A ceia pascal de 14 nissan
Uma leitura singela da ceia do Pessach
Durante a ceia judaica da páscoa, Jesus disse fazei isto para se lembrarem de mim. A celebração da Páscoa judaica, para nós cristãos, passou a ser o aniversário da crucificação de Jesus. O pão partido durante a ceia é o seu corpo. E o vinho no cálice é a benção do resgate através de seu sangue. Fazer isso, partir o pão, comer a ceia de Páscoa, e beber o vinho do cálice, simboliza a redenção da nova aliança. E devemos celebrar essa ceia em memória dele. Portanto, é necessário lembrar, que a centralidade dessa ceia pascal é a morte do Messias.
A ordem do serviço da Páscoa judaica começa com uma oração, a bênção do cálice de vinho. E o cálice circula entre os convivas. Em seguida são servidas ervas amargas em água salgada. O chefe da família, que lidera este momento da ceia, apresenta um pão sem fermento, o parte e, em seguida, coloca um pedaço de lado. O participante mais jovem pergunta o que torna essa noite diferente de todas as outras noites? A resposta é dada pela história da primeira Páscoa. Canta-se os Salmos 113 e 114 antes de encher o segundo cálice de vinho.
Antes da refeição, os convivas lavam suas mãos. A ceia começa com bocados de ervas mergulhados em um molho. E há um momento especial, quando um cordeiro assado é repartido entre os comensais. A ceia termina com o canto dos salmos 115 a 118 e do salmo 136, quando se bebe a última taça de vinho.
O memorial da última ceia do Messias, simbolicamente, traz à cena a ceia do Pessach, que prefigura em certa medida as idéias de aliança e redenção. Mas o Pessach judaico nos fala de libertação da escravidão no Egito, da libertação de um reino de opressão e o caminhar em direção à terra prometida. Aponta para o passado e situa todo o acontecimento num espaço geográfico definido. É uma lição para as novas gerações.
A páscoa do Senhor toma os símbolos do Pessach e aponta para o futuro. É, sobretudo, não espacial e não temporal, e aponta para o sacrifício vicário do Senhor Jesus, para a nova aliança feita em cima de seu sangue derramado e para a promessa de sua volta, quando o Senhor instalará um novo Reino de alegria, justiça e paz, eternas. É uma páscoa que nasce nos corações e se projeta na eternidade.
Do pastor e amigo Jorge Pinheiro.
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