mardi 6 mars 2018

73, algumas imagens e um pouco de aritmética


Assim diz IHVH rei de Israel e seu redentor IHVH Sabaot Eu o primeiro Eu o último fora de mim não há elohim”. Ieshayahu 44.6.


IHVH, o tetragrama, τετραγράμματον, é o teônimo hebraico יהוה, transliterado em letras latinas, é o primeiro, e 73 remete a uma imagem, porque o dom da luz para a vida é a chanucá ou hanucá, חנכה ḥănukkāh ou חנוכה ḥănūkkāh, é o festival das luzes, que nos fala de dedicação e inauguração. A cada vez que retiramos uma hanucá de 73 temos uma dezena, 64, 55, 46, 37, 28, 19, até chegar à primeira dezena. Ora, o dom da hanucá é 9. Ou seja, se dá dezena tirarmos o dom das luzes teremos o início, bereshit, בראשית, a primeira palavra do texto da torá, תּוֹרָה, instrução, os cinco primeiros livros do Tanakh, hamishá humshêi torá, חמשה חומשי תורה, as cinco partes da torá), porque “Elohim diz uma luz será e uma luz é.” 

Números, números. Segundo Pitágoras, o universo é regido por relações matemáticas e a partir daí continuamos nossa viagem, na construção de imagens : 73 é o 21º número primo. Ele forma com o precedente, 71, um par de primos gêmeos. Na sua forma decimal, um número primo permutável, uma vez que uma permutação dá 37 que também é primo. A sua permutação 37 é um número hexagonal centrado, 37 é também o 12º número primo que é a permutação de 21, 21 é o produto de 7 e 3. 

O binário de 21 é 10101 que é palíndromo – que se lê igual da frente para trás -- em binário, um número palíndromo primo: 1001001 que também tem a característica de ser um número de 7 bits, incluindo três 1. Na base 8, um número uniforme: 111, um número estrelado. O número primo menor que é a soma de três cubos diferentes: 73 = 64 + 8 + 1; 73 tomado na forma 7 para o cubo dão 343, 3 + 4 e 3, 73 assim também. Qualquer número inteiro positivo pode ser expresso como a soma de no máximo 73 sextos plenos. 

O início, a cabeça, bereshit nos leva à declaração de IHVH, Eu o primeiro, Eu o último. IHVH é o fundamento, é o Eterno. Por isso, 73 traduz a imagem daquele que foi completado, onde as partes interagem, onde o que está fora encontra equilíbrio, mas onde a autonomia se preserva.

“Entenda Iaacob Israel chamado Eu ele Eu o primeiro o último também”. Ieshayahu 48.12.

Jorge Pinheiro
Montpellier, 5 de março de 2018.



















dimanche 4 mars 2018

Entregue o bandido

A Páscoa, celebração da ressurreição, se aproxima, 
vamos nos preparar para ela?

Entregue o bandido e viva o Cristo


Em relação à vida cristã, o apóstolo Paulo diz que há três tipos de pessoas: 

(1) A natural, que não tem o Espírito como senhor da vida: “Mas quem não tem o Espírito de Deus não pode receber os dons que vêm do Espírito e, de fato, nem mesmo pode entendê-los. Essas verdades são loucura para essa pessoa porque o sentido delas só pode ser entendido de modo espiritual”. (1Coríntios 2.14).

(2) A espiritual, que tem o Espírito como senhor e procura pensar a vida como Jesus haveria de pensar: “A pessoa que tem o Espírito Santo pode julgar o valor de todas as coisas, porém ela mesma não pode ser julgada por ninguém. Como dizem as Escrituras Sagradas: 'Quem pode conhecer a mente do Senhor? Quem é capaz de lhe dar conselhos?' Mas nós pensamos como Cristo pensa”. (1Coríntios 2.15-16).

(3) E a carnal, que tem a fé e o ensino, mas confia em seus próprios esforços para viver a vida: "Na verdade, irmãos, eu não pude falar com vocês como costumo fazer com as pessoas que têm o Espírito de Deus. Tive de falar com vocês como se vocês fossem pessoas do mundo, como se fossem crianças na fé cristã. Tive de alimentá-los com leite e não com comida forte, pois vocês não estavam prontos para isso. E ainda não estão prontos, porque vivem como se fossem pessoas deste mundo. Quando existem ciumeiras e brigas entre vocês, será que isso não prova que vocês são pessoas deste mundo e fazem o que todos fazem?” (1 Coríntios 3:1-3)

E leia este trecho 

Filipenses 2.1-11. “Por estarem unidos com Cristo, vocês são fortes, o amor dele os anima, e vocês participam do Espírito de Deus. E também são bondosos e misericordiosos uns com os outros. Então peço que me dêem a grande satisfação de viverem em harmonia, tendo um mesmo amor e sendo unidos de alma e mente. Então peço que me dêem a grande satisfação de viverem em harmonia, tendo um mesmo amor e sendo unidos de alma e mente. Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros. Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha: Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. Pelo contrário, ele abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos. E, vivendo a vida comum de um ser humano, ele foi humilde e obedeceu a Deus até a morte — morte de cruz. Por isso, Deus deu a Jesus a mais alta honra e pôs nele o nome que é o mais importante de todos os nomes, para que, em homenagem ao nome de Jesus, todas as criaturas no céu, na terra e no mundo dos mortos, caiam de joelhos e declarem abertamente que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus, o Pai”.

O amor cristão

É preciso coragem para ir à luta, como as Escrituras Sagradas nos desafiam. E a principal dessas lutas, diz respeito ao nosso caráter. Por isso, fazer aos outros aquilo que nós desejamos que nos façam, é a melhor definição de amor. Isso quer dizer que devemos considerar as pessoas da nossa família, os amigos, mas também aqueles de quem discordamos tão importantes quanto nós. Significa aprender a respeitar as pessoas e entender que não estão aqui por acaso. Esse é o amor que Jesus ensinou.

O jeito de Deus para completar a sua transformação em nossa vida é a obra do Espírito Santo. Caso você tenha aceitado Jesus como Senhor da sua vida, uma das primeiras coisas que o Pai fará é introduzir o Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade, na sua vida.

Através do Espírito Santo, Ele vai realizar um processo de transformação, trabalhando todos os dias para mudar seu caráter, na sua forma de agir e reagir espiritualmente. O Espírito Santo se dedicará a edificar a sua vida através do amor. Mas você deve cooperar com Ele.

Como você tem experimentado a presença e o poder transformador do Espírito Santo
na sua vida?
Medite sobre uma situação em que você não cooperou como devia com o Espírito Santo e quais foram as conseqüências. 

Durante a semana medite nos seguintes textos e converse com Deus

Segunda-feira Seja forte Salmos 31.24

Terça-feira O sofrimento vai passar Jó 11.16-19

Quarta-feira Deus refaz a vida Salmos 138.7

Quinta-feira Entrega o problema a Deus Salmos 55.22

Sexta-feira Não se desespere João 14.1

Sábado Deus quer p/ você Jeremias 29.11

Texto para reflexão

Fomos chamados à liberdade. O que significa isso? Bem, talvez falar de corvos, gaviões e passarinhos ajude...

ENTREGUE O BANDIDO

Em 1965, Pier Paolo Pasolini, um dos gênios do cinema italiano, filmou “Gaviões e passarinhos”, história que é uma metáfora sobre a liberdade. Numa estrada vazia, um senhor e seu filho encontram um corvo que fala. O corvo os transforma em dois monges franciscanos e eles são obrigados a pregar para gaviões e passarinhos. O próprio Pasolini diria:

"Nunca criei um filme tão desarmado, frágil e delicado como esse. Ele não se parece com meus filmes anteriores e não se parece com nenhum outro filme... Seu surrealismo tem pouco a ver com o surrealismo histórico, mas fundamentalmente com o surrealismo das fábulas".

O filme é uma parábola sobre a crise existencial, representada pelo corvo. Pai e filho representam as pessoas inocentes que não sabem como enfrentar as falsidades do mundo. A liberdade tem um custo. O custo de enfrentar as limitações de nosso caráter, em primeiro lugar. E é sobre isso que vamos falar: entregue o bandido, agora!

Jesus disse que deveríamos apresentar nossas necessidades ao Pai, em nome dele (João 14.13), e que ele, Jesus, nos responderia para que o Pai fosse glorificado no Filho. A idéia do texto é que devemos apresentar, entregar a Deus nossas necessidades. É como se disséssemos: “Senhor, olha a minha situação, quero lhe entregar este problema, fica com ele, com o problema, a dor, e supre minha necessidade”.

Aprendi com um amigo pastor, que muitas vezes devemos entregar nossas dificuldades de caráter a Deus, como o xerife leva o bandido para a cadeia. “Deus, eis aqui o meu pecado, ele é um bandido na minha vida, eu não quero mais ele comigo. Coloca ele não cadeia”. E Jesus agarra a limitação do seu caráter e prende. E você sai de diante de Deus, em paz, sem nenhum pecado bandido para infernizar a sua vida.

Nesse sentido, como disse o sábio, há tempo para tudo. E você deve definir os tempos de sua liberdade. Isso significa, em primeiro lugar, dizer que a partir de agora, desse momento, você não quer mais conviver com essa falha do seu caráter.

Muitas pessoas sofrem e oram a Deus para que as liberte de uma dependência, de uma alienação, mas não entregam o bandido ou, como diziam os jovens da FEBEM, “não soltamos o refém”. Você tem que soltar o refém.

Ao fazer isso, você não está exigindo nada de Deus. Você não está mandando em Deus. Ao contrário, você está fazendo exatamente aquilo que Ele deseja. Quando você entrega a Deus o seu problema, o seu vício, o seu pecado, você não sai vazio da presença de Deus. Como o herói de um filme de bang bang que capturou o bandido procurado e o entregou ao xerife, você, pela graça, recebe uma recompensa espetacular: o fruto do Espírito. Cada bandido procurado e entregue, você pode trocar por um gomo do fruto do Espírito. Você entrega o bandido do ódio e sai com o amor, você entrega a bandida da ira e sai com a paz no coração.

Agora você sabe que tem uma tarefa pela frente, fixar os tempos da sua liberdade. Prepare-se: esta é a semana em que você está desafiado a entregar algum bandido que inferniza a sua vida vida -- o ódio ou um de seus cúmplices: antipatia, aversão, enfado, nojo, raiva, repugnância. Lembre-se, nessa tarefa o Espírito Santo é seu aliado, ele vai lhe dar coragem e força, vai lhe animar para você cumprir a missão. Vá em frente, você pode!

Por isso, como na parábola de Pasolini, somos chamados a pregar para gaviões e passarinhos. Somos livres em Cristo: chamados a viver no Espírito o desafio incondicional de realizar a verdade e fazer o bem.

vendredi 2 mars 2018

A revolução de Maio de 68


A revolução deu face a uma nova França, mas ...
Jorge Pinheiro, PhD


1968-2018. A revolução de Maio de 68 na França faz cinquenta anos. E para lembrar a primavera rebelde dos jovens e trabalhadores franceses escolhemos o caminho de deixar reflorescer nos corações os slogans que foram pintados nos muros, pichados nas portas, colados nos elevadores durante aqueles dias febris no Odéon, Nanterre, Sorbonne, Censier, Condorcet. No giz, em feltro, no spray, à tinta, em cal a imaginação tomou o poder. 

Cada slogan a sua maneira foi testemunho do sentimento fraterno, comunal, pela liberdade que, no espaço de dias, definiu os contornos utópicos de uma sociedade libertária e democrática. Não queremos aqui fazer uma sociologia dos slogans de Maio de 68, nem a crítica deles, mas deixar que o leitor brasileiro tenha contato com um pouco daquelas criações revolucionárias que mexeram com a imaginação de milhões de jovens nos anos que se seguiram. E nos ensinaram a fazer uma política criativa e cheia de vida... apesar dos erros, é lógico.

É proibido proibir/ O sonho é realidade/ As reservas impostas ao prazer excitam o prazer de viver sem reservas/ Sejamos cruéis!/ Tenho algo a dizer, mas não sei o quê/ Todo o poder abusa. O poder absoluto abusa absolutamente/ O agressor não é aquele que se revolta, mas o que afirma/ Ser livre em 1968 é participar/ Um homem não é estúpido ou inteligente: ele é livre ou não é/ Nós somos ratos (talvez) e mordemos/ Não me libertem, eu me encarrego disso/ A poesia está na rua/ Façam amor e recomecem/ A ação não deve ser uma reação, mas uma criação/ Corre camarada, o velho mundo está atrás de você/ Sob a calçada, a praia/ A vontade geral contra a vontade do general/ A revolução tem de deixar de ser para existir/ Abram o cérebro tantas vezes quanto a braguilha/ E se queimássemos a Sorbonne?/ Quando a assembléia nacional se transforma num teatro burguês, todos os teatros burgueses devem transformar-se em assembléias nacionais/ Sejamos realistas, exijamos o impossível/ O álcool mata, tomem LSD/ A liberdade é o crime que contém todos os crimes. É a nossa arma absoluta!/ Abramos as portas dos asilos, das prisões, e de outras faculdades/ A barricada fecha a rua, mas abre o caminho/ Trabalhador: você tem 25 anos, mas o seu sindicato é do outro século. Para mudar isso, venha ver-nos/ Não reivindicaremos nada, não pediremos nada, conquistaremos, ocuparemos/ Não é o homem, mas sim o mundo que se tornou anormal/ Enfureçam-se!/ A arte morreu. Não consumam o seu cadáver!/ Quanto mais faço amor, mais vontade tenho de fazer a revolução. Quanto mais faço a revolução, mais vontade tenho de fazer amor/ Violem a alma mater/ A humanidade só será feliz quando o último capitalista for enforcado nas tripas do último esquerdista/ A sociedade é uma flor carnívora/ O poder tinha as universidades, os estudantes tomaram-nas. O poder tinha as fábricas, os trabalhadores tomaram-nas. O poder tinha a ORTF, os jornalistas tomaram-na. O poder tem o poder, tomemo-lo/ Não é uma revolução, Senhor; é uma mutação/ A vida está alhures/ Não vão à Grécia este verão, fiquem na Sorbonne/ Não consumamos Marx/ A imaginação ao poder. 

O sonho do Maio de 68 invadiu os corações de jovens e trabalhadores do mundo. Atravessou oceanos, e chegou a continentes distantes. Os anos que se seguiram não foram de nostalgia, nem de pensar que o sonho tinha acabado, ao contrário, renasceu nas lutas de estudantes e trabalhadores latino-americanos. O levante de jovens e trabalhadores na Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Uruguai, Venezuela e praticamente todos os países deste continente viveram um pouco disso, com a formação de sindicatos, mobilizações e movimentos guerrilheiros, que traduziram a realidade do poder operário nas fábricas e bairros. Mas também aconteceu nos campos, nas fazendas invadidas, e nas escolas e universidades ocupadas pelos estudantes.

Abaixo a sociedade do espetáculo!

No Brasil, neste ano da graça de 2018, a massa de excluídos de bens e possibilidades permanecem em compasso de espera. Esperam, em compasso de, desnorteados, drogados pela indústria do espetáculo. Por isso, não são vistos como perigo que ameaça. 

A classe média, os qualificados e qualificadas, curva-se. Sente-se coproprietária e mostra os dentes quando pensa estar ameaçada a perenidade do espetáculo. Mas, apesar desse instinto de sobrevivência que faz dela serva, não tem estabilidade no emprego, não vê crescimento da economia, e nem o fim da inflação, que sempre ameaça no fim do túnel. A corda estica e ameaça romper-se. E a classe média que até agora tentou frear as crises, vê-se às voltas com a presença constante, em cada esquina, bem ali do lado de sua casa, dos excluídos que a seu jeito parecem querer também o seu Maio francês. 

Este cenário ajuda a pensar os acontecimentos que estão à porta, embora não tenham valor de modelo e ainda menos lei da natureza social. O ano da graça de 2018 pode ser igual aos outros anteriores, de laço e maltrato, mas pode também ser a chave a dar volta à fechadura e abrir a porta. E o equilíbrio social, esta correia de aceite do espetáculo, pode se fazer desequilíbrio e trazer de volta a alegria do "é proibido proibir".














Mai 68 : nuit des barricades






mercredi 28 février 2018

Billy Graham, você conhece?



Um documentário histórico de Cristiano Sindici Hernandes, com Jorge Pinheiro como âncora.
Vale a pena ver e discutir.

Billy Graham por Cristiano




Documentário histórico sobre as relações entre política e religião na atuação do evangelista Billy Graham realizada pelo jornalista Cristiano Sindici Hernandez, que tem Jorge Pinheiro como âncora. Vale a pena assistir e se você é professor discutir em sala de aula.

dimanche 25 février 2018

Notre mission est une mission radicale

Aujourd'hui, le 25 février 2018, j'ai prêché dans un temple des Cévennes, dans une ville appelée Vallerauges, au milieu des montagnes. Le temple a 500 ans. C'est un temple huguenot qui abrite une église méthodiste. Je remercie Dieu pour son affection. Imaginez comment Naira et moi étions heureux.


Notre mission est une mission radicale
Pasteur Jorge Pinheiro




 Texte

 « Mais lui, voulant montrer sa justice, dit à Jésus : « Et qui est mon prochain ? » Jésus reprit : « Un homme descendait de Jérusalem à Jéricho, il tomba sur des bandits qui, l’ayant dépouillé et roué de coups, s’en allèrent, le laissant à moitié mort.  Il se trouva qu’un prêtre descendait par ce chemin ; il vit l’homme et passa à bonne distance.  Un lévite de même arriva en ce lieu ; il vit l’homme et passa à bonne distance.  Mais un Samaritain qui était en voyage arriva près de l’homme : il le vit et fut pris de pitié.  Il s’approcha, banda ses plaies en y versant de l’huile et du vin, le chargea sur sa propre monture, le conduisit à une auberge et prit soin de lui.  Le lendemain, tirant deux pièces d’argent, il les donna à l’aubergiste et lui dit : “Prends soin de lui, et si tu dépenses quelque chose de plus, c’est moi qui te le rembourserai quand je repasserai.”  Lequel des trois, à ton avis, s’est montré le prochain de l’homme qui était tombé sur les bandits ? » Le légiste répondit : « C’est celui qui a fait preuve de bonté envers lui. » Jésus lui dit : « Va et, toi aussi, fais de même. » Luc 10.29-37.

 À propos d’ouverture.

 Cette parabole est certainement une des plus célèbres de tout l’évangile. Nous ne parlerons pas en détail mais c’est d’elle que nous partirons pour traiter le thème qui nous a été proposé, au moins dans sa première partie. Vous vous souvenez que la question dont tout part est celle qui est posée par un spécialiste de la Loi : « Maître, que dois-je faire pour hériter la vie éternelle ? » La question n’était pas parfaitement sincère puisqu’il nous est précisé qu’elle était posée « pour mettre Jésus à l’épreuve ». Hériter la vie éternelle : nous sommes bien ici dans le registre de la piété.

 Et Jésus renvoie celui qui l’interroge à la Loi : « Qu’est-il écrit dans la Loi ? Comment lis-tu ? » (Quelle interprétation donnes-tu toi-même de cette loi que tu reçois comme ton autorité ?). Et le spécialiste de la Loi répond en citant des paroles de la Loi : « Tu aimeras le Seigneur ton Dieu, de tout ton cœur, de toute ton âme, de toute ta force et de toute ton intelligence, et ton prochain comme toi-même » (Deutéronome 6.5 ; Lévitique 19.18). Est-ce vraiment lui qui a rassemblé ces deux textes de la Loi ou avait-il entendu Jésus le faire ? Car, dans les autres évangiles, c’est Jésus qui donne ce résumé de la Loi. Toujours est-il que Jésus accepte pleinement cette réponse et en félicite même cet homme : « Tu as bien répondu ; fais cela et tu vivras ».

 Mais le but étant de mettre Jésus en difficulté, l’homme pose une autre question : « Et qui est mon prochain ? » Excellente question que nous nous posons souvent. On pourrait la formuler autrement : jusqu’où doivent aller mon amour et ma solidarité avec les autres ? À partir de quand puis-je, de façon légitime, cesser d’aimer ? Quelles sont les limites de ce commandement d’amour : ma famille, mes proches, mon peuple, certains peuples alliés ? Et c’est cette question qui va ouvrir la porte à la parabole elle-même.

 Vous vous rappelez certainement : Un homme passe sur la route qui va de Jérusalem à Jéricho et se fait agresser. Les bandits lui prennent tout, le rouent de coups et le laissent à moitié-mort. Plusieurs personnes vont passer sur la route et ne rien faire : un prêtre et un lévite, des gens très bien. Vient un samaritain qui s’arrête, prend soin de lui, l’amène jusqu’à l’hôtellerie la plus proche et va jusqu’à payer pour qu’on s’occupe de lui en affirmant même que si cela ne devait pas suffire, il est prêt à prendre en charge la suite.

 Peut-être sommes nous trop habitués à entendre et à lire cette parabole pour pouvoir la recevoir comme les auditeurs de Jésus l’ont reçue. Tout le monde, bien sûr, est juif : Jésus et ceux qui l’écoutent. Or, les deux personnes qui donnent le « mauvais exemple » sont tous deux des religieux juifs. Quant au samaritain, il est, pour ceux qui entourent Jésus, à la fois un hérétique - pire qu’un païen, puisqu’il a une certaine connaissance de la révélation - et une sorte de personne impure. Vous rappelez que les juifs faisaient parfois de longs détours pour éviter de se souiller en passant par la Samarie.

 S’il fallait retrouver un peu l’impact de la parabole, nous pourrions dire que les deux personnes qui passent sans rien faire à côté de celui qui a été agressé et laissé sur le bord de la route sont un pasteur et un prof de théologie évangéliques et que notre samaritain est un musulman maghrébin. Vous imaginez que Jésus fait alors éclater la question de la limite. Il n’y a pas de limite. Il ne s’agit plus de savoir qui est mon prochain et qui ne l’est pas, mais comment puis-je être le prochain de celui - quel qu’il soit - qui est dans le besoin. Donc, inséparable de l’amour de Dieu, nous trouvons un amour du prochain qui est concret, courageux et qui ne connaît pas de limites.

 La « mission radical » : un terme neuf pour qualifier aujourd’hui notre responsabilité de chrétiens dans ce monde. Un terme neuf pour une réalité ancienne, qui remonte à la mission même de Jésus et au message de l’ensemble de la Bible. C’est au sein de l’Alliance théologique d’Amérique latine, que ce terme est né. Il s’agit d’une compréhension renouvelée de la mission chrétienne qui englobe la proclamation de l’Evangile par la parole et sa démonstration par notre engagement dans tous les aspects sociaux et politiques de la vie.

 Le mot n’est pas dans la Bible, bien entendu... pas plus que ceux de « mission » et d’« évangélisation », qui est l’héritage d’une histoire « des » missions, dans laquelle la mission chrétienne consistait à quitter l’Occident « chrétien », à traverser des frontières pour porter l’Evangile dans des pays « païens ». Comme le relève un théologien indien (Vinoth Ramachandra), « ce concept, malgré ses faiblesses, a inspiré des milliers de missionnaires transculturels qui ont écrit quelques-unes des plus belles pages de l’histoire de l’Eglise ». Mais cette vision réductrice de « la mission » était porteuse de dichotomies néfastes : entre Eglise d’envoi et Eglise d’accueil, entre ici et champ missionnaire, entre missionnaires et chrétiens ordinaires, entre vie de l’Eglise ici et mission au loin.

 1. Notre fidélité à Dieu.

 Vous comprenez que nous sommes déjà dans notre sujet. Notre fidélité à Dieu implique un amour dévoué à celui ou à celle qui est dans le besoin, que cette personne nous soit proche ou, comme dans la parabole, qu’elle nous soit à tous égards étrangère.

 Maintenant, si vous le permettez, je voudrais continuer la parabole. Nous ne sommes plus, je le reconnais, sur le terrain direct de ce que la Bible dit elle-même, mais sur celui de son interprétation. Imaginons que l’histoire continue.

 Le lendemain, un autre voyageur se fait agresser et n’a pas la chance de trouver ce bon samaritain qui, lui, a continué son voyage. Quelques jours plus tard, la même chose se produit. Que faire ? Si l’on veut suivre l’enseignement de Jésus et pratiquer cet amour concret, pratique et courageux, ne faudra-t-il pas essayer de résoudre la question de manière plus large ? Nous entrerons alors dans une dimension plus vaste. Nous passerons d’amour individuel à l’action sociale, voire politique. La motivation profonde sera exactement la même, mais cherchera à prévenir le problème plutôt que de soigner les blessures des voyageurs agressés. Ce passage de l’action individuelle et ponctuelle à une action plus large, collective et générale nous pose peut-être quelques problèmes. Nous ne sommes pas les seuls. Cela me rappelle une phrase de dom Helder Camara qui fut archevêque au Brésil. Il disait : « Quand je soulage la faim des pauvres, on dit que je suis un saint. Quand je demande pourquoi ils ont faim, on m’accuse d’être communiste ! » C’est que l’action peut parfois nous paraître suspecte et surtout aujourd’hui, où le politicien on si mauvaise presse et où nous sommes devenus si sceptiques devant tout action collective.

 2. L’exigence de justice.

 Il nous faudrait pourtant relire notre Bible. Dans le livre du prophète Jérémie, il est conseillé aux déportés de rechercher la paix de la ville où ils ont été exilés (29.7). Cette recherche implique la prière mais elle va bien au-delà. Et rappelez-vous le nombre de passages de la Loi ou des prophètes qui nous invitent ou qui invitent les rois ou les puissants à la justice. Le prophète Amos n’y allait pas par quatre chemins pour dénoncer les riches qui oppressent les pauvres et détournent la justice. Et c’est à la lumière de ces critiques que nous devons entendre l’exhortation bien connue du prophète Michée : « On t’a fait connaître, ô homme ce qui est bien et ce que le Seigneur exige de toi : rien d’autre que respecter la justice, aimer la fidélité et t’appliquer à marcher avec ton Dieu » (Michée 6.8).

 La justice n’est pas fondamentalement différente de l’amour. Elle est la forme qui l’amour prend dès qu’il s’agit de plusieurs personnes. Lorsque qu’une seule personne est en face de nous, il nous est demandé de l’aimer. Mais lorsque nous sommes en présence de plusieurs et que les uns exploitent les autres ou les trompent, ce qui est attendu de nous, c’est la justice, l’équité. Il est clair que, dans l’ancienne comme dans la nouvelle alliance cette justice est au cœur du comportement chrétien dans la société et donc à la source de l’aspect de notre témoignage qui nous intéresse aujourd’hui.

"Je ne vous appelle plus serviteurs, parce qu’un serviteur n’est pas mis au courant des affaires de son maître. Je vous appelle mes amis, parce que je vous ai fait part de tout ce que j’ai appris de mon Père. 16Ce n’est pas vous qui m’avez choisi. Non, c’est moi qui vous ai choisis ; je vous ai donné mission d’aller, de porter du fruit, du fruit qui soit durable. Alors le Père vous accordera tout ce que vous lui demanderez en mon nom". Jean 15.15-16. 

 3. Les lignes directrices.

 Je voudrais citer trois principes, tirés de l’Écriture, qui me semblent essentiels pour qu’un engagement dans la société puisse être considéré dans une perspective chrétienne.

 A. La valeur de la personne.

 Tout être humain est créé à l’image de Dieu et c’est ce qui lui donne, dès la première alliance, sa dignité (Genèse 9.6, cf. Jc 3.9). Mais la nouvelle alliance nous révèle plus encore l’amour de Dieu pour chaque être humain. Il ne s’agit pas d’abord de peuples, de nations, de classes ou de races, mais de la personne  et de toute personne. C’est elle qui doit être la fin véritable de toute politique. Trop souvent, les lois de l’histoire ou de l’économie ont en la priorité et continuent de le faire. L’intérêt suprême du peuple idéal a pris le pas sur celui des hommes et des femmes réels qui ont été sacrifiés. Ou encore le bien de la personne d’après-demain a justifié l’oppression de celle d’aujourd’hui. Que devons nous placer en tête de nos valeurs : les lois de l’économie ou le bien des personnes ?

 B. L’attention particulière aux petits et aux pauvres.

 Cette priorité que l’on retrouve si souvent dans toute l’Écriture n’a pas pour fondement une vision romantique du pauvre qui serait supposé meilleur que le riche. Mais le pauvre est justement la personne dont la dignité ne s’impose pas. S’il faut prêter une attention particulière à la veuve et à l’orphelin, c’est parce qu’ils sont sans défense. Ils ont besoin de plus d’attention, car il est tentant et facile de les laisser de côté. Il n’est pas nécessaire de beaucoup d’imagination pour appliquer ce principe à nos société actuelles, aux pauvres de notre pays qui ne sont plus défendus par personne ou à ceux des pays du tiers-monde qui sont eux-mêmes, en tant que nations, dans cette situation d’extrême vulnérabilité.

 C. La recherche de la justice.

 Prêter attention à la personne vulnérable, ce ça le minimum de l’amour et son application concrète en ce qui concerne une société. Toute la révélation ne cesse de proclamer son importance. Cette recherche repose directement sur ce que nous venons de dire. La justice se mesure avant tout par le traitement réservé à ceux qui sont pauvres et sans défense. Nous avons tous un sens inné de la justice lorsqu’il nous semble que nous sommes victimes d’injustice. Mais nous sommes sujets à une étrange paralysie de ce même sens de la justice lorsqu’il va à l’encontre de nos intérêts immédiats ou simplement de notre confort. Nous aurons l’occasion de revenir sur ce point.

 Quand nous pensons dans la justice, nous nous devons faire une question : est-ce que le chrétien est appelé à rechercher dans le domaine politique, pour le bien d’une communauté concrète, pas le Royaume ? Une communauté d’hommes et de femmes, aimés de Dieu et pécheurs, imparfaits et infiniment respectables. Se faire des illusions et ne pas tenir compte de la réalité conduite au mieux à des échecs, au pire à des drames. Il est toujours étonnant de voir avec quel réalisme les personnages les plus importants de la Bible nous sont présentés. Il n’y a aucune idéalisation même des plus grands hommes ou des plus grandes femmes de Dieu ; leurs faiblesses et leurs fautes sont aussi clairement présentées que ce qu’ils peuvent avoir de meilleur. Il est capital que ce réalisme demeure lorsque nous cherchons des solutions aux problèmes de nos sociétés.

 Considération finale.

 Une mission … radicale. Voilà quelques principes bibliques qui me semblent devoir baliser notre comportement dans ce monde. Il est clair qu’ils ne répondent pas à tous les problèmes et à toutes les questions que nous pourrons avoir, mais ils sont le socle sur lequel nous pouvons essayer de construire. Il n’y a là, au fond, rien de plus que le développement pratique de l’amour du prochain. Au moins d’une forme de ce développement. L’annonce explicite de l’Évangile en est une autre, de même que l’édification de communautés qui sont autant de lumières dans le monde. Mais précisément, nos communautés ne sont et ne seront des lumières dans ce monde que si elles essaient de manifester toutes les dimensions de la bonne nouvelle de l’amour de Dieu dont elles vivent.

 C’est cette idée d’une mission qui se situe en tous lieux, dans toutes nos activités, et dans la mise en pratique de tout ce que Jésus nous a enseigné, qui est à la base de l’idée de mission radical. Cet accent sur la globalité de la mission se conclut dans le texte de Matthieu par la promesse du ressuscité : « Et voici, je suis avec vous tous les jours » (Mathieu 28.20).

 Prendre en compte cette globalité des exigences de l’Evangile – qui mettent en lumière le lien constamment rappelé dans l’Ancien Testament entre respect de Dieu et respect de la justice sociale – représente un défi majeur dans notre monde globalisé d’aujourd’hui. L’annonce de l’Evangile n’a rien perdu de sa pertinence, mais ne nous dispense en rien de notre responsabilité face aux injustices criantes du monde, face aux ravages humains et environnementaux d’un développement basé sur le profit, face aux conflits qui continuent de déchirer notre monde. Telle est notre mission de chrétiens et d’Eglises, appelés à être pleinement engagés dans les affaires du monde, dans l’humilité et dans l’espérance que nous donne l’Evangile.

 Ce pourquoi Jésus dit :

 -- « Mon ami, va et toi aussi fais de même ».