mardi 12 juin 2012

Por que a França?

Podemos semear a justiça de várias formas. Como, por exemplo, através da assistência nas situações de catásftofes e no combate às endemias, no evangelismo urbano de comunidades socialmente excluídas e no ministério de apoio as populações em situações de risco e guerra. 

Sem dúvida, devemos fazer missões sob novo olhar. Sabemos que a Europa ressurge com especial interesse para o Evangelho de Cristo. No século XIX, o Velho Continente foi um centro de gravidade do cristianismo. Durante décadas, impulsionou o movimento missionário na África. Mas, no último século foi-se dando um esgotamento das forças cristãs no continente, embora o cristianismo não tenha morrido.

Atualmente, segundo levantamentos da Aliança Reformada Mundial/ARM, os reformados estão presente em mais de 100 países. Abaixo, quadro dos 60 países onde a população protestante é expressiva.

Dados 2004
Posiç
País
População cristã
protestante
 % de protestantes
País
 % de protestantes
População cristã
protestante
1
EU América
162 653 774
55%
Tuvalu
98,4%
11 450
2
Brasil
54 983 173
27%
Noruega
90%
4 133 737
3
R. Unido
44 726 678
74%
Dinamarca
91%
4 943 425
4
Nigéria
34 124 557
26,5%
Islândia
91%
270 031
5
Alemanha
31 323 928
38%
Suécia
86%
7 741 526
6
Afric do Sul
30 154 013
68%
Antigua e Barbuda
86%
59 101
7
China
15 675 766
1,2%
Finlândia
85,1%
4 445 149
8
Indonésia
14 276 459
5,9%
S. Cristóvão e Nevis
83%
32 335
9
Quénia
12 855 244
38%
S. Vicente e Granadinas
77%
90 501
10
Congo
12 017 001
20%
Bahamas
76%
229 360
11
Uganda
9 544 319
35%
Reino Unido
74%
44 726 678
12
Canadá
9 513 462
29%
Tonga
73%
82 068
13
Filipinas
8 785 747
10%
Namíbia
68%
1 380 871
14
Coréia do Sul
8 760 000
18,1%
África do Sul
68%
30 154 013
15
Suécia
7 741 526
86%
Barbados
67%
186 454
16
Austrália
7 634 366
38%
Suazilândia
66%
774 774
17
Índia
7 561 851
0,7%
Nauru
66%
8 612
18
Venezuela
7 358 832
29%
Papua-Nova Guiné
61,5%
3 410 340
19
Etiópia
7 305 328
10%
Jamaica
60%
1 639 099
20
Gana
6 939 852
33%
EU América
55%
162 653 774
21
México
6 372 174
6%
Estónia
52%
693 104
22
P. Baixos
5 414 472
33%
Letónia
50%
1 145 119
23
Tanzânia
5 147 290
14%
Suíça
49%
3 669 791
24
Dinamarca
4 943 425
91%
Nova Zelândia
47%
1 896 667
25
Guatemala
4 836 212
33%
Micronésia
47%
50 833
26
Madagascar
4 510 085
25%
Ruanda
43,9%
3 705 519
27
Finlândia
4 445 149
85,1%
Fiji
42,5%
379 676
28
Malawi
4 316 418
35,5%
Botswana
41%
672 447
29
Moçambiq
4 269 475
22%
Alemanha
38%
31 323 928
30
Zimbabwe
4 206 507
33%
Austrália
38%
7 634 366
31
Noruega
4 133 737
90%
Guiana
38%
290 808
32
Ruanda
3 705 519
43,9%
Malawi
35,5%
4 316 418
33
Suíça
3 669 791
49%
Uganda
35%
9 544 319
34
Papua-Nova Guiné
3 410 340
61,5%
P. Baixos
33%
5 414 472
35
Camarões
3 276 001
20%
Guatemala
33%
4 836 212
36
Zâmbia
3 040 685
27%
Gana
33%
6 939 852
37
Hungria
2 401 640
24%
Zimbábue
33%
4 206 507
38
Chile
2 397 137
15%
Belize
30%
83 837
39
Peru
2 010 645
7,2%
Grenada
30%
26 851
40
Sudão
2 009 374
2%
Canadá
29%
9 513 462
41
Angola
1 678 618
15%
Moçambique
29%
7 358 832
42
Jamaica
1 639 099
60%
Zâmbia
27%
3 040 685
43
Honduras
1 604 297
23%
Nigéria
26,5%
34 124 557
44
Colômbia
1 503 400
3,5%
Madagascar
25%
4 510 085
45
El Salvador
1 421 446
21,2%
Trinidad e Tobago
24,6%
267 806
46
Bolívia
1 417 259
16%
Hungria
24%
2 401 640
47
Paquistão
1 400 000
0,86%
Honduras
23%
1 604 297
48
Namíbia
1 380 871
68%
Moçambique
22%
4 269 475
49
Roménia
1 339 799
6%
Suriname
22%
96 392
50
Haiti
1 299 460
16%
El Salvador
21,2%
1 421 446
51
Myanmar
1 287 284
3%
Camarões
20%
3 276 001
52
França
1 213 124
2%
Congo
20%
12 017 001
53
Chade
1 179 170
12%
Gabão
20%
277 840
54
Letónia
1 145 119
19,4%
Lesoto
20%
373 407
55
República Dominicana
984 504
11%
Libéria
20%
696 442
56
R. Centro-Africana
949 974
25%
Coreia do Sul
18,1%
8 760 000
57
Nicarágua
879 881
16,1%
Costa Rica
18%
722 911
58
Costa do Marfim
864 902
6,43%
Nicaragua
16,1%
879 881
59
Vietnã
835 355
1%
Bolívia
16%
1 417 259
60
Argentina
790 759
2%
Haiti
16%
1 299 460
 US State Department's International Religious Freedom Report 2004







Dos 2 bilhões de cristãos que há no mundo, 1,24 bilhão encontra-se na África, Ásia, Oceania e América Latina, e 821 milhões na Europa e na América do Norte”, contabilizou Choan-Seng Song, na 24ª Assembléia Geral da ARM.

E essa proporcionalidade verifica-se também no campo das igrejas reformadas. Dois terços das igrejas membros da ARM estão fora da Europa e da América do Norte. As igrejas européias nas décadas anteriores difundiram o cristianismo ao resto da terra, mas agora a Europa e em especial a França clama por ajuda. Chegou a hora das igrejas dos “
confins da terra”, entre as quais as igrejas brasileiras, somarem forças na expansão do Evangelho no Primeiro Mundo europeu.

Assim como o futuro da economia mundial está a depender cada vez mais dos países e povos em desenvolvimento, também as igrejas e os cristãos dos “
confins da terra” devem e podem desempenhar uma função decisiva no futuro do cristianismo.

O projeto A Cruz Huguenote lhe dá essa oportunidade
Neste ano de 2012, A Cruz Huguenote apoia pequenas igrejas francesas que por diferentes motivos estão sem pastores ou necessitam de apoio ministerial e aceitam construir parcerias com igrejas brasileiras. Essas parcerias partem do fato de que Deus mantem na França um remanescente da histórica tradição reformada, que deseja expandir o Reino, e aproveitar o renascimento evangélico que pode ser visto em diferentes regiões do país.


Essa situação introduz muitos desafios e responsabilidades. Do ponto de vista cultural e religioso, o mundo em que as igrejas e os cristãos vivem é plural. As missões cristãs não têm como tarefa convertê-lo num mundo monolítico. A missão é apresentar Cristo, aquele que dá sentido a vida, sem adaptar esses povos aos nossos costumes e culturas.

Diante das tragédias que temos vivido nas últimas décadas, da crise econômica que assola a Europa, a ação missionária deve apoiar a construção e o fortalecimento de igrejas que sejam comunidades abertas e não alheias às necessidades da sociedade, e que sejam comunidades de cura, sem deixar de lado a luta pela justiça econômica, de gênero e racial.

É isso que A Cruz Huguenote está plantando na França. Você pode ajudar e participar: entre em contato com André Sass Farias e Pablo Sacilotto, jovens militantes por Cristo nas cidades de Montpellier e Lunel. Converse com eles e, se Deus tocar o seu coração, não se envergonhe de apoiá-los.

Use o Skype para conversar com eles

la croix huguenote
Convergence pour l´appui et le développement des églises françaises et brésiliennes

Convergência para o apoio e o desenvolvimento de igrejas francesas e brasileiras



samedi 9 juin 2012

Falha ou boicote intencional


Os professores Jorge Pinheiro e Leandro Seawright Alonso
O fato político

Com disse o amigo e professor Paulo Saraiva, “hoje, sábado, 9 de junho, às 9 horas, deveria ter acontecido na Câmara de Vereadores da Cidade de São Paulo o lançamento do livro ´ENTRE DEUS, DIABO E DILMA´, do pastor e professor Leandro Seawright Alonso, Doutorando pela USP. O livro discute o ano de 2010, mais especificamente as eleições presidenciais daquele ano, bem como a participação política dos evangélicos e, em especial, um eventual processo de cooptação de votos no ´curral´ evangélico, isto por conta de um uso maciço de um vídeo veiculado por uma conhecida e influente liderança cristã histórica, vídeo este que acusava o PNDH 3 de ´institucionalizar o pecado´ – algo que só poderia ser evitado caso o voto evangélico fosse canalizado a um candidato paulista de um partido de orientação ´social-democrata´”.

O livro seria lançado, já que "o Vereador Juscelino Gadelha deu acesso ao uso da Casa, e o senhor Xexéu, da comitiva do PSB estadual, tenha facilitado o evento, mas apesar das medidas, por ordem de pessoa ainda não identificada, e por razões desconhecidas, o uso do salão nobre foi de maneira unilateral e sem prévio aviso cancelado".

É desnecessário dizer que o descontentamento foi generalizado junto às personalidades ali presentes, muitas das quais comporiam a mesa que debateria o livro, entre elas Jorge Pinheiro, Pós-Doutor em Ciências da Religião pela Universidade Mackenzie, e Professor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo; Antônio Maspoli, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião na Universidade Mackenzie; além de Marcos Davi, Mestre pela Universidade Metodista; e o Pr Abreu Mauricio Carvalho, diretor do Seminário Batista Nacional.

As razões para o cancelamento sumário não foram esclarecidas, aguardamos que a Casa se pronuncie sobre o fato, para que possamos esclarecer às pessoas que se dispuseram a estar conosco e que, também, nós organizadores do evento possamos desarmar alguns ânimos mais exaltados que nestes momentos sobre os ´auspícios´ de teorias conspiratórias sempre sugerem algum tipo de sabotagem por parte de forças politicas que costumam sentir-se ameaçadas quando um debate profundo sobre democracia e laicidade são estimulados a acontecer.

Devemos entender

A liberdade de organização das comunidades de fé tem uma dimensão importante no seu relacionamento com o Estado. Esse relacionamento pode se dar de três formas, por fusão, união e separação. Um estado laico é leigo, neutro e separado da religião. O termo laico remete-nos a uma atitude crítica da interferência das religiões na vida pública da sociedade.

Assim, a laicidade do estado brasileiro é condição indispensável para a existência da democracia. Sem o respeito às crenças, às descrenças e à ausência de crenças, de neutralidade confessional, é impossível ao estado brasileiro assegurar paz religiosa e, inclusive, social.

As teocracias, assim como as militâncias fundamentalistas, sejam elas religiosas ou de descrença, na modernidade que se esvai, ameaçam o respeito ao outro e geram discriminação e ódio.

A esse poder e influência temporal da Igreja sobre o Estado, chamamos clericalismo. E, a partir daí, podemos dizer que não existe anticlericalismo sem clericalismo, nem liberdade sem laicidade. Por isso, a teocracia é a negação da democracia.

Não vamos esquecer que a Constituição de 1824 estabelecia três vetores em relação à questão religiosa: (1) o catolicismo era a religião oficial do Império; (2) a permanência da Igreja Católica Apostólica Romana na condição de religião do Império, apesar de admitir o culto particular de outras religiões, desde que em casas para isso destinadas, sem forma exterior de templo; e (3) a permissão da elegibilidade para o Congresso apenas daquelas pessoas que professassem o catolicismo.

No Brasil essa hegemonia foi superada, ao menos no texto, com a chegada da República. Dessa maneira, o Brasil é um estado laico desde a edição do Decreto 119-A, de 17 de janeiro de 1890, que instaurou a separação entre a Igreja e o Estado. É uma vitória cidadã e democrática. Quebrar essa conquista é retrocesso que em última instância não favorecerá grupo algum. Exemplo disso foram as guerras de religião entre católicos e protestantes na Europa e a violência dos conflitos étnicos religiosos na Iugoslávia.

Acadêmicos, líderes religiosos e políticos que particpariam do debate

Democracia e laicidade

No Brasil democrático e laico, nós protestantes devemos defender nossas convicções e agir em nome próprio, como cidadãos, e não enquanto representantes de instituição religiosa. E devemos nos associar livremente como qualquer grupo organizado da sociedade, para expor e propagar maneiras de ver e viver.

A presença ativa das comunidades protestantes pode ser muito positiva para a sociedade. A exposição de valores como a ética cristã, a solidariedade e a luta por melhor distribuição de oportunidades e possibilidades podem fazer enorme diferença para o futuro da nação.

Se compreendermos que a democracia e a laicidade não são inimigas das crenças particulares, vamos entender que os protestantes têm o direito de exercer sua cidadania e se manifestar sobre aqueles temas que geram discussão e polêmica. As questões éticas em tempos de crise cobrem importância especial. Mas essas questões não podem ser encaradas apenas como questões religiosas, embora nosso protestantismo deva, permanentemente, abastecer a ética e influenciar nas decisões do País.

Por isso, não podemos compreender o gesto da Câmara Municipal de São Paulo ao impedir, por falha ou propósito, o lançamento do livro do Pr. Leandro Seawright Alonso, "Deus, Diabo e Dilma" nesta Casa do Povo. O que aconteceu? Quem é o responsável por esta arbitrariedade? Aguardamos respostas e ressarcimentos.

Tal fato político, coercitivo e de uso abusivo da força institucional, da Câmara Municipal de São Paulo conflita com a democracia conquistada com lutas e pisoteia a laicidade cidadã. Vergonha! A resposta deve ser dada às comunidades protestantes aí representadas, assim como às comunidades acadêmicas e à população, razão de existência da própria Casa!

vendredi 8 juin 2012

A identidade batista, resumo mínimo


Amanhã, sábado, dia 9 de junho, teremos um debate com o Professor Mestre Leandro Seawright Alonso na Câmara Municipal de São Paulo a partir das 9 horas. Ele vai expor  suas pesquisas acadêmicas na Universidade de São Paulo sobre a última eleição presidencial e a participação dos evangélicos nela. Os resultados de sua pesquisa, dissertação de Mestrado, resultaram na publicação do livro, "Entre Deus, o Diabo e Dilma". Como a pesquisa foca a posição de liderança de destaque dos batistas brasileiros na campanha eleitoral à presidência, achei por bem publicar um resumo mínimo da identidade batista, já que a audiência será formada por pessoas de diferentes tradições religiosas ou mesmo sem religião. Conto com a presença lá dos paulistanos que lêem este blog. Forte abraço para todos e todas. Jorge Pinheiro.   
Making A Way: Grace Baptist Church Choir of Mount Vernon, NY
Os batistas são, depois do pentecostalismo, a ramificação mais numerosa do protestantismo evangélico, compreendido como um cristianismo biblicista, conversionista e militante. É a principal confissão protestante norte-americana e tem um crescimento significativo no Brasil. Em termos gerais, desenvolveu-se a partir de cinco traços distintivos:

  1. A prática do batismo por imersão da pessoa convertida, como testemunho de compromisso e fé
  2. As Escrituras como regra em matéria de doutrina, ética e fé
  3. Eclesiologia congregacionalista e de proclamação, com autonomia da assembléia local composta de militantes engajados
  4. Teologia de inspiração calvinista, com destaque para a conversão pessoal
  5. Defesa da liberdade de consciência e de expressão, e oposição à qualquer interferência da autoridade civil ou eclesiástica na vida da igreja
Esse protestantismo evangélico se caracteriza, assim, pela referência à tradição confessional, mas também por uma plasticidade marcante. A nível global, a Aliança Batista Mundial/ABM reúne cerca de 35 milhões de batistas e busca definir políticas de evangelização, reconciliação entre batistas, defesa da liberdade religiosa e assistência às igrejas batistas localizadas em regiões carentes do mundo. A Aliança Batista Mundial foi fundada em Londres em 1905.

Os precursores dos batistas foram, ideologicamente, os anabatistas da época da Reforma. Congregações anabatistas da Holanda no início do século XVII e grupos de puritanos independentes ou congregationalistas, que fugiram da Inglaterra para a Holanda fazem parte dessa construção histórica. Influenciados pelos anabatistas, puritanos independentes convenceram-se de que o batismo cristão é apropriado apenas para adultos convertidos, como testemunho de seu compromisso e fé pessoal.

De volta à Inglaterra, este grupo formou a primeira congregação batista em 1611. Duas décadas depois, Roger Williams (1639) formou a primeira congregação batista em Providence (Rhode Island). A partir de então, os batistas, já com influências da teologia calvinista, cresceram rapidamente nos Estados Unidos. A democracia informal centrada nas Escrituras tornou-se uma referência política na construção de igrejas em situação de fronteira, sob as condições rurais instáveis do Sul, Meio-Oeste e Extremo Oeste norte-americano. Assim, essas regiões foram densamente povoadas pelos batistas, uma tendência que se mantém até hoje.
Os batistas olham a vida cristã como fé pessoal, serviço e testemunho. Isso faz dos batistas militantes da causa protestante evangélica. Cada pessoa deve nascer de novo, estar convertido para uma nova vida e a partir daí congregar numa igreja. Para os batistas, a igreja local é o resultado da conversão e da graça, uma comunidade de crentes reunidos: não é a mãe da experiência cristã, nem fonte de graça, como na tradição católica.

A igreja local é santa porque a fé e a vida de seus congregados são santas. A igreja local, pelo menos em princípio, não tem nenhuma autoridade sobre seus membros, em sua liberdade de consciência, por exemplo, política, ou em assuntos eclesiásticos.

A plasticidade batista

Devido à sua plasticidade, os batistas temos mostrado características opostas na história. Pela ênfase na autoridade da Bíblia, na compreensão puritana estrita, na ética vitoriana, e entendimento da absoluta necessidade da fé e santidade pessoal, a maioria dos batistas é conservadora, tanto nas questões de fé, como de moral. Mostram-se temerosos diante das filosofias e teologias modernas e da política liberal. O evangelho é a Bíblia interpretada literalmente, dentro dos princípios tradicionais batistas. A ética cristã são os princípios básicos das Escrituras, que nenhum batista deve abandonar. Por esta razão, muitas convenções batistas se recusam a aderir ao movimento ecumênico e ignoram o evangelho social e sua preocupação com a justiça econômica, política e social.

Porém, devido a ênfase na liberdade de consciência e de crença pessoal e a importância da vida cristã longe da autoridade eclesiástica, de dogmas e rituais, os batistas são líderes do liberalismo tanto a nível político como teológico. Muitos seminários e igrejas batistas são conhecidas por estilo de adoração, atitudes sociais e teologias liberais. Os batistas foram importantes na criação do movimento ecumênico no início do século XX. Nas controvérsias que dominaram o século XX nos Estados Unidos entre teologia moderna versus fundamentalismo, entre o evangelho social versus o evangelho individual, e entre ecumenismo versus exclusivismo.
Martin Luther King Jr.
Mas, os batistas tiveram sempre papéis de destaque nos dois polos, apesar de contrários. Exemplo disso foram Walter Rauschenbusch, pastor e teólogo batista e um dos teóricos do Evangelho Social, e Martin Luther King Jr., pastor e líder pelos Diretos Civis nos Estados Unidos. E no Brasil podemos citar o Manifesto dos Ministros Batistas de 1963, de claro conteúdo político e social a favor das reformas de estrutura no país. 
Os livros de Walter Rauschenbusch em inglês estão nas livrarias on-line.
"Orações por um mundo melhor", em português, você se encontra fácil.