... ante a loucura
deste mundo tenebroso
A Bíblia revela que cada ser humano é
criado à imagem de Deus; é único, precioso e insubstituível. Criado ser
racional, cada pessoa é moralmente responsável perante Deus e o próximo. O
homem, como indivíduo, é distinto de todas as outras pessoas. Como pessoa, ele
é unido aos outros no fluxo da vida, pois ninguém vive nem morre por si mesmo.
A Bíblia revela que Cristo morreu por
todos os homens. O fato de ser o homem criado à imagem de Deus, e de Jesus
Cristo morrer para salvá-lo, é a fonte da dignidade e do valor humano. Ele tem
direitos, outorgados por Deus, de ser reconhecido e aceito como indivíduo sem
distinção de raça, cor, credo, ou cultura; de ser parte digna e respeitada da
comunidade; de ter a plena oportunidade de alcançar o seu potencial.
Cada indivíduo foi criado à imagem de
Deus e, portanto, merece respeito e consideração como uma pessoa de valor e
dignidade infinita.
O indivíduo, porque criado à imagem de
Deus, torna-se responsável por suas decisões morais e religiosas. Ele é
competente, sob a orientação do Espírito Santo, para formular a própria
resposta à chamada divina ao evangelho de Cristo, para a comunhão com Deus,
para crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor. Estreitamente ligada a
essa competência está a responsabilidade de procurar a verdade e,
encontrando-a, agir conforme essa descoberta, e partilhar a verdade com outros.
Embora não se admita coação no terreno religioso, o cristão não tem a liberdade
de ser neutro em questões de consciência e convicção.
Cada pessoa é competente e responsável
perante Deus, nas próprias decisões e questões morais e religiosas.
Os batistas consideram como inalienável a
liberdade de consciência, a plena liberdade de religião de todas as pessoas. O
homem é livre para aceitar ou rejeitar a religião; escolher ou mudar sua
crença; propagar e ensinar a verdade como a entenda, sempre respeitando
direitos e convicções alheios; cultuar a Deus tanto a sós quanto publicamente;
convidar outras pessoas a participarem nos cultos e outras atividades de sua
religião; possuir propriedade e quaisquer outros bens necessários à propagação
de sua fé. Tal liberdade não é privilégio para ser concedido, rejeitado ou
meramente tolerado – nem pelo Estado, nem por qualquer outro grupo religioso –
é um direito outorgado por Deus.
Cada pessoa é livre perante Deus em todas
as questões de consciência e tem o direito de abraçar ou rejeitar a religião,
bem como de testemunhar sua fé religiosa, respeitando os direitos dos outros.
Tanto a igreja como o estado são
ordenados por Deus e responsáveis perante ele. Cada um é distinto; cada um tem
um propósito divino; nenhum deve transgredir os direitos do outro. Devem permanecer
separados, mas igualmente manter a devida relação entre si e para com Deus.
Cabe ao estado o exercício da autoridade civil, a manutenção da ordem e a
promoção do bem-estar público.
O cristão é cidadão de dois mundos – o
reino de Deus e o estado político – e deve obedecer à lei de sua pátria
terrena, tanto quanto à lei suprema. No caso de ser necessária uma escolha, o
cristão deve obedecer a Deus antes que ao homem. Deve mostrar respeito para com
aqueles que interpretam a lei e a põem em vigor, e participar ativamente na
vida social, econômica e política com o espírito e princípios cristãos. A
mordomia cristã da vida inclui tais responsabilidades como o voto, o pagamento
de impostos e o apoio à legislação digna. O cristão deve orar pelas autoridades
e incentivar outros cristãos a aceitarem a responsabilidade cívica, como um serviço
a Deus e à humanidade.
A igreja é uma comunhão voluntária de
cristãos, unidos sob o domínio de Cristo para o culto e serviço em seu nome. O
estado não pode ignorar a soberania de Deus nem rejeitar suas leis como a base
da ordem moral e da justiça social. Os cristãos devem aceitar suas
responsabilidades de sustentar o estado e obedecer ao poder civil, de acordo
com os princípios cristãos.
O estado deve à igreja a proteção da lei
e a liberdade plena, no exercício do seu ministério espiritual. A igreja deve
ao estado o reforço moral e espiritual para a lei e a ordem, bem como a
proclamação clara das verdades que fundamentam a justiça e a paz. A igreja tem
a responsabilidade tanto de orar pelo estado quanto de declarar o juízo divino
em relação ao governo, às responsabilidades de uma soberania autêntica e
consciente, e aos direitos de todas as pessoas. A igreja deve praticar
coerentemente os princípios que sustenta e que devem governar a relação entre
ela e o estado.
A igreja e o estado são constituídos por
Deus e perante Ele responsáveis. Devem permanecer distintos, mas têm a obrigação
do reconhecimento e reforço mútuos, no propósito de cumprir-se a função divina.
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