mardi 18 février 2025

Venha saciar sua sede

Isaías 55 é um dos capítulos mais belos e inspiradores do livro de Isaías, trazendo uma mensagem de graça, convite e restauração. Ele faz parte da seção conhecida como "Segundo Isaías" (capítulos 40–55), que trata do consolo e da redenção do povo de Israel após o exílio babilônico.


  1. Convite à Graça de Deus (vv. 1-5)


«O Senhor Deus diz: “Escutem, os que têm sede: venham beber água! Venham, os que não têm dinheiro: comprem comida e comam! Venham e comprem leite e vinho, que tudo é de graça. Por que vocês gastam dinheiro com o que não é comida? Por que gastam o seu salário com coisas que não matam a fome? Se ouvirem e fizerem o que eu ordeno, vocês comerão do melhor alimento, terão comidas gostosas. Escutem-me e venham a mim, prestem atenção e terão vida nova. Eu farei uma aliança eterna com vocês e lhes darei as bênçãos que prometi a Davi. Eu fiz Davi chefe e líder dos povos, e por meio dele viram o meu poder. E agora vocês darão ordens a povos estrangeiros, povos que vocês não conheciam, e eles virão correndo para obedecer-lhes. Isso acontecerá porque eu, o Senhor, seu Deus, o Santo Deus de Israel, tenho dado poder e honra a vocês.”»

Isaías 55:1-5


O capítulo começa com um chamado aberto: "Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas". Aqui, Deus oferece gratuitamente aquilo que sacia verdadeiramente: água, pão e vinho, símbolos de vida e satisfação espiritual.


A salvação não pode ser comprada por dinheiro ou esforço humano; é um dom gratuito de Deus.


2. Chamado ao Arrependimento e ao Caminho de Deus (vv. 6-9)


«Procurem a ajuda de Deus enquanto podem achá-lo; orem ao Senhor enquanto ele está perto. Que as pessoas perversas mudem a sua maneira de viver e abandonem os seus maus pensamentos! Voltem para o Senhor, nosso Deus, pois ele tem compaixão e perdoa completamente. O Senhor Deus diz: “Os meus pensamentos não são como os seus pensamentos, e eu não ajo como vocês. Assim como o céu está muito acima da terra, assim os meus pensamentos e as minhas ações estão muito acima dos seus.»

Isaías 55:6-9


Deus convida Seu povo a buscá-Lo enquanto Ele está acessível e a abandonar seus caminhos maus.


A diferença entre os pensamentos de Deus e os do homem é enfatizada: "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos". Isso destaca a soberania e a grandeza divina.


3. A Eficácia da Palavra de Deus (vv. 10-11)


«A chuva e a neve caem do céu e não voltam até que tenham regado a terra, fazendo as plantas brotarem, crescerem e produzirem sementes para serem plantadas e darem alimento para as pessoas. Assim também é a minha palavra: ela não volta para mim sem nada, mas faz o que me agrada fazer e realiza tudo o que eu prometo.»

Isaías 55:10-11 NTLH


Assim como a chuva e a neve cumprem seu propósito na terra, a palavra de Deus sempre se cumpre e não volta vazia.


Este trecho enfatiza a fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas.


4. A Promessa de Alegria e Restauração (vv. 12-13)


«“Vocês sairão alegres da Babilônia, serão guiados em paz para a sua terra. As montanhas e os morros cantarão de alegria; todas as árvores baterão palmas. Onde agora só há espinheiros crescerão ciprestes, murtas aparecerão onde agora só cresce o mato. Isso será para vocês uma testemunha daquilo que eu fiz, será um sinal eterno, que nunca desaparecerá.”»

Isaías 55:12-13 NTLH


O capítulo termina com uma visão de júbilo e renovação da criação. O povo sairá em alegria, e até a natureza celebrará essa redenção.


Em vez de espinhos, crescerão árvores frutíferas, um símbolo da restauração completa que Deus traz.


Jesus mata a sua sede


Isaías 55 é um convite para todos que têm sede espiritual. Ele ressalta que Deus está acessível, que Seu plano é superior ao nosso e que Sua palavra tem poder transformador. A mensagem final é de esperança e restauração, apontando para a plenitude da salvação em Cristo.




jeudi 13 février 2025

A fé e a força dos curadores medievais

Por que a Igreja Protestante Deve Debruçar-se Sobre os Curadores Medievais?

A tradição protestante, nascida no século XVI com a Reforma, enfatiza a autoridade das Escrituras, a justificação pela fé e o sacerdócio universal dos crentes. No entanto, em sua ênfase na ruptura com a Igreja Católica Romana, muitas vezes negligenciou aspectos da espiritualidade cristã anterior à Reforma, incluindo a rica tradição dos curadores medievais. Essas figuras, que uniam fé, conhecimento médico rudimentar e práticas de cuidado comunitário, oferecem insights valiosos para a igreja contemporânea. Examinar sua obra pode enriquecer a teologia protestante em três aspectos fundamentais: a recuperação da dimensão terapêutica da fé, a valorização da ciência e da medicina como dons divinos e o fortalecimento do papel pastoral na assistência aos necessitados.

1. A Dimensão Terapêutica da Fé

A Bíblia está repleta de narrativas em que a cura e o cuidado dos enfermos são sinais do Reino de Deus. Jesus curava os doentes não apenas como um ato de compaixão, mas como manifestação da restauração integral do ser humano. A Igreja Primitiva seguiu esse exemplo, e os curadores medievais, especialmente monges e eremitas, continuaram essa tradição, combinando oração, conhecimento de ervas medicinais e assistência social.

O protestantismo, ao longo da história, enfatizou a pregação e a salvação espiritual, mas em alguns contextos deixou de lado o ministério da cura como uma expressão concreta do Evangelho. No entanto, um olhar mais atento aos curadores medievais pode lembrar a Igreja Protestante de que a fé cristã não se limita à esfera espiritual, mas se estende ao cuidado físico e emocional dos indivíduos. Redescobrir essa tradição pode fortalecer o ministério de misericórdia nas igrejas locais e inspirar novas abordagens pastorais para lidar com o sofrimento humano.

2. A Valorização da Ciência e da Medicina como Dons Divinos

Embora o protestantismo tenha promovido a educação e o progresso científico, algumas correntes mais fundamentalistas tendem a ver a medicina com desconfiança, promovendo a ideia de que a fé deve ser suficiente para a cura. Contudo, os curadores medievais, mesmo em um contexto de conhecimento médico limitado, não viam oposição entre fé e ciência. Pelo contrário, acreditavam que a criação de Deus oferecia recursos naturais para a cura e que o conhecimento humano deveria ser empregado para aliviar o sofrimento.

Ao estudar essas figuras, a Igreja Protestante pode reafirmar uma visão equilibrada da relação entre fé e medicina. A ciência médica não deve ser vista como concorrente da fé, mas como um instrumento divino para o bem-estar humano. Esse entendimento pode fortalecer o envolvimento das igrejas com hospitais, clínicas comunitárias e iniciativas de saúde pública, promovendo uma abordagem mais holística da missão cristã.

3. O Fortalecimento do Papel Pastoral na Assistência aos Necessitados

Os curadores medievais desempenhavam um papel crucial na assistência aos marginalizados. Muitos atendiam os pobres, viajantes e doentes rejeitados pela sociedade. Essa prática ressoa profundamente com o chamado bíblico para cuidar dos necessitados e se alinha com a tradição protestante de engajamento social, vista em movimentos como o Pietismo e o Evangelicalismo social.

Contudo, em tempos de crescente individualismo e desvalorização do serviço comunitário, a Igreja Protestante pode aprender com esses exemplos históricos para revitalizar seu compromisso com o cuidado pastoral. Isso inclui não apenas a oração e o aconselhamento espiritual, mas também o envolvimento ativo em obras sociais, clínicas missionárias e projetos de assistência à saúde.

Conclusão

O estudo dos curadores medievais oferece à Igreja Protestante uma oportunidade de reencontrar dimensões importantes da fé cristã que podem fortalecer sua missão no mundo contemporâneo. A redescoberta da dimensão terapêutica da fé, a valorização da ciência e da medicina como dons divinos e o fortalecimento do cuidado pastoral são lições que podem enriquecer a prática protestante hoje. Longe de ser um exercício meramente acadêmico, essa reflexão pode levar a uma igreja mais engajada, sensível e preparada para lidar com o sofrimento humano de maneira integral.

-- Com o apoio de minha IA ChatGPT. São Paulo, 12 fevereiro de 2025.

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