A expansão do cristianismo
As primeiras comunidades cristãs apareceram no século I na diáspora judaica, em particular nas grandes cidades de Roma, Éfeso, Antioquia e Alexandria. O cristianismo se desenvolveu a partir do século II no Império Romano, mas também na Pérsia e na Etiópia.
A expansão do cristianismo continuou do sul para o norte, do mundo romano e grego para o leste e oeste da Europa.
Diante da expansão do Islã, até o século XI, o cristianismo se retirou para o oeste (Espanha e sul da França), mas resistiu ao leste (Anatólia). A partir do século XI, o movimento foi revertido.
A revolta de Bar Kokhba (132-135) contribuiu para a separação entre o cristianismo e o judaísmo. Enquanto os judaico-cristãos permaneceram predominantes na Judéia, os cristãos de origem grega e romana constituíram a maioria dos seguidores da nova religião que por razões religiosas, sociais e políticas se espalhou.
O cristianismo se apresentou como mistério ao cultuar a ressurreição do corpo e prometer a felicidade após a morte, respondendo às novas expectativas filosóficas.
O zelo cristão, que promoveu uma doutrina de amor e igualdade entre todos as pessoas, seduziu os povos.
Os pais da Igreja escreveram o terceiro conjunto de textos fundadores do cristianismo depois do Antigo e do Novo Testamento.
E as guerras e epidemias dos primeiros séculos favoreceram o crescimento do cristianismo e provocaram um vasto reavivamento espiritual.
Segundo Rodney Stark, a ajuda mútua entre as comunidades cristãs explica suas melhores taxas de sobrevivência, entendida como um milagre pelos pagãos, o que contribuiu para o aumento de conversões.
O cristianismo não era a única religião que procurava seguidores no primeiro século.
Os historiadores contemporâneos do mundo romano enfatizam o interesse que os romanos tinham por religiões de mistério ou cultos de mistério. Esse interesse tinha começado um século antes do cristianismo em Roma e se desenvolveu por todo império. Os escritores romanos, como Tito Lívio, por exemplo, relatam a importação de "deuses estrangeiros" durante períodos de dificuldade no Império Romano.
As religiões melhor sucedidas foram o mitraísmo, muito difundido entre os soldados por causa da relação com a morte que ela desenvolve, e o maniqueísmo.
Os cristãos consideravam os maniqueus particularmente perigosos. Agostinho de Hipona, maniqueísta na juventude, combateu teologicamente tal pensamento.
O judaísmo também recebeu conversos e, em alguns casos, fez um ativo proselitismo.
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