A CRUZ HUGUENOTE

  Fevereiro 2024

  O Islã na França

O Islã na França

    O Islã é hoje a segunda religião na França depois do catolicismo em número de praticantes, e a terceira em número de locais de culto depois do protestantismo.  

    A comunidade muçulmana francesa também é a primeira na Europa. Resultado essencialmente da imigração vivida pela França a partir da década de 1960, as populações muçulmanas hoje são de segunda, terceira ou mesmo quarta geração.

Na ausência de censos oficiais relativos à religião, é bastante difícil quantificar com precisão o número de muçulmanos em França. As avaliações mais recentes variam de 4,1 milhões de muçulmanos (de acordo com uma estimativa do Observatório do Secularismo em 2019) a 8,4 milhões de pessoas com “origem muçulmana” (de acordo com uma estimativa de François Héran em 2017), dependendo dos métodos de cálculo utilizados para as estimativas.

   O Pew Research Center estimou em 2017 que havia 5,7 milhões de muçulmanos em 2016 na França, ou 8,8% da população. Por projeção, o mesmo centro de investigação estima que em 2050 será entre 12,7% e 18%, variando este número a depender da quantidade de imigração para França.

  De acordo com um estudo do INED / Instituto Nacional de Estudos Demográficos e do INSEE / Instituto Nacional de Estatística e Estudos Econômicos cujos resultados foram publicados em 2023, entre a população de 18 a 59 anos na França continental, havia em 2019-2020, 10% de pessoas que se declararam muçulmanas -- em comparação com 51% que se declararam sem religião e 38% declarando-se cristãos.A grande maioria dos muçulmanos na França pertence à corrente principal do Islã, o sunismo.

   Hoje, praticamente todos os pastores da Cruz huguenote têm amigos ou conhecidos muçulmanos. E nossos filhos e filhas, sem dúvida, porque as crianças e jovens muçulmanos frequentam as mesmas escolas.

Jorge PINHEIRO, dirigente da Cruz huguenote na França.


O Suprimento Para Cumprir a Missão

          No texto bíblico de Lucas 14:25-35 Jesus traz mais um de seus contos populares com a intenção de desvendar ensinos espirituais profundos. Dois homens têm diante de si uma grande missão: um precisa iniciar e concluir uma construção de grande porte e outro precisa não passar a vergonha de provocar uma guerra a qual no poderá vencer. A solução a ambos, é procurar munir-se de recursos basicos a estes objetivos (soldados e material de construção) antecipadamente. Em meio a estes contos Jesus faz a comparação com quem deseja seguí-lo e serví-lo. Do que alguém assim deveria se fazer abastecido para alcançar concluir essa missão? Este texto, oferece uma perspectiva profunda sobre o chamado ministerial cristão e a vocação pastoral evangélica/protestante. Neste trecho, Jesus enfatiza a necessidade de consciência sobre o custo pessoal de segui-lo. Ele declara que aqueles que desejavam ser seus discípulos deveriam amá-lo mais do que a família, a própria vida e até mesmo estarem dispostos a carregar a cruz, com todo o simbolismo de sofrimento, maldição e morte que isso significava nas mentes dos seus ouvintes.


O chamado ministerial, conforme expresso nesses versículos, exige um comprometimento radical. Amar a Jesus acima de todos os outros laços significa reconhecer que a devoção a Ele supera os vínculos mais fortes e profundos e as prioridades pessoais. Isso destaca a natureza exclusiva e exigente do chamado, pedindo uma dedicação total e incondicional. O simbolismo da cruz nesse contexto é crucial para compreender a vocação pastoral. Carregar a cruz implica sofrimento, sacrifício e renúncia pessoal. O pastor ou missionário, ao aceitar o chamado, está disposto a enfrentar desafios, suportar dificuldades e dedicar-se ao serviço, modelando sua vida conforme o exemplo de Jesus. Em outras palavras, o suprimento, aquilo que dará condições para alcançar cumprir a tarefa de ser um seguidor de Jesus, em suas palavras, é a renúncia pessoal. Quando eu abro mão sou abstecido com os meios necessários a avançar. 

Perdendo eu ganho, morrendo eu vivo

   Além disso, a parábola das torres inacabadas e das guerras em Lucas 14:28-32 destaca a importância de avaliar cuidadosamente os custos antes de assumir o chamado. O chamado ministerial exige planejamento, reflexão e um entendimento profundo das responsabilidades pessoais envolvidas. Isso ressalta que atender a chamada não é uma decisão impulsiva, mas precisa ser sim uma escolha informada, consciente e deliberada. Aceitar esse chamado implica amar a Jesus sobre todas as coisas, carregar a cruz diariamente e estar disposto a contar o custo de seguir o Mestre divino. 

Lucas 14:25-35 nos ensina em

   Lucas 14:25-35 nos ensina que o chamado ministerial é empreendimento de vida plena e eterna e que demanda sacrifício, compromisso total e uma avaliação criteriosa dos custos envolvidos. 

   O chamado ministerial e a vocação são temas fundamentais na compreensão do nosso serviço religioso e Jesus não se omite em considerar isso claramente aos seus ouvintes, por exemplo nos relatos bíblicos em Mateus 04:18-22, 09:09 e Lucas 09:23.


  Em Mateus 04:18-22, Jesus chama Pedro e André para se tornarem "pescadores de homens". Esse chamado destaca a importância da entrega total a Deus, pois eles, deixando para trás suas redes e seu pai no barco, partem para seguir em uma missão mais elevada. A resposta imediata dos discípulos é símbolo da prontidão para atender ao chamado divino. Já em Mateus 09:09, observamos Jesus chamando Mateus, um coletor de impostos, marginalizado pela sociedade em que estava inserido e que também de pronto tudo deixa para segui-lo. Essa escolha de companheiros expressa que o chamado de Deus não é restrito aos socialmente aceitáveis, politicamente corretos e religiosamente puros, mas inclui também aqueles considerados pecadores pelos religiosos. Mostra que a vocação pastoral vai além das aparências fisicas e sociais e exige uma visão transformadora e sem preconceitos

É exatamente este sacrifício pessoal e a identificação com o sofrimento de Cristo que se configuram nos recursos necessários para completarmos a missão. Não precisamos de massa e tijolos como o artífice com a tarefa de edificar uma torre e nem de exércitos e cavaleiros armados para vencermos a batalha e ganharmos a guerra. Os recursos que precisamos para completar os objetivos e alcançarmos o alvo estão ministrados em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi derramado e em nossas próprias consciências cientes da necessidade cotidiana de nossa renúncia pessoal e da morte de nosso “eu” que leva consigo nossos achismos, preconceitos e valores mundanos diametralmente posicionados em relação aos valores de Cristo e Seu Reino.  

          A vocação pastoral, deve refletir um comprometimento profundo com o serviço a Deus e às pessoas. Somos chamados a liderar, ensinar e pastorear as vidas pelas quais Deus se entregou, mas também a vivermos vidas de fé. A vivência do chamado ministerial não é apenas uma carreira, mas a resposta ao convite divino para participar ativamente no cumprimento da missão de Deus. Que o Espírito Santo de Deus encha a despensa de teu coração com toda a sorte de fortalezas espirituais.  

 Pr.Marcus Benício
Pastor e missionário da Cruz Huguenote, atualmente mora em Vila Real, Portugal, e se prepara para vir para França em breve.
Foto: Família Benício


O Cristianismo morreu


Esta é uma boa notícia!  

Não se assuste. Leia o texto e você entenderá o que estou falando.

Na Europa o Cristianismo já está morto. No entanto, não há um dia sequer que eu e a minha esposa não abraçamos oportunidades de compartilhar sobre a fé encontrada nas narrativas dos Evangelhos e de “des-religiogizar” Jesus dos pacotes institucionais. Parece um paradoxo? Mas, não é! O ministério incarnacional, orgânico de Ser Igreja, ao invés de Fazer Igreja está presente dentro dos mais de 20 projetos que trabalhamos na França, e com quase 200 pessoas que vêm ao nosso encontro por semana, ou que nós vamos na direção delas.

Pois bem, entende-se por Cristianismo o fenômeno social, político, religioso que se iniciou com o imperador Constantino em 313 d.C. e deu liberdade aos cristãos para se reunirem. A impressão que dava era de ser positiva, até porque a perseguição acabou. O conhecido historiador e teólogo Eusébio de Cesaréia viu desta maneira. No entanto, eu vejo a história a partir das lentes do século XXI, e por isso não posso dizer o mesmo.


   Na mesma esteira institucional religiosa que tinha como modelo a hierarquia conhecida no Senado romano tanto quanto a sistematização religiosa aristotélica e seguindo a trilha Constantiniana, o imperador Teodósio em 380 d.C. fez de tal Cristianismo a religião do Império Romano com privilégios, benefícios, isenções de impostos - das catacumbas aos palácios - este foi o “upgrade” que ocorreu no movimento que era simples, orgânico e anti-político. 

  Pois bem, as coisas não pararam em Teodósio e no fato de que o Império Romano passou a ser conhecido como o Sacro Império Romano. No ano 528, Justiniano I obrigou a todos se tornarem seguidores do Cristianismo. Era lei! Os pagãos seriam perseguidos e mortos. Você pode imaginar as milhares de pessoas que foram batizadas e que não tinham a menor idéia de tal significado, da cruz, da ressurreição e de Ser Igreja? 

Cruzada Tomada de Jerusalén por los cruzados en 1099», 1847. Émile Signol.  

Não preciso seguir, pois a História é um livro aberto: Cruzadas, Santas Inquisições, Colonialismo, Imperialismo, Espada e Bíblia, justificação de escravatura entre outras dezenas de loucuras em nome de Deus. Galileo Galilei que nos diga. Pobre cientista cristão dizia que a Terra não era o centro do Universo e quase morreu na fogueira.

 Ironicamente, o papa João Paulo II veio se desculpar publicamente em nome do Cristianismo 400 anos depois da morte do pobre Galileu. Nas palavras do papa, “Galileu estava correto”. Recentemente, o Hubble fotografou uma das mais novas galáxias com mais de 800 bilhões de Sol(s). Eu disse, “800 bilhões de Sol(s)”. 

Imagine se Galileu soubesse de tal descoberta!

Tarde demais. O Cristianismo na Europa já está morto. A queda de braço começou no Iluminismo e seguiu com a Revolução Francesa tendo um povo já cansado das guerras religiosas, picuinhas papais de premissas megalomaníacas e de ordem política por toda a Europa. O nocaute ocorreu na Primeira Guerra Mundial que fora basicamente uma guerra entre países cristãos enquanto o mundo observava a morte do Cristianismo. A Segunda Guerra Mundial foi o estopim para produzir um continente pós-cristão e cansado da instituição religiosa que fez das suas grandes igrejas e catedrais museus e centros de conferências no chamado velho continente.

Nestes últimos anos o que mais se fala nos Estados Unidos é sobre: Primeiro, a drástica diminuição do número de pessoas que vão à igreja, e do número incontável de igrejas que se tornaram “legacy” (uma maneira mais educada de dizer que tais igrejas deixaram um legado para as próximas gerações, mas tiveram que fechar as portas). A igreja onde eu e a Johnna nos casamos, infelizmente, faz parte deste legado.

E o segundo assunto que mais se fala nos Estados Unidos é o grupo demográfico que mais cresce nas últimas décadas: “nones”. Os “nones” hoje são 30% da população americana e fazem parte das gerações conhecidas como “Millenials” e “Gen Z”. O que significa os “nones”? 

  Em pesquisas sobre religiões, quando há opções para escolher entre 1) Cristianismo 2) Islamismo 3) Budismo 4) Hinduísmo 5) Nenhuma opção acima (None of the above)  - quatro (4) de dez (10) pessoas escolhem a opção 5 (None of the above), por isso temos o grupo chamado “nones”. Esta é uma realidade esmagadora entre os grupos de pessoas que têm menos de 30 anos. Nenhuma afiliação religiosa. Esta é uma realidade assustadora para os líderes das igrejas porque este número vem crescendo cada vez mais.

   Nestes últimos semestres eu e a minha esposa temos transitado em igrejas nos Estados Unidos, conversado com líderes, pastores e participado de aulas em seminários teológicos. Não se fala de outro assunto!


De modo que “Christianity” em Inglês refere-se ao movimento antes de Constantino. No entanto, não temos esta diferença na língua Portuguesa. Eu pessoalmente não gosto dela tampouco. Aliás, antes de Constantino, lemos que os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos porque seguiam a Jesus, o Cristo (Atos 11:26) e também eram conhecidos como “Os do Caminho” (Atos 9.2; 24.13-16). Não havia “Christianity”, “Christendom”, Cristianismo, nada e nenhum “Ismo”. 

Justo Gonzalez, um dos autores mais conhecidos quando o assunto é História da Igreja, descreve este movimento dos primeiros três séculos sendo um movimento orgânico, sem metodologias ou estratégias, entre escravos e mercadores que transitavam nas “highways” romanas testemunhando sobre a fé transformadora do Evangelho de Jesus. Simples assim.

Isto posto, como lidar com este fenômeno nos Estados Unidos e Canadá? Você conhece gente que tem uma resistência enorme quando o assunto é Deus, Igreja, missões, Jesus? Talvez você não esteja na Europa onde o Cristianismo já está morto. Talvez você não tenha a realidade inegável dos “nones” no teu contexto. Mas, você conhece gente que foge quando o assunto é Deus, Igreja, Jesus. Você conhece gente assim

Eu poderia escrever muito mais, mas tenho que parar por aqui. No entanto, posso dizer as duas últimas coisas: A primeira é que eu e a Johnna temos cada vez mais treinado pessoas para que elas “desaprendam" o evangelismo das técnicas, manipulações, cartilhas decoradas, fórmulas 1, 2 e 3 e aprendam a compartilhar o Evangelho (εὐαγγέλιον) que é Jesus, a Boa Notícia que traz as boas-novas, a Palavra encarnada, o próprio “Evangel”-Ismo (sem o Ismo). 

Eu disse duas coisas. A segunda coisa é que cada vez mais eu faço os meus amigos ateus, muçulmanos, agnósticos, refugiados de todas as partes do planeta compreender que o Cristianismo pode até competir com o Islamismo, mas não compete com Jesus. Jesus morreu na cruz por Maomé. Jesus não compete com o Islamismo. 

   O Cristianismo pode até competir com o Budismo ou Confucionismo e qualquer outro “Ismo”. Todavia, Jesus não está em competição com “Ismos”. Jesus morreu na cruz por Sidarta Gautama tanto quanto por Confúcio.

Jesus morreu na cruz por mim e por você, e por cada um dos chamados “nones”. 

Nele, que veio ao mundo para mostrar quem Deus é, e como o ser humano pode ser.

Fábio Muniz

Collonges-au-Mont-d'Or, França

La Causerie

 É um espaço cultural administrado por 4 igrejas protestantes francesas. Usamos este espaço para desenvolver muitos dos nossos projetos, as reuniões de leituras dos Salmos, Lectio Divina, meditação cristã e o nosso Café Cultural Fusion.

Café Perl

É um dos nossos parceiros na cidade. Todos os sábados a minha esposa organiza encontros onde as pessoas praticam Inglês. Ela recebe aproximadamente 40 pessoas e conta com outras 40 pessoas que revezam cada sádado na liderança de 5 grupos.

Walking Tours 

Temos  nestes últimos 5 anos. Tenho o privilégio de viver na cidade de Lyon onde há uma História da Igreja inigualável com Irineu de Lyon, Policarpo, mártires dos primeiros séculos, Império Romano entre outros assuntos que abordo no meu tour e facilitam a compreensão das diferenças entre o Jesus dos Evangelhos e o movimento político inciado por Constantino no século IV.

Multi projetos

Trabalhamos com mais de 20 projetos, aproximadamente 130 eventos ao ano, e contamos com mais de 70 nacionalidades que já passaram por um destes projetos. Na foto, a Johnna está falando sobre a importância de trabalhar com culturas diferentes e o duro processo de adaptação. É um seminário sobre desenvolvimento pessoal.


O Convite

 Convidamos as pessoas para participarem das nossas atividades de espiritualidade, para a leitura dos Salmos, comunhão e bate-papo na nossa casa, leitura do Evangelho de João e da meditação cristã que tem as suas origens nos pais do deserto e na tradição cristã do Oriente.

Fabio e Johnna

Cultural Fusion with Serve Globally in Lyon, France

   Fomos até Menton, sul da França, no Parque das Oliveiras, local onde Charles Spurgeon passou várias vezes e escreveu tantos sermões, e local onde hoje se encontra o missionário Wellington Costa, relembrando neste vídeo o legado de Spurgeon no campo missionário europeu. 

    Charles Spurgeon, renomado pregador e teólogo britânico, deixou um impacto duradouro no cristianismo, mesmo após 132 anos de sua morte, ocorrida em 31 de janeiro de 1892 em Menton, sul da França. Conhecido como "O Príncipe dos Pregadores", Spurgeon desempenhou um papel crucial na expansão do Evangelho durante o século XIX, especialmente em Londres, onde pastoreou a Metropolitan Tabernacle.

   O legado de Spurgeon transcende sua eloquência e habilidade oratória. Sua paixão pela pregação expositiva e seu compromisso com a verdade bíblica continuam a influenciar gerações de pregadores e cristãos. 

Hoje, no campo missionário europeu, enfrentamos desafios e oportunidades únicas. A sociedade moderna muitas vezes se afasta dos valores cristãos, mas isso também cria um espaço para a mensagem transformadora do Evangelho. Assim como Spurgeon foi um catalisador para a disseminação da Palavra em sua época, temos a responsabilidade de ser luz e sal neste contexto contemporâneo.

   O papel missionário na Europa demanda compreensão cultural, empatia, sensibilidade e uma abordagem relevante da mensagem cristã. Devemos estar dispostos a dialogar com as diferentes perspectivas presentes na sociedade atual, mantendo a fidelidade aos princípios fundamentais da fé. Em um continente onde a secularização é proeminente, a importância de viver e comunicar a fé cristã autêntica torna-se ainda mais crucial.

    Ao refletirmos sobre o legado de Charles Spurgeon, somos inspirados a manter uma firmeza teológica, uma paixão pela evangelização e um compromisso inabalável com a verdade do Evangelho. Assim, podemos desempenhar um papel significativo no campo missionário europeu, compartilhando a esperança transformadora de Cristo em meio aos desafios contemporâneos.

Missionário Glauber Destro
AME - ALIANÇA MISSÕES NA EUROPA


Oro e corro … em todos os sentidos ...

A corrida como oração 

Jorge Pinheiro


Há anos corro, mas agora estou me lembrando daquele 13 de agosto de 2016. Naquela noite participei do Night Run Rock n Roll Edição Especial, 10 km, na USP. É bom dizer que pratico desporto, de forma bastante irregular, devido às minhas viagens e mudanças de país, desde a adolescência.

Naquela época, meu tio austríaco Walter, que jogava no Flamengo, me colocou no fisiculturismo. Foi simplesmente fantástico. E tive o prazer de treinar com os maiores boxeadores brasileiros.

Para lembrar: Elias correu.  Estava a chover.  E a noite escura o cercou.  Ele deveria chegar a Jezreel, seu objetivo.  Velho. Ele correu com firmeza, pois a mão de Adonai o apoiava. Energia e força fluíram por seu corpo. A vida tinha significado.  E ele passou pela carruagem de Acabe e continuou a maratona (1 Reis 18.46).

Sou um ancião e um sandek de jovens que estão iniciando seu desafio acadêmico. E neste momento vecchio, pensando em Elias e seu Adonai, faço da musculação, do atletismo e da corrida desafios que me dão alegria, sentido e me enchem de adrenalina no estar vivo e ir mais longe. E isso, é tudo. Faça da corrida um momento de oração, como Elias.  

Curta e aproveite este novo dia de vida!


Jorge PINHEIRO, dirigente da Cruz huguenote na França.

Missão Cruz Huguenote

 Sendo ponte entre nações e corações...

Jornal A Cruz Huguenote ( FEVEREIRO 2024)

Responsável e idealizador :Pr. Jorge Pinheiro

Diagramação : Wellington.T. Costa