Il y a longtemps que je t’aime – Juliette (Kristin Scott Thomas) retorna à sua família e à sociedade após 15 anos de ausência. Apesar da longa e violenta separação familiar, sua irmã mais nova, Léa (Elsa Zylberstein), decide abrigá-la em sua casa, onde mora com o marido, as duas filhas adotivas e o sogro. Aos poucos, a trama revela uma questão crucial que subjaz enquanto tragédia que manteve Juliette afastada por tanto tempo da vida em liberdade.
No filme do escritor Philippe Claudel, cujo nome não era muito conhecido como cineasta, o tema de fundo é a morte doce, ou seja, o ato de proporcionar morte sem sofrimento a um doente de enfermidade incurável que produz dores não toleráveis. Juliette levou seu filho Pierre, de seis anos, que estava enfermo, em estado terminal, à morte sem sofrimento, expressão que conhecemos pelo termo grego euthanasía. Ela mesma, médica, fez os testes de laboratório e diagnosticou o estado da criança, que sofria dores terríveis. E lhe aplicou uma injeção letal. A eutanásia ativa é crime na França, e Juliette, considerada culpada, foi condenada a 15 anos de prisão. Ela está enferma, que desespero! O devo fazer? Ela está enferma, que desespero! Como enfrentar isso? Que conforto, que remédio? Ó céus, você tem que me ouvir Enquanto esse duro mal que está diante, este mal que você vê Ferir sem piedade a doçura de seu rosto! [Etienne La Boétie (1530-1563), Elle est malaade, helas! que faut-il que je face? Tradução de Jorge Pinheiro]. Falar de eutanásia, a morte doce, é tabu, quando não preocupação mórbida. Mas, por incrível que pareça, essa questão está ligada à vida. E aqui desejamos discutir a questão a partir da nova legislação francesa sobre o tema e as reflexões que católicos e protestantes elaboraram na França. O problema que se levanta é: até que ponto se pode ou se deve lutar para diminuir um sofrimento terrível e terminal? A questão colocada é: deve-se finalizar uma vida que não é mais vida consciente e plena? Muitos consideram que tal ação não significa somente liberar da angústia da morte, porque aqui a questão central não mais é a morte, porém por fim a não-vida que se assenhoreou da vida. No dia 22 de abril de 2005, a França promulgou uma lei sobre o fim da vida, onde reconheceu o direito ao tratamento médico sedativo cujos efeitos secundários podem ser de antecipar o fim do paciente. A lei oferece também ao paciente e sua família a possibilidade de dizer não ao tratamento não razoável, não à reanimação artificial e não aos tratamentos agressivos. Mas a lei também possibilita um relacionamento aberto entre o paciente, sua família e o médico, apoiando este último judicialmente se uma dessas alternativas for a opção, desde que ele forneça informações completas sobre a situação do paciente. A lei também dá a qualquer adulto o direito de apresentar diretivas antecipadas para que sua vida não seja prolongada por meios artificiais, em caso de danos físicos ou de degradação física ou neuropsíquica. Se você levantar, cruel, o punho à Terra grave Se for necessário lá no alto que rico se seja, Pensa em mim, por Deus, me leve, Que com um golpe de mão Caronte nos passe a ambos Mas, se a lei prevê o direito de deixar morrer, não propõe que se forneça assistência ativa para morrer. A questão aqui é deixar a morte chegar, mas não se trata de por fim à vida. Portanto, a eutanásia ativa não é reconhecida, mas a eutanásia passiva já não é considerada um homicídio. É interessante lembrar que 30 anos antes da nova legislação francesa sobre a morte terminal, 1976, o Conselho Permanente do Episcopado francês em nota sobre a eutanásia propôs que não fosse proibido o uso de analgésicos para aliviar a dor, mesmo que indiretamente tal tratamento pudesse acelerar a morte de um paciente em idade avançada. Ou se é o que dizem os dois irmãos de Helena, Que um pelo outro no céu, e aqui embaixo se encontram, Destina-me à parte enviada. Anos depois, em junho de 1991, a Comissão de Ética da Federação Protestante da França também discutiu a questão dos doentes terminais, e considerou que os cuidados paliativos deviam ser desenvolvidos e incentivados. Mas que diante da dor irredutível, quando tais cuidados de nada servissem, o debate sobre a "vida decente" deveria por em cheque o próprio modo de vida das sociedades ocidentais. Por isso, os protestantes franceses consideraram que a defesa da eutanásia é uma réplica da tão condenada terapia agressiva, que traduziria a pretensão de nossa sociedade de se considerar senhora e mestra sobre a vida e a morte. Mas, acreditavam que diante do pedido da morte doce, quando se torna impossível lutar pela vida, deve-se ouvir e não julgar. E por fim alertaram que quer seja permissiva ou restritiva nenhuma lei ou instância moral pode suprimir a responsabilidade ética do paciente, dos médicos e dos amigos. Por isso, a questão não poderia ser legislada de forma apressada, pois o futuro do direito europeu sobre doenças terminais e eutanásia só poderia ser construído a partir de um intenso debate público. Tenha, tenha de mim, tenha piedade Deixe-nos, em nome de profunda amizade, Eu morrer de sua morte, ela viver de minha vida. 4/7/2009 Fonte: ViaPolítica/O autor |
vendredi 15 juin 2012
Faz tempo que eu te amo
Educação teológica para o século XXI
Segunda
parte
Dando sequência às
nossas reflexões sobre a necessidade de pensar uma teologia com alma e corpo
brasileiros, uma teobrás que
responda aos desafios da contemporaneidade, afirmamos que as Ciências da
Cultura são fundamentais
para o estudo de Teologia, pois auxiliam na busca das evidências de
acontecimentos do passado da humanidade e de estruturas de grupos sociais de
determinada época. Os teólogos podem, dessa maneira, analisar traços culturais
de povos, no caso brasileiro, indígenas, portugueses e africanos,
principalmente, e buscar as raízes que possibilitaram a construção de mitos,
ritos e das religiosidades brasileiras.
Mas um currículo unitário, que valorize espaços de reflexão, ensino e pesquisa sobre religião, teologias e brasilidades, é uma parte do desafio acadêmico. O outro grande desafio é o do planejamento, que acontece na sala de aula, onde fracasso e sucesso estão carregados de conteúdos emocionais. Por isso, a discussão de questões da multiculturalidade brasileira, quando se fala de brasilíndios, afrobrasileiros e neobrasileiros não importa se o aluno se embaraça em entender os sentidos mais profundos, por desconhecer os pontos de partida: ele se sentirá desafiado em descobri-los se as aulas forem emotivamente dirigidas nesse sentido.
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Um
currículo unitário necessita ter, por isso, um núcleo forte de História das Religiões, que privilegie os estudos
das brasilidades no que tange às religiosidades não cristãs. Estes estudos, de
diálogo crítico, devem evitar as variações comparativas, que desembocam em
leituras predominantemente apologéticas.
Assim,
o estudo das brasilidades e de suas religiosidades, cristãs ou não-cristãs, é
essencial porque não se pode pensar hoje um intelectual, mestre ou pastor que
não seja solicitado a refletir a conjuntura cultural, político-social e
religiosa do País. Isso significa que devem ter uma concepção da história de
nossa formação enquanto povo e dos desafios a que somos chamados a responder.
Tal
concepção da multiculturalidade brasileira deve reforçar ou modificar maneiras
de agir e pensar o tempo brasileiro. A história da formação e do sentido dos
brasis permite reflexões para a superação da consciência ingênua e o
desenvolvimento de uma consciência crítica, pela qual a experiência vivida é
transformada em consciência compreendida da realidade brasileira.
One of the best stand up comics. The delivery is original and the jokes are brilliant.
Though he died at a young age, his comic legacy lives on! Hats off to you my man - Mitch Hedberg!
Mas um currículo unitário, que valorize espaços de reflexão, ensino e pesquisa sobre religião, teologias e brasilidades, é uma parte do desafio acadêmico. O outro grande desafio é o do planejamento, que acontece na sala de aula, onde fracasso e sucesso estão carregados de conteúdos emocionais. Por isso, a discussão de questões da multiculturalidade brasileira, quando se fala de brasilíndios, afrobrasileiros e neobrasileiros não importa se o aluno se embaraça em entender os sentidos mais profundos, por desconhecer os pontos de partida: ele se sentirá desafiado em descobri-los se as aulas forem emotivamente dirigidas nesse sentido.
É necessário, porém,
equilibrar sempre fácil e difícil, levando em conta que os mais inseguros são
estimulados pelo sucesso e os mais seguros com a possibilidade do fracasso. A
segurança depende do conhecimento de possibilidades e realizações, não do
conhecimento das relações entre ser e consciência, classe e poder, classe e raça.
Para manter o aluno motivado, para explorar ao máximo suas possibilidades
criadoras, o professor deve visualizar uma espécie de conta corrente onde o
ativo são os resultados dos esforços do aluno ao competir consigo mesmo e o
passivo sua preparação em direção à liberdade.
Por
isso, propomos neste currículo/planejamento uma abordagem temática dos
assuntos, sem descuidar da referência necessária à história da formação e
sentido do Brasil, que permita estabelecer o fio condutor da exposição dos
temas. Isto porque fazer um estudo da história e formação dos povos brasileiros
implica em fazer antropologia dos povos brasileiros e sociologia da cultura.
Tais abordagens não podem ser encaradas como atividades solitárias, mas
enquanto diálogo crítico entre pensadores que expõem diferentes visões.
Diferentes visões, mesmo
em diálogo, refletem a competição da vida real. E, embora, competir faça parte
da vida, nem sempre há justiça na premiação. Por isso, uma das intenções do
diálogo entre teologias e brasilidades deve ser a preparação dos futuros
formadores de opinião para a competição da vida, que é inevitável. Eles vão
competir consigo mesmos, vão competir enquanto pessoas na comunidade, vão
competir com outras comunidades. Como têm um ministério cristão é importante
ter claro que concorrerão com outros grupos do ponto de vista teológico, mas
não apenas, também vão fazê-lo ao nível social, cultural e político. Sabemos,
porém, que é quase impossível prever como participarão dessa concorrência e até
onde conseguirão realizar seus interesses particulares, e como tal competição
se transformará em mola propulsora de desenvolvimentos posteriores. Prêmio e
castigo sempre fizeram parte da educação judaico-cristã.
Nos últimos anos,
andaram em desuso, mas a realidade tem mostrado que os prêmios satisfazem à
tendência de autoafirmação e de obtenção de prestígio, enquanto os castigos
contrariam essas necessidades. Assim, quando um estudante erra e não recebe a
crítica esperada estamos enevoando seu sistema de valores. Estamos confundindo
e não educando. Por isso, principalmente numa faculdade de teologia, é melhor
criticar ou elogiar do que se ausentar de qualquer manifestação diante dos
trabalhos realizados. É bom lembrar que a crítica reforça o desprazer de um mau
resultado e o prêmio faz a transição da ansiedade à libertação. O respeito às
delimitações gera coragem ante a vida. Produz a elaboração daquilo que é mais
difícil: os limites da própria vida. As pessoas que conseguem realizar esta
elaboração atingem coragem de viver. Conquistam dignidade. Os limites não são
áreas proibitivas, são indicativas. São meios de identificar um fenômeno. E ao
esclarecer os limites qualificamos o fenômeno. (1)
O aproveitamento da
experiência prévia do aluno é um fator espetacular de motivação, mas deve ser
reinterpretado, retificado e ratificado. Sua experiência de vida religiosa,
cultural, social e política, soluções encontradas para problemas reais vividos
na família, na igreja e na comunidade em geral não somente favorecem a
integração do aluno no grupo, mas produzem um sentido de correlação entre o
meio social e a faculdade. É necessário aproveitar a tendência gregária dos
alunos no planejamento e discussão da realidade brasileira, na sua execução e
controle, completando-se com o trabalho socializado.
Os grupos estruturam-se
visando atender a soluções intelectuais e afetivas. E as atividades
extra-classe, desde que levem em conta essas motivações, podem ter um
importante papel didático. As diferenças individuais devem ser levadas em conta
e compensadas através de dois recursos: as entrevistas e a graduação de
tarefas. Na primeira, os estímulos tornam-se diretos, mas o sucesso depende em
muito da simpatia e da habilidade psicopedagógica do professor. Na graduação de
tarefas oferecemos uma oportunidade de liberdade, um incentivo a aprendizagem
afetiva.
A short video introduction to the thoughts of Paul Tillich.
Yes, it is very oversimplified.
Cool stuff... Not sure you captured the ground of being so well though
Thanks, glad you liked it. You could very well be right. Any chance I could persuade you to elaborate?

I enjoyed this. Although it just adds to the impression I already have of Theologians, which is that they write a lot of unusable unverifiable…
A crítica, enquanto
construção professor/aluno, é imprescindível à segurança afetiva. A
solidariedade é a grande motivação. A solidariedade permite ao professor
encontrar os recursos necessários para educar os futuros formadores de opinião
em hábitos, atitudes e ideais, e orientá-los no caminho da verdade e da
justiça.
Devemos
entender, enquanto homens e mulheres envolvidos com a educação brasileira, que
a função da filosofia é formular uma pergunta concernente à verdade,
significando com isso que a tarefa do teólogo, por adição, é inquirir se a
comunidade de fé está comunicando as boas notícias. É possível crer no texto e
deixar de viver as verdades nele contidos. Uma leitura que produza transformação
de vida, assim como submissão ao Espírito são condições quanto aos desafios que
devem ser vividos.
Devemos,
no entanto, precaver-nos do perigo de obscurecer o reconhecimento do Reino. A justiça social apresenta exatamente este
desafio. A preocupação com a justiça e a responsabilidade social diante
da multiculturalidade brasileira são fundamentais para as práxis teológicas.
Por isso, toda crítica à alienação no âmbito da prática teológica deve ter como
base a verdade e a justiça, enquanto pergunta pela compreensão e proclamação
das boas novas por parte da comunidade de fé. Mas se a tarefa é formar e
transformar através da verdade e da justiça, a pedagogia é o amor.
Citação
1.
Fayga Ostrower, Criatividade e Processos de Criação, Petrópolis, Vozes,
1986, p.160.
jeudi 14 juin 2012
Educação teológica para o século XXI
Primeira
parte
Mas de onde partir? Sem
dúvida, das origens das teologias cristãs, que estão presentes no pensamento
dos pais do deserto e na Patrística, e do acesso às línguas originais dessa
produção cristã, ou seja, do grego e do latim. E por que? Porque a Patrística é
a filosofia cristã que
fundamentou as doutrinas da fé cristã. Mas o estudo da Patrística deve nos
remeter também ao pensamento divergente, que apresentou à igreja cristã de
conjunto, desde seus primórdios, hermenêuticas que caminhavam na contramão do
catolicismo romano institucionalizado.
Assim, o estudo de pensadores como Pelágio, da teologia trinitária e da pneumatologia da ortodoxia oriental, e das teologias libertárias de albigenses, valdenses e anabatistas são importantes porque nos apresentam a riqueza do pensamento cristão e nos permitem construir hermenêuticas que respondam às necessidades da contemporaneidade. Essa produção filosófica cristã, institucional e divergente, inclui pensadores como Justino Mártir, passa por Agostinho e Clemente Alexandrino e vai desaguar em Boécio. Sem a compreensão da produção patrística, em toda sua riqueza e diversidade, é difícil compreender as bases dogmáticas da igreja cristã medieval e da Escolástica.
O escolasticismo fez parte da filosofia medieval, e aquele de acento cristão, já que podemos falar de escolasticismo judaico e muçulmano, surgiu como seqüência natural da Patrística em responder às exigências da fé ensinada pela igreja hegemônica. Esse pensamento filosófico cobriu os anos que vão do começo do século nove até o fim do século dezesseis. O nome dessa filosofia cristã deve-se aos ensinos ministrados pelos professores cristãos nas escolas medievais. Estes ensinos faziam parte do trivium, gramática, retórica e dialética, e do quadrivium, aritmética, geometria, astronomia e música. A escolástica, porém, é resultado do aprofundamento do estudo da dialética.
A filosofia até o surgimento da Escolástica estava calcada no estudo dos clássicos gregos, e sofreu influências das culturas judaica e cristã. E, assim, pelo viés das teologias, temas como criação, providência, e revelação tornaram-se presentes nas reflexões filosóficas. A Escolástica foi influenciada também pelo neoplatonismo, que correlacionava elementos da filosofia de Platão com a espiritualidade cristã. E mesmo Tomás de Aquino, que trouxe Aristóteles para o pensamento escolástico cristão, não colocou de lado a filosofia neoplatônica.
Mas, por que, para um protestante, é importante entender o escolasticismo? Porque a questão central que atravessou o pensamento escolástico foi a possibilidade ou não da harmonia entre a fé e a razão. E essa questão foi tema fundamental durante a Modernidade e ainda hoje faz parte de qualquer reflexão teológica séria. O pensamento conservador de Agostinho defendeu uma subordinação da razão em relação à fé, por crer que ela restaurava a condição decaída da razão humana. Já Tomás de Aquino trabalhou com a possibilidade de certa autonomia da razão na obtenção de respostas, por força de sua leitura de Aristóteles, apesar de afirmar, em última instância, a subordinação da razão à fé.
E são os desafios da permanência e possibilidade de uma Dogmática cristã
na contemporaneidade que nos remetem aos estudos das Ciências da Cultura e às
análises de conjuntura dentro das Ciências Sociais. As Ciências da Cultura
estudam as organizações e as formas de expressão das sociedades e, nesse
sentido, são ramos das Ciências
Sociais. Ou seja, podemos dizer que as ciências da Cultura são, principalmente,
a Sociologia, a Antropologia e a História, cuja finalidade comum é estudar a
sociedade através de suas evidências culturais.
Citações
5. Madalena de Oliveira Molochenco, “Planejamento e currículo, uma relação estreita”, São Paulo, Faculdade Teológica Batista de São Paulo, Reunião de Congregação, jul. 2007.
“A educação
moral é impossível sem uma visão de grandeza. Se não somos grandes, pouco
importa o que fazemos e o sentido da grandeza é uma intuição imediata e não a
conclusão de uma argumentação lógica. Por isso precisamos criar um Brasil e não
ensiná-lo”. Décio Pignatari (1)
Tenho
recebido de alunos e professores de Teologia, de diferentes regiões do Brasil,
questionamentos sobre como seminários e faculdades de teologia devem encarar o
desafio de formar profissionais contextualizados à realidade brasileira. Ou seja, como construir
uma teobrás? Diante disso, decidi escrever um artigo, dividido
em duas partes, apresentando algumas ideias sobre a questão.
A
faculdade de teologia que funciona enquanto realidade isolada não entendeu uma
das exigências da alta modernidade: o ensino que não se integra na vida real,
em sentido horizontal e também vertical, não é motivador, abandonou o fator
experiência. Por isso, o estudo da realidade brasileira e a riqueza do multiculturalismo
das brasilidades precisam chegar às salas de aula. Da mesma maneira, não
podemos esquecer a mediação da emoção na produção dessa correlação entre as
teologias e as brasilidades.
Hoje, o desafio da educação teológica nasce da
correlação entre educação clássica e educação profissional. Como bem observou
Gramsci (2), em relação à escola italiana de sua época, podemos dizer que o
Brasil vive a dicotomia entre uma educação clássica, que forma pensadores, e
uma educação profissional, que forma instrumentalizadores. Assim, é normal ver
defensores de educações teológicas com posições diametralmente opostas.
Acreditamos que essa discussão tem solução quando
entendemos que o profissional de teologia deve ser formado para a sociedade e
não somente para a igreja local. É nesse sentido que educação clássica e
educação profissional se combinam e remetem ao desafio de um currículo
teológico unitário. E quando falamos em currículo unitário, falamos da
construção de currículos que valorizam espaços de reflexão, ensino e pesquisa
sobre religião a partir das leituras teológicas cristãs. (3) Nesse sentido, um
currículo unitário para a realidade brasileira vai além do quadrivium reformado: estudos bíblicos, históricos, sistemáticos e
práticos.
Segundo Mendonça (4), tal currículo unitário teria
de atender áreas distintas, mas complementares, como dogmática e pastoral,
tradição cristã geral e ciências de apoio. A primeira atenderia às necessidades
e objetivos profissionalizantes; a segunda ofereceria aos estudantes os elementos
básicos do depositum fidei comum ao
cristianismo; e a última consistiria nas disciplinas da cultura científica
geral, cujo fim principal seria o de proporcionar aos estudantes o contato com
a metodologia científica.
Mas a relação entre currículo e planejamento é
estreita e, por isso, o planejamento, enquanto organização, diálogo crítico e
ética que possibilita a interdisciplinaridade, não pode ser esquecido. E se o
currículo é documento de identidade que define o percurso, está prenhe de uma
dimensão política: influencia, cria padrões, elabora material e direciona
alunos e professores no desenvolvimento das atividades docentes e discentes.
(5) Nesse sentido, a partir de Mendonça, constatamos que se o objetivo é formar
pensadores e profissionais, o currículo deve levar em conta os fenômenos
referentes ao campo religioso e correlacioná-los com as teologias cristãs. Ou
seja, somos desafiados a reconstruir com nossos alunos o processo
histórico que deu origem às teologias protestantes, que desde o início
estiveram ligadas às filosofias e à cultura modernas.
E
somos obrigados, por imposição da contemporaneidade, a refazer anos de
História, quando o pensamento protestante deu continuidade a sua tradição de
origem, tornando o pensamento filosófico alemão hegemônico nas universidades da
Europa protestante, no direcionamento das ciências históricas e da pesquisa
bíblica. Essa reconstrução atravessou o século dezenove até o início do século
vinte, quando as teologias, calcadas no Iluminismo e no humanismo, marcaram o
pensamento europeu da época, embora depois da Primeira Guerra Mundial tenham
descoberto caminhos novos. Assim, as correntes teológicas contemporâneas devem
ser estudadas a partir das raízes filosóficas e culturais da Modernidade, para
então se entrar na leitura dos principais teólogos do século vinte.
Assim, o estudo de pensadores como Pelágio, da teologia trinitária e da pneumatologia da ortodoxia oriental, e das teologias libertárias de albigenses, valdenses e anabatistas são importantes porque nos apresentam a riqueza do pensamento cristão e nos permitem construir hermenêuticas que respondam às necessidades da contemporaneidade. Essa produção filosófica cristã, institucional e divergente, inclui pensadores como Justino Mártir, passa por Agostinho e Clemente Alexandrino e vai desaguar em Boécio. Sem a compreensão da produção patrística, em toda sua riqueza e diversidade, é difícil compreender as bases dogmáticas da igreja cristã medieval e da Escolástica.
O escolasticismo fez parte da filosofia medieval, e aquele de acento cristão, já que podemos falar de escolasticismo judaico e muçulmano, surgiu como seqüência natural da Patrística em responder às exigências da fé ensinada pela igreja hegemônica. Esse pensamento filosófico cobriu os anos que vão do começo do século nove até o fim do século dezesseis. O nome dessa filosofia cristã deve-se aos ensinos ministrados pelos professores cristãos nas escolas medievais. Estes ensinos faziam parte do trivium, gramática, retórica e dialética, e do quadrivium, aritmética, geometria, astronomia e música. A escolástica, porém, é resultado do aprofundamento do estudo da dialética.
A filosofia até o surgimento da Escolástica estava calcada no estudo dos clássicos gregos, e sofreu influências das culturas judaica e cristã. E, assim, pelo viés das teologias, temas como criação, providência, e revelação tornaram-se presentes nas reflexões filosóficas. A Escolástica foi influenciada também pelo neoplatonismo, que correlacionava elementos da filosofia de Platão com a espiritualidade cristã. E mesmo Tomás de Aquino, que trouxe Aristóteles para o pensamento escolástico cristão, não colocou de lado a filosofia neoplatônica.
Mas, por que, para um protestante, é importante entender o escolasticismo? Porque a questão central que atravessou o pensamento escolástico foi a possibilidade ou não da harmonia entre a fé e a razão. E essa questão foi tema fundamental durante a Modernidade e ainda hoje faz parte de qualquer reflexão teológica séria. O pensamento conservador de Agostinho defendeu uma subordinação da razão em relação à fé, por crer que ela restaurava a condição decaída da razão humana. Já Tomás de Aquino trabalhou com a possibilidade de certa autonomia da razão na obtenção de respostas, por força de sua leitura de Aristóteles, apesar de afirmar, em última instância, a subordinação da razão à fé.
Para
a Escolástica, as fontes patrísticas eram fundamentais, pois seus autores
tinham a autoridade de fé e de santidade. Os maiores representantes do
pensamento escolástico, que já citamos, foram Agostinho de Hipona e Tomás de
Aquino. Mas não são as únicas referências importantes do período medieval, já
que podemos também falar de protoescolásticas e escolásticas de contramão apresentadas por pensadores de grande expressão.
O primeiro deles, Ário (260-330), cristão cuja
visão antitrinitária foi duramente combatida e por fim rejeitada pela igreja
institucional. Sabélio, que viveu no século três, e que também apresentou uma
hermenêutica divergente em relação à Trindade. Esses dois pensadores, assim
como outros, foram chamados por Atanásio, pai da Igreja, de assassinos que não
eram os verdadeiros possuidores das Escrituras. E assim as hermenêuticas que
produziram foram anatematizadas. Mas, há um outro escolástico, muçulmano,
chamado Averroés (1126-1198), na época um dos maiores especialistas em
Aristóteles, que a partir da visão da unidade do intelecto humano considerou
desnecessária uma doutrina da imortalidade pessoal. Sua escolástica teve presença
marcante, e Tomás de Aquino se viu obrigado a contestá-lo apologeticamente.
Dessa
forma, sem fazer o caminho da Patrística e da Escolástica e das hermenêuticas
de contramão será difícil entender a Teologia Sistemática, enquanto lastro do depositum
fidei. As
doutrinas oriundas das leituras das Escrituras Sagradas, definidas por
assembleias gerais conciliares e pelo magistério da igreja cristã institucional
são muitas vezes apresentadas como dogmas basilares da fé. Alguns dos temas
tratados pela Dogmática são aqueles referentes à Cristologia e a Eclesiologia,
entre outros.
No que diz respeito à Cristologia, um currículo que
responda às necessidades de uma educação brasileira, deve partir da análise dos
estudos doutrinais cristológicos e soteriológicos, sem esquecer a visão
contemporânea da tensão entre história e dogma, assim como a identidade entre o
Jesus histórico e o Cristo da fé. Mas, além de estudar as etapas vividas pela
história dos dogmas cristológicos, deve fazer a leitura da Cristologia brasileira,
tanto no que se refere às correntes cristãs, como aquela Cristologia não-cristã
presente nos terreiros e comunidades afrobrasileiras e brasilíndias. Já a
Eclesiologia, também estudada na perspectiva exposta, analisará a importância teórica e prática da compreensão da
Igreja, institucional ou não, a partir dos diferentes referenciais culturais e
sociais, e a importância dos mitos e ritos para sua existência.
Citações
1.
Décio Pignatari, Contracomunicação, São Paulo, Editora Perspectiva,
1971, p. 61.
2.
Antonio Gramsci, Os intelectuais e a
organização da cultura, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1968, pp.
118-120.
3.
Antonio Maspoli de Araújo Gomes (org.), Teologia:
Ciência e Profissão, São Paulo, Fonte Editorial, 2007, p. 93.
4. Antônio Gouvêa
Mendonça, “Currículo teológico básico”, in
Márcio Fabri dos Anjos (org.), Teologia:
Profissão, São Paulo, Soter/ Loyola, 1996, p. 145.5. Madalena de Oliveira Molochenco, “Planejamento e currículo, uma relação estreita”, São Paulo, Faculdade Teológica Batista de São Paulo, Reunião de Congregação, jul. 2007.
mercredi 13 juin 2012
Toada para bailar a Ceia de Jesus
Poema de Jorge Pinheiro
Com a participação
especial do Profeta Gentileza
e a alegria de ter ouvido Roberto Diamanso
Gente tem três
pilares, vamos cantar um
O Espírito e seu
baile
Alheação fica
fora, sem debrum
Gente é feliz
na roda, marchetada de riso
Exaltada, de
curso traçado
Eterna é ceia de Jesus, de ressurreição cheia
Gente cresce no presente cheia de semelhança
Comer o pão, coração repica a alegria do outro,
Comunidade
afeto efetivo, machucado a gente cura.
Jesus olhou,
repicou a dor da gente,
Vamos toar e bailar a Ceia de Jesus.
Bem querer é
para quem baila
O Espírito da
vida é toada liberta do destino
Do alheação e
do acabamento.
O Eterno voou
com seu Jesus, gente igual
Destino novo, a
gente dança a contradança do Espírito.
Querência
boa é toada e baile, fazer o bem bom,
O Eterno não gosta de toada sem nota certa
Jesus se
acaba quando a gente dorme e acorda na alheação.
Querência toada e baile fala com retirantes
Jesus não quis refastelar, querência toada e baile
é para quem caminha,
Não pesa a mão, quer gente novinha em folha.
Sigam
os pés, ensaiem do jeito, querência toada e baile
faz rima com errante
Vão dormir folgados. É
isso mesmo, Jesus não vive no rabo de arraia,
Na sapiência é mestre
sim, de gentileza.
Olha o trilho, igual na esquerda e na direita com certeza,
Exclusão não, toada de gente,
Olha o trilho, igual na esquerda e na
direita, para ir ir além
Repousa com certeza, presente de Jesus.
Repica a dor do andarilho, não depende do
escrito,
Gente não tem como responder às
exigências do escrito,
O Eterno está do outro lado.
Presente chega chega nos braços, dor e prazer,
indulto das alheações.
Livres do escrito, gente é gente pra lá
de gente.
Ir além, toar e bailar...
Toada
linda é animação, não pisa a cana,
Apanhado com a faca na mão, no momento vil,
Gente desarma, não esquece a querência boa, toada e
baile no Espírito.
Ajuda e obedece a lei do
baile.
Desobriga porque está desobrigado.
Desobrigação é
a toada mais linda cantada no baile,
Esquecer o dinheiro levado é difícil, o Eterno faz assim.
E vamos para rede, na varanda, no fresco da tarde.
É gozo, desobrigação.
Comunidade é certeza, acende o farol alto e mostra à
gente que a rede é possível,
mesmo quando o mar não
está para peixe.
Jesus está livre, certeza não basta, permanecer é
preciso.
Continuar na certeza, gente é pra lá de gente não faz
cera.
Constância consta, olha o axioma!
Dormir, comer sal juntos, descobrir, inteirar.
Gente caminha pra liberdade.
Vida dribla a azáfama
da
alheação.
Eterno acorda e dorme no
partir do pão.
Gente é parecença, experiência, comunidade
com certeza.
Bebe e come bênçãos celebrando,
Gente convive na consistência.
Livre para ir para a cama sem a faina da alheação,
Da amarração que impede o movimento.
Descobrir toada e baile, conhecer e ficar na celebração
de Jesus
Axioma e livramento da azáfama da alheação, de escombros e acabamento.
mardi 12 juin 2012
Por que a França?
Podemos semear a justiça de várias formas. Como, por
exemplo, através da assistência nas situações de catásftofes e no combate às
endemias, no evangelismo urbano de comunidades socialmente excluídas e no
ministério de apoio as populações em situações de risco e guerra.
Sem dúvida, devemos fazer missões sob novo olhar. Sabemos
que a Europa ressurge com especial
interesse para o Evangelho de Cristo. No século XIX, o Velho
Continente foi um centro de gravidade do cristianismo. Durante décadas, impulsionou o movimento missionário na África. Mas,
no último século foi-se dando um esgotamento das forças cristãs no continente,
embora o cristianismo não tenha morrido.
Atualmente, segundo levantamentos da Aliança Reformada
Mundial/ARM, os reformados estão presente em mais de 100 países. Abaixo, quadro dos 60 países onde a população protestante é expressiva.
Dados 2004
|
||||||
Posiç
|
País
|
População cristã
protestante |
% de protestantes
|
País
|
% de protestantes
|
População cristã
protestante |
1
|
EU América
|
162 653 774
|
55%
|
Tuvalu
|
98,4%
|
11 450
|
2
|
Brasil
|
54 983 173
|
27%
|
Noruega
|
90%
|
4 133 737
|
3
|
R. Unido
|
44 726 678
|
74%
|
Dinamarca
|
91%
|
4 943 425
|
4
|
Nigéria
|
34 124 557
|
26,5%
|
Islândia
|
91%
|
270 031
|
5
|
Alemanha
|
31 323 928
|
38%
|
Suécia
|
86%
|
7 741 526
|
6
|
Afric do
Sul
|
30 154 013
|
68%
|
Antigua e Barbuda
|
86%
|
59 101
|
7
|
China
|
15 675 766
|
1,2%
|
Finlândia
|
85,1%
|
4 445 149
|
8
|
Indonésia
|
14 276 459
|
5,9%
|
S. Cristóvão e Nevis
|
83%
|
32 335
|
9
|
Quénia
|
12 855 244
|
38%
|
S. Vicente e Granadinas
|
77%
|
90 501
|
10
|
Congo
|
12 017 001
|
20%
|
Bahamas
|
76%
|
229 360
|
11
|
Uganda
|
9 544 319
|
35%
|
Reino Unido
|
74%
|
44 726 678
|
12
|
Canadá
|
9 513 462
|
29%
|
Tonga
|
73%
|
82 068
|
13
|
Filipinas
|
8 785 747
|
10%
|
Namíbia
|
68%
|
1 380 871
|
14
|
Coréia do
Sul
|
8 760 000
|
18,1%
|
África do
Sul
|
68%
|
30 154 013
|
15
|
Suécia
|
7 741 526
|
86%
|
Barbados
|
67%
|
186 454
|
16
|
Austrália
|
7 634 366
|
38%
|
Suazilândia
|
66%
|
774 774
|
17
|
Índia
|
7 561 851
|
0,7%
|
Nauru
|
66%
|
8 612
|
18
|
Venezuela
|
7 358 832
|
29%
|
Papua-Nova Guiné
|
61,5%
|
3 410 340
|
19
|
Etiópia
|
7 305 328
|
10%
|
Jamaica
|
60%
|
1 639 099
|
20
|
Gana
|
6 939 852
|
33%
|
EU América
|
55%
|
162 653 774
|
21
|
México
|
6 372 174
|
6%
|
Estónia
|
52%
|
693 104
|
22
|
P. Baixos
|
5 414 472
|
33%
|
Letónia
|
50%
|
1 145 119
|
23
|
Tanzânia
|
5 147 290
|
14%
|
Suíça
|
49%
|
3 669 791
|
24
|
Dinamarca
|
4 943 425
|
91%
|
Nova
Zelândia
|
47%
|
1 896 667
|
25
|
Guatemala
|
4 836 212
|
33%
|
Micronésia
|
47%
|
50 833
|
26
|
Madagascar
|
4 510 085
|
25%
|
Ruanda
|
43,9%
|
3 705 519
|
27
|
Finlândia
|
4 445 149
|
85,1%
|
Fiji
|
42,5%
|
379 676
|
28
|
Malawi
|
4 316 418
|
35,5%
|
Botswana
|
41%
|
672 447
|
29
|
Moçambiq
|
4 269 475
|
22%
|
Alemanha
|
38%
|
31 323 928
|
30
|
Zimbabwe
|
4 206 507
|
33%
|
Austrália
|
38%
|
7 634 366
|
31
|
Noruega
|
4 133 737
|
90%
|
Guiana
|
38%
|
290 808
|
32
|
Ruanda
|
3 705 519
|
43,9%
|
Malawi
|
35,5%
|
4 316 418
|
33
|
Suíça
|
3 669 791
|
49%
|
Uganda
|
35%
|
9 544 319
|
34
|
Papua-Nova Guiné
|
3 410 340
|
61,5%
|
P. Baixos
|
33%
|
5 414 472
|
35
|
Camarões
|
3 276 001
|
20%
|
Guatemala
|
33%
|
4 836 212
|
36
|
Zâmbia
|
3 040 685
|
27%
|
Gana
|
33%
|
6 939 852
|
37
|
Hungria
|
2 401 640
|
24%
|
Zimbábue
|
33%
|
4 206 507
|
38
|
Chile
|
2 397 137
|
15%
|
Belize
|
30%
|
83 837
|
39
|
Peru
|
2 010 645
|
7,2%
|
Grenada
|
30%
|
26 851
|
40
|
Sudão
|
2 009 374
|
2%
|
Canadá
|
29%
|
9 513 462
|
41
|
Angola
|
1 678 618
|
15%
|
Moçambique
|
29%
|
7 358 832
|
42
|
Jamaica
|
1 639 099
|
60%
|
Zâmbia
|
27%
|
3 040 685
|
43
|
Honduras
|
1 604 297
|
23%
|
Nigéria
|
26,5%
|
34 124 557
|
44
|
Colômbia
|
1 503 400
|
3,5%
|
Madagascar
|
25%
|
4 510 085
|
45
|
El Salvador
|
1 421 446
|
21,2%
|
Trinidad e Tobago
|
24,6%
|
267 806
|
46
|
Bolívia
|
1 417 259
|
16%
|
Hungria
|
24%
|
2 401 640
|
47
|
Paquistão
|
1 400 000
|
0,86%
|
Honduras
|
23%
|
1 604 297
|
48
|
Namíbia
|
1 380 871
|
68%
|
Moçambique
|
22%
|
4 269 475
|
49
|
Roménia
|
1 339 799
|
6%
|
Suriname
|
22%
|
96 392
|
50
|
Haiti
|
1 299 460
|
16%
|
El Salvador
|
21,2%
|
1 421 446
|
51
|
Myanmar
|
1 287 284
|
3%
|
Camarões
|
20%
|
3 276 001
|
52
|
França
|
1 213 124
|
2%
|
Congo
|
20%
|
12 017 001
|
53
|
Chade
|
1 179 170
|
12%
|
Gabão
|
20%
|
277 840
|
54
|
Letónia
|
1 145 119
|
19,4%
|
Lesoto
|
20%
|
373 407
|
55
|
República Dominicana
|
984 504
|
11%
|
Libéria
|
20%
|
696 442
|
56
|
R. Centro-Africana
|
949 974
|
25%
|
Coreia do
Sul
|
18,1%
|
8 760 000
|
57
|
Nicarágua
|
879 881
|
16,1%
|
Costa Rica
|
18%
|
722 911
|
58
|
Costa do
Marfim
|
864 902
|
6,43%
|
Nicaragua
|
16,1%
|
879 881
|
59
|
Vietnã
|
835 355
|
1%
|
Bolívia
|
16%
|
1 417 259
|
60
|
Argentina
|
790 759
|
2%
|
Haiti
|
16%
|
1 299 460
|
US State Department's International Religious Freedom Report 2004
“Dos 2 bilhões de cristãos que há no mundo, 1,24 bilhão encontra-se na África, Ásia, Oceania e América Latina, e 821 milhões na Europa e na América do Norte”, contabilizou Choan-Seng Song, na 24ª Assembléia Geral da ARM.
E essa proporcionalidade verifica-se também no campo das igrejas reformadas. Dois terços das igrejas membros da ARM estão fora da Europa e da América do Norte. As igrejas européias nas décadas anteriores difundiram o cristianismo ao resto da terra, mas agora a Europa e em especial a França clama por ajuda. Chegou a hora das igrejas dos “confins da terra”, entre as quais as igrejas brasileiras, somarem forças na expansão do Evangelho no Primeiro Mundo europeu.
Assim como o futuro da economia mundial está a depender cada vez mais dos países e povos em desenvolvimento, também as igrejas e os cristãos dos “confins da terra” devem e podem desempenhar uma função decisiva no futuro do cristianismo.
O projeto A Cruz Huguenote lhe dá essa oportunidade
Neste ano de 2012, A Cruz Huguenote apoia pequenas igrejas francesas
que por diferentes motivos estão sem pastores ou necessitam de apoio
ministerial e aceitam construir parcerias com igrejas brasileiras. Essas
parcerias partem do fato de que Deus mantem na França um remanescente da
histórica tradição reformada, que deseja expandir o Reino, e aproveitar o renascimento
evangélico que pode ser visto em diferentes regiões do país.
Essa situação introduz muitos desafios e responsabilidades. Do ponto de vista cultural e religioso, o mundo em que as igrejas e os cristãos vivem é plural. As missões cristãs não têm como tarefa convertê-lo num mundo monolítico. A missão é apresentar Cristo, aquele que dá sentido a vida, sem adaptar esses povos aos nossos costumes e culturas.
Diante das tragédias que temos vivido nas últimas décadas, da crise econômica que assola a Europa, a ação missionária deve apoiar a construção e o fortalecimento de igrejas que sejam comunidades abertas e não alheias às necessidades da sociedade, e que sejam comunidades de cura, sem deixar de lado a luta pela justiça econômica, de gênero e racial.
É isso que A
Cruz Huguenote está plantando na França. Você pode ajudar e participar:
entre em contato com André Sass Farias e Pablo Sacilotto, jovens militantes por
Cristo nas cidades de Montpellier e Lunel. Converse com eles e, se Deus tocar o
seu coração, não se envergonhe de apoiá-los.
Use o Skype para conversar com eles
la croix huguenote
Convergence pour
l´appui et le développement des églises françaises et brésiliennes
Convergência
para o apoio e o desenvolvimento de igrejas francesas e brasileiras
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