samedi 22 mai 2021

A correr com a ruach

A correr com a ruach 
Pr. Jorge Pinheiro 

רוּח 

No testamento hebraico a palavra mais usada para espírito, sopro, vento é רוּחַ (ruach), conforme Bereshit 3.8 e Shemot 10.13 e 14.6, entre outros textos. No cristianismo, a ruach, pneuma em grego, vem geralmente acompanhado do adjetivo santo e é a terceira prosopon da Trindade, juntamente com o Pai e o Filho. É Deus todo poderoso, entendido como uma das pessoas do Deus Triuno, que revelou seu Santo Nome YHWH ao seu povo em Israel, enviou seu Filho, eternamente gerado, Jesus para salvá-los do pecado e da morte … e a ruach hakadosh para santificar e dar vida à sua comunidade. O Deus Triúno se manifesta como três hypostasis de uma única ousia, que chamamos Deus. 

Duas ilustrações 

1. Os meninos e a ruach -- Eliseu e os 42 jovens 2 Reis 2:23-24

2. A ruach e a corrida -- Elias estava correndo na chuva enquanto a noite caía. Ele tinha um longo caminho a percorrer até Jezreel, e não era mais jovem. Mesmo assim, correu sem parar, porque “a própria mão do Deus eterno” estava sobre ele. A energia que fluía pelo seu corpo sem dúvida era diferente de tudo o que já tinha sentido na vida. Afinal, ele havia acabado de ultrapassar os cavalos que puxavam a carruagem do Rei Acabe. — 1 Reis 18:46. 

Atos 2.1-13 – PENTECOSTES 

“E, ao cumprir-se o dia de Pentecostes, encontravam-se todos reunidos no mesmo lugar. Então surgiu do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa, onde se encontravam assentados. E apareceram-lhes línguas dispersas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. E todos ficaram cheios da ruach hakadosh, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espirito lhes concedia que falassem. Já em Jerusalém habitavam judeus, homens piedosos e todos os povos debaixo do céu. Quando, então, surgiu aquele ruído, acorreu a multidão e ficou perplexa, pois cada qual os ouvia falando em seu próprio idioma. Ficaram, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são galileus todos estes, que estão falando? E como ouvimos nós, cada qual em seu próprio idioma materno: partos, medos, elamitas, os que moram na Mesopotâmia, na Judia, na Capadócia, em Ponto, na Ásia, na Frigia, na Panfília, no Egito, e nas regiões da Líbia perto de Cirene, e os romanos, que aqui residem, judeus e prosélitos, cretenses e árabes - como ouvimo-los falando em nossos idiomas os grandes feitos de Deus? Todos, porém, ficaram atônitos e desconcertados, dizendo uns aos outros: Que quer dizer isto? Outros, contudo, zombando, diziam: Estão embriagados!” 

A ruach é paradoxal 

Quando falamos que a ruach hakadosh é a espontaneidade da realidade, estamos dizendo que a ruach é paradoxal. Exemplo disso foi o derramamento da ruach no dia de Pentecostes, que se apresentou como fim e princípio. Foi o fim da aliança anterior e o surgimento de uma nova. É o fim de uma era e o início de uma nova. O que era escrito nas pedras da lei agora seria, pela ruach, escrito nos corações. As comunidades de fé deixavam de estar restritas a uma raça. 

No Pentecostes, ao citar o profeta Joel (2.28-32), Pedro deixa claro: o fim começou. A compreensão de que o Pentecostes marca o tempo do fim traz para nós duas lições: a primeira, é que somos chamados à vigilância, pois o fim se abrevia. A segunda, é que devemos fazer a crítica daqueles que pensam poder apresentar os tempos e as épocas que Deus reservou para si. 

É interessante observar que Lucas (Atos 1.4) diz que os discípulos deveriam esperar o tempo da promessa em Jerusalém. Depois (Atos 2.2) fala que de repente a ruach se fez presente. Eles esperavam, mas não sabiam quando. Eles tinham certeza, mas não sabiam a hora. A ruach é a espontaneidade da realidade. Ele vem quando e da forma que não esperamos. Quem anda com a ruach aprende a estar preparado para surpresas. É certo que Ele não falha nas promessas, mas não faz como e quando esperamos. 

Quando a ruach vem Ele controla a todos. Aquela hora do Pentecostes ninguém escolheu. Mas ninguém estava sem controle, porque a ruach controlava a todos. Era conforme a ruach queria. Ser cheio da ruach não é ser avião sem piloto. Ser cheio da ruach é ser conduzido por sua soberania. Eis o paradoxo de Espírito. 

“Mas quem não tem a ruach de Deus não pode receber os dons que vêm da ruach e, de fato, nem mesmo pode entendê-los. Essas verdades são loucura para essa pessoa porque o sentido delas só pode ser entendido de modo espiritual”. 1Coríntios 2.14. 

A ruach é missionária 

A ruach é missionária. Vejam as palavras de Lucas: “Essas notícias chegaram à igreja de Jerusalém, que resolveu mandar Barnabé para Antioquia. (...) Barnabé era um homem bom, cheio da ruach e de fé. E muitos se converteram ao Senhor”. Atos 11.22 e 24. 

Atos dos Apóstolos é um livro sobre a prática de missões sob o comando da ruach. Por isso, o livro de Atos é único em seu estilo no Novo Testamento, porque revela a ruach como missionária. E se a ruach é missionária, o que lemos em Atos é a consequência natural da história de uma comunidade que é formada como igreja missionária. A relação ruach/ comunidade é a chave do sucesso em Atos. 

Lucas deixa claro que a ruach é quem comanda a igreja em sua missão. A ruach é Deus soberano. Ele conduziu em triunfo a jovem comunidade cristã em sua missão de comunicar. E o mesma ruach quer hoje conduzir nossas comunidades na tarefa missionária. Afinal, é a ruach quem vocaciona, capacita e dirige os chamados para a missão. 

“Naquele tempo alguns profetas foram de Jerusalém para Antioquia. Um deles, chamado Ágabo, levantou-se e, pelo poder da ruach hakadosh, anunciou: Haverá uma grande falta de alimentos no universo inteiro. Isso aconteceu quando Cláudio era o Imperador romano”. Atos 11.27-28. 

Mas qual a relação entre Espírito cósmico e missão? Seguindo Irineu, um dos pais da Igreja, podemos dizer que Deus pela Palavra deu existência ao universo, e a ruach transformou o existente em cosmo, todo ordenado, com vida e sentido. 

A ruach dá sentido à vida 

Esse Espírito vivo deu sentido ao universo. Ele tem como propósito dar sentido à vida humana, por isso é Ele quem vai adiante: abre as portas e prepara o caminho para o sucesso da comunicação das boas novas da salvação. E o mesma ruach, além de preparar cada região, cada pedaço deste planeta, é quem transforma pessoas e povos para que se dê a expansão do Evangelho. A visão da expansão da comunicação é uma dádiva da ruach para as comunidades de fé do Senhor Jesus. Praticar esta visão, como o fez as comunidades de Atos, é entender o propósito para o qual a própria comunidade de Jesus existe. 

Comunicar é semear. Por isso, Jesus disse: “Eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Auxiliador, a ruach da verdade, para ficar com vocês para sempre. O mundo não pode receber esse Espírito porque não o pode ver, nem conhecer. Mas vocês o conhecem porque ele está com vocês e viverá em vocês”. João 14.16-17. 

Para a comunidade de fé, a unidade só é válida na variedade: nunca na uniformidade. A aceitação das pessoas com suas diferenças e particularidades é uma condição indispensável para a saúde da comunidade cristã. 




Théorie du Big Bang (documentaire)
"BIG BANG" La naissance de l'Univers est sans aucun doute le grand débat cosmologique de ce siècle. Deux grandes théories s'affrontaient. Finalement, l'une l'a emporté sur l'autre. Mais comment les scientifiques ont-ils pu affirmer que l'une était correcte et l'autre non ?

https://www.youtube.com/watch?v=VQPb5YQ2RGw










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