Jorge Pinheiro
Foram os chefes dos sacerdotes que atiçaram
o povo para pedir a Pilatos que soltasse Bar Abbas no lugar de Yehoshua,
conforme conta o evangelista Marcos. Bar Abbas, filho do pai, filho de
alguém... de quem não sabemos. Era de Japho, que
fica ao sul de Cesaréia. Tinha a profissão de remador de botes e militava no
partido zelote, que lutava contra a dominação romana. Seu grupo atuava com
ataques curtos às legiões, como meio de fustigar as forças imperiais. Mas Bar
Abbas foi preso após o ataque a um grupo de soldados romanos em Cafarnaum, onde
um soldado romano foi morto no confronto. Foi então condenado à morte por
assassinato.
O caminho de Bar Abbas é aquele onde a
violência é a regra, ou como canta o salmo, é o daqueles que usam o orgulho
como se fosse um colar e a violência como uma capa. E como diz Bamidbar, ao
falar sobre o regime da vingança privada, se o sangue profana a terra, a única
maneira de purificar a terra do sangue derramado é derramar o sangue daquele que o derramou. E isso é feito pelo
go’el, que é o protetor da família.
Mas Yehoshua era diferente de Bar Abbas,
e isso conta Matitiahu num pequeno relato. Yehoshua estendeu a mão, segurou
Petros e disse como é pequena a sua fé! Por que você duvidou? Então os dois
subiram no barco, e o vento se acalmou. E os discípulos adoraram a Yehoshua dizendo,
de fato, o senhor é o filho de Deus!
O caminho com Yehoshua é aquele que ele disse deixo com vocês a
paz. É a minha paz que eu lhes dou. Não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não
fiquem aflitos, nem tenham medo.
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