lundi 4 août 2014
Uma Igreja contemporânea a serviço do Reino de Deus!
Comissão de Sucessão Pastoral
[Se você é cristão, ore. Se você é membro da IBP participe, mesmo que esteja fora da cidade ou do pais. Somos um corpo -- trabalhamos juntos e nós completamos: oremos. Do pastor e amigo Jorge Pinheiro].
Querido irmã(o),
Estamos montando um relógio de oração intercedendo pelo Processo de Sucessão Pastoral e precisamos da sua participação. Este relógio será utilizado até o dia 13/08/2014. Escolha um ou mais horários da tabela acima da seguinte forma: Se você escolher orar das 18:00 às 18:14 o código será 18A (hora cheia mais a letra correspondente com o intervalo desejado), se o horário for das 10:30 às 10:44 o código será 10C. E assim por diante. Entre no site da IBP, conheça e acompanhe esta igreja linda e viva!
Assim que o relógio estiver sendo completado enviaremos para todos aqueles que estarão participando. Contamos com sua participação.
Abraços
Igreja Batista em Perdizes
Comissão de Sucessão Pastoral
Igreja Batista em Perdizes
Uma Igreja contemporânea a serviço do Reino de Deus!
lundi 28 juillet 2014
Ofensa e culpa
O caminho a percorrer
Jorge Pinheiro
As relações humanas, sociais, entre pessoas de convívio próximo, têm, ao
contrário do que se imagina, características próprias e peculiares, que ultrapassam o ethos e as maneiras próprias de cada um e se manifestam não só nas
relações da comunidade, mas nas
relações que essas pessoas mantêm entre si. Essas relações humanas resultam de mútuas interações interpessoais e
coletivas, e geram dinâmicas que podem ser medidas
e direcionadas, a partir do relacionamento interpessoal. E duas questões desestruturantes
que estão relacionadas e fazem parte dessas relações humanas são as síndromes
geradas por ofensas e culpa. E é esta questão que queremos abordar aqui, não
numa leitura apenas sociológica, embora esta abordagem seja importante, mas
principalmente teológica.
O
que é ofensa, o que é culpa? Quando é que ofendemos e nos tornamos culpados? A
ofensa, a princípio, é sempre vista como afronta, desconsideração, injúria. Seria
postergar responsabilidades, violar mandamentos e, por extensão, alienação e transgressão.
Assim, e esta é a leitura teológica cristã, ofendemos quando mascaramos a
verdade, quando manipulamos pessoas e fugimos às responsabilidades. E, ao
contrário do que propõe a ética cristã, estes padrões acabam sempre presentes
na vida em comunidade e nas relações humanas, sociais.
Assim,
teria culpa a pessoa que opta por uma conduta negligente que causa dano. Seria
culpado quem falta voluntariamente a uma obrigação. E essa leitura penetrou na cultura
e hoje faz parte de nossa ética social, onde a culpa no Código Penal brasileiro
é sinônimo de delito e crime. Já na tradição judaico-cristã, culpa é sinônimo
de transgressão da vontade do Eterno, quer em relação direta com Ele próprio,
quer em relação ao próximo. Seria, então, e sempre alienação e pecado.
Poucas
vezes, no dia-a-dia, relacionamos ofensas e traição. Mas a traição,
tecnicamente, seria uma forma de decepção, um repúdio, enfim, um rompimento sem
razões de uma amizade ou de uma aliança. Por isso, tais violações de confiança
causam tantos conflitos morais e psicológicos nas comunidades. Mas, vejamos
como, teologicamente, podemos vencer ofensas, a começar por sua expressão mais
violenta, a traição.
1. A traição e a culpa:
o exemplo de Judas Iscariotes (Mateus 27.3-5).
“Quando Judas, o
traidor, viu que Jesus havia sido condenado, sentiu remorso e foi devolver as
trinta moedas de prata aos chefes dos sacerdotes e aos líderes judeus, dizendo:
- Eu pequei, entregando à morte um homem inocente. Eles responderam: - O que é
que nós temos com isso? O problema é seu. Então Judas jogou o dinheiro para
dentro do Templo e saiu. Depois foi e se enforcou”.
Assim,
traição é também o crime de quem, com deslealdade, entrega, denuncia ou vende
alguém ou alguma coisa ao inimigo. É covardia e infidelidade. Judas traiu o
sangue inocente. Pecou e foi se enforcar. Segundo Atos 1.18, cheio de remorso,
quando se enforcou, a corda rompeu-se e Judas caiu no abismo, tendo as
entranhas derramadas no solo. Culpa sem arrependimento é remorso, gera
descrença e desespero (falta de fé e esperança) e leva à morte.
2.
A traição e o arrependimento: temos o exemplo de Pedro, o pescador (João
21.15-17).
“Quando
eles acabaram de comer, Jesus perguntou a Simão Pedro: - Simão, filho de João,
você me ama mais do que estes outros me amam? - Sim, o senhor sabe que eu o
amo, Senhor! - respondeu ele. Então Jesus lhe disse: - Tome conta das minhas
ovelhas! E perguntou pela segunda vez: - Simão, filho de João, você me ama?
Pedro respondeu: - Sim, o senhor sabe que eu o amo, Senhor! E Jesus lhe disse
outra vez: - Tome conta das minhas ovelhas! E perguntou pela terceira vez: -
Simão, filho de João, você me ama? Então Pedro ficou triste por Jesus ter
perguntado três vezes: "Você me ama?" E respondeu: - O senhor sabe
tudo e sabe que eu o amo, Senhor! E Jesus ordenou: - Tome conta das minhas
ovelhas”.
Neste
diálogo vemos o arrependimento de Pedro e o perdão de Jesus. Arrependimento é
contrição, profunda insatisfação pela nossa conduta moral. Por isso, o
arrependimento leva à aceitação do castigo e à disposição de não repetir o
erro. E o perdão de Jesus é um perdão para a ação: cuida das minhas ovelhas!
3.
O arrependimento e o perdão: o conselho do apóstolo João nos fala da solução do
Eterno para as ofensas e culpas.
“Se dizemos que não temos pecados, estamos nos
enganando, e não há verdade em nós. Mas, se confessarmos os nossos pecados a
Deus, ele cumprirá a sua promessa e fará o que é correto: ele perdoará os
nossos pecados e nos limpará de toda maldade”. (1a. João 1.8-9).
Quando
há arrependimento e reconhecimento de ofensas e culpas, o Eterno é fiel e justo
para perdoar. Ora, se a comunidade constrói modelos de relações
intersubjetivas, o ágape deve ser o paradigma da comunidade que busca a paz, já
que esse ágape será transmitido às gerações. E porque na comunidade que busca a
paz uma pessoa apoia outra, é necessário pensar a comunidade não somente como
organismo, mas como processo que atravessa gerações. Por isso, o reconhecimento
de ofensas e culpas e o perdão do Eterno são tão importantes, porque
possibilitam a reconstrução dos relacionamentos. E é a partir daí que devemos
voltar ao ágape solidário e à parceria com irmãos e irmãs.
Do amigo, Jorge
Pinheiro.
André Mira prega no culto da noite, 27/07/2014, na Igreja Batista em Perdizes
Sermão do Pr. André Mira. Igreja Batista em Perdizes.
jeudi 24 juillet 2014
A passagem
... um pouco de Eternidade para mim e para você
Ele transitou por aqui como um guerreiro. Um guerreiro e sua viagem. Durante o correr de seus dias no chão deste planeta, o que é muito tempo, lutou bravamente com החיים linda e forte. Os dois nus, suados, ele arfando, sob o olhar atento do soldado que lhe fizera aspirar o gás. Ele era um sobrevivente. Deveria ter ido com os outros, durante a epidemia, mas não, continuou vivo. No entanto, sabíamos, estava contaminado: era um transmissor. Não havia o que fazer: ele devia mudar de vagão.
É isso mesmo, para que não contaminasse a todos, devia mudar de vagão. E a passagem é isso: mudar de vagão para que a viagem continue. Então, foi definido que ele e החיים aspirassem naquele quarto o gás que haveria de possibilitar a passagem. E com com eles estava o soldado que os acompanhava na passagem.
Lá pela tarde, entrei no quarto e os vi nus, lutando. Ele disse alguma coisa, com sorriso, alegre, como só ele sabia ser. E eu sai triste, querendo também aspirar o gás. Chorava, me sentindo sozinho, querendo também mudar de vagão.
E foi ai que, sentado naquele corredor, a chorar, atinei que האלוהים הנצחי é infinito em suas percepções. Mas o infinito é uma abstração e dizer que a eternidade é infinita é tautológico, é dizer a mesma coisa pelo avesso. É explicar o que não se conhece usando o que nos é desconhecido.
Talvez pudéssemos dizer que este האלוהים הנצחי é o fundamento das leis e processos que regem os cosmos, personalidade(s) que sem forma se faz presente em todas as dimensões do espaço e do tempo.
Uma das maneiras de se falar de האלוהים הנצחי é dizer que é espírito, essência que se faz presente em toda a vida, interfere na materialidade, embora não seja matéria. Centelha cujo clarão varia de acordo com o grau de sua depuração, o que inclui a linguagem da programação e as ferramentas da existência. Ou seja, implica em monitorar a execução do programa, pará-lo, reiniciá-lo, ativar pontos de parada, alterar áreas de memória e, em alguns casos, voltar no tempo.
Assim, podemos entender melhor a imagem e semelhança, de acordo com a presença e manifestações de האלוהים הנצחי. Aliás, no tocante a imagem e semelhança com האלוהים הנצחי presente e manifesto é preciso compreender que האלוהים הנצחי deve pressupor além do tempo e do espaço, único e infinito em suas percepções. Imagem e semelhança pressupõe ser-meio-eterno, transitório nesta temporalidade -- atraídos por האלוהים הנצחי, por estarmos parte e termos destino: sermos derramados em האלוהים הנצחי.
יפה אורן שם טוב
mardi 22 juillet 2014
Contexto judaico do Novo Testamento

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samedi 19 juillet 2014
I Encontro de Juventudes e Espiritualidade - Entrevista Laina Crisóstomo
Entrevista com Laina Crisóstomo
jeudi 3 juillet 2014
A identidade da Jesus
Três coisas que você deve saber
sobre
a identidade de Jesus de Nazaré
Apesar
de estarem convivendo com Jesus, os discípulos ainda não entendiam bem quem ele era. Mas pela graça, Pedro, Tiago e João tiveram a oportunidade de
presenciar um momento maravilhoso, que abriu a possibilidade de compreensão da majestade de Jesus.
Marcos
9.2-8 "Seis dias depois, Jesus foi para um monte alto, levando consigo
somente Pedro, Tiago e João. Ali, eles viram a aparência de Jesus mudar. A sua roupa
ficou muito branca e brilhante, mais do que qualquer lavadeira seria capaz de
deixar. E os três
discípulos
viram Elias e Moisés conversando com Jesus. Então Pedro disse a Jesus: — Mestre, como é bom
estarmos aqui! Vamos armar três barracas: uma para o senhor, outra para Moisés e outra para Elias. Pedro não sabia o que deveria dizer, pois ele
e os outros dois discípulos estavam apavorados. Logo depois, uma nuvem os cobriu,
e dela veio uma voz, que disse: — Este
é
o meu Filho querido. Escutem o que
ele diz! Aí
os discípulos olharam em volta e viram
somente Jesus com eles".
Ao
lado de Moisés,
o grande profeta do Antigo Testamento, eles puderam se lembrar da ordem que o
povo de Israel recebera: “Do meio de vocês o Eterno escolherá para vocês um profeta que será parecido
comigo, e vocês vão lhe obedecer”. Deuteronômio 18.15. Maior do que Moisés, Jesus é o Profeta prometido e a ele todos nós devemos obedecer.
Ao lado
de Elias, um homem tão amado que Deus o escolheu para estar com ele, sem passar
pela morte, os três discípulos também puderam se lembrar das palavras do
Deus Eterno a Isaías (42.1): “O Senhor Deus diz: Aqui está o meu servo, a quem eu fortaleço, o meu escolhido, que dá muita alegria ao meu coração. Pus nele o meu Espírito, e ele anunciará a minha vontade a todos os povos”.
Jesus é
o escolhido, o Ungido de Deus. Ele é o Cristo.
Porém, mais que Profeta e o Cristo de
Deus, Ele é o Filho. Ou, como diz o Salmo 2.7: “O rei diz: Anunciarei o que o Senhor afirmou. O Senhor me disse: Você é meu
filho; hoje eu me tornei seu pai”.
Sim,
Jesus é
o Filho. E a voz do Deus Eterno, ali
no monte da transfiguração, declarou: “Este é o meu Filho querido. Escutem o que ele diz!”
Querido
irmão e irmã, a este Jesus, que é o Profeta, o Cristo, o Filho, devemos ouvir. Ou seja,
devemos obedecer, porque por graça fomos feitos filhos adotivos do amor de Deus. Uma boa
semana para todos e todas, do pastor e amigo, Jorge Pinheiro.
mercredi 2 juillet 2014
mardi 24 juin 2014
De loiras, mulatas e negras
Por Jorge Pinheiro, de São Paulo
(Em memória de Rose Marie Muraro)
Há anos escrevi... A marcha das mulheres explodiu estereótipos, mitos sexuais, definiu novos comportamentos e construiu cosmovisões. Essa é a mulher deste século XXI. Dilma Rousseff faz parte dessa história.
Veja o vídeo
A eleição da presidenta Dilma Roussef me levou ao passado. Ao início da alta-modernidade, expressão que prefiro ao invés de pós-modernidade, porque apesar das revoluções vividas ainda não fomos além da modernidade. E por causa da eleição da presidenta, resolvi fazer uma viagem às três últimas décadas do século XX, tempo do movimento da contracultura feminina, definidor de comportamentos e cosmovisões. E parto daí, porque foi em 1975 que a ONU instituiu o Ano Internacional da Mulher, dando força a grupos e publicações feministas, que discutiam o papel secundário que era atribuído à mulher na sociedade.
Foi a acumulação, expressão daquilo que despontava no campo de gênero, que nos deu o novo. Foi época do fazer e pensar o movimento de mulheres, agregando a participação de diferentes setores sociais, trabalhadoras da cidade, e depois do campo, intelectuais, negras, ecologistas, portadoras de deficiência, lésbicas, lideranças comunitárias e donas de casa.
E eu lembrei das loiras, mulatas e negras, que durante a ditadura militar estavam reunidas em torno da luta pela volta da democracia, por melhores condições de vida e pela alteração da condição desigual das mulheres.
Teresinha de Jesus/ Deu a queda foi ao chão/ Acudiram três cavaleiros/ Todos três, chapéu na mão.
Uma das maneiras de se conhecer as representações que a sociedade tem da mulher, disse Rose Marie Muraro, é a análise de seus mitos sexuais. E, se quisermos compreender os mitos sexuais brasileiros, vale a pena compará-los com os de outras sociedades, como a estadunidense. Afirmava Muraro: “Quando falamos de mitos sexuais brasileiros, dois nomes nos vêm à memória: Xuxa e Vera Fischer. Xuxa, mais do que qualquer outro símbolo sexual no Brasil é a megastar no sentido americano do termo. Construiu uma imensa fortuna em cima de um império baseado no consumo de sua imagem pelas crianças brasileiras.”
E analisava tal imagem, elaborada pela TV Globo, a da boneca loura, infantil e erótica. Uma imagem que para as meninas era o modelo de feminilidade disponível e que não deixava lugar para outra alternativa, pois ocupou por anos, o espaço matinal de entretenimento nas casas brasileiras.
E como essa imagem da Xuxa (Santa Rosa, 27/03/1963) não foi construída para agradar somente às crianças, mas para ser modelo de sexualidade feminina, o fenômeno criou vetores. Os meninos ao desejá-la procuravam parecer homens maduros, absorvendo a mensagem de que a sexualidade precoce é o caminho para a masculinidade.
Se juntarmos essa imagem à de Vera Fischer (Blumenau, 27/11/1951), também loura, mas de apelo sexual adulto, podemos ver como definições começaram a ser construídas.
Ambas eram louras e, no Brasil, isso lembrava as atrizes do cinema estadunidense. E as consequências para a mulher brasileira passaram a ser muito ruins. Quase nenhuma brasileira da época tinha condições para se identificar com essas modelos e isso rebaixou a autoestima, diminuindo no imaginário seu valor no mercado sexual. Aliás, segundo Muraro, os símbolos sexuais são feitos para isso mesmo, para diminuir o valor das mulheres como mercadoria e manter intacta a dominação masculina.
Outro ponto importante na construção desse imaginário feminino era a obsessão pela juventude. Xuxa tinha pavor de envelhecer e Vera Fischer também. Esta última procurou formas perigosas de escape, quando acreditou que a juventude ia declinando. Aliás, depois dos quarenta as mulheres começavam a se sentir inseguras, porque o símbolo sexual é sempre um objeto descartável, sem vida e sem identidade.
O primeiro foi seu pai/ O segundo seu irmão/ O terceiro foi aquele que a/ Teresa deu a mão
Por isso, Xuxa, em entrevista a Regina Rito, disse que “nenhum fã perdoa quando um ídolo envelhece”. Ela tinha começado sua carreira na televisão em 1983, quando foi convidada por Maurício Sherman para apresentar o Clube da Criança, na Rede Manchete. Nessa época, trabalhava como modelo em Nova York e gravava o Clube nos finais de semana. Em 1986 estreou o primeiro programa diário com seu nome: O Xou da Xuxa, na Rede Globo.
É bom lembrar que as mulheres que se tornaram símbolos sexuais, pin-ups, dificilmente aceitavam retornar ao status de ser humano. Jean Harlow (Kansas City, 03/03/1911), Judy Garland (Grand Rapids, Minnesota, 10/06/1922), Marilyn Monroe (Los Angeles, 01/06/1926), por exemplo, acabaram morrendo nessa busca tresloucada de meios de escape à depressão causada pelo envelhecimento.
Assim, o culto da adolescência e da juventude teve papel relevante na manutenção do status quo, ou seja, do controle da experiência e do conhecimento acumulados pelas mulheres mais maduras.
E esse movimento contrarrevolucionário à emancipação feminina foi tão forte e racista que, nesses anos, quase não encontramos mulheres mulatas e negras que tivessem conquistado status de símbolo sexual. As mulatas das escolas de samba, ou mesmo Taís Araújo (Rio de Janeiro, 25/11/1978), a Xica da Silva, eram símbolos de menor força para o marketing padronizado pela mídia.
Diferente desse panorama era o que começava a acontecer nos Estados Unidos. Lá, Madonna (Bay City, 16/08/1958) criou a imagem de transgressora dos valores puritanos e de independência em relação aos desejos masculinos, que ela manipulou publicamente sem inibição. E num ritmo acelerado, tão famosas quanto Madonna despontaram duas jovens negras: a cantora e atriz Whitney Houston (Newark, 09/08/1963) e a modelo Naomi Campbell (Londres, 22/05/1970), que fez par com a loura Cláudia Schiffer (Rheinberg, Nordrhein-Westfalen, 25/08/1970) .
Quanta laranja madura/ Quanto limão pelo chão/ Quanto sangue derramado/ Dentro do meu coração.
Assim, nos Estados Unidos foram sendo criadas alternativas de identificação feminina, com identidade própria, que rompiam os padrões patriarcais de beleza e moralidade. Esse fenômeno, em relação à mulher negra, era previsível, pois os negros emergiam como nova classe média, apesar de, na época, 25% dos homens negros acabarem presos ou assassinados, vítimas do racismo. Ainda assim, o povo negro começava a impor valores por meio da luta por direitos civis, mas também por sua potencialidade de consumo.
E as mulheres norte-americanas exerceram pressão sobre as estruturas. Em poucos anos abraçaram a causa da liberdade feminina, como forma de enfrentar a competição do mercado de trabalho. Nas universidades surgiram centenas de centros de estudos da mulher, que fizeram das questões de gênero categorias do debate teórico acadêmico. Ocuparam espaços políticos, foram eleitas para governadoras de Estado, prefeitas, e escolhidas como secretárias de Fazenda e, inclusive, secretária de Estado.
E no Brasil, derrubada a ditadura, a pressão por espaço político também cresceu. Surgiram os conselhos estaduais e municipais da condição feminina e, em 1985, o Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres, que elaborou ações de governo em relação às mulheres.
Nas eleições de 1986, 26 mulheres foram eleitas para a Assembléia Nacional Constituinte. E, independentes de seus partidos, encaminharam propostas vindas das mulheres de todo o país para inclusão ou alteração do texto constitucional. Dessa maneira, 85% das reivindicações apresentadas pelo movimento de mulheres entraram na Constituição de 1988, ampliando como nunca antes se vira a cidadania feminina.
E, em 1996, realizou-se no Brasil uma eleição que incluiu o princípio de quotas, a fim de neutralizar a discriminação sofrida pelas mulheres nos partidos. Dessa forma, foi definido o mínimo de 20% das vagas de cada partido para candidatas mulheres.
Essa marcha explodiu estereótipos e mitos sexuais. A mulher definiu comportamentos e construiu cosmovisões. Essa é a mulher deste século XXI. Dilma Rousseff faz parte dessa história.
Dá laranja quero um gomo/ Do limão quero um pedaço/ Da menina mais bonita/ Quero um beijo e um abraço.
13/11/2010
Fonte: ViaPolítica/O autor
Fontes
José Agripino de Paula, Lugar Público, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1965.
Sérgio Sant’Anna, A Utopia de José Agripino, Folha de S. Paulo, 23/02/1997, caderno Mais.
Terra em Transe, direção de Glauber Rocha, com Jardel Filho, Paulo Autran e José Lewgoy no elenco. O filme recebeu dois prêmios no Festival de Cannes, o da Crítica Internacional e o Buñuel.
Rose Marie Muraro, A Mulher Combate Seus Mitos, Folha de S. Paulo, 6/04/1997, caderno Mais.
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Postado por Jorge Pinheiro no JORGE PINHEIRO em 3/08/2012 11:30:00 AM
Clipe com animação de bonecos,da cantiga de roda Terezinha de Jesus, faixa do DVD da Companhia Tempo de Brincar, de Elaine Buzato e Valter Silva.
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