé ! Apprends-nous à aimer ! Apprends-nous à t’aimer ! » La grâce pour finir
Tout est grâce dans nos vies en Jésus-Christ ! Et tout, dans nos vies, a pour but ultime de célébrer la grâce, de la manifester, d’en illustrer la suprême beauté. « Nous avons été choisis », en effet, « dès avant la fondation du monde, pour servir à la louange de la gloire de sa grâce ». Plus que la puissance, plus que l’intelligence, plus que la sagesse, plus que l’autorité – qui certes, chacune en son rang, méritent notre admiration −, plus que tout ce qui est au monde, la grâce de Dieu, qui a vaincu le péché, nos ignorances et nos révoltes, la grâce, généreuse jusqu’au sacrifice du Fils Bien-Aimé, peut inspirer nos vies et notre adoration. Elle est, par excellence, la gloire de Dieu.
C’est pourquoi le chrétien se sait libre ; libre de la liberté la plus belle : libre d’aimer vraiment. Aussi ne suit-il pas les principes du monde : il ne cherche ni les honneurs, ni le pouvoir, ni même la reconnaissance. Il donne sans esprit de retour, renonce aisément à ses droits, aime ceux qui le haïssent et bénit ceux qui le maudissent. Il vit selon la générosité de la grâce. Son modèle, c’est, évidemment, Jésus, l’agneau de Dieu, le Sauveur, le Seigneur. La grâce est la source et le couronnement de toute vie vraiment chrétienne. André Loverini

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dimanche 22 juillet 2012

Les baptistes réformés

Les baptistes réformés sont à la fois des baptistes et des calvinistes, et adhèrent normalement aux confessions de foi baptiste de Londres de 1644 et 1689. On retrouve la trace des débuts du baptisme réformé dans l'histoire du baptisme anglais.

Les églises réformées baptistes adhèrent souvent à la confession de foi de Londres de 1689 : les deux déclarations consécutives ne sont pas considérées, normalement, comme exhaustives ou totalement infaillibles, mais considérées plutôt comme un résumé commode de la croyance de la dénomination. Les réformés baptistes essayent de fonder toute leur doctrine directement de la Bible, laquelle est perçue comme l'unique autorité en matière de foi et de pratique.

Les églises réformées baptistes sont distinctes dans le fait qu'elles sont à la fois réformées (adhérant à et montrant du respect pour la plus grande partie de la théologie définie par Jean Calvin) et baptistes (croyant au baptême pour les croyants seuls et celui-ci par immersion). Historiquement, les cinq points du calvinisme sont des principes centraux de la foi réformée, points sur lesquels les églises réformées baptistes sont d'accord par définition. Cependant, la théologie conservatrice réformée est normalement attaché à la théologie de l'engagement, une application de ce qui justifie la pratique du baptême des enfants. Pour ces raisons des branches réformées de la chrétienté (presbytériens, etc.) se demandent si les réformés baptistes sont dans de vrais églises réformées.

Cependant, les réformés baptistes sont distinctement Covenantal dans leur théologie, étant donné que la théologie de la Grâce est construite uniquement sur l'élection. Le Baptême est vu comme le signe de l'administration d'un nouvel engagement - fait avec ceux qui ont été régénérés en ayant la loi écrite dans leurs cœurs, leurs péchés pardonnés et qui, rachetés connaissent le Seigneur (Jérémie 31:31-34). Seulement ceux qui peuvent de façon crédible professer ceci sont baptisés.

Les baptistes réformés modernes se considèrent habituellement eux-mêmes comme les héritiers spirituels des baptistes anglais John Bunyan et Charles Spurgeon. La théologie calviniste du baptisme réformé est semblable à celle qui descend directement des premiers baptistes particuliers.

Les traits communs des baptistes réformés sont:

La position centrale de la Parole de Dieu : Les traditionnelles Écritures (Ancien et Nouveau testaments) sont considérés comme étant la « seule loi pour la foi et le culte ». Cependant, chaque interprétation des Écritures doit toujours avoir des fondations orthodoxes.

Croyance: les anciens croyants (les Apôtres, Nicée et Athanasien), les confessions historiques (Confessions de Londres de 1644 et 1689), aussi bien que les catéchismes (Catéchisme orthodoxe de 1680 et Catéchisme de 1689) sont tous considérés comme des résumés de l'enseignement de l'église mais n'ont pas la même position d'autorité que les Écritures.

Déroulement du culte : chaque élément du culte régulier hebdomadaire doit être expressément commandé par les Écritures. Tout ce qui est expressément commandé doit être inclus. Cela se manifeste dans une liturgie relativement simple.

Théologie de l'alliance: Celle-ci tient du classique contraste réformé entre l'engagement de travail en Adam et l'engagement de la grâce en Christ (le dernier Adam) - et l'élu qui sera uni à Lui. Cet engagement éternel de la Grâce est progressivement révélé à travers les engagements historiques bibliques.

Il est considéré qu'il n'y a pas d'autre autorité terrestre dans l'église que le corps local des anciens. Cependant, traditionnellement les assemblées "s'associent" avec d'autres assemblées de même sensibilité. Ces "Associations" sont formées sur la base d'une doctrine commune (normalement la seconde confession de Londres de 1689). Les assemblées qui professent le contraire de ce qui est considéré comme orthodoxe sont exclues de l'Association.

Il y a deux charges, l'aîné et le diacre. Chaque église locale a plusieurs aînés (soit la pluralité des aînés). Pour les baptistes réformés, ce corps local des aînés est traditionnellement appelé le presbytère (à ne pas confondre avec la définition presbytérienne de presbytère). Le pasteur est également considéré comme un des aînés. Le presbytère d'habitude est concerné par les questions spirituelles de l'église, pendant que le diaconat est concerné par les affaires matérielles des membres de l'église et la question matérielle de la propriété de l'église.

La révélation des Écritures saintes (Apôtres, prophètes, faiseurs de miracles) sont considérés par de nombreux réformés baptistes comme un fait qui a cessé de se produire, et les dons sont considérés comme des mesures souverainement concédés par Dieu à un moment précis, à ne pas considérer comme une chose commune. Ceci est un rejet du revivalisme en général et du pentecôtisme spécifiquement. Cependant, il y a de nombreux baptistes qui se confessent comme étant des calvinistes mais qui rejettent le cessationisme.

Le dimanche, appelé habituellement « jour du Seigneur », est considéré comme le seul jour saint de la chrétienté. Chaque dimanche, les baptistes réformés croient qu'ils doivent se reposer de tout travail et affaire terrestre, assistent au culte public (appelé "Rencontre" par les traditionalistes). Malgré des déclarations claires dans leurs confessions, il n'y a pas de plein accord parmi les baptistes réformés à propos de savoir si oui ou non la détente est admissible le dimanche, mais c'est rarement débattu et chaque opinion est souvent admissible…

Baptistes calvinistes

Le terme "réformée" est vu parfois par les confessions réformées comme ayant pour seul but de préciser une croyance quand il s'agit de décrire une croyance qui est confessionnel.
Confessionnel, il s'agit de ceux qui sont tenant d'une des confessions de foi réformée historique, et pour les baptistes la confession baptiste réformée la plus usitée, proche de la Confession de foi de Westminster, est la confession de foi de Londres de 1689. D'autres confessions approuvées par les réformés baptistes comprend la première confession de foi baptiste de Londres (1644/46) (qui se différencie avec celle de 1689 par l'usage de la Théologie de la Nouvelle Alliance, la confession de foi baptiste du New Hampshire de 1833, et le message et la foi baptiste tenant de la Théologie de l'alliance, pour la plupart de ses confessions. Celle de 1646 s'en éloigne par l'usage de la Théologie de la Nouvelle Alliance.

Les dénominations réformées voient souvent les baptistes comme non confessionnels, particulièrement ceux qui évitent la Théologie de l'alliance, qui ont une sotériologie calviniste (concept du salut), pour être mieux décrits comme des "baptistes calvinistes" ou "des baptistes de la grâce souveraine". Selon ce point de vue, en tenant compte des cinq points du calvinisme cela n'en fait pas des “reformés” dans une pleine définition. Des points de vue similaires parmi ceux qui se considèrent eux-mêmes comme "de vrais réformés" existent dans d'autres traditions réformées (comme dans le cas du presbytérianisme).

De fait, les réformés acceptent les réformés baptistes comme "réformés" mais pas comme "calvinistes", étant donné qu'ils ne partagent pas les vues de Jean Calvin sur les sacrements.

Réformés baptistes célèbres

Isaac Backus – révolutionnaire anglais, délégué au premier congrès continental.
Alistair Begg –pasteur américano-écossais de l'église Parkside de Cleveland et professeur au ministère radiophonique "Truth for Life"
Abraham Booth- pasteur réformé baptiste anglais du xviiie siècle, auteur influent
James Petigru Boyce –pasteur baptiste du sud, théologien, auteur, professeur de séminaire et fondateur et premier président du séminaire théologique baptiste du sud Southern Baptist Theological Seminary
John Bunyan – écrivain puritain du xviie siècle, auteur du Voyage du pèlerin
Henri Blocher - pasteur et théologien réformé baptiste français (xxe siècle-xxie siècle)
Steve Camp – artiste contemporain de musique chrétienne
William Carey – missionnaire en Inde et co-fondateur de la société missionnaire baptiste (Baptist Missionary Society)
Mark Dever –pasteur de l'église baptiste Capitol Hill (Capitol Hill Baptist Church) Washington et executive director of 9Marks Ministries
Mark Driscoll – pasteur de l'église Mars Hill (Mars Hill Church) de Seattle
John Gill – théologien
John Gano – baptiste. Administra le baptême par immersion à George Washington au cours de la révolution américaine.
Adoniram Judson missionnaire réformé baptiste américain en Birmanie.
R. Albert Mohler, Jr. – neuvième président du séminaire théologique baptiste du Sud (Southern Baptist Theological Seminary)
William Kiffin,théologien du xviie siècle et précurseur du baptisme réformé
John Piper – pasteur de l'église baptiste Bethlehem à Minneapolis et fondateur de la Desiring God Ministries.
Charles Spurgeon – prédicateur anglais du xixe siècle.
Gen. Robert Overton – ami personnel de Cromwell.
James White (théologien) –apologiste chrétien, directeur de l'Alpha and Omega Ministries

Bibliographie

Confession de foi réformé baptiste de 1689, 1994, Europresse, 94 p.

En anglais
Ces livres sont écrits dans une perspective réformée baptiste:
History of the English Calvinistic Baptists 1791-1892, par Robert Oliver (2006), ISBN 0-85151-920-2
Kiffin, Knollys and Keach - Rediscovering our English Baptist Heritage, par Michael A. G. Haykin (1996), ISBN 0-9527913-0-7
An Introduction to the Baptists, par Erroll Hulse (1976), ISBN 0-85479-780-7
Baptist Roots in America, par Sam Waldron (1991), ISBN 0-9622508-3-X
Exposition of the 1689 Baptist Confession of Faith, par Sam Waldron (1989), ISBN 0-85234-268-3
In Défense of the Decalogue: A Critique of New Covenant Theology, par Richard Barcellos (2001), ISBN 978-0965495592
A Reformed Baptist Manifesto, par Sam Waldron et Richard Barcellos (2004), ISBN 978-0976003908

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jeudi 19 juillet 2012

Le protestantisme et ses valeurs*

Stéphane Gariépy

L'adhésion des écoles chrétiennes de foi évangélique à la confessionnalité protestante a conduit progressivement bon nombre d'évangéliques québécois à s'identifier au fait protestant. Alors qu'il y a une vingtaine d'années, beaucoup d'évangéliques hésitaient à se dire protestants, cette idée est de plus en plus admise et on se reconnaît aujourd'hui volontiers des liens avec l'histoire des franco-protestants en Nouvelle-France et au Canada. Cela est particulièrement vrai dans le milieu scolaire où on réfère à des valeurs protestantes qu'on désire à la base de la vie de l'école. Mais que signifie donc être protestant ? Quelles sont les valeurs-clés du protestantisme et en quoi cela peut-il influencer notre vision de l'éducation? Afin de tenter une réponse à ces questions, nous ferons un petit voyage historique au 16e siècle et, avec l'aide d'ouvrages de référence actuels, nous tâcherons de cerner quelques caractéristiques du protestantisme qui peuvent nous guider dans notre façon d'approcher l'éducation protestante.

L'origine du protestantisme

La fin du 15e siècle, début du 16e siècle en Europe était caractérisée par une fébrilité religieuse provenant d'un sentiment de besoin de Dieu faisant suite à un enchaînement de famines, épidémies et guerres, souvent interprétées comme des châtiments divins (Saupin, 1998). Pour le “ chrétien ” de l'époque, non instruit et résigné, le paradis se révèle non seulement difficile à gagner par sa pratique religieuse, mais devient même un triste objet de marchandage de la part de l'église catholique qui va jusqu'à vendre des indulgences (document de rémission des péchés) à ses fidèles qui doivent les acheter à fort prix afin d'augmenter leurs chances d'entrer au ciel. À l'intérieur de l'église catholique, entre théologiens, ainsi que dans le monde philosophique – la philosophie humaniste naît d'ailleurs à cette époque – , plusieurs questions sont l'objet de débats. Des tendances s'établissent, certains souhaitant une réforme interne de l'église catholique avec l'établissement d'églises nationales mais toujours liées à Rome, d'autres désirent des réformes majeures, quitte à provoquer une division si l'Église romaine persiste dans ses erreurs.

Bien qu'à travers les siècles nombreux sont les croyants qui n'acceptaient pas l'autorité de Rome et que d'autres schismes aient eu lieu, c'est à Martin Luther (1483-1546) qu'est attribuée l'initiative de la Réforme. Maître en philosophie de l'université d'Erfurt (Allemagne), Martin Luther entre dans l'ordre religieux catholiques des Augustins en 1505, ce qui le conduit à Wittenberg, où il enseigne à l'université. En 1515, il commence ses commentaires des épîtres de Paul qui l'amènent à sa doctrine du Salut par la Foi seule. En 1517, il affiche sur les portes du château de Wittenberg ses “ 95 thèses ” où, entre autres, il dénonce la vente des indulgences. Cet événement constitue le tournant majeur qui marque le début de la Réforme. Dans les années qui suivent, Luther écrit divers textes dans lesquels il affirme l'autorité de la seule Écriture sainte et précise la doctrine de la justification par la foi. Excommunié en 1521, il est alors protégé par Frédéric de Saxe au château de la Wartburg, où il entreprend la traduction en allemand de la Bible. D'autres réformateurs se joindront à Luther dans ce mouvement, dont Jean Calvin en France et Zwingli en Suisse, malgré l'existence de dissensions sur un certain nombre de points.
Cathédrale protestante Notre-Dame de Lausanne

Le protestant et le protestantisme

Le terme protestant est généralement attribué à l'attitude de protestation adoptée par les partisans de Luther à la diète (une forme d'assemblée politique) de Spire en 1529 où l'empereur Charles Quint affirma sa volonté de maintenir l'unité catholique du Saint Empire romain germanique en luttant contre la diffusion de cette “ hérésie ” condamnée par la papauté en 1521. Rappelons qu'en plus de reconnaître la souveraineté de l'Écriture Sainte, les protestants rejetaient l'autorité du pape... Il faut noter que, si le terme de Réforme englobe toutes les écoles de protestantisme dans l'Europe du 16e siècle, celui de Réformés désigne plus spécifiquement les calvinistes qui suivent les idées de Jean Calvin. Aujourd'hui, le protestantisme désigne l'ensemble des Églises chrétiennes issues de la Réforme et ce qui s'y rapporte, ainsi que les Églises de confessions non issues de la Réforme mais qui en partagent les principes fondamentaux. Le protestant est le chrétien qui appartient à l'une ou l'autre de ces Églises, qu'il soit évangélique ou non.

La Réforme est basée sur un retour aux Écritures pour certains aspects importants de la foi chrétienne. Mais, comme le Schisme d'orient du 11e siècle a engendré les églises orthodoxes, distinctes du catholicisme, la Réforme a conduit à la création d'églises, dites réformées, ayant conservé certaines caractéristiques majeures du catholicisme. Quelques-unes de ces caractéristiques sont, selon le cas, le baptême des enfants, l'existence d'un clergé, ainsi qu'une forte tendance à associer religion et pouvoir, allant jusqu'à imposer leur nouvelle foi comme religion d'état (notamment en Allemagne et en Suisse). Ainsi, de manière contradictoire avec certains principes que certains d'entre eux défendaient au départ, plusieurs réformateurs ont fait montre d'une très grande intolérance vis-à-vis les autres confessions, bien sûr envers le catholicisme, ce qui a conduit à bon nombre de conflits armés, mais également à l'égard de groupes de chrétiens historiquement plus près des Écritures, les anabaptistes. Ceux-ci, précurseurs des confessions évangéliques, subirent la persécution des chrétiens réformés eux-mêmes – particulièrement de Zwingli et de Calvin – dès le début de la Réforme, incluant de nombreuses exécutions.

En effet, parallèlement à l'histoire des églises chrétiennes dominantes ou officielles – église catholique, église orthodoxe, églises réformées luthérienne et calviniste, église anglicane –, à travers les siècles des communautés de chrétiens sont demeurés attachés aux enseignements de Jésus-Christ et des premiers disciples. Citons, par exemple, les Vaudois, Albigeois, Lollards et Hussites, ainsi que les anabaptistes, déjà mentionnés. Les évangéliques, dont l'identité voire la légitimité en tant que confessions chrétiennes se précisera plus tard historiquement face aux religions reconnues, ne s'associent donc pas toujours au protestantisme, bien que partageant certains éléments de foi. Malgré les persécutions, entre autres parce qu'ils pratiquaient le baptême des croyants (et non des enfants), le mouvement des anabaptistes s'est prolongé chez les mennonites et les baptistes, à l'origine de plusieurs confessions évangéliques d'aujourd'hui. Au Québec, on réfère parfois aux Huguenots qui ont contribué au début de la colonisation de la Nouvelle-France. Les Huguenots n'étaient pas nécessairement des évangéliques dans le sens contemporain du terme. Huguenot, du mot allemand Eidgenossen (qui signifie confédéré, référant aux confédérés suisses), est un nom péjoratif donné par les catholiques aux calvinistes en France au 16e siècle.

Les éléments fondamentaux du protestantisme

Le protestantisme se veut une attitude commune de pensée sur certains aspects de la foi et de la vie, un mouvement, davantage qu'une religion ou un ensemble doctrinal. Malgré la diversité historique et culturelle qu'il représente, le protestantisme n'est pas pour autant un concept fourre-tout. En effet, le protestantisme réfère à un ensemble d'éléments-clés dont trois sont fondamentaux :

• la justification (obtention du salut) par la foi et non par les œuvres ;
• la souveraineté absolue de la parole de Dieu;
• le sacerdoce universel des croyants (qui exclut l'idée de clergé ordonné).

De ces trois éléments, c'est la troisième affirmation qui a provoqué la rupture avec l'Église romaine, car remettant en question son autorité absolue. En effet, selon le principe du sacerdoce universel, il ne peut exister une différence de nature entre les chrétiens. L'Écriture est intelligible à tous les croyants et les liens directs avec Dieu par la prière et par la méditation de la Parole rendent inutiles l'existence d'intermédiaires ou de prêtres. Les leaders spirituels, utiles pour conduire l'éducation religieuse vers la Vérité, ne peuvent prétendre à aucune supériorité sacrée. Cette affirmation de l'égalité religieuse a abouti au rejet d'une église ordonnée, c'est-à-dire d'un clergé ayant reçu, par le sacrement de l'ordination, une grâce divine spécifique qui lui réserve le monopole de certains rites comme la célébration de la messe ou la rémission des péchés.

Il peut être difficile, dans le contexte nord-américain de liberté de pensée et d'expression, de saisir la portée de ces trois éléments-clés. L'esprit de la Réforme est cependant très bien illustré par la locution latine post tenebras lux, qui signifie “ la lumière après les ténèbres ”, aujourd'hui devise de la Société biblique de Genève. En effet, la Réforme est venu jeter une lumière sur un monde dominé par l'ignorance, la superstition et la peur. Cette locution suggère que le peuple, maintenant éclairé par le libre accès à la connaissance de la Parole de Dieu, à Dieu sans intermédiaire et à son salut par la foi, ne pourra plus se laisser dominer par les abus de l'autoritarisme religieux et le mensonge de ses dogmes, abus dramatiques par leurs conséquences tant éternelles que terrestres.

Si dans notre compréhension de chrétien évangélique de la fin du 20e siècle, prépondérance de la Bible, salut par la foi et sacerdoce du croyant nous semblent des notions évidentes, il ne faut pas oublier que c'est dans des circonstances adverses, dans un mouvement de dénonciation d'abus, de protestation et d'affranchissement à l'égard de l'Église catholique qu'ils ont été énoncés et, pour plusieurs protestants, au prix de leur vie. Par ailleurs, nous nous devons d'être responsables quant à l'usage de l'épithète protestant et réfléchir à ses implications, positives et négatives, qui peuvent aller jusqu'à remettre en question certains réflexes et valeurs présents dans la culture chrétienne évangélique québécoise pouvant dériver davantage du catholicisme que du protestantisme.

Quelques valeurs protestantes

Le contexte historique de l'origine du protestantisme comme ses principes fondamentaux lui confèrent un ensemble de caractéristiques et de valeurs qui lui sont propres. Ainsi, des trois propositions de base du protestantisme découlent des valeurs importantes, largement admises comme étant protestantes. Ces valeurs sont très bien mises en évidence dans la préface du volume intitulé Éduquer les enfants – une vision protestante de l'éducation (Smith, 1998). Le tableau qui suit, inspiré de ce volume, résume un ensemble de valeurs qui ont une portée éducative et qui résultent des trois éléments-clés du protestantisme.

Caractéristiques confessionnelles protestantes et quelques “valeurs-clés” qui en découlent

La Souveraineté absolue de la Parole de Dieu
L'Écriture sainte est la référence prépondérante en matière de foi et de vie. La Bible, dans laquelle chacun trouve un sens pour sa vie, est une source productrice de valeurs mais aussi une source critique des valeurs. L'Église est accompagnatrice de cette recherche plutôt que seule “ interprète ”.

• Inclinaison vers la quête personnelle de sens
• Responsabilité individuelle et autonomie
• Importance de la formation du jugement personnel; goût pour l'examen critique
• Passion de la vérité dans tous les domaines, incluant les dimensions morale et spirituelle; goût de la découverte, de l'émerveillement
• Émancipation, ouverture culturelle

La justification (salut) par la foi et non par les oeuvres
Le salut ne dépend pas des qualités ni des mérites. Le salut est un don (une grâce), la foi est une réponse libre et responsable de l'homme à un appel de Dieu..

• Respect du cheminement personnel et liberté de conscience, chacun ayant sa valeur, sa dignité
• Égalité fondamentale entre tous les hommes, créés à l'image de Dieu; recherche de la justice
• Message général de confiance (grâce) à l'égard de l'homme; appel à la solidarité dans la société
• Altruisme, responsabilité, recherche du mieux-être de la communauté et de l'humanité, utilité

Le sacerdoce universel des croyants
Chaque chrétien est sacrificateur pour Dieu et a ainsi, dans l'Église, une place égale, même si une fonction différente est confiée à chacun.

• Droit à l'opinion personnelle et à la parole; droit à la contestation
• Partage du savoir et du pouvoir (démocratie, collégialité, congrégationalisme...)
• Refus du totalitarisme, de l'absolutisme, du dogmatisme
• Appel à s'évaluer, à se réformer sans cesse


Adapté de Smith (1998)

Le protestantisme a eu une influence majeure sur l'éducation. À l'époque réservée essentiellement aux mieux nantis, les Réformateurs ont voulu démocratiser l'éducation en rendant disponible au peuple la lecture et l'écriture afin qu'il puisse avoir accès aux Écritures. Ainsi, comme Wycliff en Angleterre quelques siècles plus tôt, Luther traduisit la Bible en allemand, en plus de produire de nombreux commentaires et études. Dans une vision protestante de l'éducation, chaque individu est seul responsable des choix qui guideront sa vie dans sa quête personnelle de sens, tant dans les questions spirituelles, matérielles que politiques (politique étant pris dans son sens noble, i.e. relatif à la société organisée, à la cité, au gouvernement de l'État). Le protestant a confiance dans les Écritures, source de vérité. L'assurance de sa foi dans l'unité de la vérité lui donne la sécurité requise pour découvrir avec émerveillement le monde créé par Dieu et pour chercher des réponses à des questions fondamentales sans faire appel à des réponses toutes faites; cette sécurité lui permet aussi d'accepter l'émergence de croyances qui échappent à son contrôle, d'où la possibilité d'une ouverture culturelle. Ainsi, l'ouverture à la connaissance, en particulier des Écritures, le développement et l'exercice du sens critique ainsi que la passion de la vérité dans les divers domaines constituent-elles des valeurs protestantes fondamentales.

Dans la conception protestante du monde, l'Homme a été créé à l'image de Dieu, ce qui lui confère certains caractères divins dont l'affectivité, la capacité donner la vie, la créativité, le libre-arbitre. Le protestantisme, par un retour à une compréhension biblique de l'être humain, a contribué à lui redonner sa dignité d'Homme, sa liberté de conscience et une possibilité d'accès à un sens à la vie. Le respect de la conscience individuelle, du cheminement personnel (qui conduit – suivant l'appel de Dieu – au salut par la foi), en somme du libre-arbitre donné par Dieu est une autre caractéristique protestante incontournable. À la lumière et en conséquence de la grâce accordée par Dieu, qui justifie l'homme par la foi, le protestantisme appelle également à un amour envers le prochain. Avec la reconnaissance de la dignité et de la nécessité du travail, il en résulte un désir d'améliorer son sort comme celui de sa communauté et de l'humanité en général. Humaniste dans le sens où elle reconnaît la valeur de l'être humain et désire son épanouissement, l'éducation protestante recherche la libération tant de la personne que de la société.

Tel que mentionné plus haut, le sacerdoce du croyant est la principale proposition de la Réforme qui a conduit à la rupture avec l'église de Rome. Avec le sacerdoce du croyant, il n'existe pas d'intermédiaires obligés entre l'homme et Dieu, ni de personnes, de lieux et d'institutions sacrées. Ainsi, personne ne peut se poser en “gardien du temple”, en détenteur du pouvoir ou du savoir unilatéralement, autoritairement, infailliblement (Smith, op.cit.). Ce point essentiel du protestantisme conduit au refus de tout absolutisme, de tout totalitarisme, de tout système de soumission qui s'imposerait à la conscience. Le protestantisme reconnaît le pluralisme et la pluralité des approches personnelles et, à l'opposé des systèmes basés sur la soumission et le pouvoir, il recherche la mise en place d'organisations collégiales, sans autorité hiérarchique en matière religieuse. Enfin, contrairement au dogmatisme romain figé rejeté lors de la Réforme, le protestantisme se veut un mouvement qui appelle sans cesse croyants et organisations à réviser leurs positions en évitant de reproduire simplement par habitude des modes de fonctionnement.


Conclusion

Par ses valeurs révolutionnaires à plusieurs égards, la Réforme a eu une incidence énorme en matière d'éducation en occident. Connaissance de la lecture et de l'écriture, liberté de conscience, développement de l'esprit critique et de l'autonomie, ouverture culturelle, appel à la solidarité et à la responsabilité sont quelques-unes de ses valeurs aujourd'hui à la base même de beaucoup de sociétés modernes. Plusieurs valeurs protestantes identifiées sont même intégrées dans des programmes éducatifs nationaux – comme c'est le cas au Québec – et, ironiquement, dans les projets éducatifs d'écoles de foi catholique! Mais qu'en est-il de l'école protestante elle-même? La confessionnalité protestante de l'école chrétienne a des implications profondes quant aux valeurs éducatives qui devraient être à la base de l'éducation des enfants et quant à la vie de l'école en général, en particulier dans la relation école-parents-églises. L'école chrétienne présente l'avantage de croire dans les Écritures qui donnent force aux valeurs protestantes, lesquelles, comme on a pu le constater, vont au-delà de l'éducation à la moralité et de l'évangélisation. Notre identification au protestantisme nous invite à un examen profond de nos façons de penser et de faire à la lumière des valeurs protestantes de manière à faire de l'école protestante le milieu par excellence d'éducation à ses valeurs.


Références

Broadbent, E.H., 1985. L'Église ignorée. La Collection Le Chrétien d'Or, Éditions Copiexpress, 444 p.

Mair, N.H., 1980. Recherche de la qualité à l'école publique protestante du Québec, Comité protestant, Conseil supérieur de l'Éducation, Québec.

Ministère de l'Éducation du Québec, 1992. Les valeurs éducatives protestantes. Comité protestant, 27 p.

Smith, G.(éd.), 1998. Éduquer les enfants – une vision protestante de l'école. Ouvrage collectif sous la direction de Glenn Smith, Les Éditions du Sommet, Québec, 207 p.

Saupin, G., 1998. L'Édit de Nantes en 30 questions. La Petite Bibliothèque de France, Ministère des affaires étrangères, disponible sur Internet.


15 mars 1999
* Avec permission de l'auteur


EGLISE PROTESTANTE D'IXELLES

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EGLISE PROTESTANTE DE BRUXELLES-BOTANIQUE

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Tél. : 02 468 59 59 - >>> website


PROTESTANTSE KERK BRUSSEL

Nieuwe Graanmark, 8 - 1000 Bruxelles
Tel. : 02 512 03 67 - >>> website


FACULTE UNIVERSITAIRE DE THEOLOGIE PROTESTANTE DE BRUXELLES

A l'initiative de quelques Pasteurs belges, des cours de théologie furent offerts aux étudiants entre 1942 et 1944 pour suppléer l'impossibilité, à l'époque, de suivre un enseignement dans d'autres pays. Ravivant les traditions de l'Académie réformée de Gand (1578-1584), la faculté fut fondée en 1950 par l'Union des Eglises Protestantes Evangéliques de Belgique et la Conférence belge de l'Eglise méthodiste sous la vigoureuse impulsion du Pasteur Schyns, de l'Eglise du Musée. Du home Becker, qui appartenait à notre Eglise, la nouvelle faculté se transporta par la suite au Boulevard de la Cambre avant de s'établir, en 1965, dans son propre bâtiment, rue des Bollandistes. Elle fut reconnue par arrêté royal comme institution d'enseignement supérieur universitaire en 1963 et se compose de deux sections: l'une francophone et l'une néerlandophone. Sa vocation est de dispenser un enseignement bilingue de niveau universitaire en vue de la collation des grades de licencié et de docteur en théologie protestante reconnus par l'Etat.
Notre église entretient des liens historiques et permanents avec la Faculté. Si l'un de ses anciens Pasteurs fut à l'origine de sa fondation, un autre, le Pasteur F. Hoyois, le fondateur de la Chorale Royale Protestante, y reçut le grade de docteur honoris causa; actuellement un de ses Pasteurs y enseigne. Par ailleurs, l'Eglise du Musée accorde régulièrement son soutien financier à cette institution.

40, rue des Bollandistes - 1040 Bruxelles - Tél. 02-735.67.46 - Fax 02-735.47.31

>>> Website : www.protestafac.ac.be


INSTITUT JEAN CALVIN

Rue des Bollandistes, 40 - 1040 Bruxelles
Tél. : 064 54 18 00

>>> Website : www.institutjeancalvin.be


COMITE INTERRECLESIAL DE BRUXELLES (C.I.B.)

Extrait de la charte du C.I.B. :
« Les participant(e)s reconnaissent partager une foi commune en Dieu et en Jésus-Christ, Seigneur et Sauveur, dans l'Esprit-Saint, selon le témoignage de l'Ecriture. Reconnaissant la diversité (parfois accentuée) de leurs conceptions et expressions théologiques ou écclésiales, les participant(e)s expriment leur volonté de vivre en communion fraternelle les uns avec les autres, étant donné qu'ils se trouvent appelés à témoigner dans une même cité. Dans la situation particulière de l'agglomération bruxelloise, les participant(e)s prennent conscience de la nécessité d'un service commun dans la cité. »

>>> Website : www.c-i-b.be


Des Pays-Bas :

EGLISES WALLONNES

Les Eglises wallonnes fondées aux Pays-Bas à la fin du XVIe et au début du XVIIe siècle sont des églises calvinistes dont les membres étaient orginaires des Pays-Bas méridionaux (aujourd'hui la Belgique). Ils ont fui l'inquisition et on pouvait compter plus de 43 églises dans les nouvelles provinces-unies indépendantes. Elles servirent également de refuge à de nombreux huguenots qui fuirent la France à la révocation de l'Edit de Nantes en 1685.
On compte encore aujoud'hui 14 églises en fonction. N'hésitez pas à les visiter et faire vivre ce témoignage lors de votre passage aux Pays-Bas.

>>> Website : http://www.

Hier

Venant des XVI Provinces des Pays-Bas et du Royaume de France les protestants, surtout les wallons, fuyaient la persécution et l'intolérance. Dans leur magnanimité les Rois et les Reines qui se sont succédés sur le trône d'Angleterre ont permis à ces persécutés de trouver ici un asile sûr afin qu'ils puissent vivre en toute tranquillité, adorer Dieu selon leurs consciences et vaquer en paix à leurs occupations professionnelles. Cette hospitalité s'est exprimée dans le bon accueil réservé à ces réfugiés dans la Crypte de la Cathédrale de "Cantorbéry", l'Eglise-mère de la Communion Anglicane.

Le 14 novembre 1662, le Roi, en sa Cour de Whitehall ayant réuni son Conseil, a décidé de confirmer et de prolonger la permission accordée antérieurement à l'Eglise Wallonne d'utiliser la Crypte de la Cathédrale de Canterbury. Comme signe de cette hospitalité, la clef de la Chapelle du Prince Noir est, depuis lors, confiée à chaque Pasteur lors de son installation.


Aujourd'hui

Lors de l'affiliation de l'Eglise à l'Eglise Protestante Unie de Belgique, M le Pasteur H. R. Boudin prononça, le 20 juin 1999, les paroles suivantes:

"De nos jours, une nouvelle situation se présente pour le protestantisme. Nouveauté pour tout le monde certes, mais plus particulièrement pour l'Eglise protestante unie de Belgique. C'est le passage à l'Europe consciente et organisée. Sans maximaliser à outrance l'affiliation de Cantorbéry au Brabant francophone, relevons cependant que cette mesure fraternelle est une preuve tangible de cette nouvelle émergence.

Les citoyens belges d'allégeance protestante se chiffrent vers les 2%, soit une minorité dans l'ensemble de la population. Mais dans l'Europe des Quinze, les protestants sont estimés à 30%.

La sphère d'influence de l'Eglise protestante unie de Belgique s'étend désormais jusqu'à englober le Kent et même au-delà. En effet, à la mi-mai, nous avions l'honneur de vivre un évènement spontané, lorsque, à la demande de descendants irlandais de réfugiés huguenots, nous avons présidé le premier culte réformé francophone organisé depuis 185 ans au coeur de Dublin.L'Eglise protestante unie de Belgique s'étend, via Cantorbéry, vers l'Irlande. Ce passage à l'Europe signifie la métamorphose d'une situation minoritaire en une autre situation, où les 30% déjà cités peuvent devenir une force agissante, une force qui compte et dont il faudra tenir compte.

Depuis qu'aux XVIe et XVIIe siècles les Eglises protestantes des Pays-Bas méridionaux ont subi une saignée à blanc par l'émigration vers des lieux où fleurissait la liberté, le protestantisme belge a pris l'habitude de vivre d'une manière micro-minoritaire avec un esprit empreint de provincialisme et de vues à limites paroissiales. Cette situation de petitesse a ses inconvénients, mais bien sûr aussi des avantages dont celui de ne pas faire peur, ni d'exercer un cléricalisme étroit, qui cherche non seulement à gendarmer ses propres fidèles, mais à imposer ses vues aux autres.

Replacé dans le cadre européen par contre, ce n'est plus la même chose. Le protestantisme belge va devoir sortir d'un certain isolement. Isolement tout relatif d'ailleurs, car depuis le XVIIIe siècle, il vit des contacts internationaux avec ses coréligionnaires des pays voisins.

Désormais la présence de Cantorbéry parmi les communautés de l'Eglise protestante unie de Belgique ouvrira une modeste fenêtre par delà la Manche. Certains auteurs disent que ce que l'on a appelé l'Internationale huguenote, perdure et est bien vivante."

Les cultes, en français, ont lieu chaque dimanche à 15h dans la Crypte. Vous êtes tous invités à y participer.

Paloma no Mont Blanc