Faculdade Teológica Batista de São Paulo
Curso de Teologia. Graduação 97.
Apologética. Teceiro Ano.
Prof. Jorge
Pinheiro
Cosmovisões >
Judaísmo
O
TALMUD
História,
Ética e Teologia
por JORGE PINHEIRO
Entre os anos que vão da destruição do beit sheni (segundo templo) até a
derrota da revolta de bar Cochba (70 a 135), Israel vive um momento muito
especial em sua história, que recebe o nome de “período de Yavne”. Esse período
caracterizou-se por novas tentativas de reconquistar a independência por meios
militares e pela formação de um novo sistema de governo, que permitiu aos
judeus sobreviverem sem um Estado.
Um homem, o rabino Yochanan ben Zakai,
inicia a reconstrução da vida judaica, não mais em Jerusalém, mas em Yavne.
Restabelece as funções do sanhedrin
(sinédrio), fixa os meses e os anos bissextos, possibilitando a manutenção das
festas judaicas mesmo sem templo. Yavne transforma-se assim num centro da
cultura nacional judaica e de sua espiritualidade.
Anos mais tarde, o rabino Gamaliel, filho
de um dos líderes da revolta contra Roma, é reconhecido como líder da nação e
substitui ben Zakai, tornando-se chefe do sinédrio de Yavne. Tem início uma
política de unificação das diferentes seitas judaicas: sacerdotes saem de Yavne
em direção aos pontos mais distantes do galut
(diáspora), com a finalidade uniformizar doutrinariamente o povo judeu. O
contato com os cristãos é proibido e tem início de ambas as partes uma
separação histórica entre cristianismo e judaísmo.
Na Academia de Yavne são estabelecidas as
características das festas judaicas, agora sem sacrifícios e peregrinações
anuais. É realizada uma nova tradução do Tanach para o grego, já que a
Septuaginta, muito usada pelos cristãos, não incorporava a visão dos rabinos de
Yavne.
Outro nome que se destacará em Yavne é do
rabino Akiva ben Yossef. Viaja por quase toda a diáspora, da Gália, no Ocidente, à Babilônia, no
Oriente. Prega a Tanach e transforma-se em um de seus mais importantes intérpretes.
Após o fracasso da revolta de bar Cochba, é preso e condenado à morte.
Vencida a última resistência judaica, o
imperador romano Adriano toma uma série de medidas que lembram em muito as leis
de Antíoco IV Epifanes: proíbe o estudo do Tanach, a prática da circuncisão e a
ordenação de novos rabinos. Derrotados e perseguidos, a grande maioria dos
judeus deixa a Judéia e refugia-se no Galil
(Galiléia), primeiro em Usha e posteriormente nas cidades de Tzipori e Tveria.
No Galil será estabelecido o centro da cultura judaica nos séculos II, III e
IV.
Nessa época, duas instituições, que já
existiam, passam a definir a vida política e religiosa judaica, a nessiut e o sanhedrin. A nessiut era a
presidência, e seu ocupante recebia o título de nassi, o patriarca e era o líder máximo do povo judeu. Com
pequenas exceções, o cargo de nassi foi ocupado pelos descendentes do rabino
Hilel, o sábio, que descendiam, segundo a tradição, da linhagem do rei Davi. O
nassi era eleito pelo sanhedrin e o cargo era vitalício. Ao nassi cabia nomear
os dirigentes das comunidades do galut e recolher contribuições para a
manutenção do governo judaico. Como desde o século I, a lei escolar de Shimon
ben Shetach definia a gratuidade e obrigatoriedade da instrução primária para
todos os meninos judeus, o nassi era responsável por garantir que em cada
cidade houvesse ao menos uma escola. O patriarca também representava o povo
junto ao império romano. O cargo de nassi só vai ser extinto em 427.
Enquanto o nassi fazia as vezes de rei, o
sanhedrin fazia as vezes de parlamento, combinando os poderes legislativo e
judiciário. Nos dois séculos posteriores à derrota de bar Cochba, o sanhedrin
reunia os rabinos e principais eruditos da época. Os saduceus, que
representavam a aristocracia e a classe alta, já haviam desaparecido da vida
judaica. A orientação rabínica tinha o peso hegemônico dos fariseus. Assim, a
atividade principal do sanhedrin consistia em discutir as leis da Torah e intepretá-las e adaptá-las à
nova realidade. Nesse sentido, o sanhedrin passou a ser um beit midrash, uma casa de estudo. Os rabinos realizavam discussões
e debates e seus discípulos acompanhavam com interesse a seqüência das
argumentações. Mas nada era anotado. Tudo era guardado de memória. Os rabinos
mantinham, também, cursos sobre assuntos de interesse cotidiano, de forma que
as salas do sanhedrim estavam sempre cheias de estudantes, futuros rabinos do
povo judeu.
Além de funcionar como beit midrash, o
sanhedrin era também beit din elion,
o supremo tribunal.
E assim, no correr desses anos, vai-se
formando um novo corpo de leis, derivadas da Torah, que não se encontram nela,
mas que tinham como finalidade dar respostas à nova realidade que surge com o
fim na nação judaica geograficamente estabelecida. Como a Torah é sagrada, nada
é agregado a ela para evitar que pudesse de alguma forma lhe fazer sombra. Por
isso, a nova legislação não é escrita em lugar nenhum.
Com o passar dos anos, esse corpo de leis
torna-se tão vasto e as condições da diáspora culturalmente tão complexas, que
se tornou necessário escrever o material acumulado até aquele momento. O
primeiro texto foi preparado ainda no período de Yavne. Os rabinos Akiva e Meir
também redigiram várias leis orais. Temos assim, a mishná (repetição) do rabi Akiva e de outros.
Mas será no final do século II, sob a
presidência do nassi rabi Yehudá, da linhagem de Hilel, que foi editada de
forma ordenada a primeira Mishná, com a aceitação plena do sanhedrin. Ela
incorporou trechos das mishnaiot anteriores.
A
Ética dos Pais
A Mishná contém seis partes chamadas shishá sedarim. Cada seder inclui diversas massechtot (tratados) e cada tratado se
divide em prakim (capítulos) e perek (parágrafos). Foi redigida em
hebraico e contém, ao todo, 63 tratados e 528 capítulos. Os seis livros que
formam a Mishná são: Zeraim
(sementes), que trata da agricultura e das orações; Moed (festividades), sobre as leis do shabat e dos chaguim; Nashim (mulheres), contém as leis
referentes ao casamento, ao divórcio, ao adultério, etc.; Nezikin (prejuízos), sobre a lei civil, criminal, contratos,
fraudes, castigos, etc; Kodashim
(coisas sagradas), trata da ordem no culto do beit hamikdash e da kasrhrut; Toharot (purificação) sobre o cerimonial
da purificação, banho ritual (mikvá),
etc.
No tratado Pirkei Avot - Ética dos Pais, por exemplo, temos ensinamentos
morais que tratam de boa conduta, estudo, justiça e retidão, sintetizando
séculos de cultura judaica:
“Qual o justo caminho que um homem deve
escolher para si? Aquele que é uma honra para ele que o pratica e uma honra
para ele de parte dos homens. Se tão cuidadoso de um preceito leve quanto de um
grave, pois não sabes qual a recompensa dada aos preceitos. Considera a perda
de um preceito segundo a sua recompensa e o ganho de uma transgressão de acordo
com sua perda. Observa três coisas e não cairás em poder do pecado: sabe que
está acima de ti um olho que vê, um ouvido que ouve e que todos os teus feitos
estão escritos num livro.” (Rabi Yehudá ha Nassi).
“Bom é o estudo da Torah junto com a
ocupação no mundo, pois o labor em ambos faz esquecer o pecado e todo estudo da
Torah desacompanhado do trabalho resulta em nada e acarreta o pecado. E todos
os que se ocupam do trabalho comunitário se ocupem dele por amor do Nome dos
céus, pois o mérito dos seus pais os sustenta e sua justiça permanece para
sempre. ‘E quanto a vós, disse Deus, vos darei grande recompensa, como se vós
mesmos os tivésseis realizado’.” (Rabi Gamaliel, filho de Yehudá ha Nassi).[1]
Após terminarem seus estudos primários,
os meninos que desejavam prosseguir seus estudos eram encaminhados para o
Sanhedrin. Lá estudavam a Mishná do rabi Yehudá e as compilações de histórias e
tradições que formaram o Midrash, a Tossefta e a Baraíta. Os professores, conhecidos como amoraítas, expositores, conforme ensinavam acrescentavam novas
interpretações aos textos dos tanaítas,
rabinos cujas discussões estão registradas na Mishná. As conclusões dos
amoraítas foram consideradas um complemento, Guemará, da Mishná do rabino Yehuda. Temos, então, a partir da
união desses tratados, o Talmud da Palestina ou Talmud Yerushalmi.
Transliteração do hebraico תַּלְמוּד (ser
instruído), Talmud traduz a idéia de aprendizado ou ensino. Seu ponto de
partida, como vimos é a lei oral, que segundo a própria tradição rabínica
repousa em Moisés, que teria recebido de Deus duas leis, a escrita e a oral [2].
Ambas se complementam, mas apenas os judeus têm a segunda [3].
No século IV, novos conflitos entre
judeus e romanos levam a destruição das cidades de Tzipori, Lud e Tveria.
Milhares de judeus são mortos ou vendidos como escravos. Choques políticos e
administrativos entre o Sanhedrin e o patriarca e as difíceis condições
econômicas levam o centro de Eretz Israel a sucumbir definitvamente. Há uma
maciça emigração de religiosos e amoraítas para a Babilônia.
O último patriarca importante será Hilel
II, que é também conhecido por ter realizado os cálculos do calendário judaico,
utilizado até os dias de hoje.
Na Babilônia, os emigrantes palestinos
juntaram-se à comunidade judaica, que desde os tempos das deportações
realizadas por assírios e babilônicos, manteve-se nas cidades de Nehardea,
Mahoza, Pumbedita e Sura. É interessante notar, que nessas cidades havia uma
rede de ensino primário judaico de alto nível, que o melhor do pensamento
palestino tinha migrado para elas e que os reis sassânidas, então no auge de
seu poder, aceitavam muito bem a presença judaica na Babilônia.
Rav Ashi, líder da academia de Sura,
inicia a compilação do material religioso existente, organiza sua exposição e
distribui o material conforme os critérios definidos. Anos mais tarde, quando
os sacerdotes zoroastristas iniciam uma dura perseguição religiosa aos judeus,
Ravina, o último dos amoraítas babilônicos e chefe da academia de Sura, dá
seqüência ao trabalho de Rav Ashi. Surge, então, uma obra monumental, o Talmud
babilônico.
Temos então dois talmudim, o Talmud Yerushalmi e o Talmud Bavli.
Assim, os sábios cujas discussões estão
registradas na Mishná viveram em Eretz Israel na época dos fariseus, entre os
anos 100 a.C. e 200 d.C. Após a finalização da Mishná, outros mestres
realizaram novos comentários e readaptações da Mishná, dando origem a um
complemento, a Guemará. Este segundo trabalho foi realizado simultaneamente em
Israel (entre os anos 200 d.C. e 350 d.C.) e na Babilônia (entre os anos 200
d.C. e 500 d.C.). No entanto, a Guemará babilônica é considerada mais
importante.
A
Teologia do Talmud
Essa obra traduz setecentos anos de
trabalho, cita estudos e conclusões de mais de mil rabinos, mas tem por base
apenas três fundamentos:
1. Existe apenas um Deus verdadeiro,
justo e bom.
2. A Torah, dada por Ele, contém toda a
verdade e a justiça.
3. O homem deve fazer o possível para ser
verdadeiro, justo e bom. E a melhor maneira de chegar a essas metas é
investigar e cumprir a Torah.
Dessa maneira, o Talmud foi um guia para
o povo judeu nos terríveis anos do galut e nas perseguições da Idade Média. A
lei em seu sentido estrito, mais conhecida como halachá, manteve a coesão do povo. E tudo aquilo que não é lei, ou
seja, as histórias, lendas, fábulas, contos, biografias, provérbios, receitas,
matemática, astronomia e medicina, a agadá,
serviu como fonte inesgotável de inspiração para a cultura e folclore judaicos.
Em parte essa tradição de estudo deu ao povo judeu um alto nível cultural, que
manteve mesmo nos momentos mais sombrios da história humana.
Os rabinos costumam dizer que para se
nadar no mar do Talmud e não se afogar, é necessário saber nadar muito bem, ou
seja, conhecer profundamente a Torah. O Talmud é uma imensa enciclopédia onde
todos os assuntos se encontram misturados.
O pensamento judaico é oriental,
totalmente diferente do pensamento grego. O judeu começa a falar de um assunto,
discorre sobre diversos outros, responde a perguntas que não têm nada a ver com
o tema central, e no final da conversa volta ao assunto inicial. Isso leva a
teologia ocidental, acostumada à lógica aristotélica, a evitar navegar mais
profundamente nas águas do Talmud. Além disso, para o leitor comum, o Talmud
apresenta outra dificuldade, está escrito em três idiomas: hebraico bíblico nas
citações do Tanach, hebraico da
Mishná na Mishná e aramaico na Guemará. Para levar o judeu da alta Idade Média
a mergulhar com mais confiança no Talmud, o exegeta Rashi (rabino Shlomo
Itzhaki), ao redor do ano 1.100, na França, elaborou uma série de comentários
que ainda hoje são de grande ajuda para os estudiosos modernos.
Assim, podemos definir a teologia do
Talmud através do seguinte conceito: o conhecimento da idéia de Deus entre os
judeus viveu uma revelação crescente. Mas na época do beit sheni o conceito de
Deus era bem semelhante ao de hoje: um ser infinitamente poderoso, bom, criador
dos céus e da terra, e juiz supremo dos homens. No entanto, nenhum homem pode
ser julgado pelas suas ações, se dois fatores não foram levados em conta: a liberdade de escolha e a existência de uma
lei que diga o que é certo e o que é errado. Para os rabinos do Talmud não
adianta a pura vontade de escolher o bem. Por isso, a Torah é um presente de
Deus, permitindo ao homem transformar sua boa vontade em práxis.
Acontece que a Torah, afirmam os
talmudistas, apesar de sua transcendência e revelação, está histórica e
culturalmente situada no momento em que foi escrita. É preciso um midrash
(hermenêutica) para que seus ensinamentos e sua ética possam ser compreendidas
e utilizadas pelo judeu de outras atualidades. Vejamos, agora, um exemplo da
teologia do Talmud, em dois trechos de um midrash do texto de Ex 20:2.
“Eu
sou o Senhor teu Deus. Por que os Dez Mandamentos não foram ditos no começo
da Torah? Eles fornecem uma parábola. A que isso pode ser comparado? Ao
seguinte: Um rei que entrou em uma província disse ao povo: Posso ser vosso
rei? Mas o povo lhe disse: Fizeste algo bom para nós para que nos governeis?
Que ele fez então? Construiu-lhes a muralha da cidade, introduziu o
abastecimento de água para eles, e lutou suas batalhas. Então quando ele lhes
disse: Posso ser vosso rei? Eles lhe disseram: Sim, sim. Da mesma maneira,
Deus. Ele trouxe os israelitas para fora do Egito, dividiu o mar para eles, fez
descer o maná para eles, fez subir um poço para eles, trouxe codornas para
eles. Lutou por eles a batalha com Amaleque. Então Ele lhes disse: Eu serei
vosso rei. E eles Lhe disseram: Sim, sim. Rabi disse: Isto proclama a
excelência de Israel. Pois, quando todos eles estavam diante do Monte Sinai
para receber a Torah, todos se decidiram igualmente a aceitar o reinado de Deus
alegremente. Além disso, foram garantia um para o outro. E não foi somente no
que diz respeito a atos públicos de Deus, revelando-Se-lhes, desejou fazer Seu
pacto com eles, mas também no que diz respeito a atos secretos, como está dito:
As coisas encobertas são para o Senhor nosso Deus e as reveladas...” (Dt
29:28). Mas eles Lhe disseram: No que se refere a atos públicos, estamos prontos
a fazer um pacto contigo, mas não faremos um pacto contigo com referência atos
secretos, para que nenhum de nós cometa um pecado secretamente e a comunidade
inteira seja considerada responsável por ele”.
(...)
“Outra interpretação: Eu sou o Senhor teu Deus. Quando o
Santíssimo, louvado seja, levantou-se e disse: Eu sou o Senhor teu Deus, a terra tremeu, como está dito: “Ó
Senhor, saindo Tu de Seir, caminhando Tu desde o campo de Edom, a terra
estremeceu” (Jz 5:4). E continuou a dizer: “Os montes vacilaram diante do
Senhor” (v.5). E também diz: “A voz do Senhor é poderosa. A voz do Senhor é
cheia de majestade” (Sl 29:4) até “E no seu Templo cada um diz: Glória!” (v.
9). E até suas casas estavam plenas do esplendor da Shekiná. Naquele tempo
todos os reis das nações do mundo se reuniram e vieram a Balaam, filho de Beor.
Eles lhe disseram: talvez Deus esteja para destruir Seu mundo com um dilúvio.
Ele lhes disse: Sois uns tolos! Há muito tempo Deus jurou a Noé que não mais
traria um dilúvio sobre o mundo, como está dito: Porque isto será para mim como
as águas de Noé, pois jurei que as águas de Noé não inundariam mais a terra”(Is
54:9). Então eles lhe disseram: Talvez Ele não traga um dilúvio de água, mas
Ele pode trazer um dilúvio de fogo. Porém ele lhes: Ele não vem trazer um
dilúvio de água nem um dilúvio de fogo. Simplesmente o Santíssimo, louvado
seja, vem dar a Torá ao Seu povo. Pois está dito: “O Senhor dará força ao Seu
povo...” (Sl 29:11). Logo que ouviram isto dele, todos voltaram as costas e
cada um foi para o seu lugar. E assim todas as nações do mundo foram convidadas
a aceitar a Torah, a fim de que não tivessem escusa para dizer: Se nos
houvessem convidado, teríamos aceitado. Pois, veja, elas foram convidadas e se
recusaram a aceitar a Torah. (...)”.[4]
Bibliografia Mínima
Recomendada
Guinsburg, J., Do Estudo e da Oração, São Paulo, Editora Perspectiva, 1968.
Gundry, Robert H., Panorama do Novo Testamento, São Paulo,
Edições Vida Nova, 1991.
Berezin, Rifka, Caminhos do Povo Judeu, vol II, São Paulo, Fed. Israelita do Est.
de SP, 1988.
Scholem, Gershom, A Mística Judaica, São Paulo, Editora
Perspectiva, 1972.
[1] Pirkei Avot (A Ética dos
Pais), Capítulo II in J. Guinsburg,
Do Estudo e da Oração, São Paulo, Editora Perspectiva, pp. 170.
[2] “Moisés recebeu a Torah do
Sinai e transmitiu-a a Josué e Josué aos anciãos e os anciãos aos profetas e os
profetas transmitiram-na aos homens da Grande Sinagoga. Esses disseram três
coisas: ‘Sede ponderados nos vossos julgamentos, formai muitos discípulos e
levantai uma cerca em volta da Torah”. Pirkei Avot (A Ética dos Pais), Capítulo
Primeiro in J. Guinsburg, Do Estudo e
da Oração, São Paulo, Editora Perspectiva, p. 168.
[3] “Asseverando que as leis
orais remontavam ao tempo de Moisés, no Monte Sinai, os rabinos elevaram suas
contraditórias interpretações do Antigo Testamento a uma posição de maior
importância que o próprio Antigo Testamento”. Robert H. Gundry, Panorama do Novo
Testamento, São Paulo, Edições Vida Nova, 1991, pp. 52.