dimanche 30 août 2020
Renovando nossa aliança com Deus
samedi 29 août 2020
Sobre o ofício de Raabe
vendredi 28 août 2020
Mário Ferreira dos Santos, Teoria do Conhecimento
Método de suspicácia
Teoria do Conhecimento, 1956
Mário Ferreira dos Santos
Em face da heterogeneidade das ideias, das estéreis, ou não, disputas de escolas, da diversidade de perspectivas, que podemos observar em toda literatura filosófica, com a multiplicidade de vectores tomados impõe-se ao estudioso a máxima segurança a o máximo cuidado para não deixar-se arrastar, empolgado pela sugestão e até pela sedução das idéias expostas, que o leve naturalmente, a cair em novas unilateralidades ou a prende-lo nas teias de uma posição parcial, que não permitiria surgir aquela visão global e includente, que temos proposto em todos os nossos livros.
São as seguintes regras da suspicácia, que propomos:
I- Suspeitar sempre de qualquer ideia dada como definitivamente (ideia ou opinião, ou teoria, ou explicação etc.).
II- Pelos indícios, buscar o que gerou. Ante um conceito importante procurar sua gênese (sob todos os campos e planos da decadialéctica e da pentadialéctica, Livro: Lógica e Dialética):
a-) Verificar se surge da experiencia e se se refere a algo exterior a nós, por nós objetivado; b-) Se surge por oposição, (ou negação), a algo que captamos ou aceitamos; c-) Se é tomado abstractamente do seu conjunto; d-) Se o seu conjunto está relacionado a outros, e quais os graus de coerência que com outros participa.
III- Não aceitar nenhuma teoria, etc., que só tenha aplicação num plano, e não possa projetar-se analogicamente, aos outros mais elevados, como princípio ou postulado ontológico.
IV- Suspeitar sempre, quando de algo dado, que há o que nos escapa e que precisamos procurar, através dos métodos da dialéctica.
V- Evitar qualquer idéia, ou noção caricatural, e buscar o funcionamento dos esquemas de seu autor para captar o que tem de mais profundo e real, que às vezes pouco transparece em suas palavras.
VI- Devemos sempre suspeitar da tendencia abstraccionista da nossa intelectualidade, que leva a hipostasiar o que distinguimos, sem correspondência na distinção real, no complexo concreto do existir.
VII- Observar sempre as diferenças de graus da actualização de uma idéia, pois a ênfase pode emprestar à essência de uma formalidade o que, na verdade, a ela não pertence. Assim, o que é meramente acional, a propriedade, o próprio, que surgem apenas de um relacionamento, podem, em certos momentos, ser considerados e predispondo, que, posteriormente, grande erros surjam de um ponto de partida, que parecia fundamentalmente certo.
Ao defrontarmo-nos com um absurdo ou com uma posição abstracionista absolutista podemos estar certos que ela parte de um erro inicial. Remontando às origens, aos postulados iniciais, não será difícil perceber o erro.
VIII- Na leitura de um autor, nunca esquecer de considerar a acepção em que usa os conceitos. Na filosofia moderna, cuja conceituação não adquiriu ainda aquela nitidez e de segurança da conceituação escolástica, há uma multiplicidade de acepções que põe em risco a compreensão de idéias. E muitas polemicas e diversidade de posições se fundam sobre a maneira pouco clara de apanhar o esquema noético-eidético de um conceito, o que decorre da ausência da disciplina, que era apanágio da escolástica em suas fases de luxo.
IX- No exame dos conceitos, nunca deixar de considerar o que incluem e o que excluem, isto é, o positivo incluído no esquema conceitual, e positivo, que a ele é recusado.
X- Nunca esquecer de considerar qualquer formalidade em face das formalidades que cooperam na positividade, sem estarem inclusas na sua tensão.
Assim, por exemplo, a rationalitas, no homem, implica a animalitas, embora formalmente, no esquema essencial, a segunda não inclua necessariamente a primeira, enquanto a primeira implica, necessariamente a segunda.
Mas, como esquemas formais, ambas se excluem, apesar de a primeira exigir a presença da segunda para dar-se no compositum, isto é, na humanitas.
XI- Sempre cuidar, quando de um raciocínio, a influencia que possa ter, em nossas atualizações e virtualizações a inercia natural do nosso espirito, o menor esforço, sobretudo nos paralogismos e na longas argumentações.
XII- Toda afirmação que apresente cunho de verdade, verificar em que plano esta se verifica: se no ontológico, no ôntico, no lógico, no formal, no genesiológico, no material, no axiológico, no simbólico, no pragmático, etc. Estabelecida a sua positividade, procurar as que exige para que se ab-tenha um critério seguro. Esta última providência, e o modo de seu processuar, é a que se adquire pela matéria a ser examinada nesta obra.
Cânon e Escrituras hebraicas
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mercredi 24 juin 2020
A Confissão de Fé da Igreja Batista Brasileira
As igrejas batistas, no Brasil, adotaram a Confissão de Fé de New Hampshire, de leitura próxima ao arminianismo. Atualmente, a Convenção Batista Brasileira adotou a Confissão de Fé de Londres de 1689 que, juntamente, com a sua versão norte-americana, a Confissão da Filadélfia de 1743 têm leituras
sobre a salvação semelhantes a Confissão Reformada de Fé de Westminster.
Calvinismo
1. Depravação Total – O
homem não regenerado é
absolutamente incapaz de
exercer sua própria vontade
livremente (para salvar-se),
dependendo, portanto,
da obra de Deus.
Arminianismo
1. Vontade Livre – A vontade do
homem é “livre” para escolher ou
não a Palavra de Deus. A
salvação, portanto, depende da
obra de sua fé.
Igreja Batista
1. Vontade Livre – O ser
humano pode e deve apoiar sua
resposta à eleição e ao chamado
de Deus em sua liberdade de
ação e consciência, assim como
no uso da razão.
Calvinismo
2. Eleição Incondicional – O
pré-conhecimento de Deus está
baseado no propósito ou no
plano de Deus, de modo que a
eleição resulta da livre vontade
do Criador à parte de qualquer
obra de fé do homem
espiritualmente morto.
Arminianismo
2. Eleição Condicional – A
eleição é condicional, ou seja,
Deus elegeu àqueles a quem “préconheceu”,
sabendo que
aceitariam a salvação, de modo
que o pré-conhecimento de Deus
estava baseado na condição
estabelecida pelo homem.
Igreja Batista
2. Eleição Condicional – Antes
da criação do mundo, Deus, no
exercício de sua soberania e à luz
de sua presciência, elegeu,
chamou, predestinou, justificou e
glorificou aqueles que, no correr
dos tempos, aceitariam
livremente o dom da salvação.
Calvinismo
3. Expiação Limitada – Cristo
morreu para salvar pessoas
determinadas, que lhe foram
dadas pelo Pai desde toda a
eternidade.
Arminianismo
3. Expiação Universal –Cristo
morreu para salvar não um em
particular, porém somente àqueles
que exercem sua vontade livre e
aceitam o oferecimento de vida
eterna.
Igreja Batista
3. Expiação Universal – Cristo
providenciou salvação suficiente
para todos, mas ela é eficaz
apenas para aqueles que foram
eleitos, segundo a presciência
divina.
Calvinismo
4. Graça Irresistível – A graça
de Deus não pode ser obstruída,
visto que sua graça é irresistível.
Arminianismo
4. A Graça Resistível – O
Espírito Santo pode ser resistido
pelo homem, se o homem assim o
quiser, uma vez que só o homem
pode determinar se quer ou não
ser salvo.
Igreja Batista
4. Graça Resistível – Deus
elegeu somente aqueles que
aceitariam livremente a salvação.
Calvinismo
5. Perseverança dos Santos – A
salvação é obra realizada
inteiramente pelo Senhor – e o
homem nada tem a fazer antes,
absolutamente, “para ser salvo”.
É óbvio que o “permanecer
salvo” é, também, obra de Deus,
à parte de qualquer bem ou mal
que o eleito possa praticar.
Arminianismo
5. O Homem pode Cair da
Graça – O homem, sendo salvo
por um ato de sua própria vontade
livremente exercida, aceitando a
Cristo por sua própria decisão,
pode também perder-se depois de
ter sido salvo, se resolver mudar
de atitude para com Cristo,
rejeitando-o! Tudo depende de sua
continua volição positiva até à
morte!
Igreja Batista
5. Perseverança dos Santos – A
salvação do crente é eterna. Os
salvos perseveram em Cristo e
estão guardados pelo poder de
Deus. Nenhuma força ou
circunstância tem poder para
separar o crente do amor de Deus
em Cristo Jesus.