Zezé: Lembranças do exílio

“Luminosa manhã, pra que tanta luz, dá-me um pouco de céu, mas não tanto azul,
dá-me um pouco de festa, não esta, que é demais pros meus anseios…”
Aqueles que têm na origem da sua formação política o poeta Thiago de Melo, a jornalista Ana Arruda Callado, Mário Pedrosa e outros revolucionários de toda a vida, como Nahuel Moreno e Ernst Mandel, não podem se queixar. Essa gente, em seu momento e com suas diferenças, formou toda uma geração que tinha na revolução social seu objetivo de vida, viveram e fizeram a história. Já se escreveu muito sobre os anos 60, vai-se escrever muito mais ainda, e tudo o que se disser será pouco e muito, porque aqueles anos foram anos de revolução. O Vietnam, a revolução chilena, a Primavera de Praga, o Maio Francês, a marcha dos 100 mil no Rio, as vitórias e as derrotas, são demais pra qualquer coração. Só que, ao contrario do que diz o Tom Jobim em seu “luminosa manhã”, nada no mundo é demais pros nossos anseios.
“Você tem que ler. Ele é meio formal, mas você tem que ler. Aí você vai entender que você pensa assim porque vive assim, não é o contrário, você não age em função do que pensa, você pensa desse jeito porque a sua vida é desse jeito. Você tem que estudar materialismo. Anda, lê”.

Eu lia, ainda que fosse, no começo, muito mais para satisfazer meu amigo Ribamar Bessa, amazonense, que tem tudo a ver com a fundação da Liga Operária. Nos intervalos das aulas na Faculdade Nacional de Filosofia, em 1966, nosso primeiro ano do curso de jornalismo, ele me atormentava com o livrinho do Georges Politzer, “Princípios fundamentais do materialismo histórico”, a pequena Bíblia que abria, para os recém chegados, as portas do paraíso do materialismo histórico.
Politzer era militante do Partido comunista francês e dava aulas de materialismo histórico aos trabalhadores, na Universidade Operária de Paris, que foi dissolvida em 1939 e ressurgiu na dia seguinte à Libertação com o nome de Universidade Nova. Suas aulas foram anotadas por um aluno e transformadas num manual do qual “O Ser social e a consciência” era o primeiro e mais requisitado item do capítulo sobre materialismo histórico, a base para nossa “introdução” ao marxismo. Acusado de reduzir o materialismo histórico a fórmulas estáticas, Politzer perdia prestígio à medida que avançávamos no estudo do marxismo, mas naqueles anos de fome de saber ele era nosso alimento cotidiano.
Mas ainda que não tivesse lido o Politzer, ainda que o Ribamar não me tivesse atormentado com outros livros das Edições Vitória, antigas publicações da editora do Partido Comunista que os sebos negociavam clandestinamente (logo ele que jamais foi do Partido Comunista), ainda que o Jorge Pinheiro, companheiro de lutas por muitas décadas, não me tivesse aberto os insondáveis caminhos de autores como Marcuse, Luckacs, Gramsci, eu teria me aproximado do marxismo. O mundo se transformava, nós nos transformávamos com ele e o transformávamos também.
E líamos, líamos e líamos.
No Brasil, como em todo o mundo, a Universidade era o centro das mudanças e da resistência à ditadura embora nas igrejas, nas comunidades eclesiais de base, em regiões operárias como Osasco e Contagem, antigos militantes prosseguissem sua luta no interior das organizações dos trabalhadores. Mas o que se vivia nas Universidades ia além da luta contra a repressão. Era enfrentar o velho e criar coisas novas, em todos os terrenos. As expressões mais visíveis se davam na arte, na música, na poesia, mas não ficava pedra sobre pedra na forma de pensar e agir de uma camada importante da juventude. Nada ficava isento da crítica e do questionamento, nada devia ser como antes. A juventude começou a ser vista como uma categoria social, uma entidade mais, além das classes sociais, dos gêneros, das raças e dos credos, com cultura própria, idéias próprias, propostas diferenciadas.
Naquele mundo a política tinha lugar, mas não a velha política dos caciques conservadores, que aprendíamos a mais odiar quanto mais aprendíamos a viver. Era a política que exercitávamos a partir das leituras mais disparatadas. Devorávamos ao mesmo tempo o Contrato Social de Rousseau, o Principe de Maquiavel e os livros de Marcuse, Freud, Jung , além – é claro – de Marx e Engels. Íamos da poesia concreta e das canções comprometidas socialmente ao tropicalismo mais alienado, decorávamos as velhas canções da guerra civil espanhola, cantávamos emocionados e com raiva “cuando pases por su tumba no te olvides de escupir”, refrão dos republicanos durante a guerra antevendo a morte de Franco (que não se deu) e nos regozijávamos, ao mesmo tempo, com Caetano Veloso e sua alegoria de Brasília quando inaugurou “um monumento no Planalto Central do país”.
E nos mobilizávamos. As mobilizações eram contra tudo e contra todos, porque “tudo” era a ditadura e suas medidas, “todos” eram os que apoiavam o regime ou se calavam. Combatíamos os acordos MEC-USAID , reformas estudantis que, seguindo orientação do USAID (organização governamental dos Estados unidos para a educação), subordinavam mais ainda a educação e a cultura aos ditames imperialistas e substituíam a formação humana pelo tecnicismo mais alienante; combatíamos a reforma universitária que fragmentou o ensino com a separação mecânica e entre ciências humanas e exatas e as colocou a serviço da formação de mão de obra barata para as grandes empresas; combatíamos o FMI, o pagamento da dívida externa, os baixos salários, a censura política, o que desse e viesse.

Passeata dos 100 mil no Rio de Janeiro
Mas íamos além: discutíamos o uso do biquíni, o casamento de véu e grinalda, os conceitos de pátria e de família, as tradições, a propriedade, a moda, o aborto e o capitalismo. E principalmente a religião e a Igreja. Tudo está em pauta, nada era para sempre. E nada sagrado, claro.
Nesse clima a ditadura era um disparate, um câncer. A luta contra a ditadura era a condição da nossa existência. Com a ditadura todo o alvorecer se transformava em crepúsculo sem alcançar jamais a luz do dia, ela significava matar no nascedouro o novo mundo que acreditávamos estar construindo. Foi a luta contra a ditadura que determinou nossos caminhos.
Militar numa organização guerrilheira era o estuário natural das forças que vinham se acumulando no movimento estudantil, represadas pela repressão. O AI-5 e o 477, que expulsou das universidades o melhor da vanguarda, empurrou toda uma geração à luta armada. A única alternativa à violência e ao obscurantismo da ditadura era dedicar-se, com armas e bagagens, à luta para derrubá-la.
O MNR era um projeto fora do tempo mais do que qualquer outra organização militarista da época. Oriunda da guerrilha de Caparaó , de 1966-1967, derrotada antes de agir, dirigida por ex-militares, com o apoio de leonel Brizolla e financiada por Cuba, parte da sua direção ainda estava na cadeia, no Presídio da rua Frei Caneca, no Rio de Janeiro. Reorganizou-se depois da reunião da OLAS em Cuba, e se propunha a criar um foco guerrilheiro que serviria de base de apoio à guerrilha do Che na Bolívia. Teve uma vida curta e se reestruturou como RAN após a libertação de alguns dos seus membros na década de 1970.
Era fora do tempo porque se baseava num trabalho entre os militares, que já não tinha nenhuma base social, um resquício das correntes nacionalistas nas Forças Armadas ao qual se somaram intelectuais, artistas, estudantes, para desenvolver as ações na cidade e formar quadros e “soldados” para a futura guerrilha. Estava estruturada como as demais organizações guerrilheiras, com células pequenas, estanquizadas, com estrita separação entre o trabalho político e militar.
Não era difícil captar para a luta armada contra a ditadura. O AI-5 não deixou espaço para qualquer outra forma de resistência que satisfizesse os corações e as mentes de uma geração que vivera o grande ascenso e as grandes mudanças da década de 60. Não sei como foi, mas acredito que não tenha sido diferente,nas outras organizações, mas no MNR nunca houve horas e horas de discussões teóricas ou políticas para convencer-nos, em base documentos, análises estruturais ou de conjuntura, ensaios marxistas ou algo parecido, da necessidade de se organizar.
Numa célula dirigida pelo poeta Thiago de Melo, que dava a todos nomes frios indígenas – Ajuricaba – a militância era um clamor, um permanente “vamos á luta”, um sacerdócio, exatamente o que nós, jovens idealistas, queríamos ouvir. Todos os dias construiamos o “homem novo” que surgiria da revolução.
Nossas reuniões discutiam a situação do país, o que fazer, mas também dedicavam horas para falar do futuro homem novo, aquele que viveria num mundo diferente, sem miséria, sem violências, sem as cadeias do dinheiro, das futilidades, das ambições, um mundo de liberdade e tolerância. Era necessário começar desde aquele momento mesmo a construí-lo, esforçando-nos, a cada dia, para estar mais próximos do novo homem. A coisa não funcionou, como todos sabemos, mas nos tornamos, todos, pessoas muito melhores. Queríamos ser diferentes, fomos. diferentes.
Jorge Pinheiro era do setor militar, eu me dedicava a comunicações. Aprendi com o poeta a codificar e decodificar mensagens, enviadas ou recebidas da prisão, dos dirigentes ou de Cuba e a embutir mensagens em encadernações de livros, sabonetes, tubos de creme dental e outros objetos, tão perfeitas que passavam com segurança pelo controle na prisão; com uma famosa atriz de teatro aprendi a fotografar documentos e revelar as fotos retirando cuidadosamente do filme sua película impressa, para que fosse transportada para o exterior; com a esposa de um militar ligado à Organização aprendi a falsificar documentos. E aprendi por conta própria a transportar, em inocentes bolsas de boutiques, pelas ruas de Ipanema ou Copacabana, as granadas que deveriam ser levadas de um a outro esconderijo.
E transformamos a viagem de “lua de mel”, com meu companheiro na época, numa jornada militante para recontatar e reorganizar militantes ferroviários da região de Além Paraíba.
Ao mesmo tempo, contradição das contradições – militava no movimento estudantil, era dirigente do centro acadêmico, percorria as salas de aula chamando à mobilização e por essa razão fui enquadrada no 477. O Jorge, ao mesmo tempo que fabricava bombas, realizava trabalho sindical entre os jornalistas, escrevia no Jornal de Ipanema, protestava e participava das atividades contra a censura e a repressão; Ribamar fazia do trabalho de repórter uma miltância ativa contra a ditadura e de denúncia dos agentes do DOPS infiltrados no movimento. Era uma demonstração do amadorismo da militância na época: na vida normal, nos arriscávamos diariamente à repressão e colocávamos em risco nosso trabalho clandestino.
Mas aprendemos a estudar. Como um grupo que não era necessariamente vinculado a correntes tradicionais, porque não eram efetivamente oriundos do marxismo, raramente tínhamos que ler documentos produzidos pela Organização e líamos de tudo, ninguém controlava nossas leituras. O livro vermelho de Mao não saía da estante, junto com Regis Debray. Mas havia também Frantz Fannon e seus Deserdados da Terra, havia Luckcas e Marcuse, estavam os clássicos do marxismo e também Antonio Gramsci. Nenhuma censura, nenhuma direção a nos dizer o que ler, no que acreditar, a que inimigos internos combater.
Ribamar foi o primeiro a ter que deixar o país, junto com o Thiago de Mello. Eu e o Jorge Pinheiro saímos depois. Chegamos ao Chile nos primeiros dias de 1971, cruzamos a fronteira para o Uruguai à meia noite do dia 31 de dezembro. Começou assim, no Ano Novo, a saga chilena, nosso convívio com a revolução que marcaria nossa vida para sempre e que fez nascer a decisão de construir no Brasil um partido revolucionário trotsquista.
A propósito de um seqüestro
Entra o documento “A propósito de um seqüestro”, do grupo Ponto de Partida (baixe aqui).
Esse documento foi a base da formação do Ponto de partida, agrupamento que deu origem à Liga Operária. Éramos uns poucos companheiros empenhados em acertar as contas com as experiências dos partidos comunistas e da luta armada e que se aproximavam do trotsquismo. Esse “acerto de contas” sempre polêmico, às vezes extremado, carregado de emoções e frustrações, se deu no processo de vivência da revolução chilena, da reflexão sobre cada uma das experiências dos militantes do grupo, do estudo teórico e das longas e enriquecedoras discussões com Mario Pedrosa.
O velho Mario entrou em nossas vidas pelo doloroso caminho do exílio. A necessidade de fugir da ditadura reunia os perseguidos em lugares imprevisíveis, fossem estudantes, artistas ou trabalhadores em geral. Numa Embaixada se encontraram asilados Mario Pedrosa e alguns estudantes, dirigentes do movimento, entre eles Tulio Roberto Quintiliano Cardoso e Jonas de Freitas, oriundos do PCBR.
A amizade e o trabalho comum entre esses jovens e o velho Mario, antigo militante trotsquista, membro do comitê executivo da 4ª Internacional nos anos 30, enriqueceu o balanço que aqueles estudantes faziam da sua experiência guerrilheira e os aproximou da teoria da revolução permanente. Túlio em particular aprofundou sua reflexão sobre a luta armada, fez dela um importante balanço crítico e iniciou a elaboração de documentos com propostas para a luta socialista no Brasil. Nós apelidamos seu documento de “O que fazer” brasileiro.
Quando eu e o Jorge Pinheiro (Antenor) chegamos ao Chile nossa bagagem política e teórica eram uma profunda perplexidade e uma critica duríssima à experiência do MNR. Era, assim, uma visão pela negativa, de tudo o que não se deveria fazer, mas sem respostas positivas. Não havia descrença na necessidade da revolução e do socialismo, ao contrário, uma profunda opção revolucionária, entusiasmo militante, vontade de fazer, mas não acreditávamos nas organizações, nas propostas ou respostas dos grupos políticos aos problemas colocados.
Tetê Moraes, amiga e irmã de longa data, foi artífice involuntária da nossa aproximação ao trotsquismo. Ela, na época chamada apenas Tetê, nos deu abrigo em sua casa, que por sua vez havia sido emprestada por um casal de professores que estava viajando, e onde já se abrigavam outros companheiros, o Túlio e sua companheira Naná e o Jones. Amiga de Mario Pedrosa, com quem compartilhara aspectos da militância contra a ditadura brasileira, Tetê nos apresentou ao velho trotsquista. Abriu-se para nós um outro mundo.
As discussões foram longas e difíceis, apaixonadas. Tratava-se de construir o conhecimento da realidade brasileira a partir do marxismo, criticar nossa prática anterior, tentar ver a realidade tal como se apresentava e não como a desejávamos, despida do romantismo utópico no qual fomos educados, ser duros ainda que isso nos custasse perder a ternura.
Túlio Quintiliano estava à nossa frente no balanço da luta armada e na aproximação ao trotsquismo. As discussões terminaram com vários acordos, teóricos e políticos, deram origem á formação de um grupo, que se chamou Ponto de Partida, e a um documento “ A propósito de um seqüestro”, que expressava as coincidências estratégicas entre nós, oriundos do MNR, e os companheoros Túlio e Jones. O texto foi escrito ao calor dos grande debate que se abriu entre os exilados, das diferentes correntes e nacionalidades, em torno dos seqüestros do embaixador norte-americano e os outros que se seguiram.
Tivemos a ousadia de criticar a política do seqüestro para a libertação dos companheiros presos. O documento era polêmico, apaixonado, duríssimo na crítica e sem dúvida tinha fortes elementos sectários. Apesar de ter sido escrito por um grupo minúsculo, que já não pertencia a qualquer organização de esquerda, grande ou pequena, nem tinha qualquer influência no movimento ou no país, foi amplamente discutido, questionado, provocou violentas reações de repúdio e tímidas reações de apoio e se tornou um divisor de águas entre a exilados não apenas brasileiros, mas de distintas nacionalidades. Ainda hoje se demonstra essencialmente correto.
Túlio e Antenor, que eram os companheiros que lideravam e conduziam o processo de aproximação entre nós chegaram rapidamente a importantes acordos no balanço da luta armada e também nas propostas sobre o Brasil, mas não assim no que se referia à militância no Chile. Túlio prorizava o estudo da realidade brasileira e as propostas para a luta no país. Antenor, assim como eu, compartilhávamos a preocupação nacional mas nossa ênfase era o desejo de participar ativamente da revolução chilena. Como sempre, pareciam mais fáceis os acordos estratégicos do que os táticos, definir onde queríamos chegar, mas não como chegar. A imaturidade predominava.
Apesar da divergência mantivemos relações políticas importantes e em 1973 se iniciaram discussões para reunificar o grupo e pensar o regresso ao Brasil. Ambas as organizações tinham incorporado outros companheiros. Enio Bucchionni, por exemplo, militava com Túlio; Waldo Mermelstein começava a militar com Antenor. O golpe no Chile impôs outra realidadee impediu essa união: Túlio foi assassinado, Enio foi preso no Estádio Nacional e depois asilado na Europa, Antenor, eu e o Waldo escapamos para a Argentina. Ali decidimos regressar o construir um partido trotsquista no Brasil.
Num quarto de despejo de um apartamento na avenida Corrientes um pequeno grupo se reuniu e votou o regresso e o nome da nova organização: Liga Operária. Uma homenagem à Liga Operária da Mooca, uma das primeiras, se não a primeira organização de trabalhadores imigrantes do início do século em São Paulo. Éramos quatro companheiros: Antenor, Zezé, Waldo e Valderez.
As discussões iniciadas no Chile pré- golpe, no entanto, não foram em vão: Enio se integrou à corrente internacional, militou no partido português depois da revolução dos Cravos e em 1978 regressou ao Brasil e se incorporou à Liga Operária.
A propósito de um seqüestro marcou o início do meu compromisso político e da minha atividade revolucionaria para toda a vida.
Estava tudo lá: não substituir as massas pela ação da vanguarda, a necessidade da auto organização; a necessidade de construção do partido revolucionário; a democracia interna, a necessidade de unificar os revolucionários, a mobilização permanente, o método do programa de Transição, o rechaço ao stalinismo, o “trotsquismo”. Mas também estava o sectarismo, a semente aí já estava plantada e dava frutos. A autocrítica não critica nada, ao contrário, reafirma tudo. Deixamos de ser parte de uma organização “fora do tempo”, quase marginal, para entrar numa corrente. Com suas coisas boas. E seus vícios.
Em vez da poesia, que a todos unia , a dura e fria realidade da luta revolucionaria, suas contradições e seus conflitos internos.
Mário Pedrosa nos apresentou a um militante do SWP norte americano, Peter Camejo. Ele estava de passagem pelo Chile e o visitou para levar um abraço de Joseph Hansen, com quem Mario havia militado no Comitê Executivo da IV Internacional nos anos 30. Apesar das diferenças entre eles (Mario havioa rompido com a IV por diferenças com a politicada Internacional durante a 2ª guerra Mundial) permanecem entre eles a amizade e o respeito mútuo. O sectarismo não era uma virtude entre os velhos militantes.
Através de Camejo e mais tarde do partido argentino, dirigido por Nahuel Moreno, tivemos acesso às discussões que atravessavam a IV Internacional, as mesmas que eram enfrentadas por todo o movimento revolucionário: guerra de guerrilhas ou partidos revolucionários com influência de massas? Encontramos nosso caminho.
Artigo gentilmente disponibilizado por Luciano Freitas. Esse texto foi escrito presumivelmente entre os anos 2011 e 2012, como parte do projeto que a Zezé tinha de escrever a história da Liga Operária. Encontrado nos seus arquivos em 22 de outubro de 2023.
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