Paz, bênção da integridade de Deus
Qual é o shalom de Deus para nós?
"Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos". Mateus 5.7
Shalom é uma palavra hebraica que significa paz, harmonia, integridade, prosperidade, bem-estar e tranquilidade. E pode ser utilizada como cumprimento, para dizer "olá" ou "adeus".
Pode referir-se tanto a paz entre duas entidades (especialmente entre o homem e Deus, ou entre dois países), ou o bem-estar e a segurança de uma pessoa ou um grupo de pessoas.
Irene (em grego antigo: Εἰρήνη, "profecia"), na mitologia grega, era uma das horas, filhas de Zeus e de Têmis, deusa guardiã da ordem natural. Era a personificação da paz, das profecias, e descrita na arte como uma bela jovem que portava uma cornucópia e uma tocha. Sua equivalente na mitologia romana era Pax. A paz acontece no tempo. Na ordem natural de nossas vidas.
1. A paz no Antigo Testamento
Malaquias 2.5
"A minha aliança com ele (Levi) foi uma aliança de vida e de paz, que na verdade lhe dei para que me temesse. Ele me temeu, e tremeu diante do meu nome".
A paz acontece na vida. A aliança é de vida e paz. Paz aqui, significa prosperidade geral (Nm 25.12, aliança de paz, que deve ser entendida como qualidade de vida). A outra tradução desse versículo seria: "Minha aliança foi com ele. Vida e paz eu dei a ele. E ele me temeu e teve temor perante meu nome". A aliança prometia vida e paz, prosperidade geral como recompensa pela verdadeira reverência.
2. A paz segundo Jesus
João 14.27
"Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo".
A paz não é o antônimo de guerra. A paz que Jesus promete vem do Consolador. A obra do Consolador é mais do que uma reminiscência da obra do Filho de Deus. É a representação viva de Jesus. Por isso, aos discípulos, que estavam perturbados em espírito, Jesus deixa a sua herança de paz, que é uma das pessoas da Trindade. O próprio Consolador, por isso eles não devem temer, o Espírito da Paz nos foi entregue.
3. Graça, a plenitude da paz
Romanos 3.21-26
“Mas agora Deus já mostrou que o meio pelo qual ele aceita as pessoas não tem nada a ver com lei. A Lei de Moisés e os Profetas dão testemunho do seguinte: Deus aceita as pessoas por meio da fé que elas têm em Jesus Cristo. É assim que ele trata todos os que creem, pois não existe nenhuma diferença entre as pessoas. Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus. Mas, pela sua graça e sem exigir nada, Deus aceita todos por meio de Cristo Jesus, que os salva. Deus ofereceu Cristo como sacrifício para que, pela sua morte na cruz, Cristo se tornasse o meio de as pessoas receberem o perdão dos seus pecados, pela fé nele. Deus quis mostrar com isso que ele é justo. No passado ele foi paciente e não castigou as pessoas por causa dos seus pecados; mas agora, pelo sacrifício de Cristo, Deus mostra que é justo. Assim ele é justo e aceita os que creem em Jesus”.
A paz de Deus é oferecida em Cristo. É para os que crêem. A paz pode ser alcançada pela fé no Salvador, sacrificado na cruz. Esta fé é projetada em Jesus, como objeto de fé, e assim se torna fé no Redentor. Todos pecaram e necessitam da paz com Deus. Glória (gr. doxa) é o esplendor de Deus. E a paz faz parte de sua glória. Ele é príncipe da paz.
E a glória de Deus foi expressa na vida encarnada do Verbo, expressão do Pai. Quanto à glória de Deus, todos os homens estão em falta (carecem dela). E, diante de Deus estamos em falta, sofremos necessidade. Esta deficiência universal de paz é um dos aspectos do pecado. Tanto na realidade como em consciência todos estamos distantes da paz de Deus.
Mas, em face desta pecaminosidade universal, a pacificação é gratuita, chegamos à paz de graça (24). Cristo é o caminho proposto por Deus. A fé é o meio. O sangue de Cristo é o preço aceito, na paciência divina, em virtude do qual os pecados da pessoa são esquecidos.
Somos libertados, redimidos, emancipados. A propiciação, o sacrifício de Jesus traduz três sentidos: aplacar, conciliar e apaziguar. Assim, o conceito maior do texto não é o de conciliação de um Deus zangado por causa da humanidade pecadora, mas é de expiação do pecado por um Deus misericordioso mediante a morte expiatória do Seu Filho. Embora não exclua a realidade de ira justa por causa do pecado.
Cristo é a resposta à separação, à ira e ao desequilíbrio causado pela alienação e hamartia. Justificados temos paz com Deus. Declarados inocentes em virtude do amor imerecido de Deus podemos viver uma aliança de vida e paz com Deus. Este é o caminho que Cristo nos aponta: a paz como qualidade integral de vida.
4. E como ser um pacificador?
1Pedro 3.8-11
“Finalmente, que todos vocês tenham o mesmo modo de pensar e de sentir. Amem uns aos outros e sejam educados e humildes uns com os outros. Não paguem mal com mal, nem ofensa com ofensa. Pelo contrário, paguem a ofensa com uma bênção porque, quando Deus os chamou, ele prometeu dar uma bênção a vocês. Como dizem as Escrituras Sagradas: “Quem quiser gozar a vida e ter dias felizes não fale coisas más e não conte mentiras. Afaste-se do mal e faça o bem; procure a paz e faça tudo para alcançá-la.”
O pacificador é uma pessoa que recebeu o shalom de Deus -- a paz que é plenitude e traz o fim da inimizade. Agora atua como agente da paz no mundo. Jesus não está se referindo aos pacíficos, mas aos que promovem a verdadeira paz.
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