mardi 12 juin 2012

Por que a França?

Podemos semear a justiça de várias formas. Como, por exemplo, através da assistência nas situações de catásftofes e no combate às endemias, no evangelismo urbano de comunidades socialmente excluídas e no ministério de apoio as populações em situações de risco e guerra. 

Sem dúvida, devemos fazer missões sob novo olhar. Sabemos que a Europa ressurge com especial interesse para o Evangelho de Cristo. No século XIX, o Velho Continente foi um centro de gravidade do cristianismo. Durante décadas, impulsionou o movimento missionário na África. Mas, no último século foi-se dando um esgotamento das forças cristãs no continente, embora o cristianismo não tenha morrido.

Atualmente, segundo levantamentos da Aliança Reformada Mundial/ARM, os reformados estão presente em mais de 100 países. Abaixo, quadro dos 60 países onde a população protestante é expressiva.

Dados 2004
Posiç
País
População cristã
protestante
 % de protestantes
País
 % de protestantes
População cristã
protestante
1
EU América
162 653 774
55%
Tuvalu
98,4%
11 450
2
Brasil
54 983 173
27%
Noruega
90%
4 133 737
3
R. Unido
44 726 678
74%
Dinamarca
91%
4 943 425
4
Nigéria
34 124 557
26,5%
Islândia
91%
270 031
5
Alemanha
31 323 928
38%
Suécia
86%
7 741 526
6
Afric do Sul
30 154 013
68%
Antigua e Barbuda
86%
59 101
7
China
15 675 766
1,2%
Finlândia
85,1%
4 445 149
8
Indonésia
14 276 459
5,9%
S. Cristóvão e Nevis
83%
32 335
9
Quénia
12 855 244
38%
S. Vicente e Granadinas
77%
90 501
10
Congo
12 017 001
20%
Bahamas
76%
229 360
11
Uganda
9 544 319
35%
Reino Unido
74%
44 726 678
12
Canadá
9 513 462
29%
Tonga
73%
82 068
13
Filipinas
8 785 747
10%
Namíbia
68%
1 380 871
14
Coréia do Sul
8 760 000
18,1%
África do Sul
68%
30 154 013
15
Suécia
7 741 526
86%
Barbados
67%
186 454
16
Austrália
7 634 366
38%
Suazilândia
66%
774 774
17
Índia
7 561 851
0,7%
Nauru
66%
8 612
18
Venezuela
7 358 832
29%
Papua-Nova Guiné
61,5%
3 410 340
19
Etiópia
7 305 328
10%
Jamaica
60%
1 639 099
20
Gana
6 939 852
33%
EU América
55%
162 653 774
21
México
6 372 174
6%
Estónia
52%
693 104
22
P. Baixos
5 414 472
33%
Letónia
50%
1 145 119
23
Tanzânia
5 147 290
14%
Suíça
49%
3 669 791
24
Dinamarca
4 943 425
91%
Nova Zelândia
47%
1 896 667
25
Guatemala
4 836 212
33%
Micronésia
47%
50 833
26
Madagascar
4 510 085
25%
Ruanda
43,9%
3 705 519
27
Finlândia
4 445 149
85,1%
Fiji
42,5%
379 676
28
Malawi
4 316 418
35,5%
Botswana
41%
672 447
29
Moçambiq
4 269 475
22%
Alemanha
38%
31 323 928
30
Zimbabwe
4 206 507
33%
Austrália
38%
7 634 366
31
Noruega
4 133 737
90%
Guiana
38%
290 808
32
Ruanda
3 705 519
43,9%
Malawi
35,5%
4 316 418
33
Suíça
3 669 791
49%
Uganda
35%
9 544 319
34
Papua-Nova Guiné
3 410 340
61,5%
P. Baixos
33%
5 414 472
35
Camarões
3 276 001
20%
Guatemala
33%
4 836 212
36
Zâmbia
3 040 685
27%
Gana
33%
6 939 852
37
Hungria
2 401 640
24%
Zimbábue
33%
4 206 507
38
Chile
2 397 137
15%
Belize
30%
83 837
39
Peru
2 010 645
7,2%
Grenada
30%
26 851
40
Sudão
2 009 374
2%
Canadá
29%
9 513 462
41
Angola
1 678 618
15%
Moçambique
29%
7 358 832
42
Jamaica
1 639 099
60%
Zâmbia
27%
3 040 685
43
Honduras
1 604 297
23%
Nigéria
26,5%
34 124 557
44
Colômbia
1 503 400
3,5%
Madagascar
25%
4 510 085
45
El Salvador
1 421 446
21,2%
Trinidad e Tobago
24,6%
267 806
46
Bolívia
1 417 259
16%
Hungria
24%
2 401 640
47
Paquistão
1 400 000
0,86%
Honduras
23%
1 604 297
48
Namíbia
1 380 871
68%
Moçambique
22%
4 269 475
49
Roménia
1 339 799
6%
Suriname
22%
96 392
50
Haiti
1 299 460
16%
El Salvador
21,2%
1 421 446
51
Myanmar
1 287 284
3%
Camarões
20%
3 276 001
52
França
1 213 124
2%
Congo
20%
12 017 001
53
Chade
1 179 170
12%
Gabão
20%
277 840
54
Letónia
1 145 119
19,4%
Lesoto
20%
373 407
55
República Dominicana
984 504
11%
Libéria
20%
696 442
56
R. Centro-Africana
949 974
25%
Coreia do Sul
18,1%
8 760 000
57
Nicarágua
879 881
16,1%
Costa Rica
18%
722 911
58
Costa do Marfim
864 902
6,43%
Nicaragua
16,1%
879 881
59
Vietnã
835 355
1%
Bolívia
16%
1 417 259
60
Argentina
790 759
2%
Haiti
16%
1 299 460
 US State Department's International Religious Freedom Report 2004







Dos 2 bilhões de cristãos que há no mundo, 1,24 bilhão encontra-se na África, Ásia, Oceania e América Latina, e 821 milhões na Europa e na América do Norte”, contabilizou Choan-Seng Song, na 24ª Assembléia Geral da ARM.

E essa proporcionalidade verifica-se também no campo das igrejas reformadas. Dois terços das igrejas membros da ARM estão fora da Europa e da América do Norte. As igrejas européias nas décadas anteriores difundiram o cristianismo ao resto da terra, mas agora a Europa e em especial a França clama por ajuda. Chegou a hora das igrejas dos “
confins da terra”, entre as quais as igrejas brasileiras, somarem forças na expansão do Evangelho no Primeiro Mundo europeu.

Assim como o futuro da economia mundial está a depender cada vez mais dos países e povos em desenvolvimento, também as igrejas e os cristãos dos “
confins da terra” devem e podem desempenhar uma função decisiva no futuro do cristianismo.

O projeto A Cruz Huguenote lhe dá essa oportunidade
Neste ano de 2012, A Cruz Huguenote apoia pequenas igrejas francesas que por diferentes motivos estão sem pastores ou necessitam de apoio ministerial e aceitam construir parcerias com igrejas brasileiras. Essas parcerias partem do fato de que Deus mantem na França um remanescente da histórica tradição reformada, que deseja expandir o Reino, e aproveitar o renascimento evangélico que pode ser visto em diferentes regiões do país.


Essa situação introduz muitos desafios e responsabilidades. Do ponto de vista cultural e religioso, o mundo em que as igrejas e os cristãos vivem é plural. As missões cristãs não têm como tarefa convertê-lo num mundo monolítico. A missão é apresentar Cristo, aquele que dá sentido a vida, sem adaptar esses povos aos nossos costumes e culturas.

Diante das tragédias que temos vivido nas últimas décadas, da crise econômica que assola a Europa, a ação missionária deve apoiar a construção e o fortalecimento de igrejas que sejam comunidades abertas e não alheias às necessidades da sociedade, e que sejam comunidades de cura, sem deixar de lado a luta pela justiça econômica, de gênero e racial.

É isso que A Cruz Huguenote está plantando na França. Você pode ajudar e participar: entre em contato com André Sass Farias e Pablo Sacilotto, jovens militantes por Cristo nas cidades de Montpellier e Lunel. Converse com eles e, se Deus tocar o seu coração, não se envergonhe de apoiá-los.

Use o Skype para conversar com eles

la croix huguenote
Convergence pour l´appui et le développement des églises françaises et brésiliennes

Convergência para o apoio e o desenvolvimento de igrejas francesas e brasileiras



samedi 9 juin 2012

Falha ou boicote intencional


Os professores Jorge Pinheiro e Leandro Seawright Alonso
O fato político

Com disse o amigo e professor Paulo Saraiva, “hoje, sábado, 9 de junho, às 9 horas, deveria ter acontecido na Câmara de Vereadores da Cidade de São Paulo o lançamento do livro ´ENTRE DEUS, DIABO E DILMA´, do pastor e professor Leandro Seawright Alonso, Doutorando pela USP. O livro discute o ano de 2010, mais especificamente as eleições presidenciais daquele ano, bem como a participação política dos evangélicos e, em especial, um eventual processo de cooptação de votos no ´curral´ evangélico, isto por conta de um uso maciço de um vídeo veiculado por uma conhecida e influente liderança cristã histórica, vídeo este que acusava o PNDH 3 de ´institucionalizar o pecado´ – algo que só poderia ser evitado caso o voto evangélico fosse canalizado a um candidato paulista de um partido de orientação ´social-democrata´”.

O livro seria lançado, já que "o Vereador Juscelino Gadelha deu acesso ao uso da Casa, e o senhor Xexéu, da comitiva do PSB estadual, tenha facilitado o evento, mas apesar das medidas, por ordem de pessoa ainda não identificada, e por razões desconhecidas, o uso do salão nobre foi de maneira unilateral e sem prévio aviso cancelado".

É desnecessário dizer que o descontentamento foi generalizado junto às personalidades ali presentes, muitas das quais comporiam a mesa que debateria o livro, entre elas Jorge Pinheiro, Pós-Doutor em Ciências da Religião pela Universidade Mackenzie, e Professor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo; Antônio Maspoli, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião na Universidade Mackenzie; além de Marcos Davi, Mestre pela Universidade Metodista; e o Pr Abreu Mauricio Carvalho, diretor do Seminário Batista Nacional.

As razões para o cancelamento sumário não foram esclarecidas, aguardamos que a Casa se pronuncie sobre o fato, para que possamos esclarecer às pessoas que se dispuseram a estar conosco e que, também, nós organizadores do evento possamos desarmar alguns ânimos mais exaltados que nestes momentos sobre os ´auspícios´ de teorias conspiratórias sempre sugerem algum tipo de sabotagem por parte de forças politicas que costumam sentir-se ameaçadas quando um debate profundo sobre democracia e laicidade são estimulados a acontecer.

Devemos entender

A liberdade de organização das comunidades de fé tem uma dimensão importante no seu relacionamento com o Estado. Esse relacionamento pode se dar de três formas, por fusão, união e separação. Um estado laico é leigo, neutro e separado da religião. O termo laico remete-nos a uma atitude crítica da interferência das religiões na vida pública da sociedade.

Assim, a laicidade do estado brasileiro é condição indispensável para a existência da democracia. Sem o respeito às crenças, às descrenças e à ausência de crenças, de neutralidade confessional, é impossível ao estado brasileiro assegurar paz religiosa e, inclusive, social.

As teocracias, assim como as militâncias fundamentalistas, sejam elas religiosas ou de descrença, na modernidade que se esvai, ameaçam o respeito ao outro e geram discriminação e ódio.

A esse poder e influência temporal da Igreja sobre o Estado, chamamos clericalismo. E, a partir daí, podemos dizer que não existe anticlericalismo sem clericalismo, nem liberdade sem laicidade. Por isso, a teocracia é a negação da democracia.

Não vamos esquecer que a Constituição de 1824 estabelecia três vetores em relação à questão religiosa: (1) o catolicismo era a religião oficial do Império; (2) a permanência da Igreja Católica Apostólica Romana na condição de religião do Império, apesar de admitir o culto particular de outras religiões, desde que em casas para isso destinadas, sem forma exterior de templo; e (3) a permissão da elegibilidade para o Congresso apenas daquelas pessoas que professassem o catolicismo.

No Brasil essa hegemonia foi superada, ao menos no texto, com a chegada da República. Dessa maneira, o Brasil é um estado laico desde a edição do Decreto 119-A, de 17 de janeiro de 1890, que instaurou a separação entre a Igreja e o Estado. É uma vitória cidadã e democrática. Quebrar essa conquista é retrocesso que em última instância não favorecerá grupo algum. Exemplo disso foram as guerras de religião entre católicos e protestantes na Europa e a violência dos conflitos étnicos religiosos na Iugoslávia.

Acadêmicos, líderes religiosos e políticos que particpariam do debate

Democracia e laicidade

No Brasil democrático e laico, nós protestantes devemos defender nossas convicções e agir em nome próprio, como cidadãos, e não enquanto representantes de instituição religiosa. E devemos nos associar livremente como qualquer grupo organizado da sociedade, para expor e propagar maneiras de ver e viver.

A presença ativa das comunidades protestantes pode ser muito positiva para a sociedade. A exposição de valores como a ética cristã, a solidariedade e a luta por melhor distribuição de oportunidades e possibilidades podem fazer enorme diferença para o futuro da nação.

Se compreendermos que a democracia e a laicidade não são inimigas das crenças particulares, vamos entender que os protestantes têm o direito de exercer sua cidadania e se manifestar sobre aqueles temas que geram discussão e polêmica. As questões éticas em tempos de crise cobrem importância especial. Mas essas questões não podem ser encaradas apenas como questões religiosas, embora nosso protestantismo deva, permanentemente, abastecer a ética e influenciar nas decisões do País.

Por isso, não podemos compreender o gesto da Câmara Municipal de São Paulo ao impedir, por falha ou propósito, o lançamento do livro do Pr. Leandro Seawright Alonso, "Deus, Diabo e Dilma" nesta Casa do Povo. O que aconteceu? Quem é o responsável por esta arbitrariedade? Aguardamos respostas e ressarcimentos.

Tal fato político, coercitivo e de uso abusivo da força institucional, da Câmara Municipal de São Paulo conflita com a democracia conquistada com lutas e pisoteia a laicidade cidadã. Vergonha! A resposta deve ser dada às comunidades protestantes aí representadas, assim como às comunidades acadêmicas e à população, razão de existência da própria Casa!

vendredi 8 juin 2012

A identidade batista, resumo mínimo


Amanhã, sábado, dia 9 de junho, teremos um debate com o Professor Mestre Leandro Seawright Alonso na Câmara Municipal de São Paulo a partir das 9 horas. Ele vai expor  suas pesquisas acadêmicas na Universidade de São Paulo sobre a última eleição presidencial e a participação dos evangélicos nela. Os resultados de sua pesquisa, dissertação de Mestrado, resultaram na publicação do livro, "Entre Deus, o Diabo e Dilma". Como a pesquisa foca a posição de liderança de destaque dos batistas brasileiros na campanha eleitoral à presidência, achei por bem publicar um resumo mínimo da identidade batista, já que a audiência será formada por pessoas de diferentes tradições religiosas ou mesmo sem religião. Conto com a presença lá dos paulistanos que lêem este blog. Forte abraço para todos e todas. Jorge Pinheiro.   
Making A Way: Grace Baptist Church Choir of Mount Vernon, NY
Os batistas são, depois do pentecostalismo, a ramificação mais numerosa do protestantismo evangélico, compreendido como um cristianismo biblicista, conversionista e militante. É a principal confissão protestante norte-americana e tem um crescimento significativo no Brasil. Em termos gerais, desenvolveu-se a partir de cinco traços distintivos:

  1. A prática do batismo por imersão da pessoa convertida, como testemunho de compromisso e fé
  2. As Escrituras como regra em matéria de doutrina, ética e fé
  3. Eclesiologia congregacionalista e de proclamação, com autonomia da assembléia local composta de militantes engajados
  4. Teologia de inspiração calvinista, com destaque para a conversão pessoal
  5. Defesa da liberdade de consciência e de expressão, e oposição à qualquer interferência da autoridade civil ou eclesiástica na vida da igreja
Esse protestantismo evangélico se caracteriza, assim, pela referência à tradição confessional, mas também por uma plasticidade marcante. A nível global, a Aliança Batista Mundial/ABM reúne cerca de 35 milhões de batistas e busca definir políticas de evangelização, reconciliação entre batistas, defesa da liberdade religiosa e assistência às igrejas batistas localizadas em regiões carentes do mundo. A Aliança Batista Mundial foi fundada em Londres em 1905.

Os precursores dos batistas foram, ideologicamente, os anabatistas da época da Reforma. Congregações anabatistas da Holanda no início do século XVII e grupos de puritanos independentes ou congregationalistas, que fugiram da Inglaterra para a Holanda fazem parte dessa construção histórica. Influenciados pelos anabatistas, puritanos independentes convenceram-se de que o batismo cristão é apropriado apenas para adultos convertidos, como testemunho de seu compromisso e fé pessoal.

De volta à Inglaterra, este grupo formou a primeira congregação batista em 1611. Duas décadas depois, Roger Williams (1639) formou a primeira congregação batista em Providence (Rhode Island). A partir de então, os batistas, já com influências da teologia calvinista, cresceram rapidamente nos Estados Unidos. A democracia informal centrada nas Escrituras tornou-se uma referência política na construção de igrejas em situação de fronteira, sob as condições rurais instáveis do Sul, Meio-Oeste e Extremo Oeste norte-americano. Assim, essas regiões foram densamente povoadas pelos batistas, uma tendência que se mantém até hoje.
Os batistas olham a vida cristã como fé pessoal, serviço e testemunho. Isso faz dos batistas militantes da causa protestante evangélica. Cada pessoa deve nascer de novo, estar convertido para uma nova vida e a partir daí congregar numa igreja. Para os batistas, a igreja local é o resultado da conversão e da graça, uma comunidade de crentes reunidos: não é a mãe da experiência cristã, nem fonte de graça, como na tradição católica.

A igreja local é santa porque a fé e a vida de seus congregados são santas. A igreja local, pelo menos em princípio, não tem nenhuma autoridade sobre seus membros, em sua liberdade de consciência, por exemplo, política, ou em assuntos eclesiásticos.

A plasticidade batista

Devido à sua plasticidade, os batistas temos mostrado características opostas na história. Pela ênfase na autoridade da Bíblia, na compreensão puritana estrita, na ética vitoriana, e entendimento da absoluta necessidade da fé e santidade pessoal, a maioria dos batistas é conservadora, tanto nas questões de fé, como de moral. Mostram-se temerosos diante das filosofias e teologias modernas e da política liberal. O evangelho é a Bíblia interpretada literalmente, dentro dos princípios tradicionais batistas. A ética cristã são os princípios básicos das Escrituras, que nenhum batista deve abandonar. Por esta razão, muitas convenções batistas se recusam a aderir ao movimento ecumênico e ignoram o evangelho social e sua preocupação com a justiça econômica, política e social.

Porém, devido a ênfase na liberdade de consciência e de crença pessoal e a importância da vida cristã longe da autoridade eclesiástica, de dogmas e rituais, os batistas são líderes do liberalismo tanto a nível político como teológico. Muitos seminários e igrejas batistas são conhecidas por estilo de adoração, atitudes sociais e teologias liberais. Os batistas foram importantes na criação do movimento ecumênico no início do século XX. Nas controvérsias que dominaram o século XX nos Estados Unidos entre teologia moderna versus fundamentalismo, entre o evangelho social versus o evangelho individual, e entre ecumenismo versus exclusivismo.
Martin Luther King Jr.
Mas, os batistas tiveram sempre papéis de destaque nos dois polos, apesar de contrários. Exemplo disso foram Walter Rauschenbusch, pastor e teólogo batista e um dos teóricos do Evangelho Social, e Martin Luther King Jr., pastor e líder pelos Diretos Civis nos Estados Unidos. E no Brasil podemos citar o Manifesto dos Ministros Batistas de 1963, de claro conteúdo político e social a favor das reformas de estrutura no país. 
Os livros de Walter Rauschenbusch em inglês estão nas livrarias on-line.
"Orações por um mundo melhor", em português, você se encontra fácil.  

jeudi 7 juin 2012

Les évangéliques en France

Implanté en France 

dès les débuts de la Réforme mais touché par une histoire tragique, le protestantisme arrive aujourd'hui en 3e position des religions pratiquées en France après le catholicisme et l'islam mais avant le judaïsme. Les protestants français se répartissent traditionnellement entre les Églises luthériennes, les Églises réformées et des Églises évangéliques (dont les pentecôtistes, les baptistes et les mennonites). Il existe aussi quelques paroisses anglicanes à l'intention des Anglo-saxons résidant en France et des Églises de rite étranger, fonction de la population présente en France.

Les protestants représentent traditionnellement environ 2 % de la population française, même si un sondage les estimait à 1,5 % en 1995. Un sondage plus récent (2009) révise toutefois cette estimation traditionnelle à 3 %, ce que le sociologue Jean-Paul Willaime attribue à la croissance des mouvements évangéliques1. 25 % des protestants français sont évangéliques, 26 % sont membres des Églises réformées et 19% sont luthériens. 40 % des protestants ont moins de 30 ans. Ils sont en majorité progressistes en matière sociale (97 % défendent l’utilisation d’un préservatif) et hétérogènes en politique. 78 % sont pour la laïcité. 25 % des pasteurs français sont des femmes.

Le protestantisme est inégalement réparti dans les régions, en fonction de l'Histoire. Il est principalement implanté en Alsace et dans le pays de Montbéliard (notamment à cause du fait que pendant les guerres de religions, l’Alsace n'était pas française et que lors de sa conquête, Louis XIV n'a pas osé y instituer immédiatement sa politique de persécutions religieuses) et dans le Languedoc(notamment, mais pas seulement, dans les Cévennes). Dans d’autres régions (Bretagne, Centre), le protestantisme est très disséminé alors que dans la reste de la France, il est surtout présent dans les grandes villes et dans quelques implantations historiques (Charentes, Saintonge, Béarn...).

Le principal précurseur du protestantisme en France est sans doute Jacques Lefèvre d'Étaples (1450?-1537), théologien et humaniste français, traducteur de la Bible et exégète à l'esprit critique. Nommé en 1520 vicaire de Guillaume Briçonnet, évêque de Meaux, Lefèvre crée le « cénacle de Meaux » dont le but était d'améliorer la formation des prêtres en s'attachant à la prédication et à la vulgarisation des Écritures, en regroupant autour de lui Guillaume Farel (futur prédicateur protestant), Guillaume Briçonnet, Gérard Roussel, Louis Berquin, François Vatable ou encore Marguerite d'Angoulême.

Après les premiers succès du luthéranisme, qui coexiste pacifiquement avec le catholicisme pendant une trentaine d'années malgré l'excommunication de Luther en 1521, une deuxième vague de prédicateurs protestants se répand en France sous l'influence de Jean Calvin, parmi lesquels Guillaume Farel ou Guy de Brès.

En mai 1559 a lieu la première assemblée nationale (ou synode) de l'Église réformée de France. Le 1er mars 1562 à Wassy, des protestants surpris pendant un culte sont massacrés par le duc de Guise, ce qui marque le début des guerres de Religion. Le baron des Adrets, noble protestant méridional, fait à son tour tuer des catholiques.

Huit guerres de religion (1562-98) sont dénombrées au XVIe siècle, la France connaissant une fracture religieuse : la majorité du pays reste fidèle au catholicisme, tandis qu'une importante minorité rejoint la Réforme. Le principe de la coexistence de deux confessions dans le Royaume se révèle inapplicable. La guerre ne peut être évitée, signe de l'échec de la tolérance civile. Huit guerres vont se succéder sur une durée de 36 ans, entrecoupées de périodes de paix fragiles.

Le 18 août 1572, le mariage d’Henri de Navarre et de Marguerite de Valois est célébré à Paris. Peu après, le 23-24 août 1572, leMassacre de la Saint-Barthélemy a lieu à Paris. Un Conseil royal se réunit, au cours duquel il est décidé d'éliminer les principaux chefs huguenots. L'amiral de Coligny et d'autres gentilshommes protestants sont assassinés tant au Louvre qu'en ville. Cette exécution d'un nombre limité de chefs huguenots est suivie d'une tuerie sauvage qui va durer jusqu'au 29 août et fait dans Paris 4 000 victimes. Le massacre s'étend alors à la province où l'on dénombre 10 000 tués. Le massacre marque le début de la quatrième guerre de religion.

Le 25 juillet 1593, Henri IV se convertit au catholicisme, ce qui lui permet d'accéder enfin au trône de France auquel il prétendait depuis 1589. C’est à propos de cette cérémonie qu’il aurait prononcé la célèbre phrase : « Paris vaut bien une messe ». Henri IV signe l’Édit de Nantes, le 30 avril 1598, qui reconnaît la liberté de culte aux protestants. La promulgation de cet édit met fin aux guerres de religion qui ont ravagé la France au XVIe siècle, et constitue une amnistie mettant un terme à la guerre civile. Le royaume de France est alors le seul État où deux religions coexistent officiellement. L'assassinat d’Henri IV, ayant eu lieu le 14 mai 1610, par François Ravaillac, un catholique fanatique en désaccord avec les réformes religieuses du roi.

Le 18 octobre 1685, Louis XIV signe l'Edit de Fontainebleau révoquant l’Édit de Nantes. Le protestantisme est interdit dans le royaume de France. S’en suit alors une période de persécutions qui conduit une partie des protestants à l'émigration (le Refuge) et l'autre partie à une sorte de résistance passive. C'est la période de l'Église sous la Croix, où des cultes clandestins se tiennent parfois au Désert (allusion à l'errance du peuple d'Israël dans le Sinaï), c'est-à-dire souvent en pleine nature (grottes, clairières, vallons isolés). La révolte des Camisards (1702-1704) constitue un épisode curieux qui mêle prophétisme et violence, dans une véritable guérilla de toute une population poussée à bout par la répression et qui mobilise d'excellents régiments et d'excellents généraux dont le roi de France aurait bien besoin ailleurs (on est en pleine Guerre de succession d'Espagne).

Le 7 novembre 1787, Louis XVI rend aux protestants une existence légale par l’édit de Tolérance qui leur donne un état-civil. Le 26 août 1789, l'adoption de la Déclaration des droits de l’homme et du citoyen (DDHC) qui promulgue la liberté de culte. Le 8 avril 1802,Napoléon Bonaparte, par la loi du 18 germinal an X rétablit officiellement et organise définitivement le droit au culte protestant.

La Fédération protestante de France (FPF) a été créée le 25 octobre 1905 comme une union d’Églises destinée à « défendre les intérêts protestants » dans le contexte de la séparation des Églises et de l’État. Elle fédère aujourd’hui 17 Églises et unions d’Églises. Les annuaires protestants recensent 690 paroisses luthériennes et réformées (luthéro-réformées) ainsi que 2 100 communautés évangéliques actives en France.

Par ailleurs, nombreux sont les protestants issus des Églises établies qui sont très attachés à l'histoire parfois douloureuse de leur Église et aux éléments d'histoire familiale associés ; c'est à cela que l'on [Qui ?] doit la fondation de la Société de l'histoire du protestantisme français (SHPF), société savante fondée en 1852 afin de faciliter les recherches historiques sur le protestantisme. C'est une des plus anciennes sociétés savantes de France, qui publie depuis sa fondation le Bulletin de la SHPF (trimestriel), auquel s'est ajouté depuis les années 1980, les Cahiers du centre de généalogie protestante. Dans la même veine, il existe un Comité protestant des amitiés françaises à l'étranger qui entretient les liens avec les communautés protestantes issues de l'émigration huguenote dans les pays dits du Refuge.

Fonte

Wikipedia
Protestantisme en France

dimanche 3 juin 2012

Morrer em Paris



Para Jim Morrison:
Morrer em Paris

Por Jorge Pinheiro, de Paris


Uma visita aos subterrâneos da capital francesa, que abrigam os ossos de milhões de personagens anônimos e famosos que deram a vida construindo o espírito de uma nação diferenciada. 



Catacumbas
Foto de Jorge Pinheiro


Três de julho de 1971. Você é âncora no imaginário, lenda: rei lagarto. Ataque cardíaco, overdose, assassinato, CIA. Afinal, você, Jimi e Janis, assim como Martin, Malcolm e outros diziam coisas, faziam coisas. E Paris é um bom lugar para morrer e ser morto. Oscar Wilde também tombou aqui.


Ninguém tem medo
Não é fantasma quem está lá embaixo,
Eu e você
Somos eu e você isso que se chama morte 



Hipótese absurda, improvável, inconveniente, embora os libertários só são bons e palatáveis depois de deitados. Vinte e sete anos é uma idade em que não se deveria morrer. Agora, você está no cemitério Père-Lachaise, lugar de peregrinação e culto para fãs tresloucados que vêem ou ouvem você cantando roucamente pelas noites frias.


Ninguém tem medo
Eu mato você mata ele mata
Desde pequenos
Caim foi mal
Esganar é natural 



Père-Lachaise é ponto turístico, cheio de mortos ricos e famosos, e outros nem tanto, mas quero falar de mortos-ossos empilhados aos milhões nas catacumbas de Paris. Desci. Deixei lá em cima a cidade luz, o movimento, uma cidade viva e alegre. Desci mais e mais, e depois caminhei por dois quilômetros de galerias, dos 300 que serpenteiam por baixo de Paris. Lá em cima, o verão, agradáveis 26 graus, aqui embaixo, trevas e escuridão, temperatura abaixo dos 14 graus, com algumas galerias parcialmente inundadas, e goteiras que escorrem por nosso rosto.


Olhei e vi o cavalo amarelo,
O cavaleiro se chama morte
E o mundo dos mortos segue
Não pergunto pelo morto



A origem das catacumbas de Paris, que poderíamos chamar de ossuário municipal, remonta ao século XVIII. Tudo começou com o cemitério dos Inocentes, que ficava perto de Saint-Eustache, no bairro Les Halles, que foi usado por quase dez séculos e se tornou, naquela época, uma fonte de infecção para os moradores da região. Depois de inúmeras denúncias, o Conselho de Estado, em 1785, optou pela remoção e fim definitivo do cemitério dos Inocentes.


Pessoas procuram, não encontram
Querem, ela foge
Para onde vai
Depende do que escolhemos ou já foi escolhido



Então, escolheram uma antiga pedreira, já cheia de galerias, para instalar aí esse tal inferno rochoso, que hoje está parcialmente sob o bairro onde moro, nesta primavera e verão de 2010, Denfert Rochereau. E a partir daqui estão depositadas milhões de ossadas dos antigos cemitérios de Paris.


Desconhecido convidado a descobrir
Morte pelos olhos
Enterro
Prelúdio imagens na câmera 



Mas não bastava transferir os ossos para as catacumbas, era necessário um trabalho de arquitetura que evitasse que as galerias desabassem sob o peso das construções de superfície e nem mesmo sob o peso do metrô, que corre em cima dos ossuários. E assim foram consolidadas as galerias, com obras de alvenaria, complementadas por uma escadaria, que desce a 20 metros abaixo do solo.


Particularidade milhares vestidos em trajes secos
Sombra luz drivers que guiam
Condição humana
Padres, homens, mulheres, crianças



A remoção dos ossos, com pompa e consagração religiosa do local começou em 1786. Cada uma dessas transferências de milhares de ossadas era acompanhada por missa e procissão com padres liderando o cortejo, com cantos fúnebres, e clamor a Deus pela paz eterna dos defuntos. E no final do cortejo, vinham carroções carregados com os ossos e cobertos por mantos negros. E, com o passar dos anos, até 1814, todos os ossos dos cemitérios de Paris foram transferidos para as catacumbas.


Eternidade agora
Contemplação e oferta
Singularidade, domínio do claro-escuro,
Platina, selênio em papel moeda
Contrastes
Imagens restauram o caráter

Pessoas singulares preocupante






Logicamente, essas catacumbas, com ossos empilhados, num espetáculo macabro, grafitadas com inscrições sobre o mundo dos mortos, é a última morada de muita gente conhecida. De reis e nobres como Carlos X, Napoleão III e seu filho, de revolucionários como Danton e Robespierre, de combatentes não registrados, apenas lançados lá, como os milhares da Comuna e dos que morreram pela liberdade, igualdade e fraternidade.
Jim, meu brother, você não está sozinho, apenas mora em outro pedaço.


Doors abrem
Drogas não são drogas
Guerras não são guerras
Matar não é matar
Morrer não é morrer
A morte e o mundo dos mortos entregam
Ossos que servem para fundar Paris. 



15/8/2010


Fonte: ViaPolítica/O autor 

samedi 2 juin 2012

You can talk?

How to face religious debate? We must close in doctrinal definitions and declare that all inter-religious dialogue leads to syncretism and dissolves our beliefs and faith? Is dialogue possible, recognizing differences and keeping each religious identity? To think about these issues, we make a new reading text of José Maria da Silva. The identity of religions in the world, provided an analysis looking localized [Journal of Religious Studies, 2001, no. 4, pp..14-26].
 Paul Tillich Society of Brazil promotes inter-religious dialogue

But first let's see some methodological assumptions that can help us guide the study the issue of religious identity versus challenge of interreligious dialogue.

The science and linguistics in particular works with concept of paradigm. A paradigm is a model, a pattern, a prototype. It is a set of units capable of research based on past scientific achievements, which appear in same context and are switchable and mutually exclusive. In paradigm, the units have at least one trait in common - form, value, or both - that relationship, enabling joint open or closed, depending on nature of the units. In first case, when these units are formal, we have a paradigm that enables translation of reality and in second case, when units of value, we have a paradigm that systematizes knowledge.

But there is another important fact: in every age, there dominant paradigms, ie those from which research takes place, committed to certain rules and standards.

But, no paradigm is eternal. It can be broken. In this sense, paradigm is broken when a vision that transforms understanding of reality, gives it new shape and size, a rereading of determining truth.

According to Thomas Kuhn [ The Structure of Scientific Revolutions , California, Perspective, 1976, p. 38], " to be accepted as a paradigm, a theory must seem better than its competitors, but it need not (and in fact it never does) explain all the facts with which they can be confronted ". The paradigm shift ultimately means changing scientific imagination and not one given to a structure of ideas longer existing. 

In field of Christian religion are generally considered three paradigms: (1) exclusivism ecclesiocentric or Romam Catholic vision, (2) inclusivism or Christocentric vision, (3) pluralism or theocentric vision.

Roman Catholicism is an axiom, formatted by Origen, Cyprian and Augustine - "Extra eclesiam nulla salus " - and taken up by Council of Florence (1442), which characterizes this ecclesiocentric exclusivism. By saying, "outside the church no salvation", Roman Catholicism is affirming Catholic faith is private, restricted and incompatible with any other faith, even Christian. And this is so by divine law given to this church, as it has no competition in any other religious expression.

Protestant Christian in field, this spirit or exclusion system is translated into idea that "outside of Christianity there is no salvation", as John Hick states [The metaphor of God incarnate , Petrópolis, Voices, 2000, p. 13-14].

Generally, the exclusivism ecclesiocentric, whether Catholic or Protestant, part of a tautological interpretation of revelation, which is based on mythic literalism. But if from there, also leads to demonization of difference, which always appears as heresy or doctrine without foundation and that, therefore, does not deserve credit or attention. So what is different is always reviled, accursed, anathema.

The paradigm that arises at other extreme is theocentric pluralism, that part of Copernican revolution, according to which reality is not an organic whole, but is composed of plurality of independent entities, whether material or spiritual. That is, like planets revolve around sun, all religious expressions are directed to God.

This paradigm dissolves religious identity, denying quality of what is particular to all religious expression, what makes it identical to itself. By diluting and even deny themselves this set of characters to certain religion, leads conclusion that all are equal, or serve same functions as all revolve around God.

But to rely on Copernican revolution, theocentric pluralism brings field of religion is a problem that does not exist in other scientific fields. Here, claim that all religions are equal can not be detected by examination of facts. Or rather, only possible solution would be to analyze faith in each one. But even this solution would not be as empirical as it seems, because religious faith, it is exclusive, it is only accepted by those who share it.

The option, as proposed by theologians such as Hick's eschatological verification, because "until the last corner is not folded, nothing will be known definitively", as José Maria da Silva adds [ Identity of the world religions, from an analysis eyes located , article cited, p. 18]. That is, as whether basic paradigm of pluralism proceeds, ie, that all religions are equal, we have to wait until end of the world. 

But there is a third way, different from paradigm of exclusivism ecclesiocentric and different from paradigm of theocentric pluralism. It is Christocentric inclusivism, which sees religion as a natural fact of revelation, that is, salvific universality of Christ's sacrifice on the cross. In this sense, all of them are in axiom presented by Paul in Romans 2:14-15: "The non-Jews have the law. But when they do so on their own accord what the law commands, they are a law unto itself, although not the law. They show, for their ways, they have law written in their hearts. The very awareness of them shows that this is true, and his thoughts, which sometimes accuse and sometimes argue, also show that".

In this sense, when we speak of Christocentric inclusivism, we are talking about scope and involvement of salvation in times of human life in particular and in life of humanity. This is because salvation has a past tense, as Paul says in II Timothy 1:8-9: "God saved us and called us to be his people. It was not because of what we have done, but because this was his plan and because of his grace. He gave us this grace through Christ Jesus before world began". 

Thus, sins of human beings who felt pain and were aware of their misery, or who have repented, been forgiven through sacrifice of cross, as Paul explains: "God gave Christ as a sacrifice so that by his death in cross, Christ became means for people to receive forgiveness of their sins through faith in him. God wanted to show by this that he is righteous. In the past He was patient and did not punish people for their sins, but now, by sacrifice of Christ, shows that God is just. So it is fair and accepts those who believe in Jesus".

But grace of cross covers those who have repented in past tense to cross, while forgiveness law [Rom 5:9, Eph 1.7], also occurs in present time [James 1:21, I Peter 1.9], while present tense of freedom [Luke + 9:23, Rom 5:10, Gal 5. 16, 25] and at a later time [Romans 13:11], while time of glorification [Philippians 3:20-21, Galatians 1.4, I Peter 1.5, 3:20-21].
Theologians of Christian religious spectrum in the Mackenzie U.

Thus, different paradigms of exclusivism ecclesiocentric and pluralism theocentric, paradigm of Christocentric inclusivism enables inter-religious dialogue without diluting our identity Christian, Protestant, evangelical. Do not isolate ourselves, or we curse those who are different. Instead, knowing difference allows dialogue and confirms our identity.

Paradigm of Christocentric inclusivism differs from pluralism theocentric is also and not say that all religions are equal and even says that fulfill same function saving. Do not dilute our faith in a tangle of beliefs, but from the maintenance of our identity, we see that the expression of revelation and saving factor of cross of Christ as redemptive project took place outside of time and space, in eternity, and, this enables all human beings and humanity a meeting with the Creator.

Well, every new paradigm involves scientific imagination. It's always a new path to new discoveries. You answer to challenge of postmodernism. We run all day on difference.How we live and interact with these differences? Perhaps the paradigm of Christocentric inclusivism help us.

mercredi 30 mai 2012


Historical Jesus, some questions

Dear students, this is an introduction to subject of Christology historical Jesus - Systematic Theology II - which you should read for class. Best wishes to all. JP.

Passion is a March / Dish / Dilated / Road that hurts / Charming flower / Labyrinth / Hold / network seems every root / root only / When not singing thunder / Transfiguration . " 
(Transfiguration, Cordel do Fogo Encantado).


This study search biblical foundations of social policy work of Jesus with text of Luke 4.14-30 and we take as reference Ben Witherington III [1] and John Howard Yoder [2].


Witherington III examines social marginality of Jesus from realities expressed by the priestly hierarchy of time about it. By not having a father was not known and recognized right to a name. So it was seen as someone unknown pedigree. And fact of being named man of Nazareth, came from a village of peasants and artisans, little known and away from trade routes, made their geographical identity also not classify him as possible messianic figure.
Portrait of the Palestinian figured Yeshua


Genealogy and geography made him a Jew on margins socially, which in its origins, did not deserve credit. But, this man-no-name, this man-without-the-holy-land started its activities in a manner at least unusual in synagogue at Nazareth, as Luke describes.

According Yoder, in time, there was a synagogue reading of prophets regularly prescribed. And fact that this passage was not present in later lectionaries known, tends to indicate that Jesus chose it on purpose. Morris says that this hypothesis corroborates statement of Luke: "opening the book, he found the place where it was written". [3]  Here two details deserve to be highlighted: first, is only clear reference in Gospels that Jesus knew how to read. And second, why, when reading Isaiah 61.1-2, he omitted a phrase,  to heal the brokenhearted  and added another,  liberate the oppressed, which is in Isaiah 58:6? In fact, we used the texts considered most useful to exposition of his political and social platform.

Use he made of political terms, as a kingdom and gospel, show that such selectivity had a purpose: to speak of a political promise of social intervention alternative to those powers present at the time. So, if you read text presented by Jesus, rabbinic perspective, we are facing a recurrence of promises of jubilee, when accumulated injustices should be remedied for years. The identity of man speaks not questioned claimed that Palestine would be rescued in time scale, but it should get impact on Palestinian life supportive of sabbatical year.

Likewise, coming kingdom emerged as a prophetic understanding of sabbatical year. Thus, Saturday of week is on Saturday widened years, which should be seventh of rest and retirement, as restored what had been exhausted, nature and people. This collection of regulations found in Leviticus 25.1-26.2 concernia property rights of land ownership and people, which formed basis of wealth. Purpose was to set limits on right of possession, since all property, nature and people, belong to God. Thus, anyone could own nature and people permanently, because this right belongs to God. And cycle of seven sabbatical years flowed into fiftieth year, messianic Jubilee (Lev. 25.8-24), which will only appear again throughout Old Testament only in Figures 36.4. But Jeremiah, in chapter 34.8-17 spoke of social reform in besieged Jerusalem, when Zedekiah proclaimed freedom of Hebrew slaves. Similarly, we find in Isaiah 58.6-12 reform as part of prophetic vision. In this sense, reform of jubilee pointed to economic restructuring and socio-political relations between peoples of Palestine.
Academic research on the historical Jesus

It is interesting that Josephus has stated years after presence of Jesus in Nazareth, that "there is no single Hebrew who, even today, not obey laws concerning sabbatical year as if Moses were there to punish him for offenses, and that even in cases where a violation would go unnoticed ". [4]

Despite assertion of Josephus, we know that an economic and social environment from provisions of Leviticus 25, which also included redistribution of property, was never literally lived among Jews. So it fell to a "no-promised land" of year to raise discourse of liberation.

Proposed reform of marginal Jesus was prophetic announcement of entry into force of a new era, where listeners accept news. I was not referring to a historical event, but a reaffirmation of hope known his listeners: reform and socio-economic policy that should change relations between Palestinian people.

The man known genealogy and geography placed centrality of marginal reform on himself by saying that at that time, synagogue of Nazareth,prophetic promise was fulfilled. And this is what Lucas will show the sequence of his Gospel: reform was the promised marginal Messiah.

BIBLIOGRAPHY

ASH, AL  The Gospel According to Luke . New York: Christian Life, 1980.
Bratcher, R.  A Translator's Guide to The Gospel of Luke.  London: UBS, 1982.
BOFF, Leonardo,  Jesus Christ, Liberator , 16th edition Petrópolis, Voices.
Crossan, John Dominic,  The Historical Jesus, the life of a Mediterranean Jewish Peasant , St Paul, Wellington, 1994.
ECHEGARAY, Hugo,  The Practice of Jesus , Petrópolis, Voices, 1982.
Fitzmyer, JA The  Gospel According to Luke I-IX . New York: Doubleday, 1981.
GODET, F. A  Commentary on The Gospel of St. Luke . Edinburgh: T. & T. Clark, SD
JONES, E. Stanley,  alternative to communism Christ , New York, 1953.
MORRIS, L.  Lucas - Introduction and Review . New York: New Life, 1990.
NORTH, Robert SJ,  Sociology of Biblical Jubilee , Rome, the Pontifical Biblical Institute, 1954.
PIKAZA, Xabier,  Figure of Jesus: Prophet, Healer, Rabbi, Messiah , Petrópolis, Voices, 1995.
PLUMMER, A.  Gospel According to St. Luke . ICC. New York: Charles Scribner's Sons, nd
Reiling, J. & SWELLENGREBEL.  The Translator's Handbook on The Gospel of Luke .  Leiden: UBS, 1971.
SCHMID, J.  El evangelio Según San Lucas .  Barcelona: Herder, 1968.
Trocme, Etienne,  Jesus-Christ et la révolution non-violent  (VV.AA.), chap. III, Geneva, Labor et fides, 1961.
Vermes, G. Jesus,  the Jew , California, Loyola, 1990.
WITHERINGTON III , Ben,  The Christology of Jesus , Minneapolis, Fortress, 1990.
YODER , John Howard,  The Politics of Jesus , St. Leopold Synod, 1988.



[1]  Ben Witherington III,  The Christology of Jesus , Minneapolis, Fortress, 1990.
[2]  John Howard Yoder, The Politics of Jesus, St. Leopold Synod, 1988.
[3]  L. Leon Morris, Lucas, introduction and commentary, New York, 1990, p. 101.
[4]  Josephus,  Antiquitates III , 15, 3.


Research presented at the  III Brazilian Congress on Biblical Research / PUC-SP , from 08 to 10 September 2008.


Read also
Jorge Pinheiro, Biblical and Systematic Theology, Protestant practice of the ultimatum , Editorial Source, 2012, Chapter Five: The Christ.