Os heróicos anabatistas não
batizavam seus filhos pequenos. Caso houvesse qualquer
benefício no batismo infantil, as crianças anabatistas estavam
fora dela. Se o batismo infantil fosse necessário para a
salvação das crianças, então, os filhos dos anabatistas estariam
perdidos. Mas eles não estavam nem aí. Por que?
A razão dos anabatistas recusarem o
batismo às crianças pequenas não é segredo para ninguém. Só
quem tem consciência do bem e do mal e erra o alvo – e Paulo, o apóstolo, diz
que todos erramos o alvo – precisa de regenerar-se em Cristo, e ser justificado
pela graça, através da fé. Para os anabatistas, as crianças pequenas não se
enquadram nessa compreensão: mesmo quando cometem erros, o fazem sem
consciência de bem e mal.
É por isso que anabatistas
e alguns dos seus companheiros de estrada afirmam que todas as crianças estão
salvas, todas elas, porque ao não ter consciência moral de bem e mal em suas
vidas estão cobertas pelo sacrifício vicário do Cristo.
A defenestração de Xixuaú
Ou, onde é mesmo que mora o
pecado?
Por Jorge Pinheiro
A compreensão ordinária apresenta hadam,
o cara que veio da terra, e hawah, a
mulher que é vida, defenestrados da floresta por iavé, senhor do bem e do mal. Bem, defenestrados é um exagero,
porque lançados pela janela seria impossível, porque floresta não tem janela.
Mas a palavra defenestrados traduz bem o ato de violência e serve como
ilustração sobre a apreciação que o senso comum faz da saída do casal de
Xixuaú. Para quem não sabe, o rio Jauaperi é o coração da Amazônia e Xixuaú
está lá, uma reserva com animais incríveis, vegetação exuberante e igarapés que
deixaram hadam e hawah deslumbrados.
A teoria do pecado original é uma maneira transversa de ver a
estória humana e flui em direção a um mar grande, uma outra teoria, a do estado
de degradação da humanidade. Considera que a natureza humana foi
corrompida por um erro original e que todo o humano está em estado de pecado
porque é descendência de hadam e
hawah. Às vezes, chamado
de “o primeiro pecado”, “ou pecado de hadam” ou “o pecado dos pais”, a teoria toma formas
diferentes na pluralidade do pensamento cristão, o que leva o pecado original a
ser descrito de diferentes maneiras, indo da simples deficiência, como um
aleijão, do tropismo ao pecado, de que somos flores do mal, o que pode ou não
excluir qualquer idéia a priori de culpa, até a idéia de
natureza degenerada e de culpa coletiva. Estas concepções levam a significados
na teologia da essencialização do humano, particularmente em relação à
graça e ao livre arbítrio.
Feios, sujos e malvados
“...propterea sicut per unum
hominem in hunc mundum peccatum intravit et per peccatum mors et ita in omnes
homines mors pertransiit in quo omnes peccaverunt...”
Parece que Ettore Scola tinha razão, teríamos sido condenados a viver em um muquifo? Homem,
mulher, filhos e parentes, amontoados? E até com a ou o amante, junto, a
brilhar na meia luz mortiça? A teoria do pecado original parte de algumas
referências das escrituras judaico-cristãs, as epístolas de Paulo aos romanos (Rm
5.12-21) e aos coríntios (1Cor 15.22) e uma passagem do Salmo 51. Mas
a primeira exposição sistemática sobre a condeção ao barraco foi proposta por
Agostinho de Hipona, no século IV.
É importante notar, porém, que o referido texto fundante do relato, não apresenta
menção ao "pecado original". E a palavra hadam, o da-terra, tem uma
dualidade de sentido, primeiro enquanto pessoa do sexo masculino, mas também como
agrupamento, espécie. Jean-Michel Maldamé ao analisar este duplo
aspecto da universalidade do texto bíblico diz que hadam deve ser considerado como o pai de todos, uma personalidade coletiva
que representa a humanidade. (Péché originel, péché d'Adam et péché du monde. Arquivo: http://biblio.domuni.eu/articlestheo/pecheor/po000002.htm).
O pensamento rabínico não concorda com a visão da danação de origem, que se
reproduz ad aeternum. Ao contrário, a
considera uma perversão da mitologia cristã. E tal compreensão também está
ausente no Corão, embora não seja visto assim por todos os muçulmanos. O certo
é que para Mahommed, hadam é o pai comum
dos humanos e o primeiro profeta do Islã.
Mas a formalização do conceito, entre os cristáos do medievo, partiu de
Agostinho, em sua leitura da epístola aos romanos, feita na época em que
combatia o monge celta Pelágio, que via a criação e a existência como convite
ao belo, puro e bom, mesmo depois do casal de índios ter deixado Xixuaú.
Agostinho, pateando nas pegadas de Orígenes, a partir do neoplatonismo, procurou
responder a algumas questões: por que o mal existe? Por que a morte
existe? E deu uma resposta instrumental, ao citar o apóstolo quando disse
que se por um hadam o errar o alvo
entrou no cosmo, e com o pecado a corrupção, assim a corrupção passou a toda a
humanidade porque todo mundo erra (Rm 5,12).
O texto escrito à comunidade de fé de Roma, mencionado acima, fala do erro
de hadam como a ofensa
de uma pessoa, não dogmatiza o ato, como Agostinho se sentiu obrigado a
fazê-lo, numa leitura sem paralelo com o texto de Bereshit.
Paulo disse que sua formação intelectual aconteceu aos pés de Gamaliel, ou
seja, que ele era um fariseu. E por ser fariseu, usou a hermenêutica,
middot, ensinada pelos perushim, fariseus. A leitura
tipológica era uma regra dessa hermenèutica. O princípio é: "o gesto dos pais é um espelho para o filho”.
Em outras palavras, "a experiência
de tudo o que foi vivido pelos patriarcas, incluindo hadam, vai acontecer aos
seus descendentes".
Paulo aplica este método em 1Coríntios 10, que é um midrash baseado em Números
20.8. Este é um processo hermenêutico que sobrevive
no ditado rabínico: "A
história não se repete, gagueja".
Agostinho chamou a ação do casal de pecado de origem. Para explicá-lo
disse que se transmitia a todos os humanos, por geração, herdada como defeito. E
seguiu as pegadas do preconceito contra a sexualidade humana, tão denegrida
pelos estóicos. Tal interpretação choca-se com o texto de Bereshit, que
fala da árvore como do "conhecimento
do bem e do mal", expressão que traduz a idéia de consciência diante
das alternativas da existência, que faz do humano sapiens e o separa do restante do reino animal. O
emparelhamento do "pecado de origem" com as relações sexuais
produziram uma rica e trágica mitologia cristã, incluído aí a idéia
da maçã, para uns, e da vagina como abertura para o inferno, para outros. Mas
só podemos falar de consciência diante do bem e do mal, a partir de Bereshit
3.7-13, que descreve a compreensão da incompletude existencial, que diante dos
limites, dos quais a morte é o maior, lança o humano a sonhar com a imortalidade.
A presença da teoria do pecado de origem nas denominações cristãs foi sendo
consolidada com o correr dos séculos. A teoria agostiniana teve influência em
quase toda a teologia ocidental. No segundo Concílio de Orange, quando
a liberdade de ação e pensamento de Pelágio foi condenada, parte da
doutrina de Agostinho recebeu aprovação oficial. Mas o design da predestinação rígida foi rejeitado. Tal tentativa católica
de criar um equilíbrio do agostinianismo esbarrou posteriormente na leitura reformada,
que levou às últimas consequências a interpretação trágica do pecado de origem.
Os cristãos orientais, assim como os anabatistas no Ocidente, preferiram
uma abordagem diferente para a questão da graça e do errar o alvo, apoiando-se
na idéia de theosis, isto é, na
busca da união com o Eterno, que foi chamada também de processo de santificação
e glorificação. Os dois grupos se reconhecem mais nas teses de João
Cassiano do que nas de Agostinho. Por isso, são considerados semi-pelagianos.
Entendido aqui que o semi-pelagianismo, teoria que se desenvolveu no sul
da Gália, no século V, por João Cassiano, Vicente de
Lerins e Salvian de
Marselha, traduz uma reflexão teológica onde o ser humano não é
visto como mestre de sua salvação, mas que esta, dom gratuito de iavé, deve repousar sobre a resposta
positiva do humano consciente de seu afastamento de iavé. Nesta letura, há uma distinção entre o começo da
fé, o abrir-se ao chamado de iavé, enquanto
ato da vontade livre, e o progresso da
fé, obra divina de santificação do humano redimido.
O Magistério católico formatou o ensinamento sobre a transmissão do pecado de origem
com as críticas de Agostinho a Pelágio e, depois no século XVI, opondo-se
à Reforma protestante. Tal formatação não significou a inclusão de todas
as idéias de Agostinho, já que condenou as idéias agostinianas presentes na
teologia reformada e também no pensamento jansenista.
Assim o Catecismo da Igreja Católica descreve o pecado de hadam: "O homem, tentado pelo diabo, deixou morrer em seu coração a confiança
em seu Criador (Gn 3.1-11) e, abusando de sua liberdade, desobedeceu ao
mandamento de Deus". (CEC397 -- "Catechisme de l'Église
catholique", primeira edição francesa 1992. Versão definitiva com
modificações, 1997, Édition française Pocket, N°3315, 1999. ISBN 2-266-09563-3). E explicita as consequências:
Dessa maneira, o catolicismo diz que por seu pecado Adão, como o primeiro
homem, perdeu a santidade e a justiça originais que havia recebido de Deus não
só para si mas para todos os seres humanos. E que em sua progênie, Adão e Eva
transmitiram a natureza humana ferida por seu primeiro pecado, portanto,
privada da santidade e da justiça originais. A essa privação os católicos
chamam de pecado original. CEC 416-417.
O catecismo diz ainda que o pecado original é chamado de "pecado" de
modo analógico: é um pecado "contraído" e não
"cometido", um estado e não um ato (CCC 404). Este estado é
transmitido para a raça humana por "propagação", não por "geração",
como proposto por Agostinho, que abriu a porta para a suspeita sobre a
sexualidade. O Catecismo diz que não podemos especificar o modo como isso
de deu.
Assim, a espécie humana seria em Adão um corpo doente. Por esta
"unidade da humanidade" todos os homens estão implicados no pecado de
Adão, como todos estão envolvidos na justiça de Cristo. No entanto, “a transmissão do pecado original é um mistério
que não podemos compreender plenamente". CEC 404.
Para o Magistério católico, vencer o pecado de origem é possível graças a
ressurreição de Cristo. "A vitória
sobre o pecado conquistada por Cristo nos deu situação melhor do que aquilo que
o pecado tinha tirado". A situação humana é descrita como se
segue:
"Embora específica para cada um
(Concílio de Trento: DS 1513), o pecado
original traduz em cada descendente de Adão o caráter de falta pessoal. É
a privação da santidade e da justiça original, mas a natureza humana não está
totalmente corrompida: ela é ferida em suas próprias forças naturais, sujeitos
à ignorância, do sofrimento e do domínio do morte, e inclinada ao pecado (esta
inclinação para o mal é chamado de
"concupiscência"). O Batismo, dando vida
à graça de Cristo, apaga o pecado original e retorna o homem a Deus,
mas as conseqüências para a natureza, enfraquecida e inclinada ao mal,
persistem no homem e no apelo à guerra espiritual". CEC 405.
E diante disso, apresentaram uma explicação especial para o dogma da conceição de
Maria, posição única porque ela teria recebido antecipadamente os frutos da
ressurreição de seu filho: "A Virgem
Maria foi, desde o primeiro instante da sua concepção, por uma graça e favor
singular de Deus Todo-Poderoso, em vista dos méritos de Jesus Cristo, o
Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha do pecado original",
conforme afirmou o papa Pio IX, na bula Ineffabilis
Iavé, que proclamou o dogma.
A teologia ortodoxa também emprega a expressão "pecado
original", apesar de não usar o sentido proposto pelo catolicismo
ocidental. Adere ao ensino dos pais da Igreja Oriental, de que o
pecado do primeiro homem, com todas as conseqüências e a punição que sofreu,
hereditário à espécie humana. Uma vez que cada ser humano é descendente do
primeiro homem, ninguém está isento da marca do pecado, mesmo que tal pecado
tenha acontecido para que um dia todos possam viver sem pecado.
E assim, tem sido desde o primeiro pecado do primeiro nascido entre os homens. Este
pecado tem passado, com todas as suas consequências, a todos os descendentes
naturais de Adão, disse Cirilo de Alexandria (apud John Karmiris, A Synopsis of the Dogmatic Theology of the Orthodox Catholic Church,
Scranton, Pa.: Christian Orthodox Edition, 1973, p. 35-36).
Os ortodoxos mantiveram-se relativamente afastados dos debates ocidentais sobre
a questão do pecado original, e tomaram uma posição de equilíbrio em alguns aspectos. Reconheceram
que o pecado de hadam teve
consequências para o cosmo, mas rejeitaram qualquer noção de culpa
coletiva. Além disso, excluiram a ideia de que a natureza humana é tão
corrupta que é incapaz de exercer livre arbítrio, ou seja, conforme as teorias da predestinação particular
e da corrupção total defendida por João Calvino.
Em relação à transmissão do pecado original, os ortodoxos afirmaram que a
transmissão do pecado original pela hereditariedade natural deve ser entendida
em termos de unidade da natureza humana, na consubstanciação de todos
os humanos, que estão unidos pela natureza em uma entidade mística. E isto
porque a natureza humana é única e indivisível o que faz com que a transmissão
do pecado desde o primogênito de toda a raça humana seja compreensível: "a partir de uma raiz, a doença se espalhou
para toda a árvore. Adão é a raiz que viu a corrupção”. (Cirilo de
Alexandria, fonte citada).
Outra questão a ser levantada, ao ler Bereshit 3, é se podemos falar pecado no
sentido agostiniano, pois Paulo no seu texto aos romanos apresenta a lei como
limite dinâmico entre o bem e o mal.
Vejamos esta questão. Ao invés de, por que a corrpção?, vamos perguntar por que
o mal? Ora, as escrituras judaico-cristãs nos dizem que os pais comeram
uvas verdes e as crianças tiveram seus dentes embotados (Ez 18.2) e que iavé é zeloso e repreende os erros dos
pais nas gerações que se seguem (Dt 5.9). Então, parece haver uma
sequência no fazer humano, seja ela biológica ou cultural e, por isso, também
há uma cobrança de iavé diante da
repetição dos erros antigos pelas novas gerações. Ou seja, o mal perpassa a
existência humana.
Agostinho relacionou este mal à sexualidade, mas Bereshit apresenta a
alienação/mal como afastamento do Eterno. É intessante ver que as
escrituras judaicas dizem que morre quem peca, e que o filho não herda a falha
do pai, nem a culpa do pai cai sobre o filho, pois a justiça ficará sobre o
justo e a impiedade do ímpio sobre ele próprio. (Ez 18.20).
Portanto, a transmissão de fatores genéticos existe no sentido biológico,
natural, assim como a tranmissão cultural enquanto gaguejar da história, mas
não há transmisão da danação espiritual fora da escolha e ação humanas. O que é
um paradoxo diante dos textos do parágrafo anterior, mas mostra culpa e pecado,
presentes em Bereshit 4.7, não como falha e imposição hereditária, mas como
escolha ética, que fundamenta a agir livre.
“Se bem
fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à
porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar”. Gn
4.7)
Só um detalhe: nada nos diz que o casal de índios era imortal. Tudo indica
exatamente o contrário. Estão vai a pergunta: como a morte pode ser o
castigo de iavé diante do exercício
de liberdade presente em Bereshit 3.13?
E vemos que iavé, depois do ato de distanciamento,
deste “o meu caminho eu mesmo traço”, não resolveu destruí-los. Na verdade,
cheio de cuidados, costurou roupas de pele, pois hadam e hawah tiveram seus olhos abertos e viram que estavam nus. Assim, a preocupação do texto não
está no pecado de origem, mas em outro lugar.
Duas questões devem ser levadas em conta na
leitura: (1) o casal foi defenestrado da floresta ou deixou para trás a
natureza de onde brotou? (2) O casal de índios fez algo que os animais não
fazem, que a natureza não faz, agiu de forma livre. Donde a pergunta retorna: o
casal foi defenestrado por que usou tal prerrogativa e teve que arcar com as
consequências de deixar a floresta? Ou a alienação, o distanciamento, rompeu
com sua condição existencial natural e fez dele homo sapiens sapiens, que tem metalinguagem, pensa seus próprios
pensamentos e a projeção de seu agir?
A alienação tende a levar à úbere,
conceito que traduz a idéia de algo fértil,
fecundo, luxuriante, de uma pessoa da
qual emana alguma coisa útil e vantajosa, mas
que paradoxalmente é cheia de confiança em excesso, de orgulho,
ou mesmo de insolência contra iavé. O
apóstolo Tiago descreve o processo da alienação que dá origem à úbere e segue em direção à corrupção, da
seguinte maneira: primeiro se deseja o que não deveria ser desejado. Mergulhado
no emaranhado do desejo mal pensado, caminha-se na direção de sua realização,
erra-se, então, o alvo existencial, o que leva à corrupção (Tg 1.14-15).
Ou como disse iavé a qayin,
o-lança: se você tivesse feito o que é certo, estaria sorrindo, mas você agiu
mal e, por isso, lehatati está na porta, querendo saltar em cima
de você. Ele quer dominá-lo, mas você precisa vencê-lo. (Gn 4:7)
Hadam e hawah antes do
distanciamento não tinham desenvolvido o pensamento hipotético-dedutivo.
Metaforicamente, viam em preto e branco. Não eram inocentes no sentido de um
recém-nascido, mas sua compreensão de mundo repousava sobre o pensamento lógico-formal.
Iavé cuidava deles e se
fazia presente na vida deles (Gn 2.15-17; 3.8-10; Ec 7.29). O casal no ato do
distanciamento não sabia que estava a construir a consciência humana, porém, a
partir da separação e da úbere percebeu que não era natureza e isso é
constatado quando pensa a sua existência e se vê desnudo.
Assim, de forma
desigual e combinada, na dialética afastamento/ aproximação, ao deixar a
natureza para trás, tem início a construção do pensar humano. Torna-se homo sapiens sapiens, faz metalinguagem, pensa seu pensamento e
as construções do seu agir. Faz sua primeira experiência existencial e
deixa Xixuaú. No ato abre a vereda do caminhar humano, e no engatinhar pleno de úbere perde o colo quente e tem início a
difícil experiência da liberdade (Gn 3; Rm 5.12-19; Ef 2.12; Rm 3.23). Deixa o
útero, nasce para a compreensão moral do fazer bem e do malfazer e passa a necessitar
do exercício diário da livre escolha. Mas é esse caminho, que se por um lado
traduz distanciamento, por outro possibilita a reaproximação, o reencontro, já
num outro nível, naquele da escolha consciente, quando exclama como o apóstolo
da dúvida... meu Senhor e meu Deus!
Texto para sua pesquisa
Robin Collins, Understanding Atonement: A New and
Orthodox Theory, 1995 Veja também: http://home.messiah.edu/~rcollins/Philosophical%20Theology/Atonement/AT7.HTM
e http://home.messiah.edu/~rcollins/HOME.HTM).