lundi 31 octobre 2011

O catolicismo, análise e perspectivas – parte I

Por Jorge Pinheiro *

ViaPolítica -- São Paulo, 06.01.2007 

Introdução 

O cardeal Joseph Ratzinger já esteve no Brasil duas vezes, em 1985, após ter punido o teólogo Leonardo Boff e, em 1990, para ministrar um curso na diocese do Rio de Janeiro. Mas a visita de maio, em 2007, foi a primeira como papa Bento XVI. Oficialmente, ele veio para canonizar Frei Galvão e para abrir a 5ª Conferência Episcopal Latino-Americana, Celam, em Aparecida (SP). 

Mas, ao contrário do que as aparências sugerem, há duas razões que balizaram a visita: uma de caráter interno, que Leonardo Boff chama de "a guerra na igreja", e outra de caráter externo, que é a guerra externa, ou seja, a perda significativa de fiéis nos últimos dez anos. 

Aliás, sobre a guerra externa, segundo o Datafolha Pesquisa de Opinião (05/05/2007), a partir de dados consolidados de oito pesquisas nacionais, realizadas em 2006 e em 2007, em um total de 44.642 entrevistas, os católicos são 64%, os evangélicos pentecostais, 17%, e os não pentecostais, 5%. Os espíritas kardecistas ou espiritualistas são 3% e, umbandistas, 1%. Os adeptos do candomblé e de outras religiões afrobrasileiras não chegam a 1%, e outras religiões atingem 3%. Aqueles que dizem não ter religião ou ser ateus, 7%. É importante notar que quando o Datafolha fez essa pergunta aos brasileiros pela primeira vez, em agosto de 1994, 75% dos brasileiros se diziam católicos, 10% evangélicos pentecostais e 4% evangélicos não pentecostais. Sem dúvida, a questão da perda de fiéis no Brasil é visível e preocupante para a Igreja Católica. 

Porém, a guerra interna é talvez mais importante ainda, porque a partir das posições em choque podem surgir diretrizes e, quem sabe, soluções para o catolicismo brasileiro. 

Assim, o que está em jogo é se a Igreja Católica na América Latina continuará lutando para se apoiar nos postulados do Concílio Vaticano II, reformista e progressista, ou se, conforme deseja Bento XVI e a hierarquia vaticana, retornará aos valores tridentinos. 

Essas duas guerras nós queremos analisar aqui, mas para isso vamos fazer uma rápida viagem histórica para entender as matrizes teológicas e populares do catolicismo romano. 

I. Um passado presente 

As primeiras fortes pressões do pensamento divergente surgiram a partir do século dois depois de Cristo. Quase todas envolviam questões doutrinárias e geraram grandes discussões na jovem Igreja Cristã, entre os anos de 313 e 451. Dividiram-se em três blocos de questões: 

1. Teológicas, referentes à relação entre Cristo e o Pai, colocando ênfase na unidade divina. Geraram leituras teológicas como ebionismo, gnosticismo (docetismo) e arianismo. 

2. Cristológicas, referentes às naturezas de Cristo, dando origem ao nestorismo (afirmava que Jesus era um homem portador de Deus) e ao monofisismo (duas naturezas fundidas). 

3. E, antropológica, referente à natureza humana, onde Pelágio, seguindo a tradição oriental, afirmava que o ser humano nasce sem pecado, está sob a graça natural, e tem possibilidade de escolher entre o bem e o mal. 

É interessante notar que essas teologias divergentes estavam presentes no Oriente, nas igrejas de Alexandria, Constantinopla, Antioquia, Éfeso e do norte da África. Foram debatidas por teólogos como Atanásio, Eusébio de Cesaréia e Agostinho de Hipona, e combatidas por imperadores como Constantino e sucessores, assim como pela violência do poder do Estado. A vitória sobre cada uma dessas teologias divergentes significou a harmonização forçada às doutrinas defendidas pela nascente Igreja ocidental. E a violência utilizada pelo poder estatal ajudou a solidificar os laços entre a Igreja cristã e o Estado romano. Como resultado, a Igreja cristã herdou declarações formais sobre a fé, distanciando as questões doutrinárias da realidade e da prática do dia-a-dia. 

Na Igreja cristã, os bispos eram considerados iguais em termos de função, posição e autoridade. Mas uma série de acontecimentos históricos, assim como razões políticas, foram modificando essa realidade. A partir dos meados do século IV, a Igreja oriental mostrava-se exaurida pelas lutas teológicas que duraram quase cem anos. Um grande número de bispos tinha sido perseguido, preso e expulso da instituição. Além do mais, em 330, Constantino transferiu a capital do Império para Constantinopla. Depois de 500 anos como centro do poder político do Império, Roma agora passava a ter apenas uma autoridade, o seu bispo. Homens jovens, audaciosos, que sabiam rodear-se de pensadores como Jerônimo, Cipriano, Tertuliano e Agostinho, esses bispos não enfrentaram oposições teológicas de monta e souberam convocar sínodos em que conseguiam manter uma posição que era apresentada ao conjunto da Igreja como a correta. 

Dois fatos devem ser lembrados, pois marcam historicamente o surgimento da predominância política da Igreja de Roma. No ano de 452, Átila e os hunos ameaçaram incendiar Roma. Leão I (400-461), que ocupou o trono episcopal entre 440 e 461, negociou com Átila e conseguiu que ele abandonasse tal idéia. E Átila recuou. Em 455, Genserico e os vândalos fizeram a mesma ameaça. Desta vez, Leão I teve que entrar em acordo. Os vândalos saqueariam a cidade durante duas semanas, mas não a incendiariam. Genserico cumpriu sua parte no acordo. Hábil político, bom administrador e teólogo, Leão I foi o primeiro bispo a dar-se o título “papas” 1. Em édito imperial de Valentiniano, em 445, é reconhecida a supremacia espiritual de Leão I em todo o Ocidente, tornando-se “lei para todos” 2. 

Tecnicamente, porém, os historiadores protestantes apresentam como primeiro papa Gregório I (540-604), bispo de Roma. Com ele termina a história da antiga Igreja cristã e tem início de forma clara e definitiva o Catolicismo Romano. 

Mas, voltemos ao século IV. O imperador Constantino tinha conquistado a unidade militar, política e administrativa do Império. Mas, sabia, e os cem anos anteriores a ele mostravam, que uma força emergente, o cristianismo, poderia abalar esta unidade. O cristianismo era forte no Oriente. Exatamente por isso, apóia-se nele e sob proteção imperial possibilita um crescimento vertiginoso daquela religião que até o momento estivera à margem da lei. 

Assim, em 319, dá isenção de encargos públicos aos bispados, ao mesmo tempo em que proíbe os sacrifícios pagãos nas casas particulares. Em 321, dá aos bispados o direito de receber legados, doações e subvenções. 

O próprio Constantino, assim como sua mãe Helena, ordena a construção de grandes e imponentes igrejas, praticamente uma novidade na história semiclandestina do cristianismo ocidental até aquele momento. E os pastores daquele rebanho, antes perseguidos, são aceitos nos palácios, tornam-se autoridades e recebem subvenções do poder imperial. 

Sob pressão do Império, os funcionários públicos e militares aproximam-se da nova fé. Na verdade, esta é uma aproximação formal, política, e acontece como movimento de massas. Milhares de pessoas declaram-se cristãs e são batizadas. Mas não foram apenas os funcionários e militares, que por segurança política e pessoal aderiram ao cristianismo. Temos ainda os povos europeus, que, ao se aproximarem do Império, procuravam assemelhar-se a ele. Assim, nesse século IV, costumes não-cristãos entram na Igreja e começam a ser aceitos e defendidos. Não foi através de discussões doutrinárias que tais costumes foram se aninhando, mas no dia-a-dia da vida cristã cada vez mais a Igreja aceitou a paganização proposta por Roma Imperial. 

Essas tradições ocuparam definitivamente o coração da igreja. São elas: 

1. Veneração dos mártires 

A veneração dos mártires teve início no segundo século. Era costume realizar a Ceia do Senhor nos cemitérios e catacumbas onde estavam enterrados os mártires. Já nessa época os cristãos oravam por suas almas. Constantino incrementou o costume, pois os pagãos cultuavam seus heróis. Dessa maneira, os mártires passaram a ocupar o lugar dos antigos heróis e dos deuses. 

2. Inclusão dos santos no panteão dos mártires 

O conceito de santo era bem diferente daquele que surgirá na Idade Média. Eram considerados santas aquelas pessoas que se destacavam no serviço ao próximo, mesmo quando esta atividade não era religiosa. Assim, os santos eram escolhidos por senso comum entre os guardiões das cidades, os patronos de profissões e os curadores de doenças. Eram venerados com velas, que deviam ficar sempre acesas. 

3. O maior de todos os santos, a Virgem Maria 

Os mártires eram venerados, os santos eram venerados, logicamente Maria surgiu desde o segundo século como uma pessoa muito especial. Textos apócrifos como o “Evangelho de Tiago” a exaltavam. Irineu, no século IV, deu-lhe o título de “segunda Eva”. E nos concílios de Éfeso e Calcedônia, no debate com Nestório, foi chamada “theotokos”, mãe de Deus. Clemente, Jerônimo e Tertuliano creditaram a ela virgindade eterna. Agostinho disse que jamais cometera pecado. Aos poucos foi ocupando um lugar ao lado de Jesus Cristo, como co-intercessora dos cristãos. Mas só em 1854 o Catolicismo Romano define a sua imaculada conceição e, em 1950, a sua miraculosa assunção aos céus. 

4. Culto dos anjos 

Também tem início ainda na era apostólica, com a ênfase que lhe davam alguns sistemas gnósticos. No século IV, a mística cristã neoplatônica leva esta crença para dentro da igreja. E no século V, com Dionísio, o Areopagita, o culto é institucionalizado. O arcanjo Miguel passa a ser o mais venerado dos anjos. 

5. Relíquias e imagens 

Também começou muito cedo. Mas, no século IV, restos mortais de mártires e santos, como roupas, objetos pessoais e ossos eram venerados. Principalmente quando esses objetos eram atribuídos ou relacionados com Cristo, os apóstolos e os heróis da igreja. 

Já a veneração de imagens surge no século III. Mas é no correr do século seguinte que aparece a crença de que o ícone participava daquilo que ele retratava. Basílio Magno chega a afirmar que “a honra prestada à imagem transfere-se ao protótipo”. No Sétimo Concílio Geral, em 787, o Catolicismo Romano aprova o culto de imagens. 

Esse cristianismo defeituoso afetou profundamente a vida da Igreja, facilitando o ingresso de milhares de pagãos não convertidos à fé imperial. Foi defendido pelos monges e oficializado pelos grandes líderes da Igreja a partir da metade do século V. Surgia, assim, com o aval da hierarquia, o primeiro grande sincretismo cristão. Mas o problema não pára aí. 

Roma Imperial não somente mudou a hierarquia e favoreceu a paganização, como também provocou a secularização da igreja. Com a entrada maciça de pessoas não evangelizadas e não discipuladas, teve início o fim do culto democrático, onde o conjunto dos irmãos participava da adoração, quer através da música, das orações e da exposição da Palavra. Intimidada com o estado monárquico, a Igreja optou por uma liturgia aristocrática, definindo uma clara separação entre clero e leigos. O culto deixou de ser um ato de adoração da comunidade, um relacionamento entre Deus e o homem, através da presença santificadora do Espírito Santo, para transformar-se num espetáculo colorido, pomposo, cantado e falado num idioma que caminhava para a morte. 

O domingo tornou-se o dia principal do calendário eclesiástico, depois que Constantino estabeleceu que seria dia de culto cívico e religioso. A festa do Natal passou a prática regular no século IV, e dezembro, usado pelos adoradores de Mitra, foi adotado como mês do nascimento de Jesus. Acréscimos do ano judaico, narrativas do Evangelho e a vida dos mártires foram institucionalizados no calendário eclesiástico. Da mesma maneira, várias cerimônias transformaram-se em sacramentos, como o casamento, a penitência, a crisma e a extrema-unção. Razões políticas, ligadas à doutrina do pecado original, levaram ao batismo de crianças. E, por fim, a Ceia do Senhor passou a ser sacrifício e sacramento. Cipriano, por exemplo, declara que o sacerdote agia no lugar de Cristo na Ceia e que oferecia “sacrifício verdadeiro e pleno a Deus, o Pai” 3. 

Dessa maneira, o Catolicismo ocidental chegou ao Concílio de Trento (1545-1563) com uma teologia popular que nasceu do sincretismo com costumes e religiosidades dos povos europeus ocidentais, e com uma dogmática construída pela força nos séculos IV e V, e sedimentada na leitura radical de Agostinho, de que fora da igreja não há salvação. 

II. O toque brasileiro 

Mil anos depois dos acontecimentos que acabamos de descrever, mais precisamente entre 1545 e 1648, o Catolicismo Romano enfrentou a Reforma Protestante com um movimento que ficou conhecido como a Contra Reforma. Este movimento teve dois objetivos. Era uma reação externa ao protestantismo, mas representava também uma renovação interna no próprio Catolicismo Romano. 

Para nosso estudo, interessa em especial o papel exercido pela Ordem da Companhia de Jesus, considerada a arma mais positiva do catolicismo na luta contra o protestantismo. Seus objetivos eram a educação, o combate à heresia (entenda-se protestantismo) e missões estrangeiras. Reconquistaram grande parte da Alemanha, o sul da Holanda e a Polônia para o catolicismo, trabalharam no Extremo Oriente e na América Latina, em especial no Brasil. 

O Brasil colonial conheceu o trabalho desses reformadores católicos. Mas, em 1759, eles foram expulsos do país, gerando uma crise de identidade no catolicismo até então existente. Cresceu então a tendência ao sincretismo. E o catolicismo brasileiro começou a viver um longo período de semelhança com a história que descrevemos nas páginas anteriores. Na verdade, o pior da apostasia católica misturou-se às crenças pagãs indígenas e africanas, gerando um catolicismo popular que predomina até hoje entre as grandes massas brasileiras. 

As tradições passaram, então, a ter uma cara brasileira. São elas:

1. Tendência ao maravilhoso 

Com a expulsão dos jesuítas, a liturgia racional, tomista, intelectual, foi rapidamente sobrepujada pelo milagreiro e pela exaltação das emoções. A Igreja tornou-se popular, cheia de crendices, devoções, orações fortes, benzeções. A Virgem Maria tomou o lugar de Cristo e surgiram duas virgens tipicamente brasileiras, a da Penha, instalada como o nome diz em morros e outeiros, e a de Aparecida, que surge nos mais diferentes lugares, do Rio Grande do Sul ao norte do país. Jesus, transformado em “Bom Jesus”, aparece nos vários cenários da Paixão: da Cana Verde, da Lapa, do Bonfim etc. 

Mas uma das formas mais expressivas do maravilhoso é o espetáculo. O culto virou festa. E a festa recebeu o nome de folia, loucura, traduzindo a estrutura das antigas religiões pagãs da Roma Imperial. Lá, os pagãos se embriagavam e dançavam junto ao “fanum”, o templo dos deuses. Aqui o espetáculo é parecido: fogos de artifício, fogueiras, bandas, fanfarras e muita luz. Faziam parte da folia os almoços fartos, as procissões com santos ricamente vestidos e estandartes coloridos. 

E cada folia passa a ter seu ciclo. É o ciclo do Natal, com a representação do presépio com imagens ou ao vivo. A Quaresma e a Semana Santa, com a penitência e procissões, com almas benditas e penadas, com o medo e familiaridade com os mortos, com a procissão das almas, e as cruzes nos caminhos. E a folia do Divino, ligada às tradições medievais dos cruzados, que deveria acontecer no Pentecostes, mas nem sempre acontece. Como era necessário levantar dinheiro, cada folia tinha um imperador ou rei, festeiros, juízes e homenageados. 

O maravilhoso transformou a igreja, o templo, em local de reunião e longas conversas. E os sacerdotes passaram a ser chamados para abençoar tudo: o engenho, o corte da cana, a inauguração de um prédio público. Surgem as devoções e ritos mágicos para o bom parto, para impedir infidelidade conjugal, mordedura de cobra etc. 

As promessas aos santos tornaram-se comum para conseguir favores: construção de capela, esmolas especiais, romarias, dar nome de santo às crianças, jejuns. Surgiu uma grande procura por rosários, de coquinhos e piaçaba torneada, que garantiam subsistência aos índios que viviam nos arredores das cidades. Os rosários eram usados no pescoço, como patuás. E medalhas, escapulário, e fitas de santo. 

2. Tendência ao profetismo messiânico 

Sessenta anos depois da expulsão dos jesuítas, gestados nesse catolicismo popular, surgem os movimentos proféticos messiânicos. Eles têm como origem a crença de que dom Sebastião de Portugal, o Rei Encoberto, retornaria de forma messiânica, para fazer justiça, distribuir riqueza e acabar com a miséria. Dois desses movimentos, porque fartamente documentados, devem ser citados. 

O primeiro é o do profeta José dos Santos, que surgiu em 1817, no Monte Rodeador, em Alagoas. O movimento do profeta José dos Santos tinha uma organizada estrutura militar, trabalhava a agricultura, uma rígida moral, grande religiosidade e uma hierarquia laicizada. O segundo movimento, o Reino Encantado do rei João Ferreira, surgiu na Pedra Bonita, em Pernambuco. O rei João Ferreira instalou a promiscuidade sexual com fins cultuais e seus cultos culminaram com sacrifícios humanos. 

Ambos os movimentos foram massacrados por tropas armadas. É interessante que o profetismo messiânico apareceu em diversas partes do país e quando surgia era geralmente aceito ou tolerado pelo clero local. 

3. Tendências carismáticas 

O catolicismo brasileiro em sua expressão popular sempre teve uma forte tendência carismática. A partir de meados do século XVIII e correr do século XIX, dezenas de ermitões vagavam pelo interior do país. E a Igreja Católica, na maioria das vezes, procurava manter um bom relacionamento com esses homens, apadrinhando-os sempre que possível, pois eram vistos como santos. Eram homens solitários, cercados de mistérios, que usavam hábito religioso, mesmo sem pertencer a nenhuma ordem eclesiástica, que deixavam crescer a barba e os cabelos. Um dos mais famosos foi o Irmão Lourenço (1758), fundador do Santuário de Nossa Senhora Mãe dos Homens, em Caraça, Minas Gerais. 

Além dos ermitões surgiam as beatas. Estas geralmente eram recolhidas pelos conventos e outras entidades religiosas. Quando isso não acontecia, tinham o mesmo modo de vida dos ermitões. A Irmã Germana (início do século XIX), por exemplo, viveu toda sua vida conhecida no alto da Serra da Piedade, em Minas Gerais. 

Não podemos esquecer que o maior profeta messiânico da história do país, Antonio Conselheiro, foi um ermitão e andarilho antes de arregimentar seus seguidores em Canudos. 

(Artigo a continuar na próxima edição de ViaPolítica) 

Notas do autor 
1. Earle E. Cairns, O Cristianismo através dos séculos, São Paulo, Editora Vida Nova,1992, p.128. 
2. Idem, op. cit., p. 128. 
3. Cipriano, Epístolas, 63, 14, in Earle E. Cairns, O Cristianismo através dos séculos, EVN, 1992, p.130. 

* Jorge Pinheiro é Pós-Doutor em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Doutor e Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo e professor de Teologia na Faculdade Teológica Batista de São Paulo. 

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